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quarta-feira, 8 de junho de 2005

Jovens da Escola de Tecnologia de Barcelos

Ontem estivemos juntos num momento muito agradável e gostaria de deixar uma mensagem de incentivo para o vosso futuro. Imprimam e nunca mais esqueçam do "sapo surdo".
Combinado?
Também não esqueçam as pessoas que se "importaram" com vocês durante o perído em que estiveram na Secundária e todas as outras pessoas que ainda se "importam" e continuarão a se "importar" com vocês. Então, segue a história que marca a mensagem que desejei transmitir na palestra que preparei com carinho para o grupo.

Agradeço novamente a Drª Rosário e a toda equipa da Escola pela oportunidade de estar com estes jovens.
Um abraceijo,
Angela Escada

Num vilarejo, um homem empenhado na defesa dos animais, decidiu fazer uma “corrida” de sapinhos como forma de conseguir a presença de toda a população reunida para o evento.

Com o tema “corrida” de sapos, toda a população ficou curiosa e compareceram todos, até mesmo os que moravam mais distante e até convidaram parentes de aldeias vizinhas.

O local escolhido foi a avenida central, com protecção de corda nas laterais para que as pessoas não invadissem a pista de corrida dos sapos.

A corrida teve início no horário previsto, com a presença de 18 sapinhos.

Dada a largada, observou-se que as pessoas que estavam na direita da pista gritavam entusiasmadas que era impossível algum sapo conseguir correr,. “Não vão conseguir!”, vão todos desistir a meio.

No lado esquerdo da pista as pessoas conversavam entre si, num tom mais baixo, até porque o som do outro grupo era demasiado alto, então comentavam que talvez fosse possível algum dos sapos chegar até a meta, mas não falavam com a convicção de que de facto acreditavam nessa possibilidade.

Apesar de ser uma pequena distância, de facto os sapinhos foram desistindo e somente um chegou a meta e cruzou a faixa de vencedor.

Quando foram entrevistar o sapo que venceu, ele simplesmente não respondia nada.

Insistiram muito e depois constataram que o sapo era surdo.

E está aqui a grande lição: como ele era surdo, ouviu apenas a voz interior dele…que acreditou na sua capacidade e perseguiu os objectivos.

Que os nossos jovens saibam ouvir a sua voz interior.

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