Links Patrocinados

domingo, 2 de julho de 2006

O pensamento de contribuinte português

Em cada 100 euros que o patrão paga pela minha força de trabalho, o
Estado, e muito bem, tira-me 20 euros para o IRS e 11 euros para a
Segurança Social.

O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho,
é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a
Segurança Social.

E por cada 100 euros de lucro que eu dê ao meu patrão, o Estado, e muito
bem, retira 33 euros.

Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 69 euros que me sobraram dos
100 que o meu patrão me pagou, o Estado, e muito bem, fica com 14,49
euros para si.

Em resumo: - Cada vez que eu ganho 100 euros, o Estado recebe 56,75
euros. - Quando gasto o dinheiro remanescente o Estado cobra mais
14,49. Ou seja, por cada 100 euros que por mim passam o Estado recebe
71,24 euros. Sem esquecer que quando lucro 100 euros, o Estado enriquece
mais 33 euros .

Quando compro um carro ou uma casa, quando herdo um quadro, quando
registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem,
fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.

Eu pago e acho muito bem, portanto exijo:
Um sistema de Ensino que garanta cultura, civismo e futuro emprego
para os meus filhos.
Serviços de Saúde exemplares.
Um hospital bem equipado a menos de 20 km da minha casa.
Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o país.
Auto-estradas sem portagens.
Pontes que não caiam.
Tribunais com capacidade para decidir processos em menos de um ano.
Uma máquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos.
Eu pago, e por isso quero ter, quando lá chegar, a reforma garantida
e jardins públicos e espaços verdes bem tratados e seguros.
Polícia eficiente e equipada.
Os monumentos do meu País bem conservados e abertos ao público. Uma
orquestra sinfónica.
Filmes criados em Portugal.

E, no mínimo, que não haja um único caso de fome e miséria nesta terra.
Portanto, Sr. Primeiro-ministro, governe-se com o dinheirinho que lhe dou
porque eu quero e tenho direito a tudo isto.

Um português contribuinte.

Sem comentários:

Enviar um comentário