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sábado, 23 de maio de 2009

Disfunção Sexual Feminina

O programa da RTP apresentou 3 casos para serem estudados. Os 3 relatos eram bastante diferentes.

A primeira mulher, com 57 anos, está correcta na preocupação de ser ainda muito jovem para interromper a sua vida sexual.

A expectativa de vida em países desenvolvidos tem aumentado o que promove a necessidade de orientação profissional quando a atividade sexual ameaça desaparecer com a idade. Na verdade, não há idade para a sexualidade. O que acontece é um sexo suave, menos frequente porque a necessidade é menor do que na juventude. A frequência também é determinada pelo interesse da parceira (o), pois geralmente o interesse reduz com o decorrer do tempo e, também algumas pessoas têm a crença de que são portadoras de alguma doença, então é o fim do ciclo sexual. Nãoooo, a redução do interesse não é sinónimo de extinção, até porque a actividade sexual é benéfica e aumenta a qualidade de vida. Se vamos viver mais em número de anos, então devemos também nos preocupar com a qualidade de vida nas diversas áreas da vida humana.

A sociedade evita o assunto, os médicos evitam o assunto e os próprios pacientes evitam o assunto com os seus parceiros, o panorama sexual da melhor idade corre o risco de continuar “apagado”. Acho muiiiito válida a reportagem da RTP sobre o tema.

Se um casal, ambos com 57 a 60 anos, com provavelmente 30 a 35 anos de convivência, os filhos já criados, desenvolveram uma vida cheia de rancores, mal-entendidos e conflitos, é comum que depois dessa experiência os dois terão pouca disposição para um contato tão íntimo quanto o sexual. Nesse caso deveriam fazer uma terapia de casal, para limparem o baú de mágoas e re-aprenderem a conviver lado a lado.

Se no entanto, um casal teve uma vida serena, com muita partilha, aproximação, cumplicidade e companheirismo, nessa fase da vida o sexo permanece bonito no relacionamento.

E, por falar no casal harmonioso, aproveito para dizer que uma das principais causas da disfunção sexual feminina deve-se a factores psicológicos provenientes de desentendimentos conjugais. Os desentendimentos podem evoluir para uma fase depressiva da mulher, em especial a mulher mais passiva ou ainda a mulher que prefere viver no silêncio do que ser obrigada a conviver com a má disposição do marido. Podem evoluir para o stress que também reduz a libido.

Apesar da variedade de informação sobre a vida sexual feminina, através dos ensinamentos do livro Kamasutra e outros, ainda há homens que não conhecem suficientemente a sua mulher na vida sexual e, por este motivo nem sempre estimulam a mulher de forma eficaz (ou a mulher tem vergonha de pedir).

Há também homens que são muito rápidos e como o casal nem sempre conversa sobre o que gostam, o homem continua com as preliminares rápidas e por isto quando a mulher necessita de um tempo mais prolongado para a excitação, não recebe esse estímulo do seu homem e acaba por apresentar falta de interesse.

Há também casos de falta de interesse devido à associação da sexualidade ao pecado e até mesmo do prazer com a culpa.

Há muitas alternativas para resolver a falta de interesse. Uma delas é aumentando o tempo das preliminares. Aumentando também o prazer através do beijo. Já escrevi um pouco sobre o beijo e que ele proporciona um relaxamento causado pela liberação de adrenalina e endorfina que é responsável pela sensação de bem-estar.

A descarga proporcionada por um beijo prazeroso alivia uma situação de estresse e de tensão, trazendo uma satisfação global. Por isso, beijar na boca acalma, ajuda a liberar sentimentos reprimidos, reduz o complexo de rejeição e alivia o stress. Tudo em questão de instantes….e também liberta o superego que impede a atuação do ID (leia sobre isto no texto anterior).

O beijo desorganiza o cérebro através da liberação de hormônios, preparando o corpo para a atividade sexual. Ativa a produção do hormônio feminino, estrógeno e do hormônio masculino, testosteronas e também dos ferormônios e acontece uma festa!!!

O beijo erótico é fundamental para estimulação sexual. Podemos nos arrepiar de desejo a cada carinho mais picante feitos pelo parceiro(a), porém nada substitui um bom b-e-i-j-o. No arsenal de carícias que podemos fazer a dois, o beijo é infalível.

O sucesso de um bom beijo é garantido porque a língua e os lábios estão entre as partes mais sensíveis do organismo. A mucosa dos lábios é semelhante à mucosa do pênis e do clitóris, o que lhe permite enviar ao cérebro as sensações percebidas. Ao receber essas sensações, o cérebro procura imediatamente e automaticamente liberar hormônios, preparando o corpo para a atividade sexual.

Portanto, aquela pergunta se o homem pode ter certeza de que a sua mulher teve ou não prazer sexual com ele, é facilmente respondida pelo próprio homem, porque se ele a estimula muito bem, faz bom uso do beijo e de outras carícias, o cérebro da sua mulher, independente da vontade dela, vai estimular e preparar para a atividade sexual. O que pode acontecer é que a mulher não se envolve no beijo nem nas carícias e por isto não permite que o seu cérebro receba a informação das sensações e, impede que o processo prossiga positivamente.

É o mesmo que dizer que algumas mulheres sabem fazer um bom uso desse “desligar” para poder punir o seu homem, esquecendo que estão punindo a si próprias.

Deixo aqui o link para o vídeo com o programa parcial da RTP.


O vídeo com o programa completo é muito grande e não conseguimos colocar disponível no youtube. Uma solução seria solicitar para a própria RTP Porto ou Lisboa.

3 comentários:

  1. Btarde, tem como conseguir o vídeo do programa completo? Foram apresentados uns casos de 3 senhoras e eles não aparecem aqui. obrigada, Sueli Simões

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  2. Estou a procura do vídeo na net. Não localizo. Podia colocar a parte inicial do documentário? Ana Rita

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  3. Fico mt feliz da ajuda que propociona a pessoas que acham que a sua vida conjugal já terminou. Infelizmente as pessoas acham que podem ter tudo a 100% a todo momento, nem que isso não corresponda à necessidade da pessoa com que construiram a sua vida a dois! Abraço, Mauro Gonçalves.

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