A escola (também) é a nossa casa: Um livro feito a 250 mãos
O que é uma casa? E uma escola? E como pode ser a escola a nossa casa? Aos alunos da Escola Básica e Jardim de Infância de Cruz d’Areia, Leiria, foi lançado o desafio de pensar no assunto.
E assim, inspirados no projecto educativo da escola, nasceu o mote para um livro que tem 250 autores: todos os alunos, com idades entre os 4 e os 11 anos, contribuíram com textos e desenhos para a obra agora lançada.
A professora coordenadora do projecto, Susana Oliveira, descreve o processo: “O livro já ocupa muito espaço naquela escola. Para os alunos, criar um livro da sua autoria foi muito mais entusiasmante, envolveram-se muito”.
Com a ajuda da editora Imagens&Letras, que foi à escola explicar como se faz um livro, os alunos ficaram a conhecer como nasceu aquela publicação onde eles estão representados, com “um pedacinho de cada desenho”.
Além de promover valores relacionados com o respeito pelo espaço público, cidadania e civismo, “A escola (também) é a nossa casa” – assim se chama o livro – tem outra ambição, mais concreta. As receitas da venda vão ajudar a adquirir equipamento para um espaço muito querido de todos os pequenos autores da Cruz d’Areia: o recreio da escola.
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sábado, 26 de novembro de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
A MENINA QUE NÃO SABIA LER
“É uma história curiosa a que tenho de contar, uma história de difícil absorção e entendimento, por isso é uma sorte que eu tenha as palavras para cumprir a tarefa.”
Uma menina mora numa mansão, sem pai nem mãe, cuidada apenas por criados. Ela ali passa os seus dias até que descobre a existência de uma Biblioteca.
Muito mais do que uma estante de livros, longe de ser um amontoado de publicações, o que ela descobre de facto é uma biblioteca gigante, com livros e mais livros. O tio dela, provedor da mansão, ausenta-se do local e deixa apenas uma ordem aos criados: – a menina não deve aprender a ler.
Marcada por esta sentença, ela começa a folhear os livros e, pouco a pouco, acaba aprendendo a ler. Sozinha. A partir daí ela vai descrevendo o dia-a-dia nos corredores solitários, suas incursões furtivas à biblioteca e suas descobertas. Num processo gradual ela vai se aculturando, vai aprendendo, vai conhecendo o mundo através da leitura. Leitura de tudo, mistérios, clássicos, novelas, romances, tramas, auto-ajuda.
Na contracapa do livro a resenha diz:
“1891 – Nova Inglaterra..(…)..em uma distante mansão dois irmãos são negligenciados pelo seu tutor e tio. A jovem Florence de 12 anos passa os dias cuidando de seu irmão menor..(..) Até que um dia encontra a biblioteca proibida da mansão e apaixona-se por ela.(..)” Sim, Florence mergulha no universo da leitura com toda a sede do mundo. E farta-se. Esbalda-se. Refestela-se.
A Menina que Não Sabia Ler
Autor: John Harding
Editora Leya – 282 páginas – 8ª reimpressão
Uma menina mora numa mansão, sem pai nem mãe, cuidada apenas por criados. Ela ali passa os seus dias até que descobre a existência de uma Biblioteca.
Muito mais do que uma estante de livros, longe de ser um amontoado de publicações, o que ela descobre de facto é uma biblioteca gigante, com livros e mais livros. O tio dela, provedor da mansão, ausenta-se do local e deixa apenas uma ordem aos criados: – a menina não deve aprender a ler.
Marcada por esta sentença, ela começa a folhear os livros e, pouco a pouco, acaba aprendendo a ler. Sozinha. A partir daí ela vai descrevendo o dia-a-dia nos corredores solitários, suas incursões furtivas à biblioteca e suas descobertas. Num processo gradual ela vai se aculturando, vai aprendendo, vai conhecendo o mundo através da leitura. Leitura de tudo, mistérios, clássicos, novelas, romances, tramas, auto-ajuda.
Na contracapa do livro a resenha diz:
“1891 – Nova Inglaterra..(…)..em uma distante mansão dois irmãos são negligenciados pelo seu tutor e tio. A jovem Florence de 12 anos passa os dias cuidando de seu irmão menor..(..) Até que um dia encontra a biblioteca proibida da mansão e apaixona-se por ela.(..)” Sim, Florence mergulha no universo da leitura com toda a sede do mundo. E farta-se. Esbalda-se. Refestela-se.
A Menina que Não Sabia Ler
Autor: John Harding
Editora Leya – 282 páginas – 8ª reimpressão
sábado, 21 de maio de 2011
Atelier – Mentes brilhantes - 25.Maio.2011
A APROSARIO http://www.colegiodorosario.pt/CNSR/APRosario/menuaprosario.aspx convida toda a Comunidade Educativa a participar no dia 25 de Maio, no Atelier – Mentes brilhantes, subordinado ao tema “O Desenvolvimento Pessoal na Escola e na Família”
Com início às 21h30m, esta sessão pretende, de uma forma criativa e pouco convencional, encontrar em nós próprios, respostas a questões pertinentes e tão actuais que nos são colocadas enquanto Pais e Educadores.
Os tempos que atravessamos são de mudança, não podendo ser ignorados pela educação e formação, porquanto educar não é preparar as novas gerações para a estabilidade, mas sim para acompanharem o fluir do tempo.
Tópicos de intervenção:
• Atitude de “Coach” – António Guimarães
• Inteligência emocional – Ângela Escada
Oradores Convidados:
Ângela Escada
Licenciada em Psicologia, Escritora, Investigadora da Inteligência Emocional, Formadora e Consultora, define-se como uma pessoa tranquila, bem-disposta e positiva, dedicando um carinho especial ao ser humano, fazendo novas aprendizagens com aqueles com quem convive. Publica livros com regularidade como “Auto-Estima do Formador” ou “Crescer com Inteligência Emocional”
António Guimarães
Licenciado em Engenharia química, alterou radicalmente a sua carreira profissional em 1983 ao conhecer Dale Carnegie, conhecido pensador e fundador da Dale Carnegie Training, líder mundial em programas de treino e desenvolvimento pessoal, tendo-se tornado facilitador de vários programas no âmbito do desenvolvimento pessoal e organizacional em ExecutiveCoaching, Life Coaching ou alta performance com PNL (Programação Neuro Linguistica), fundando a ASGEH – Engenharia Humana.
Contamos com a sua participação.
Efectue a sua inscrição no site do Colégio.
Com início às 21h30m, esta sessão pretende, de uma forma criativa e pouco convencional, encontrar em nós próprios, respostas a questões pertinentes e tão actuais que nos são colocadas enquanto Pais e Educadores.
Os tempos que atravessamos são de mudança, não podendo ser ignorados pela educação e formação, porquanto educar não é preparar as novas gerações para a estabilidade, mas sim para acompanharem o fluir do tempo.
Tópicos de intervenção:
• Atitude de “Coach” – António Guimarães
• Inteligência emocional – Ângela Escada
Oradores Convidados:
Ângela Escada
Licenciada em Psicologia, Escritora, Investigadora da Inteligência Emocional, Formadora e Consultora, define-se como uma pessoa tranquila, bem-disposta e positiva, dedicando um carinho especial ao ser humano, fazendo novas aprendizagens com aqueles com quem convive. Publica livros com regularidade como “Auto-Estima do Formador” ou “Crescer com Inteligência Emocional”
António Guimarães
Licenciado em Engenharia química, alterou radicalmente a sua carreira profissional em 1983 ao conhecer Dale Carnegie, conhecido pensador e fundador da Dale Carnegie Training, líder mundial em programas de treino e desenvolvimento pessoal, tendo-se tornado facilitador de vários programas no âmbito do desenvolvimento pessoal e organizacional em ExecutiveCoaching, Life Coaching ou alta performance com PNL (Programação Neuro Linguistica), fundando a ASGEH – Engenharia Humana.
Contamos com a sua participação.
Efectue a sua inscrição no site do Colégio.
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terça-feira, 10 de maio de 2011
Jovens e as emoções
A minha amiga bonita, Carla Sousa, mãe de 2 crianças lindas, psicóloga escolar e que já trabalhamos muitas vezes juntas em formação, desenvolve um trabalho bonito no Agrupamento e esta Palestra na Escola Secundária de Alfena foi a convite dela.
Parabenizo a organização deste tipo de evento e também dou os parabéns pelo comportamento dos jovens na relação comigo, na atenção, no silêncio sempre que eu pedia, na afectividade que trocaram comigo. Fantástico!
Todas as escolas deviam investir neste tipo de trabalho com os jovens.
A palestra foi sobre a Inteligência Emocional nos jovens. Como identificar o que sentem, porque sentem e como gerir as suas emoções que sentem.
Dicas de como agir e reagir. Como ser assertivo!!!
o interesse que os alunos demonstraram pelo tema, a participação deles, a reflexão que a semente que eu plantei vai provocar dentro deles, é algo que precisa ser feito com mais frequência.
A Escola e a família devem caminhar juntas, lado-a-lado, investindo num ser humano mais bonito por dentro.
Ganhar o carinho destes jovens depois de uma conversa sobre sentimentos, é muito gratificante!!!
Parabenizo a organização deste tipo de evento e também dou os parabéns pelo comportamento dos jovens na relação comigo, na atenção, no silêncio sempre que eu pedia, na afectividade que trocaram comigo. Fantástico!
Todas as escolas deviam investir neste tipo de trabalho com os jovens.
A palestra foi sobre a Inteligência Emocional nos jovens. Como identificar o que sentem, porque sentem e como gerir as suas emoções que sentem.
Dicas de como agir e reagir. Como ser assertivo!!!
o interesse que os alunos demonstraram pelo tema, a participação deles, a reflexão que a semente que eu plantei vai provocar dentro deles, é algo que precisa ser feito com mais frequência.
A Escola e a família devem caminhar juntas, lado-a-lado, investindo num ser humano mais bonito por dentro.
Ganhar o carinho destes jovens depois de uma conversa sobre sentimentos, é muito gratificante!!!
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sábado, 7 de maio de 2011
Família & Escola
Fale sempre bem da escola. Procure criar em seu filho uma expectativa positiva em relação à vida escolar.
Procure manter uma relação de respeito, consideração, solidariedade e carinho com o Professor/Escola.
Quando a criança vai para a escola, abrace-a, deseje-lhe coisas boas, que ela aprenda, que faça amigos, que tenha sucesso.
Quando voltar da escola procure saber como foi o dia, o que ela aprendeu, como foi a relação com a professora, com os colegas, com as outras pessoas da escola.
Procure saber tudo que aprendeu na Escola, no contexto de aula ou fora dele.
Crie o hábito de verificar os cadernos pelo menos 2 vezes por semana.
Elogie, nunca esqueça de elogiar tudo aquilo que você encontrar de positivo.
Procure conhecer o professor(a) e, se for necessário, partilhe alguma informação sobre a criança que você julgue importante que ele/escola saiba.
Quando a criança tiver nota baixa, não espere ser chamado. Vá à escola e procure saber o que está a acontecer.
Procure resolver os problemas entre você, a criança e a professora. Somente em último caso, recorra a outras pessoas.
Quando a criança estiver indo mal, procure saber o que aconteceu, localize onde está a dificuldade, compartilhe o problema com a escola. Não se omita. Não seja juiz. Seja solidário.
Comente com tios, avós, amigos os êxitos escolares da criança por menores que sejam, a fim de que todos possam reforçar sua auto-estima, seu auto-conceito, sua autoconfiança.
Procure manter uma relação de respeito, consideração, solidariedade e carinho com o Professor/Escola.
Quando a criança vai para a escola, abrace-a, deseje-lhe coisas boas, que ela aprenda, que faça amigos, que tenha sucesso.
Quando voltar da escola procure saber como foi o dia, o que ela aprendeu, como foi a relação com a professora, com os colegas, com as outras pessoas da escola.
Procure saber tudo que aprendeu na Escola, no contexto de aula ou fora dele.
Crie o hábito de verificar os cadernos pelo menos 2 vezes por semana.
Elogie, nunca esqueça de elogiar tudo aquilo que você encontrar de positivo.
Procure conhecer o professor(a) e, se for necessário, partilhe alguma informação sobre a criança que você julgue importante que ele/escola saiba.
Quando a criança tiver nota baixa, não espere ser chamado. Vá à escola e procure saber o que está a acontecer.
Procure resolver os problemas entre você, a criança e a professora. Somente em último caso, recorra a outras pessoas.
Quando a criança estiver indo mal, procure saber o que aconteceu, localize onde está a dificuldade, compartilhe o problema com a escola. Não se omita. Não seja juiz. Seja solidário.
Comente com tios, avós, amigos os êxitos escolares da criança por menores que sejam, a fim de que todos possam reforçar sua auto-estima, seu auto-conceito, sua autoconfiança.
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domingo, 3 de abril de 2011
Eu sou um bom aluno?
Na Escola – Um guia de sobrevivência para o aluno do Ensino Médio
http://educarparacrescer.abril.com.br/na-escola/
Clique no cantinho direito em cima e vai aparecer a opção de voce virar a página com o rato.
http://educarparacrescer.abril.com.br/guias-da-educacao/cartilha-jovem/flip-page/index.html
Ta,bém pode acompanhar
http://twitter.com/amigos_escola
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Clique no cantinho direito em cima e vai aparecer a opção de voce virar a página com o rato.
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Ta,bém pode acompanhar
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sexta-feira, 18 de março de 2011
Para ser lido pelos pais & Filhos
Chegou-me anonimamente, está bem escrito, com serenidade e inteligência.
Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes
as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus
jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos)
vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles
a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos, entradas nos locais de diversão,
cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível , dinheiro no bolso . Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram
goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas
vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado
com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego,
A vaquinha emagreceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música, bares e discotecas onde
não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuara pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário
de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que
os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquer_coisa_phones ou i_pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e
que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas,
porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na
proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego , mas que são uma ilusão, pois correspondem
a pouco conhecimento e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso
signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração
que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a
diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as
foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o
desespero alheio.
Há talento e cultura, capacidade e competência, solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e
nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos
nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham
bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos
que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a
subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares
a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida
e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e
a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?
Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.
Pode ser que nada/ninguém seja assim.
Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes
as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus
jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos)
vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles
a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos, entradas nos locais de diversão,
cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível , dinheiro no bolso . Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram
goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas
vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado
com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego,
A vaquinha emagreceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música, bares e discotecas onde
não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuara pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário
de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que
os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquer_coisa_phones ou i_pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e
que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas,
porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na
proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego , mas que são uma ilusão, pois correspondem
a pouco conhecimento e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso
signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração
que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a
diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as
foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o
desespero alheio.
Há talento e cultura, capacidade e competência, solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e
nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos
nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham
bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos
que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a
subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares
a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida
e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e
a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?
Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.
Pode ser que nada/ninguém seja assim.
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
“Fruta escolar.come”
Livro “Fruta escolar.come” vai incentivar o consumo de fruta aos alunos de Reguengos de Monsaraz
O livro “Fruta escolar.come”, produzido pelo Município de Reguengos de Monsaraz para incentivar o consumo de fruta aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico, já está a ser distribuído nas escolas do concelho. Esta publicação está integrada no Programa Regime de Fruta Escolar, que promove a distribuição gratuita de fruta dois dias por semana durante o lanche da tarde. Neste ano lectivo, durante os meses de Novembro e de Dezembro, o Município de Reguengos de Monsaraz entregou quase 700 quilos de fruta que beneficiaram cerca de 500 crianças.
A implementação deste programa tem como objectivo principal a promoção de hábitos alimentares saudáveis, através da introdução ou do reforço de boas práticas na alimentação das crianças, de forma a disseminar comportamentos benéficos para a saúde da população. O programa visa também actuar nas vertentes da saúde pública, reduzindo o risco de obesidade infantil e de doenças crónicas associadas à obesidade, na educação, reforçando a aquisição de competências alimentares e de saúde em contexto escolar, e na agricultura, aproximando as crianças do mundo rural e dando a conhecer a proveniência dos alimentos, com vista à criação e manutenção do consumo de hortofrutícolas.
O livro “Fruta escolar.come”, produzido pelo Município de Reguengos de Monsaraz para incentivar o consumo de fruta aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico, já está a ser distribuído nas escolas do concelho. Esta publicação está integrada no Programa Regime de Fruta Escolar, que promove a distribuição gratuita de fruta dois dias por semana durante o lanche da tarde. Neste ano lectivo, durante os meses de Novembro e de Dezembro, o Município de Reguengos de Monsaraz entregou quase 700 quilos de fruta que beneficiaram cerca de 500 crianças.
A implementação deste programa tem como objectivo principal a promoção de hábitos alimentares saudáveis, através da introdução ou do reforço de boas práticas na alimentação das crianças, de forma a disseminar comportamentos benéficos para a saúde da população. O programa visa também actuar nas vertentes da saúde pública, reduzindo o risco de obesidade infantil e de doenças crónicas associadas à obesidade, na educação, reforçando a aquisição de competências alimentares e de saúde em contexto escolar, e na agricultura, aproximando as crianças do mundo rural e dando a conhecer a proveniência dos alimentos, com vista à criação e manutenção do consumo de hortofrutícolas.
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Livros digitais para o Kindle
Livros digitais para o Kindle superam vendas de livros de papel na Amazon
A Amazon anunciou hoje que as vendas de livros digitais superaram as de livros de papel na loja. É a primeira vez que isso acontece na história da empresa.
Em julho de 2010, os livros digitais ultrapassaram a venda de livros de capa dura na Amazon. Na época, a cada 100 livros de capa dura vendidos, a loja virtual vendia 143 livros digitais para usuários do e-reader Kindle. Agora os livros digitais superaram também os livros de papel mais baratos e com capas flexíveis, conhecidos como paperbacks.
Segundo comunicado da Amazon, no último trimestre a empresa vendeu 115 livros digitais a cada 100 livros de capa flexível. Além disso, a loja anunciou que vendeu três vezes mais livros digitais do que livros de capa dura no mesmo período.
Para consolidar esses dados, a Amazon utilizou as vendas totais de livros somente nos Estados Unidos. Os livros gratuitos para Kindle não foram incluídos.
http://www.ehelpcarolina.com/livro-digital-mais-vendido-de-papel-na-amazon/
A Amazon anunciou hoje que as vendas de livros digitais superaram as de livros de papel na loja. É a primeira vez que isso acontece na história da empresa.
Em julho de 2010, os livros digitais ultrapassaram a venda de livros de capa dura na Amazon. Na época, a cada 100 livros de capa dura vendidos, a loja virtual vendia 143 livros digitais para usuários do e-reader Kindle. Agora os livros digitais superaram também os livros de papel mais baratos e com capas flexíveis, conhecidos como paperbacks.
Segundo comunicado da Amazon, no último trimestre a empresa vendeu 115 livros digitais a cada 100 livros de capa flexível. Além disso, a loja anunciou que vendeu três vezes mais livros digitais do que livros de capa dura no mesmo período.
Para consolidar esses dados, a Amazon utilizou as vendas totais de livros somente nos Estados Unidos. Os livros gratuitos para Kindle não foram incluídos.
http://www.ehelpcarolina.com/livro-digital-mais-vendido-de-papel-na-amazon/
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Coleção Educadores
Textos de pensadores compõem acervos distribuídos a escolas, com o título de "Coleção Educadores", que reúne 31 autores brasileiros e 30 pensadores estrangeiros que exercem influência sobre a educação no Brasil.
No total, 63 livros. A coleção, lançada em novembro de 2010, durante as comemorações dos 80 anos de criação do Ministério da Educação, vai também para as bibliotecas públicas do país e de universidades, para as faculdades de educação e para todas as secretarias estaduais e municipais de educação.
No total, 63 livros. A coleção, lançada em novembro de 2010, durante as comemorações dos 80 anos de criação do Ministério da Educação, vai também para as bibliotecas públicas do país e de universidades, para as faculdades de educação e para todas as secretarias estaduais e municipais de educação.
sábado, 15 de janeiro de 2011
Material escolar sai-livro e entra-ipad
E nessa era digital, os livros didáticos estão ameaçados de extinção. Uma escola vai adotar iPad no lugar do catatau de livros, numa clara evidência de que mudanças estão vindo por aí.
A escola é do Tennessee, nos Estados Unidos. Ela vai substituir os livros pelo tablet da Apple lançado ano passado. O uso obrigatório do dispositivo será concedido a todos os alunos da instituição, de 08 a 18 anos.
A justificativa é para evitar problemas de saúde envolvendo estudantes. "Temos alunos que carregam quase 20 kg de livros didáticos, enquanto um iPad pesa menos de 1 kg", afirmou o diretor do estabelecimento.
A Webb School of Knoxville oferecerá opções de aluguel do aparelho. Hoje, um iPad no mercado americano sai por 499 dólares (890 reais). No Brasil, a história é completamente diferente. O dispositivo da Apple, digamos, mais barato e com menos recursos sai por 1.650 reais.
A escola é do Tennessee, nos Estados Unidos. Ela vai substituir os livros pelo tablet da Apple lançado ano passado. O uso obrigatório do dispositivo será concedido a todos os alunos da instituição, de 08 a 18 anos.
A justificativa é para evitar problemas de saúde envolvendo estudantes. "Temos alunos que carregam quase 20 kg de livros didáticos, enquanto um iPad pesa menos de 1 kg", afirmou o diretor do estabelecimento.
A Webb School of Knoxville oferecerá opções de aluguel do aparelho. Hoje, um iPad no mercado americano sai por 499 dólares (890 reais). No Brasil, a história é completamente diferente. O dispositivo da Apple, digamos, mais barato e com menos recursos sai por 1.650 reais.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Educação em Saúde
Editora lança livro sobre educação em saúde
Com o objetivo de explorar desde um planeamento educativo na saúde até mesmo a educação ambiental, a editora Phorte lançou o livro Educação em Saúde. Desenvolvido por William Malagutti e Sonia Maria Rezende Camargo de Miranda, especialista em Educação em Enfermagem pela ENSP/Fiocruz e doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, respectivamente, o livro aborda a relação do educador em saúde, que está em constante processo de elaboração e revisão de sua prática.
De acordo com os autores, por atuar, muitas vezes, em situações que envolvem "perdas" da saúde e mudanças de estilo de vida, um dos principais desafios a enfrentar é a formação do vínculo entre o educador e o educando.
Segundo eles, sem o vínculo, não há transformação. Por isso, a palavra educador é tão significativa, uma vez que leva a inferir que se trata de um processo doloroso, principalmente quando se fala de educação em saúde. Educação em saúde apresenta experiências de profissionais que enfrentam esses desafios no seu dia a dia de trabalho.
Com o objetivo de explorar desde um planeamento educativo na saúde até mesmo a educação ambiental, a editora Phorte lançou o livro Educação em Saúde. Desenvolvido por William Malagutti e Sonia Maria Rezende Camargo de Miranda, especialista em Educação em Enfermagem pela ENSP/Fiocruz e doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, respectivamente, o livro aborda a relação do educador em saúde, que está em constante processo de elaboração e revisão de sua prática.
De acordo com os autores, por atuar, muitas vezes, em situações que envolvem "perdas" da saúde e mudanças de estilo de vida, um dos principais desafios a enfrentar é a formação do vínculo entre o educador e o educando.
Segundo eles, sem o vínculo, não há transformação. Por isso, a palavra educador é tão significativa, uma vez que leva a inferir que se trata de um processo doloroso, principalmente quando se fala de educação em saúde. Educação em saúde apresenta experiências de profissionais que enfrentam esses desafios no seu dia a dia de trabalho.
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