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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A força do pensamento

Ouça este clip que é mesmo muito curto e registe a última frase... porque o que move o ser humano é a força do pensamento!!!

A ciência diz que um cérebro tem 100 bilhões de neurônios
A ciência diz que os neurônios são as células responsáveis pela condução dos impulsos nervosos
A ciência diz que os impulsos nervosos têm a função de transmitir estímulos para os músculos
A ciência diz que os músculos devem obedecer às ordens dos neurônios
Mais o que a ciência diz, meus 100 bilhões de neurônios faz questão de ignorar
Porque para me. O que move uma pessoa não são os músculos. É força do pensamento.

terça-feira, 2 de junho de 2009

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, NãO IPOMTRA EM QAUL ODREM AS LTERAS DE UMA PLRAVAA ETãSO, A úNCIA CSIOA IPROTMATNE é QUE A PIREMRIA E úTMLIA LTERAS ETEJASM NO LGAUR CRTEO. O RSETO PDOE SER UMA BçGUANA TTAOL, QUE VCOê ANIDA PDOE LER SEM POBRLMEA.
Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.
FIXE SEUS OLHOS NO TEXTO ABAIXO E DEIXE QUE A SUA MENTE LEIA CORRECTAMEN TE O QUE ESTá ESCRITO.> 35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4
CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO
35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 4 SU4 M3NT3 V41
D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R
MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3
M3R3C3! P4R4BÉN5!

Será que o seu pé direito é inteligente?
O que se segue é tão engraçado que desafia qualquer compreensão lógica.
Aposto que irá tentar pelo menos cinquenta vezes para ver se consegue contrariar o seu pé.
Mas sem sucesso!!! Experimente...

Então é assim: está sentado na sua cadeira junto a secretária. De seguida, levante o seu pé direito do chão. Uma
vez o pé no ar, faça círculos com o mesmo, no sentido dos ponteiros de um relógio.
Ao mesmo tempo, desenhe com a sua mão direita o número 6 no ar. O seu pé muda de direcção!!!
Como já lhe tinha dito, não há nada que se possa fazer...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O cérebro também deve ser protegido

No hockey, o primeiro suporte atlético ( para proteção da genitália)
foi usado em 1874 e o primeiro capacete em 1974.

Os homens demoraram 100 anos pra perceber que o cérebro também é importante.

sábado, 25 de abril de 2009

Exercício para o cérebro

Consegues encontrar 2 letras B abaixo?

RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRBRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRBRRRRR
RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR

Depois de encontrares os B, comece a procurar pelo 1

IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIII1IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

Quando encontrares o 1, procura então pelo 6

9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999699999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999


Depois de ter encontrado o 6 procura o N

MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMNMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM

Agora é a vez de encontrar o Q que é o mais simples de todos.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOQOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

então, já está mais relaxado? é uma excelente pausa e exercício mental.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Neuróbica e Internet

Efeitos das pesquisas na Internet

Cientistas da Universidade da Califórnia descobriram que adultos de meia-idade e mais velhos, ao fazer pesquisas na Internet, acionam centros vitais no cérebro que controlam os processos de tomada de decisão e de raciocínios complexos.

As descobertas demonstram que a atividade de pesquisar na Internet pode ajudar a estimular e possivelmente melhorar as funções cerebrais. O estudo é o primeiro a avaliar o impacto que pesquisar na Internet tem sobre o desempenho cerebral e será publicado no American Journal of Geriatric Psychiatry.

Melhorando o cérebro

"Os resultados do estudo são encorajadores, as tecnologias computadorizadas emergentes podem ter efeitos psicológicos e potenciais benefícios para adultos de meia-idade e mais velhos," comenta o coordenador da pesquisa, Dr. Gary Small. "Pesquisar na Internet aciona uma complicada atividade cerebral, que pode ajudar a exercitar e melhorar a função cerebral."

Evitar que o cérebro envelheça

À medida que o cérebro envelhece ocorre uma série de alterações estruturais e funcionais, incluindo a atrofia, reduções na atividade celular e aumento nos depósitos de placas amilóides e enovelamentos da proteína tau, que podem impactar negativamente as funções cognitivas.

O Dr. Small destaca que o engajamento em atividades que mantenham a mente ativa podem ajudar a preservar a saúde do cérebro e a habilidade cognitiva. Tradicionalmente essas atividades incluem jogos como palavras-cruzadas, mas, com o advento da tecnologia, os cientistas estão começando a avaliar a influência do uso do computador - incluindo a Internet.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Neuróbica - Videogames para a terceira idade

Se você tem mais de 60 anos de idade e anda preocupado com a sua memória e a sua capacidade de aprendizado, passar um pouco mais de tempo com seus netos pode valer a pena: mas só se eles lhe deixarem usar o videogame.

Um novo estudo, feito na Universidade de Illinois (Estados Unidos) mostrou que as pessoas na casa dos 60 e dos 70 anos de idade apresentam significativas melhorias em várias funções cognitivas depois de usar videogames de estratégia, principalmente aqueles que lidam a construção de cidades, países e com a expansão territorial.

Benefícios do uso de videogames em idosos

Este é o primeiro estudo sobre os benefícios do uso de videogames em idosos e o primeiro a demonstrar resultados tão promissores sobre o uso de videogames na aquisição de habilidades cognitivas que não são diretamente ensinadas pelo jogo.

Vários estudos têm demonstrado que é possível melhorar habilidades cognitivas, como a memória de curto prazo, por exemplo. Contudo, os participantes só se tornam melhores naquela tarefa em que foram treinados.

"Quando você treina alguém em uma tarefa, ele tende a melhorar naquela tarefa, qualquer que seja ela, mas normalmente a pessoa não transfere muito essa nova capacidade além daquela situação particular que ele aprendeu," explica o professor Arthur Kramer.

Desenvolvimento de habilidades cognitivas

Kramer e seus colegas então se dedicaram a estudar um processo de aprendizado mais integrado, que possa usar um ambiente de treinamento para desenvolver faculdades cognitivas que possam ser utilizadas na vida diária.

Para isso, eles começaram a estudar o impacto dos videogames de estratégia sobre aquelas capacidades cognitivas que mais decaem com a idade.

"Pessoas idosas tendem a ter pior desempenho em coisas chamadas 'processos executivos de controle.' Esses processos incluem coisas como agendamento, planejamento, memória, fazer várias coisas ao mesmo tempo e lidar com ambigüidades," explica Kramer.

Videogames de estratégia

Os jogos de estratégia lidam com todas essas habilidades, porque o participante precisa pensar e agir como comerciante, como militar, como educador, enfim, ele deve colocar-se no papel de todos os agentes necessários para manter o bem-estar do seu país.

Os pesquisadores descobriram que o treinamento no jogo de estratégia melhorou virtualmente todos os aspectos cognitivos testados nos participantes.

Os praticantes do jogo tornaram-se significativamente melhores e mais rápidos para alternar entre tarefas. Eles tiveram também melhorias significativas na memória de trabalho e no raciocínio. Benefícios em menor escala também foram detectados na memória de curto prazo e na observação de detalhes visuais.

Efeito dose-resposta

Todos os que se saíram bem no jogo também tiveram os maiores índices de melhoria na capacidade de passar rapidamente de uma tarefa para outra. Eles também tendem a se sair melhores nos testes de memória.

"Em terminologia médica, esses podem ser efeitos dose-resposta," diz Kramer. "Quando mais medicamento - ou, neste caso, quando mais treino no videogame de estratégia - maiores são os benefícios."

sábado, 20 de dezembro de 2008

Mapa Mental para gestão 2009

Esta ferramenta é fantástica para quem precisar gerir muitos compromissos e em especial com áreas diferenciadas.
Nas formações de criatividade ensino a utilizar esta ferramenta porque depois de vocâ aprender a utilizar no computador, você consegue desenvolver a capacidade de organizar-se mentalmente sem precisar de auxiliar de memória.
http://www.mindomo.com/index

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Distracção é benéfica a tomada de decisões

Além do Eureka

Quantas vezes você já gastou horas se matando em um problema aparentemente insolúvel e, depois de um breve intervalo, conseguiu resolvê-lo rapidamente só de olhar para ele novamente?

Embora este seja um fenômeno realmente comum, até agora não se sabia exatamente como isso ocorre. Mas uma nova pesquisa, publicada no periódico Psychological Science, demonstra que a resposta é mais complexa do que simplesmente o relance de um momento de Ahá! ou Eureka!

Solução criativa de problemas

A pesquisa sugere que pensamentos inconscientes resultam na solução criativa dos problemas através de um processo de duas fases.

Segundo os pesquisadores, as distrações podem ser úteis em trazer soluções criativas para um determinado problema, mas elas devem ser seguidas de um período de pensamento consciente para garantir que nós possamos estar cientes dessas soluções e aplicá-las.

Distrações são úteis em problemas difíceis

Da mesma forma, enquanto as distrações são mais úteis para ajudar a resolver problemas difíceis, pode ser melhor ficar focado na busca da solução quando se está confrontado com problemas fáceis.

Os pesquisadores fizeram dois experimentos para testar sua idéia. No primeiro, 94 voluntários participaram de um Teste de Associação Remota (RAT), que avalia a criatividade. O segundo experimento envolveu 36 voluntários que se submeteram aos mesmos testes, com a diferença de que os problemas eram mais fáceis de se solucionar do que os problemas apresentados ao primeiro grupo.

Pensamentos conscientes e inconscientes

Os resultados mostraram que, no primeiro experimento, durante o teste de decisão léxica, membros do grupo de pensamentos inconscientes tiveram respostas muito mais rápidas para as seqüências de letras que eram respostas para os ítens do teste RAT quando comparados com o grupo de pensamentos conscientes.

Entretanto, quando se deu tempo para resolver os problemas do Teste de Associação Remota, os dois grupos tiveram resultados similares.

No segundo experimento (usando um conjunto mais fácil de problemas), o grupo dos pensamentos conscientes teve mais respostas corretas do que o grupo de pensamentos inconscientes, mas não houve diferenças no tempo de resposta durante o teste de decisão léxica.

Solução de problemas complexos

"O pensamento consciente é melhor para se tomar decisões lineares, analíticas, mas o pensamento inconsciente é especialmente eficaz na solução de problemas complexos," dizem os pesquisadores. "A ativação inconsciente pode oferecer fagulhas de inspiração ligadas ao momento Ahá! que eventualmente levam a importantes descobertas."

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Interações sociais podem alterar genes no cérebro

Como alterar seus genes

O DNA determina em boa medida quem são os indivíduos e como eles lidam com os outros. Mas, de acordo com uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, nos Estados Unidos, estudos recentes sobre animais sociais - como aves e abelhas - estão dando força à idéia de que, por meio do cérebro, os genes e o comportamento social são uma via de mão dupla, influenciando-se mutuamente.

A pesquisa de revisão, coordenada por Gene Robinson, do Departamento de Entomologia da Universidade de Illinois, foi publicada em matéria de capa da edição desta sexta-feira (7/11) da revista Science. De acordo com Robinson, o estado atual das pesquisas permite que os cientistas partam para a construção de uma explicação molecular para o comportamento social.

Alterando os genes do cérebro

De acordo com os cientistas, a informação social é capaz de alterar a expressão genética no cérebro, influenciando o comportamento. Por exemplo, o canto do tentilhão ou zebrafish (Taeniopygia guttata) macho induz em outros machos a expressão do gene egr1em uma região específica do cérebro dedicada à audição.

Essa expressão genética está especificamente ligada à importância social do sinal - isto é, indica se o som vem de um indivíduo conhecido ou de um potencial intruso -, indicando que a resposta genética ajuda o pássaro a reconhecer e reagir a mudanças no ambiente social.

Por outro lado, a variação genética influencia a função cerebral e o comportamento social, como acontece no caso da drosófila, ou mosca-da-fruta (Drosophila melanogaster). Cientistas identificaram uma variação genética específica que afeta o ritmo do som de acasalamento do animal, que conseqüentemente influencia o comportamento reprodutivo.

Relação dinâmica entre genes e comportamento

Segundo os cientistas, graças aos recentes seqüenciamentos de genomas de vários animais sociais - incluindo as abelhas e os tentilhões - e às novas tecnologias como os microarrays, que permitem vislumbrar a atividade de milhares de genes de uma só vez, os neurocientistas gradualmente estão compreendendo que "existe uma relação dinâmica entre genes e comportamento", disse Robinson. "O comportamento não está gravado no DNA", afirmou ele.

Além de Robinson, participaram do estudo o professor de biologia da Universidade de Stanford Russell Fernald e o professor de desenvolvimento celular e biológico e neurociências David Clayton, também da Universidade de Illinois.

Acendendo e apagando genes

Segundo Robinson, uma pesquisa coordenada por Clayton em 1992 foi um dos marcos fundamentais para os estudos nessa área. Naquele trabalho, a equipe do cientista descobriu que a expressão do gene egr1 aumenta no cérebro de tentilhões e canários quando eles ouvem um canto novo emitido por um macho da mesma espécie.

O achado não foi inédito: estudos anteriores haviam demonstrado que os genes acendem e apagam quando um animal é treinado para desempenhar uma tarefa em laboratório, segundo Robinson. Mas, quando a equipe de Clayton encontrou essa alteração na expressão gênica em resposta a um sinal social, chamou a atenção para as interações sociais poderosas que podem alterar a expressão genética no cérebro.

Alterações no comportamento

Em outro trabalho, Robinson utilizou microarrays para estudar o fenômeno em larga escala e verificou que milhares de genes "ligam" e "desligam" nos cérebros das abelhas em resposta a estímulos sociais.

Um desses genes, conhecido como for (para forrageamento, ou busca de alimento), foi descoberto inicialmente em moscas drosófilas por Marla Sokolowski, da Universidade de Toronto, no Canadá. Esses insetos carregam versões diferentes do gene for para diversos tipos de comportamento de forrageamento. Cada versão dá ao seu portador uma vantagem em certos comportamentos nas condições ambientais.

No estudo publicado em 2002, Robinson e sua equipe relataram que a expressão do for de fato aumentou no cérebro das abelhas enquanto elas se desenvolviam como forrageiras. A manipulação de sua expressão levava as abelhas a forragear precocemente.

Alteração genética por fatores sociais

Os pesquisadores descobriram também que os fatores sociais, sob a forma de sinais químicos conhecidos como feromônios, induziam a esse aumento do for. As abelhas forrageiras produzem um feromônio que sinaliza para as abelhas mais jovens que já existe uma quantidade de indivíduos suficiente exercendo essa função. Se algumas forrageiras são removidas da colméia, algumas abelhas jovens se desenvolvem precocemente como forrageiras.

"A constatação da idéia de que as diferenças na expressão genética podem ocorrer ao longo de escalas de tempo muito diferentes ajuda a compreender algumas das complexas relações entre genes, cérebro e comportamento. Todos esses elementos interagem", disse Clayton. "A experiência está sempre voltando para o nível do DNA", declarou.

domingo, 14 de dezembro de 2008

O cérebro dos músicos

Músicos pensam de forma diferente

Reforçando o que muitos de nós que não somos musicalmente talentosos sentimos freqüentemente, uma nova pesquisa revela que músicos profissionais realmente pensam de forma diferente do resto de nós.

Psicólogo da Universidade de Vanderbilt (Estados Unidos) descobriram que os músicos treinados usam de forma mais efetiva uma técnica criativa chamada pensamento divergente, e também usam tanto o lado esquerdo quanto o direito do seu córtex frontal mais fortemente do que a média das pessoas.

"Nós estudamos os músicos porque o pensamento criativo é parte de sua experiência diária, e nós descobrimos que havia diferenças qualitativas nos tipos de respostas que eles dão aos problemas e sua atividade cerebral associada," explica o pesquisador Bradley Folley.

Usando as duas mãos de forma independente

Uma possível explicação que os pesquisadores oferecem para o elevado uso dos dois hemisférios cerebrais pelos músicos é que muitos deles são capazes de usar as duas mãos de forma independente para tocar seus instrumentos.

"Os músicos podem ser particularmente bons em acessar e integrar de forma eficiente informações concorrentes vindas dos dois hemisférios," diz Folley.

Estudos sobre criatividade

Estudos anteriores sobre criatividade se voltaram para o pensamento divergente, que é a habilidade de apresentar novas soluções para problemas abertos e com múltiplos aspectos. Indivíduos altamente criativos freqüentemente mostram mais pensamentos divergentes do que seus colegas menos criativos.

Os pesquisadores também descobriram que, no geral, os músicos têm índices de inteligência mais altos do que os não-músicos, reforçando as conclusões de estudos recentes que mostram que o treinamento musical intensivo está associado com elevados QIs.

Sinapses - chave geral do cérebro

Chave geral do cérebro

Um grupo de pesquisadores identificou pela primeira vez uma "chave geral" de células cerebrais capaz de orquestrar a formação e manutenção de sinapses inibitórias, essenciais para o bom funcionamento do cérebro.

O fator, batizado de Npas4, regula mais de 200 genes que agem de várias maneiras para acalmar células superexcitadas, restaurando um equilíbrio que, acredita-se, é perdido em alguns distúrbios neurológicos. A descoberta, realizada por pesquisadores do Hospital Infantil de Boston, nos Estados Unidos, foi publicada na revista Nature.

Sinapses

As sinapses - conexões entre as células cerebrais - podem ter natureza excitatória ou inibitória. No nascimento, com o rápido desenvolvimento do cérebro, as excitatórias são abundantes, tendendo a fazer as células nervosas estimularem suas vizinhas.

Mas, se a excitação eventualmente não for equilibrada, ela pode levar à epilepsia. Doenças como o autismo e a esquizofrenia têm sido também associadas a um desequilíbrio entre excitação e inibição.

A criação de conexões inibitórias também é necessária para desencadear períodos críticos, como as fases de aprendizagem rápida durante a primeira infância e a adolescência, quando o cérebro tem mais plasticidade - isto é, mais habilidade para modificar sua própria organização estrutural e funcionamento.

Fator de transcrição

O Npas4 é um fator de transcrição, ou seja, funciona como um "interruptor" que ativa ou reprime outros genes. Os pesquisadores, liderados pelo diretor do Programa de Neurobiologia do Hospital Infantil de Boston, Michael Greenberg, demonstraram que a atividade de cerca de 270 genes muda quando a atividade do Npas4 é bloqueada em uma célula. E demonstraram que a ativação do fator está associada ao aumento do número de sinapses inibitórias na superfície das células.

A equipe mostrou que o Npas4 é ativado pela atividade sináptica excitatória. "O programa disparado pela excitação diz: 'esta célula está ficando excitada, precisamos equilibrar com inibição'", explicou Greenberg, que atualmente lidera o Departamento de Neurobiologia da Escola Médica de Harvard.

Ansiosos e hiperativos

Os pesquisadores estudaram camundongos com falta de Npas4 e descobriram evidência de problemas neurológicos. Os camundongos pareciam ansiosos e hiperativos e ficaram propensos a crises convulsivas.

Greenberg e sua equipe estão atualmente tentando aprender mais sobre a ampla variedade de genes regulados pelo Npas4, já que cada um deles pode fornecer pistas sobre o desenvolvimento das sinapses e revelar novas possibilidades de tratamento para distúrbios neurológicos.

"Se tivermos acesso a um fator de transcrição como o Npas4, com as novas tecnologias da genômica poderíamos essencialmente identificar cada alvo do fator de transcrição", disse Greenberg. Um desses alvos é o fator neurotrófico (BDNF), que, de acordo com estudos anteriores da mesma equipe, regula a maturação e a função de sinapses inibidoras.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Estudar e aprender

Aprendizado e tempo

Combine em um só dois ditados bem conhecidos - "A prática leva à perfeição" e "Tempo é tudo" - e você terá algo muito parecido com as descobertas publicadas no último exemplar da revista Psychological Science.

O espaçamento adequado entre as aulas, dizem os pesquisadores, pode melhorar dramaticamente o aprendizado. E maiores intervalos entre as sessões de estudo resultam em melhor lembrança da matéria estudada.

De forma inverso, estudar rapidamente na véspera - seja estudar matemática para fazer uma prova ou um idioma pouco antes de embarcar para uma viagem - não funciona no longo prazo.

Orientação para os estudantes

"Não parece mais que seja prematuro que os psicólogos forneçam algumas regras amplas para aqueles que desejam usar o tempo de estudo da forma mais eficaz possível a fim de promover a maior retenção a longo prazo," escrevem os pesquisadores Hal Pashler e John Wixted, da Universidade da Califórnia, em San Diego.

Na pesquisa, mais de 1.000 voluntários participaram de três aulas. Na primeira eles ouviram fatos verdadeiros, mas obscuros, sobre a Noruega e a União Européia. A segunda sessão consistiu em uma revisão dos mesmos fatos. O tempo entre as aulas variou de poucos minutos a vários meses. O tempo de estudo foi mantido constante em todas as condições. Depois de um certo tempo, que durou até um ano para alguns participantes, todos foram testados para avaliação do conhecimento recebido nas primeiras duas aulas.

Como aumentar o aprendizado

Quando o intervalo entre a segunda aula e o teste foi aumentado, como era de se esperar, a lembrança dos fatos piorou - refletindo a curva do esquecimento familiar aos pesquisadores.

A descoberta interessante, contudo, foi que o aumento do tempo entre as duas aulas reduziu a taxa de esquecimento. Esta redução no esquecimento foi muito grande - algumas vezes aumentando a probabilidade de que a informação seria relembrada na última sessão em até 50%.

"A descoberta de que um maior espaçamento entre as sessões de estudo pode aumentar a lembrança mais tarde era esperada, baseado em pesquisas anteriores feitas ao longo do último século. Entretanto, os resultados do nosso estudo revelam um número de novos fatos que não eram conhecido," explica Pashler.

Tempo de aprender e tempo de revisar

"Em primeiro lugar, o estudo usou intervalos de tempo muito maiores do que nas pesquisas anteriores, e aconteceu que os efeitos foram maiores do que os observados nos estudos anteriores, que usaram períodos de tempo muito mais curtos.

"Em segundo lugar, os resultados mostraram que há um valor ótimo para o hiato entre a aula inicial e o teste final, e que esse espaçamento ótimo varia com o intervalo de retenção final: quando mais longo for o intervalo final, maior será o período ótimo entre o estudo e o teste," afirmam os pesquisadores.

Lembrando do que se aprendeu

Os resultados sugerem, segundo Pashler, que o tempo ótimo no qual se deve assistir as aulas depende de por quanto tempo a informação deverá ser retida: "Se você quer se lembrar da informação por apenas uma semana, é provavelmente melhor se as aulas forem espaçadas por um ou dois dias. Por outro lado, se você quer se lembrar das informações por um ano, é melhor que o aprendizado seja espaçado por cerca de um mês."

Extrapolando os resultados, acrescenta ele, "parece plausível que, sempre que o objetivo seja que alguém se lembre de uma informação por toda a vida, é provavelmente melhor que ela seja novamente exposta a esta informação ao longo de vários anos."

Cursos compactos

"Os resultados mostram que a educação que empacota um grande volume de aprendizado em um curto período é provavelmente extremamente ineficiente, ao menos para a lembrança de informações factuais," diz o psicólogo.

De forma geral, os resultados também dão suporte ao uso de programas de computador projetados especialmente para fornecer revisões periódicas, como o projeto de código aberto (software livre) Mnemosyne.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Melhorar a Inteligência

É possível melhorar a inteligência?

Seriam os seres humanos capazes de incrementar seus quocientes de inteligência, ou teriam eles que se contentar com seus QIs setados pelos seus genes quando eles nascem? Até recentemente, a parecia que a natureza era a vencedora clara nesta batalha contra a educação.

Mas uma nova pesquisa, coordenada pelos suíços Susanne M. Jaeggi e Martin Buschkuehl, trabalhando na Universidade de Michigan, Estados Unidos, sugere que ao menos um aspecto do QI de uma pessoa pode ser melhorado treinando-se um determinado tipo de memória.

Inteligência cristalizada e inteligência fluida

A maioria dos testes de QI tenta medir dois tipos de inteligência - a inteligência cristalizada e a inteligência fluida. A inteligência cristalizada se baseia nos talentos, no conhecimento e na experiência, para resolver problemas, acessando informações na memória de longo prazo.

A inteligência fluida, por outro lado, se baseia na capacidade para entender relações entre vários conceitos, independentemente de qualquer conhecimento prévio ou treinamento, para resolver novos problemas. A pesquisa mostra que esta parte da inteligência pode ser aprimorada por meio do treinamento da memória.

"Quando o assunto é melhorar a inteligência, muitos pesquisadores pensavam que isto não era possível," diz Jaeggi. "Nossas descobertas mostram claramente que não é este o caso. Nosso cérebro é mais plástico do que nós podemos imaginar."

Memória de curto prazo ou memória de trabalho

Jaeggi, Buschkuehl e Walter Perrig, da Universidade de Berna, Suíça, juntamente com com seu colega Jon Jonides, da Universidade de Michigan, Estados Unidos, consideraram que, da mesma forma que a inteligência cristalizada se baseia na memória de longo prazo, a inteligência fluida se baseia na memória de curto prazo, ou memória de trabalho, como ele é chamada de forma mais precisa.

Este é o mesmo tipo de memória que as pessoas usam para lembrar um número de telefone ou um endereço de e-mail por um curto período de tempo. Mas, além disso, a memória de trabalho se refere à capacidade tanto de manipular quanto de usar a informação armazenada brevemente na mente em face de qualquer distração.

Treinamento para a memória

Os voluntários receberam treinamento para executar uma tarefa na qual lhes eram apresentadas informações sonoras e visuais, que eles tinham que guardar e se lembrar. O treinamento foi feito durante seções de meia hora, uma vez por dia, durante oito, 12, 17 ou 19 dias.

Para cada um desses períodos de treinamento, os pesquisadores avaliaram os ganhos dos participantes em inteligência fluida. Eles compararam os resultados com os grupos de controle para se certificar de que os voluntários realmente melhoraram sua inteligência fluida, e não meramente sua capacidade de passar pelos testes.

É possível melhorar a memória e a inteligência

Os resultados foram surpreendentes. Ainda que o grupo de controle tenha tido ganhos, presumivelmente por terem adquirido prática com os testes de inteligência fluida, os grupos treinados melhoraram consideravelmente mais do que os grupos de controle. Mais ainda, quanto maior a duração do treinamento, maiores foram os ganhos em inteligência fluida.

"Nossas descobertas mostram claramente que o treinamento de certas memórias se transferem para a inteligência fluida," diz Jaeggi. "Nós também descobrimos que indivíduos com baixos níveis de inteligência fluida nos testes prévios podem lucrar com o treinamento."

Os resultados são significantes porque a melhoria da inteligência fluida pode se traduzir numa melhoria da inteligência geral, como medida pelos testes de QI. A inteligência geral é um elemento chave para determinar questões como o sucesso acadêmico, o desempenho no trabalho e melhorias profissionais.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Transtorno do pânico & sensações reais

Transtorno do pânico

Na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, cientistas detectaram pela primeira vez um aumento no volume da insula, uma estrutura cerebral que fica entre o lobo frontal e temporal, que está diretamente envolvida no processamento das emoções. A descoberta vai permitir avanços nos estudos sobre o funcionamento do cérebro, principalmente de pessoas com Transtorno do Pânico (TA).

Segundo o psiquiatra Ricardo Riyoiti Uchida, "várias estruturas já haviam sido implicadas no Transtorno do Pânico, mas a insula não havia sido detectada com volume alterado, mas somente com função alterada." Uchida é professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Pânico funcional

Ainda segundo o pesquisador, estudos anteriores de pânico funcional já mostraram que pessoas que têm dor, falta de ar, taquicardia ou sensações gastrointestinais ativam a insula. "Como pacientes com Transtorno do Pânico (TA) sentem e queixam-se de sensações corpóreas muito intensas e desagradáveis durante as crises, sugerimos que a insula aumentada em nossos pacientes os predisponha a perceber mais intensamente o próprio corpo. Aliado a isso, há a diminuição de volume de cíngulo anterior, região muito importante do lobo frontal, também relacionada com ansiedade, percepção corporal e avaliação de risco", afirma.

Formas de estudar o cérebro

O psiquiatra relata que existem inúmeras formas de estudar o cérebro e que o seu objetivo foi examinar o volume de estruturas cerebrais comprovadamente envolvidas em reações de ansiedade que já tinham sido citadas em estudo anteriores com animais, voluntários sadios e em pacientes com TA. A técnica utilizada, morfometria baseada no vóxel, de acordo com Uchida, é nova e capaz de avaliar a maior parte do cérebro de uma só vez, permitindo detectar alterações em várias regiões diferentes.

"Assim determinamos uma rede de estruturas volumetricamente alteradas, todas elas envolvidas diretamente em reações de ansiedade. Como o Transtorno do Pânico é caracterizado pela presença de ansiedade, conseguimos fazer essa correlação e detectar que o cérebro de pessoas com TA, em termos de volume, é diferente em relação ao cérebro daqueles sem o transtorno". Uchida ressalta, entretanto, que todos os estudos anteriores são muito recentes e publicados em curto período de tempo. "Após o meu estudo, outros, muito semelhantes, também foram publicados. Há uma atenção muito grande voltada para este tipo de estudo".

Neurobiologia do pânico

O pesquisador diz que utilidades práticas imediatas para estudos deste tipo são ainda limitadas. "Mas nos últimos anos mudaram vários pontos de vista sobre a doença. Agora já se comprovou que pessoas com TA sentem as coisas de modo diferente. Talvez elas tenham que se esforçar muito mais que qualquer outra pessoa para ignorar alarmes corporais internos e que terão mais dificuldade de racionalizar e assim saber que não irão morrer, enlouquecer ou perder o controle, sintomas presentes durante o ataque de pânico, apesar de sentirem que estão para morrer".

Outro fato importante abordado por Uchida é que as pessoas com síndrome do pânico freqüentemente têm vergonha do que sentem. "Muitas vezes vão parar em pronto-socorros e nada é diagnosticado, causando um enorme desconforto. Saber sobre a neurobiologia de seu problema ajuda os portadores com uma possível estigmatização que ele possa sofrer".

Na pesquisa foram avaliadas 39 pessoas, entre pacientes com TA e controles. Os exames de ressonância foram feitos no Hospital das Clínicas da FMRP e a análise no Hospital das Clínicas de São Paulo.

Ciência comprova modelo

O envolvimento de regiões do tronco cerebral em ataques de pânico não era novidade, pelo menos para os professores Frederico Guilherme Graeff, da FMRP e orientador da pesquisa de Uchida, e Bill Deakin, psiquiatra inglês da Universidade de Manchester.

Em 1991 eles propuseram um modelo anatômico e neuroquímico para o Transtorno do Pânico. Nesse modelo, a estrutura chave para o ataque de pânico seria a matéria cinzenta periaquedutal dorsal, localizada no tronco cerebral. "Nossos resultados confirmam o envolvimento do tronco cerebral", diz Uchida. Mesmo que a tecnologia atual não seja capaz de dizer qual especificamente a estrutura no tronco esta aumentada, o modelo criado por eles foi capaz de predizer este achado.

Síndrome do pânico

Segundo dados na literatura médica, o Transtorno do Pânico, popularmente também conhecido como síndrome do pânico, é caracterizado por crises onde a pessoa sente medo de morrer, vontade de fugir de alguma coisa, batedeira no peito, falta de ar, tremores.

"Dizem que é a pior coisa que uma pessoa pode sentir. A crise geralmente é de curta duração, somente alguns minutos. Depois de algumas crises a pessoa desenvolve medo de ter a crise novamente, fica muito preocupada em ter um derrame, por exemplo, e começa a ter medo de ir a locais onde já teve a crise", diz Uchida.

Medo e Ansiedade

Já a ansiedade é descrita como uma reação fisiológica normal, importante para a sobrevivência e adaptação do organismo. "Precisamos sentir ansiedade e assim evitarmos o perigo. Quando muito intensa ou descabida, transforma-se em um problema de saúde. Alguns autores diferenciam medo de ansiedade, mas todas podem trazer sérios prejuízos para as pessoas", alerta o psiquiatra.

domingo, 30 de novembro de 2008

Mulheres intuitivas e homens autistas

Mulheres intuitivas e homens autistas

DRAUZIO VARELLA


Em média, somos mais altos e mais musculosos do que as mulheres. Característico da maioria dos mamíferos, esse dimorfismo sexual é evidência indiscutível da seleção natural resultante da competição milenar entre os machos pela posse das fêmeas, sempre interessadas em se acasalar com os mais poderosos, capazes de proteger suas proles.

Nos últimos 50 anos, os neurocientistas têm demonstrado que o dimorfismo na espécie humana não se restringe à aparência física, mas está presente na configuração do cérebro.Apesar de variações individuais, o cérebro masculino é cerca de 9% maior do que o feminino, graças às dimensões da substância branca, uma vez que a quantidade de massa cinzenta (associada às funções cognitivas superiores) é semelhante em ambos os sexos. Por outro lado, o corpo caloso, estrutura que estabelece a conexão entre os hemisférios cerebrais direito e esquerdo, é proporcionalmente mais desenvolvido nas mulheres.

Os neurônios das mulheres parecem formar maior número de conexões (sinapses), essenciais do ponto de vista funcional, mas os homens têm em média 10 milhões a 20 milhões de neurônios a mais, e eles se encontram mais densamente empacotados na maior parte dos centros cerebrais.Antes que você, leitora feminista, tenha um ataque de nervos, vamos deixar claro que, até hoje, nenhum estudo científico conseguiu demonstrar superioridade dos quocientes médios de inteligência em qualquer dos sexos.

Tomadas em conjunto, essas informações apenas explicam porque nós demonstramos mais habilidade na realização de tarefas restritas a um único hemisfério cerebral, como interpretar mapas geográficos, encontrar saídas em labirintos, lidar com máquinas, ao passo que elas levam vantagem em atividades que se beneficiam das conexões entre os dois lados do cérebro: interpretação de emoções alheias, sensibilidade social, fluência verbal.

Enquanto as áreas cerebrais controladoras da linguagem masculina estão limitadas ao hemisfério cerebral esquerdo, a mulher utiliza os dois hemisférios ao falar. Graças a essa versatilidade, as meninas começam a falar mais cedo (e, segundo os maledicentes, não param mais) e se saem melhor nas atividades escolares que privilegiam a linguagem.Comparadas com os meninos, elas nascem com uma diferença de maturação cerebral de quatro semanas, diferença mantida de tal forma até a idade escolar que o doutor José Salomão Schwartzman, um dos neuropediatras brasileiros mais conceituados, considera erro grosseiro levar em conta apenas o critério de idade para misturar crianças de ambos os sexos na mesma sala de aula.

Dados experimentais demonstram que essas características sexuais estão ligadas a fatores biológicos. Ratos machos realizam com mais facilidade os testes para encontrar saídas de labirintos, vantagem perdida quando as fêmeas são tratadas com testosterona no período neonatal. Na infância, os machos de diversas espécies de macacos preferem brincar com carrinho, enquanto as fêmeas escolhem as bonecas.Em trabalho publicado em 2001, no qual bebês de um dia de vida foram colocados diante da face de uma pessoa e de um objeto mecânico móvel, ficou demonstrado que as meninas passam mais tempo a olhar para a face; os meninos, para o objeto.

O mecanismo responsável por essas diferenças corre por conta da exposição do sistema nervoso à ação da testosterona produzida pelos testículos durante a vida embrionária e neonatal. Meninas que nascem com hiperplasia adrenal congênita, condição genética em que ocorre aumento de produção de testosterona, exibem comportamento mais semelhante ao dos meninos.

É cada vez mais aceita na psicologia moderna a teoria da Empatia-Sistematização (E-S), segundo a qual os indivíduos podem ser classificados de acordo com sua maior habilidade de sistematizar ou estabelecer empatia. Sistematizar é a capacidade de analisar um sistema com o objetivo de prever seu o comportamento. Empatia é a capacidade de identificar estados mentais alheios e de responder a eles com a emoção mais apropriada.

A teoria E-S propõe que as diferenças psicológicas entre os sexos sejam definidas pelo diferencial entre as dimensões da empatia (E) e da sistematização (S), uma vez que prever comportamentos e emoções alheias não obedece às regras que regem sistemas mecânicos, nos quais a resposta a um mesmo estímulo é sempre previsível. O tipo psicológico ES é característico das mulheres; SE é mais encontrado nos homens.

De acordo com a teoria, o processo de masculinização cerebral, levado ao extremo, conduziria ao autismo, condição associada a comportamentos repetitivos, obsessão por sistemas previsíveis como decorar horários de trens e nomes de ruas, resistência às mudanças do ambiente, dificuldade de compreender metáforas, precocidade para decifrar funcionamento de máquinas e dificuldade de relacionamento afetivo.

O dimorfismo cerebral explica porque as mulheres tantas vezes nos surpreendem ao interpretar atitudes e prever intenções alheias e a habilidade demonstrada por elas na execução de tarefas simultâneas como dar banho nos filhos, falar ao telefone, avisar que a campainha está tocando e pedir para desligar o forno, enquanto dez homens na sala, assistindo ao futebol, perdem a concentração quando entra uma mulher para perguntar quem vai encomendar a pizza.

A discussão é ingrata e interminável, mas sempre é bom ler um artigo bem escrito como esse... (O original está em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2611200523.htm ).

domingo, 23 de novembro de 2008

Cérebro e a célula-tronco

Uma das grandes promessas das células-tronco é a possibilidade de criar novos neurônios para combater doenças como os males de Alzheimer e Parkinson, ou de evitar a morte de neurônios nos casos de acidente vascular cerebral (AVC).

Os cientistas estão longe de conseguir algo concreto. Mas dão os primeiros passos. A segurança do tratamento com células-tronco adultas, quando implantadas no cérebro de pacientes que acabaram de sofrer um AVC, está sendo testada por pesquisadores de quatro instituições brasileiras. Durante o AVC, ocorre uma hemorragia ou o bloqueio de uma artéria do cérebro. Aquela região fica sem irrigação sanguínea, e os neurônios morrem.
No caso desse estudo, apenas pacientes que não tiveram hemorragia podem participar.

Células-tronco da medula óssea do próprio paciente são injetadas na artéria femoral por um cateter que as leva até a artéria do cérebro. A pesquisa, que incluirá 50 pacientes, deverá acabar até o fim do ano. Até agora, 30 já receberam o implante. “Alguns pacientes passaram pelo tratamento há dois anos e não tiveram nenhuma complicação. É sinal de que a técnica não oferece riscos”, afirma a neurocientista Rosália Mendez-Otero, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, coordenadora do projeto. ...

Leia mais em http://biomedcenter.blogspot.com/2008/11/crebro-uma-das-grandes-promessas-das.html

domingo, 16 de novembro de 2008

Terapia para quem tem vício de comprar

Um hospital universitário alemão anunciou ter desenvolvido uma terapia bem sucedida para tratar pessoas viciadas em fazer compras.
Segundo o hospital da Universidade de Erlangen, no sudoeste da Alemanha, quase metade de um grupo de 60 pacientes tratados conseguiu controlar a compulsão excessiva para compras, mesmo seis meses após o fim do tratamento.
Foram tratados no hospital 51 mulheres e nove homens entre 20 e 61 anos.
Todos eles sofriam de oneomania (mania de comprar), a doença se caracteriza pela compulsão em comprar coisas desnecessárias em excesso e até repetidamente.
O ato de adquirir as mercadorias é acompanhado, então, de forte excitamento e sensação de felicidade, transformando-se, geralmente, em posterior arrependimento. O mal atinge, segundo sondagens, até um entre 12 cidadãos alemães.

Terapia
Durante a terapia, os participantes se reuniram em grupos semanalmente, para analisar seus comportamentos de consumo e trocar experiências entre si e com os terapeutas. As sessões, com duração de 90 minutos, foram realizadas durante 12 semanas.
“Analisamos os acessos de compras dos pacientes como que através de um microscópio”, diz a psicóloga Astrid Müller, diretora do projeto, inédito na Europa.
De acordo com a terapeuta, esse “consumo patológico” é, na maioria das vezes, acompanhado por outros problemas psíquicos, como depressão, ataque de ansiedade, alcoolismo ou disfunção alimentar.
“Embora entre 6% e 8% dos alemães tenham forte propensão à compra compulsória, o problema continua a ser ignorado”, diz Müller.

“Reorientação”
Estratégias individualmente elaboradas ou mudanças de hábitos, como leitura ou encontros com amigos, podem ajudar a evitar a compulsão para comprar, de acordo com a psicóloga.
“Mas o pensamento nas compras geralmente não pode ser esquecido”, afirma a diretora do estudo. Por isso, não é possível se falar em uma cura para a ânsia de consumir e sim em uma reorientação para as reais necessidades dos pacientes.
O importante, diz a psicóloga, é que a pessoa faça um protocolo de compras que ajude no autocontrole. Muitas vezes os pacientes têm que reaprender a lidar com dinheiro.
Estudos demonstram que o vício afeta pessoas sem distinção de classe social ou faixa de renda. Jovens parecem ser mais passíveis que os mais velhos, e mulheres mais que homens.
A compra compulsiva é conhecida desde o início do século passado, tendo sido descrita em 1909 pelo psiquiatra alemão Emil Kraeplin, que associou o mal a um grupo de distúrbios compulsivos incluindo a cleptomania (mania de furto) e a piromania (mania de brincar com fogos).
Até hoje, os poucos estudos controlados para tratamento da doença com medicamentos (antidepressivos, por exemplo) não tiveram sucesso comprovado.

Fonte: BBC Brasil.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Bebés e as emoções

Um estudo realizado por pesquisadores britânicos sugere que bebês de quatro meses já são capazes de reconhecer expressões de emoção em adultos.

A equipe, do Centro Cerebral e Desenvolvimento Cognitivo da Universidade de Birkbeck, em Londres, descobriu que bebês conseguem captar os sinais não-verbais utilizados pelo ser humano para se comunicar, como sorriso e sobrancelhas levantadas.

Os especialistas utilizaram métodos de imagens para verificar se as regiões cerebrais implicadas nas percepções dos adultos de comunicação facial também eram ativadas nas crianças.

Nas imagens, um adulto olha fixamente para os bebês e em seguida levanta a sobrancelha e sorri.

Ao medir o nível de oxigênio no cérebro das crianças, os cientistas observaram a ativação das regiões temporal e pré-frontal do córtex, as mesmas que reagem em adultos quando confrontados com sinais não-verbais.

A pesquisa foi publicada na revista especializada Proceedings of The Royal Society, Biological Sciences.

Autismo

Segundo os especialistas, os resultados sustentam a tese de que os bebês nascem com os cérebros já preparados para interagir com outros seres humanos.

O co-autor do estudo, Tobias Grossman, disse que o próximo passo será analisar a importância deste aspecto no desenvolvimento das habilidades humanas de interação social.

“O principal objetivo do estudo é entender os mecanismos cerebrais que sustentam o desenvolvimento das relações sociais”, disse Grossman.

“Mas espero que assim que entendermos melhor esses primeiros passos possamos usar este conhecimento para investigar o que pode dar errado nos casos de desordens do desenvolvimento neurológico.”

Ainda para os pesquisadores, as técnicas aplicadas no estudo podem ser utilizadas no futuro para diagnosticar os primeiros sinais de autismo.

“Não garantimos que isso possa diagnosticar a doença, mas pode ser uma maneira eficiente de lançar o alerta”, disse Mark Johnsnon, um dos autores do trabalho.

Fonte: BBC Brasil.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

IDADE DO CEREBRO

Este jogo japonês vai mostrar se o seu cérebro é mais jovem que você ou mais velho que o resto do seu corpo!
Como jogar:
1. Tecle 'start'
2. Aguarde pelo 3, 2, 1.
3. Memorize a posição dos números e clique nos círculos, sempre do menor para o maior número.
Nota: Comece com o ZERO sempre que ele estiver presente.
4.No final do jogo, o computador vai dizer a idade do seu cérebro!!!
http://flashfabrica.com/f_learning/brain/brain.html

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Internet aumenta poder cerebral de idosos

Um novo estudo americano sugere que pessoas na meia-idade ou mais velhas aumentam o poder de seus cérebros com o uso da internet.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia-Los Angeles descobriram que a busca de dados pela rede estimula centros do cérebros que controlam a tomada de decisões e o raciocínio complexo.

Segundo os cientistas, isso pode até ajudar no combate a mudanças fisiológicas relacionadas à idade que levam o cérebro a ficar mais lento.

Com o envelhecimento, o cérebro passa por uma série de mudanças, incluindo o encolhimento e redução na atividade celular, o que pode ter um impacto no desempenho cerebral.

Acreditava-se que atividades como palavras-cruzadas ajudariam a manter o cérebro ativo e também a minimizar o impacto do envelhecimento. O novo estudo sugere que surfar pela internet também pode ser uma destas atividades.

"Os resultados do estudo são encorajadores, as tecnologias que estão surgindo podem ter efeitos fisiológicos e benefícios potenciais para adultos de meia-idade ou mais velhos", diz o professor Gary Small, que liderou a pesquisa.

"As buscas na internet envolvem uma complicada atividade cerebral, que pode ajudar a exercitar o cérebro e melhorar as funções cerebrais", acrescenta Small.

O estudo foi publicado na revista American Journal of Geriatric Psychiatry.

Exames

Os cientistas trabalharam com 24 voluntários com idades entre 55 e 76 anos. Metade era formada por usuários experientes da internet. Cada voluntário teve o cérebro examinado enquanto fazia buscas na internet e lia livros.

Os dois tipos de tarefas deram provas de uma atividade significativa em regiões do cérebro que controlam linguagem, leitura, memória e habilidades visuais.


Atividade cerebral de usuário experiente ao fazer buscas na internet
Atividade cerebral de usuário experiente ao pesquisar na internet

No entanto, a busca na internet produziu atividade adicional em áreas separadas do cérebro, que controlam a tomada de decisões e raciocínos complexos, mas apenas nos voluntários que eram usuários experientes da internet.

Segundo os pesquisadores, comparando com a simples leitura, as múltiplas escolhas da internet exigem que as pessoas tomem decisões a respeito do que clicar para conseguir informações relevantes.

Os cientistas sugeriram, porém, que os usuários inexperientes da rede não conseguiram compreender bem as estratégias necessárias para uma busca bem-sucedida.

"Uma tarefa simples, cotidiana, como fazer buscas na internet, parece intensificar os circuitos cerebrais nos adultos mais velhos, demonstrando que nosso cérebro pode continuar a aprender à medida que envelhecemos", afirma Small.

"Essas descobertas fascinantes se somam a pesquisas anteriores e sugerem que pessoas de meia-idade ou mais velhas podem reduzir o risco de sofrer de demência ao praticar regularmente atividades cerebrais estimulantes", diz Rebecca Wood, diretora-executiva da organização Alzheimer's Research Trust.

"Interação social frequente, prática regular de exercícios e a manutenção de uma dieta balanceada também podem reduzir o risco de demência", acrescenta Wood.

No entanto, para Susanne Sorensen, chefe de pesquisas da Alzheimer's Society, "ainda há poucas evidências de que manter o cérebro ativo por meio de palavras-cruzadas, jogos e outras atividades" pode reduzir o risco de demência.

Fonte: BBC