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quarta-feira, 27 de agosto de 2014
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Relação Pai & filho adulto casado...
COURO DE BOI
Conheço um velho ditado, que é do tempo dos agáis.
Diz que: “Um pai trata dez filhos, dez filhos não trata um pai.”
Sentindo o peso dos anos sem poder mais trabalhar,
O velho, peão estradeiro, com seu filho foi morar.
O rapaz era casado e a mulher deu de implicar.
“Você manda o velho embora, se não quiser que eu vá.”
E o rapaz, de coração duro, com o velhinho foi falar:
“Para o senhor se mudar, meu pai eu vim lhe pedir
Hoje aqui da minha casa o senhor tem que sair
Leve este couro de boi que eu acabei de curtir
Pra lhe servir de coberta aonde o senhor dormir.”
O pobre velho, calado, pegou o couro e saiu.
Seu neto de oito anos que aquela cena assistiu
Correu atrás do avô, seu paletó sacudiu
Metade daquele couro, chorando ele pediu.
O velhinho, comovido, pra não ver o neto chorando
Partiu o couro no meio e pro netinho foi dando.
O menino chegou em casa, seu pai foi lhe perguntando:
“Pra quê você quer este couro que seu avô ia levando?”
Disse o menino ao pai: “um dia vou me casar
O senhor vai ficar velho e comigo vem morar
Pode ser que aconteça de nós não se combinar
Essa metade do couro vou dar pro senhor levar.”
Conheço um velho ditado, que é do tempo dos agáis.
Diz que: “Um pai trata dez filhos, dez filhos não trata um pai.”
Sentindo o peso dos anos sem poder mais trabalhar,
O velho, peão estradeiro, com seu filho foi morar.
O rapaz era casado e a mulher deu de implicar.
“Você manda o velho embora, se não quiser que eu vá.”
E o rapaz, de coração duro, com o velhinho foi falar:
“Para o senhor se mudar, meu pai eu vim lhe pedir
Hoje aqui da minha casa o senhor tem que sair
Leve este couro de boi que eu acabei de curtir
Pra lhe servir de coberta aonde o senhor dormir.”
O pobre velho, calado, pegou o couro e saiu.
Seu neto de oito anos que aquela cena assistiu
Correu atrás do avô, seu paletó sacudiu
Metade daquele couro, chorando ele pediu.
O velhinho, comovido, pra não ver o neto chorando
Partiu o couro no meio e pro netinho foi dando.
O menino chegou em casa, seu pai foi lhe perguntando:
“Pra quê você quer este couro que seu avô ia levando?”
Disse o menino ao pai: “um dia vou me casar
O senhor vai ficar velho e comigo vem morar
Pode ser que aconteça de nós não se combinar
Essa metade do couro vou dar pro senhor levar.”
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
domingo, 10 de agosto de 2014
sábado, 9 de agosto de 2014
domingo, 3 de agosto de 2014
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
A doença do CONSUMISMO
Livro - Mentes Consumistas
Ao longo dos últimos quinze anos, no dia a dia de seu consultório, a médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva assistiu ao significativo aumento do número de jovens adultos em busca de ajuda contra angústia, ansiedade, depressão. Boa parte desses casos tem uma origem comum, nem sempre identificada num primeiro momento: a compulsão por compras e suas consequências para a vida financeira e social das pessoas.
Atenta a essa nova forma de adoecer – e à tendência de que se alastre numa sociedade cada vez mais consumista –, Ana Beatriz lança sua mais recente obra, Mentes consumistas: do consumismo à compulsão por compras. Publicado pelo selo Principium, o livro trata da perigosa tendência atual da busca da felicidade pelo consumo.
Para surpresa da própria autora, a grande fonte de prazer dos compulsivos se encerra no ato da compra, e não necessariamente na posse ou no usufruto dos bens adquiridos (os quais, com frequência, acabam deixados de lado, enquanto a pessoa se concentra em novos alvos de desejo).
A doença – que a ciência chama de oniomania – desencadeia quadros bastante semelhantes aos da dependência química e tem características comuns com outras enfermidades “modernas”, como a bulimia, a anorexia, o TOC (transtorno obsessivo-compulsivo) e o TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade).
Embora comprar não seja um ato ilegal, muitos oniomaníacos se sentem culpados e chegam a esconder seus hábitos até mesmo das pessoas mais próximas.
A autora destaca uma singularidade dos compulsivos por compras: diferentemente de quem padece de outros transtornos de comportamento, o consumista descontrolado sofre porque embaralha sua identidade com as marcas dos objetos que compra.
Em outras palavras, confunde o “ser” com o “ter”. E ele também julga que sua felicidade depende da quantidade de coisas que pode comprar para si e para os outros. Isso o conduz para uma escalada de consumo sem fim, na busca constante pelos efêmeros momentos de prazer proporcionados a cada aquisição.
Assim como em seus outros livros – como o best-seller Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado, com mais de 600 mil exemplares vendidos e cuja nova edição revista e ampliada é publicada agora pela Principium –, a autora recorre a casos reais de sua experiência clínica para ilustrar o sofrimento e a dinâmica da mente do compulsivo por compras.
Ela identifica os estopins que podem desencadear a oniomania, lista os sinais e os sintomas da “ressaca” pós-compras e retrata os meios diagnósticos para identificar a doença – inclusive com um útil check list para o leitor se avaliar.
Para além de explicar a oniomania, as formas de identificar o transtorno e os meios disponíveis para tratá-lo – inclusive com um Top 10 de intervenções comportamentais, dicas eficientes para quem sofre da oniomania –, o livro traz oportunas reflexões sobre a sociedade moderna e seus perversos mecanismos de estímulo ao consumo desenfreado.
Ana Beatriz observa que os valores de mercado deixaram o campo da economia e passaram a governar nossa própria vida, varrendo para baixo do tapete princípios morais e éticos que são o que há de melhor na essência humana.
Combater o consumismo e a oniomania, nesse sentido, significa lutar pelo resgate desses princípios – os únicos que podem, sim, nos reconduzir ao caminho da verdadeira felicidade.
Ao longo dos últimos quinze anos, no dia a dia de seu consultório, a médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva assistiu ao significativo aumento do número de jovens adultos em busca de ajuda contra angústia, ansiedade, depressão. Boa parte desses casos tem uma origem comum, nem sempre identificada num primeiro momento: a compulsão por compras e suas consequências para a vida financeira e social das pessoas.
Atenta a essa nova forma de adoecer – e à tendência de que se alastre numa sociedade cada vez mais consumista –, Ana Beatriz lança sua mais recente obra, Mentes consumistas: do consumismo à compulsão por compras. Publicado pelo selo Principium, o livro trata da perigosa tendência atual da busca da felicidade pelo consumo.
Para surpresa da própria autora, a grande fonte de prazer dos compulsivos se encerra no ato da compra, e não necessariamente na posse ou no usufruto dos bens adquiridos (os quais, com frequência, acabam deixados de lado, enquanto a pessoa se concentra em novos alvos de desejo).
A doença – que a ciência chama de oniomania – desencadeia quadros bastante semelhantes aos da dependência química e tem características comuns com outras enfermidades “modernas”, como a bulimia, a anorexia, o TOC (transtorno obsessivo-compulsivo) e o TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade).
Embora comprar não seja um ato ilegal, muitos oniomaníacos se sentem culpados e chegam a esconder seus hábitos até mesmo das pessoas mais próximas.
A autora destaca uma singularidade dos compulsivos por compras: diferentemente de quem padece de outros transtornos de comportamento, o consumista descontrolado sofre porque embaralha sua identidade com as marcas dos objetos que compra.
Em outras palavras, confunde o “ser” com o “ter”. E ele também julga que sua felicidade depende da quantidade de coisas que pode comprar para si e para os outros. Isso o conduz para uma escalada de consumo sem fim, na busca constante pelos efêmeros momentos de prazer proporcionados a cada aquisição.
Assim como em seus outros livros – como o best-seller Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado, com mais de 600 mil exemplares vendidos e cuja nova edição revista e ampliada é publicada agora pela Principium –, a autora recorre a casos reais de sua experiência clínica para ilustrar o sofrimento e a dinâmica da mente do compulsivo por compras.
Ela identifica os estopins que podem desencadear a oniomania, lista os sinais e os sintomas da “ressaca” pós-compras e retrata os meios diagnósticos para identificar a doença – inclusive com um útil check list para o leitor se avaliar.
Para além de explicar a oniomania, as formas de identificar o transtorno e os meios disponíveis para tratá-lo – inclusive com um Top 10 de intervenções comportamentais, dicas eficientes para quem sofre da oniomania –, o livro traz oportunas reflexões sobre a sociedade moderna e seus perversos mecanismos de estímulo ao consumo desenfreado.
Ana Beatriz observa que os valores de mercado deixaram o campo da economia e passaram a governar nossa própria vida, varrendo para baixo do tapete princípios morais e éticos que são o que há de melhor na essência humana.
Combater o consumismo e a oniomania, nesse sentido, significa lutar pelo resgate desses princípios – os únicos que podem, sim, nos reconduzir ao caminho da verdadeira felicidade.
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