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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Registo em sites da web

Se você se registra em vários sites da web e depois nem lembra, essa página vai ser útil. Basta digitar o nome de usuário que você costuma usar e conferir por onde você andou.
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domingo, 26 de outubro de 2008

Domínio público - 1.000 livros para download

http://www.alessandromartins.com/2007/08/22/os-1000-livros-mais-procurados-no-dominio-publico-para-baixar-gratis/

Deixo aqui uma pequena lista, que é uma amostra dos 1000 livros que vocês podem ter acesso.

ATENÇÃO: para encontrar um autor ou título específico aperte as teclas control e F de seu teclado. Esta lista não está e não estará em ordem alfabética. É um ranking: o critério de ordenamento é o número de vezes que uma obra foi baixada.

  1. A Divina Comédia -Dante Alighieri
  2. A Comédia dos Erros -William Shakespeare
  3. Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa
  4. Dom Casmurro -Machado de Assis
  5. Cancioneiro -Fernando Pessoa
  6. Romeu e Julieta -William Shakespeare
  7. A Cartomante -Machado de Assis
  8. Mensagem -Fernando Pessoa
  9. A Carteira -Machado de Assis
  10. A Megera Domada -William Shakespeare
  11. A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare
  12. Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare

Retardar os efeitos da idade - Mehmet Oz

ENTREVISTA DA VEJA COM CIRURGIÃO CARDÍACO TURCO e CIDADÃO AMERICANO DR. MEHMET OZ http://www.time.com/time/specials/2007/article/0,28804,1733748_1733754_1735329,00.html


A especialidade do cirurgião cardíaco turco e cidadão americano Mehmet Oz http://en.wikipedia.org/wiki/Mehmet_Oz, de 47 anos, é retardar ao máximo os efeitos da idade em seus pacientes. Diretor do Programa de Medicina Integrada da Universidade Colúmbia, em Nova York, ele é consultor da famosa clínica antienvelhecimento do médico Michael Roizen, criador do conceito de que é possível manter o organismo mais jovem do que aponta a idade cronológica. Oz e Roizen também assinam a quatro mãos uma série de livros de sucesso que ensinam como manter um estilo de vida que adia a velhice. O mais recente deles, You Staying Young (Você Sempre Jovem), lançado há um mês nos Estados Unidos, já vendeu meio milhão de exemplares. Nos últimos quatro anos, Oz se tornou uma celebridade ao participar de um quadro fixo no programa de TV da apresentadora Oprah Winfrey. Ele também apresenta documentários no Discovery Channel. Nos dois casos, dá dicas aos telespectadores sobre como viver mais com boa saúde. Esse é justamente o tema da entrevista que ele deu a VEJA.

BREVE BIOGRAFIA DO DR.OZ

Dr.Mehmet Oz nasceu em Cleveland, Ohio (EUA), dos pais turcos. Ele é casado e pai de quatro filhos. Ele se formou da Harvard Univesity em 1982, depois fez mestrado e MBA na Universidade de Pennsylvania.

Ele é autor de mais de 350 publicações e vários livros. Em maio de 2005 estava na lista de New York Times Bestseller. Alguns livros e publicações dele junto com o colega Michael F. Roizen são:


Veja - Existe uma fórmula para se manter jovem por mais tempo?
Oz - Sim.
Há catorze agentes principais envolvidos no envelhecimento. Sete retardam o processo, como os antioxidantes, e sete nos enfraquecem, como a atrofia muscular. É preciso manter esses agentes sob controle. O primeiro passo para alcançar esse objetivo é pensar não na possibilidade de ficar doente, mas na necessidade de manter o organismo saudável. Deve-se tirar o foco da prevenção dos males e direcioná-lo para a preservação da saúde. Se ninguém mais morresse de câncer e de doenças cardiovasculares, a expectativa de vida média do ser humano subiria apenas nove anos. Isso mostra que, para aumentar consideravelmente a expectativa de vida, não basta evitar doenças. É preciso cuidar do corpo para que ele não enfraqueça. Quando uma pessoa envelhece, doenças potencialmente fatais, como o câncer e o infarto, não aparecem de imediato. Antes que elas se instalem, o corpo torna-se mais frágil e vulnerável.

Veja - O que fazer para evitar que o corpo se torne frágil e vulnerável?

Oz - Meu novo livro, You Staying Young (Você Sempre Jovem, ainda sem previsão de lançamento no Brasil),
trata exatamente desse tema. Os exercícios físicos são uma ferramenta essencial. Eles combatem o primeiro sinal do envelhecimento, que é a perda de força muscular. Outros recursos importantes são alimentar-se bem e meditar. Uma boa recomendação é a prática do tai chi chuan, exercício oriental que combina equilíbrio, coordenação motora e também meditação. Se todos adotassem essas medidas, a vida média da população poderia subir para 110 anos. Quanto à alimentação, não podem faltar nutrientes como o resveratrol da uva e o licopeno do tomate, que são poderosos antioxidantes. O principal, mas também o mais difícil, é controlar a quantidade dos alimentos. De qualquer forma, todo mundo deve comer um pouco menos do que tem vontade.

Veja - Fazer várias pequenas refeições por dia, como recomendam alguns médicos, faz bem para a saúde?

Oz - Deve-se comer de três em três horas.
Se o intervalo é maior, a taxa de hormônio grelina, que estimula a fome, começa a subir. O problema é que, após uma refeição, ainda demora trinta minutos para que a taxa desse hormônio volte a baixar. Em conseqüência disso, acaba-se comendo mais do que se deveria. O mais importante, além de comer alguma coisa a cada três horas, é trocar as refeições grandes por pequenas, intercaladas por lanchinhos. Esse conceito não foi criado por mim. É o que mostram as pesquisas científicas.

Veja - O que o senhor considera refeições grandes e pequenas?

Oz - Uma refeição grande ultrapassa 1 000 calorias.
Uma pequena tem, no máximo, 500. Quem consome por volta de 2 000 calorias diárias pode fazer duas refeições de 300 calorias cada uma e outra maior, de até 800. Os lanchinhos podem ter até 250 calorias.

Veja - O que deve ficar de fora do cardápio?

Oz - Existe uma regrinha fácil de ser usada, a regra dos cinco.
Para isso, é preciso examinar o rótulo dos alimentos. Cinco ingredientes não podem estar entre os primeiros listados no rótulo. São eles: gorduras saturadas, gorduras trans, açúcar simples, açúcar invertido e farinha de trigo enriquecida. Dois desses nutrientes são gorduras, dois são açúcares. Os dois tipos de gordura podem estimular processos inflamatórios no fígado que forçam a produção de substâncias deletérias, como o colesterol. Também fazem com que o fígado fique menos sensível à insulina, aumentando o risco de diabetes. Os açúcares listados fazem mal por estimular a produção de insulina, o que aumenta o depósito de gordura corporal. O pior é que esses cinco itens são os mais comuns nas dietas atuais.
Veja - O cardápio básico do brasileiro, composto de arroz, feijão, carne e salada, é saudável?
Oz - A princípio, sim.
Esse cardápio contém exatamente os nutrientes para os quais a digestão humana está preparada. Mas os brasileiros comem carnes muito gordas, o que é errado.. Antigamente, no mundo inteiro, quando os métodos de criação do gado eram mais simples, a porcentagem de gordura dos melhores cortes da carne bovina era, em média, de 4%. Hoje é de 30%. Outro problema dos hábitos alimentares do brasileiro é que ele come arroz em excesso, o que não traz nenhum benefício. Melhor seria adotar o arroz integral. Os alimentos integrais têm mais fibras, o que os mantém mais tempo no intestino e diminui a absorção de açúcar pelo organismo. Uma vantagem dos brasileiros é ter à disposição enorme variedade de frutas e vegetais maravilhosos, por preço razoável.

Veja - Os hábitos que o senhor propõe para prolongar a vida são relativamente simples, mas exigem controle estrito sobre as atividades do dia-a-dia. Como exercer esse controle?

Oz - A palavra-chave é automatizar.
Ou seja, fazer desses hábitos uma rotina, sem precisar pensar muito neles. Acordar, escovar os dentes e passar o fio dental, para reduzir a quantidade de bactérias prejudiciais à saúde. Beber muito líquido ao longo do dia, principalmente água e chá verde. Dormir ao menos sete horas por noite. Durante o sono se produz o hormônio do crescimento, essencial mesmo para quem já é adulto, pois prolonga a juventude. Caminhar meia hora por dia e praticar exercícios que façam suar três vezes por semana. Meditar cinco minutos diariamente, o que pode estar embutido na prática de ioga ou tai chi chuan. Evitar alimentos que estejam na regra dos cinco, que mencionei anteriormente. Uma última coisa: estreitar o relacionamento com as pessoas próximas e abster-se de julgá-las. Em vez de julgar os outros, é melhor tomar conta de si próprio.

Veja - Abster-se de julgar os outros ajuda a manter a juventude?

Oz - Sim, da mesma forma que resolver situações de conflito.
O conflito não traz nada de positivo. É apenas desgastante. Costumo recomendar a meus pacientes que procurem as pessoas com quem mantêm uma relação de animosidade e tentem resolver o impasse. Essa é uma atitude para o bem-estar próprio. Não há nada de altruísta nela. É uma atitude egoísta.

Veja - O que o senhor acha das dietas para emagrecer que surgem e viram moda a cada seis meses?

Oz - Essas dietas fazem sucesso, mas são péssimas para a saúde.
A alimentação não deve ser encarada como uma maratona para a perda de peso. Uma dieta que tenha como chamariz o emagrecimento rápido não é confiável. Comer menos do que o corpo necessita é uma agressão à fisiologia. Ou seja, aos processos químicos que fazem o organismo funcionar. Quando a fisiologia é desprezada, os resultados das dietas são transitórios.

Veja - Por que o senhor recomenda cuidados com o jantar?

Oz - Na verdade, há uma única regra a observar: deve-se jantar pelo menos três horas antes de dormir.
Deitar logo após a refeição facilita o acúmulo de gordura, principalmente na cintura. Além disso, comer muito tarde prejudica o sono.

Veja - O senhor recomenda beber muita água durante o dia. Quanto se deve beber exatamente?

Oz - Deve-se beber uma quantidade suficiente para que a urina esteja sempre clara. Isso varia de um dia para o outro. Em dias quentes, sua-se muito e, por isso, é preciso beber mais água. Para quem não abre mão da cafeína, sugiro chá verde. Em lugar de quatro cafezinhos por dia, beba quatro copos de chá verde. Essa bebida concentra muitos antioxidantes e nutrientes bons para a saúde.

Veja - Muitos ambientalistas condenam o consumo de água engarrafada. Do ponto de vista da saúde, ela é melhor que a água da torneira?

Oz - Eu acho um erro beber água engarrafada.
Há dois problemas principais com ela. O primeiro é que, se a garrafa plástica não for reciclada, pode contaminar os mares e os rios. Isso prejudica o meio ambiente e, indiretamente, a saúde. O plástico das embalagens vai parar nos peixes que comemos. O resultado é que 97% das pessoas apresentam resíduos de plástico no organismo, o que interfere no sistema hormonal. Esses resíduos estimulam os receptores de estrogênio, o hormônio feminino. Em excesso, o estrogênio pode causar câncer e outros problemas. As toxinas contidas no plástico também aceleram o envelhecimento. O segundo problema é que, como a água engarrafada não apresenta vantagens com relação à água da torneira, trata-se de um desperdício de dinheiro.

Veja - O senhor recomenda exercícios físicos que provoquem suor. Exercícios leves são inúteis?

Oz - Essas recomendações visam à saúde cardiovascular.
Para essa finalidade, apenas os exercícios moderados ou intensos, que fazem suar, apresentam benefícios. Mas os exercícios suaves e de baixo impacto têm valor. Mesmo a caminhada movimenta grandes músculos, como os das coxas e dos quadris, que consomem muita energia. Como o gasto calórico muscular é maior durante o exercício, a queima de calorias aumenta.

Veja - Os suplementos vitamínicos são criticados em muitos estudos científicos. O que o senhor acha deles?

Oz - Eles são eficazes, mas prometem mais do que cumprem.
Na verdade, os médicos saem da faculdade sem conhecimentos suficientes sobre os suplementos e são forçados a tirar suas próprias conclusões. De modo geral, uma suplementação só é necessária quando as vitaminas não são obtidas naturalmente com a alimentação. Por outro lado, acredito que determinadas vitaminas podem melhorar a qualidade de vida e a longevidade. Entre elas estão as vitaminas A, B, C, D e E, além de cálcio, magnésio, selênio e zinco. A vitamina D é importantíssima, pois previne câncer e osteoporose. Principalmente nos países mais frios, onde a exposição solar é restrita, os suplementos são essenciais.

Veja - Além dos procedimentos já descritos nesta entrevista, o que mais o senhor faz para adiar o envelhecimento?

Oz - Minha receita principal de juventude é brincar com meus filhos.
Também procuro descobrir coisas novas todos os dias. Aprendo ao conversar com os outros e, apesar de ser muito assediado para responder a perguntas, por causa de minha atuação na TV, prefiro perguntar, saber como é a vida das pessoas, como elas trabalham. Isso faz minha mente exercitar-se.

Veja - Nos últimos anos, o aperfeiçoamento do tratamento clínico fez cair o número de cirurgias cardíacas. Essa é uma tendência em outras especialidades médicas além da cardiologia?

Oz - Sem dúvida.
Os recursos clínicos tornaram-se mais eficazes tanto para a prevenção de doenças quanto para seu tratamento. Por isso, assim como na cardiologia, a cirurgia deixou de ser a primeira opção em outras áreas. Há poucos anos, quando o paciente machucava o joelho, ia direto para a sala de operação. Agora, ele vai para a sala de fisioterapia. Essa tendência também é evidente nos casos de diverticulite, uma inflamação do intestino, que passou a ser tratada com o consumo de fibras. O mesmo acontece com pacientes que apresentam doença arterial obstrutiva periférica. Antes eles iam para a faca. Agora, recebem como orientação deixar de fumar e caminhar. Mesmo que sintam dor num primeiro momento, essa é uma maneira de estimular o crescimento de novos vasos sanguíneos para substituir os danificados.
Veja - O senhor já esteve no Brasil. Como foi sua experiência no país?
Oz - Visitei o Brasil há muitos anos, quando ainda era estudante de medicina.
Fui ao Rio de Janeiro e conheci o doutor Ivo Pitanguy. Também fiquei deslumbrado com as frutas brasileiras e com as lojas de sucos. Elas misturam frutas e outros vegetais, uma combinação pouco convencional. Conheci o açaí, que até hoje está no meu cardápio. Compro açaí em Nova York mesmo. É um dos alimentos com maior concentração de antioxidantes. Planejo voltar ao Brasil em meados do ano que vem para gravar um programa. Quero muito ir à Amazônia e conhecer as plantas medicinais da região.
RECORDANDO AS MELHORES
josedemsimoes@oi.com.br
José de Mendonça Simões
Recife PE

Livro Indicado: O Corpo Inteligente - Michael Roizen, Mehmet Oz (8535222782)

Em uma nova aula sobre a biologia humana, a equipe por trás de Você: Manual do proprietário imprime sua marca com sabedoria e humor ao metabolismo dos alimentos e à nutrição.

Roizen e Oz nos oferecem extenso material - testes, curiosidades, destruidores de mitos, programas de exercícios e dietas, receitas e um programa de emagrecimento de duas semanas - tudo isso apresentado paulatinamente, dando aos leitores a chance de absorver e aplicar o que aprenderam. O autor trata de uma forma divertida um assunto extenso e massante, tornando a leitura muito agradável.

CORPO INTELIGENTE, O
Autor: ROIZEN, MICHAEL F.; OZ, MEHMET
Editora: CAMPUS
ISBN: 8535222782

Livros publicados:
YOU: Staying Young: The Owner's Manual for Extending Your Warranty, by Michael F. Roizen, Mehmet Oz, 2007, ISBN 0743292561.
  • YOU: On A Diet: The Owner's Manual for Waist Management, by Michael F. Roizen, Mehmet Oz, 2006, ISBN 0743292545.
  • YOU: The Smart Patient: An Insider's Handbook for Getting the Best Treatment, by Michael F. Roizen, Mehmet Oz, 2006, ISBN 0743293010.
  • YOU: The Owner's Manual: An Insider's Guide to the Body that Will Make You Healthier and Younger, by Michael F. Roizen, Mehmet Oz, 2005, ISBN 0060765313.
  • Complementary and Alternative Cardiovascular Medicine: Clinical Handbook, by Richard A. Stein (Editor), Mehmet, M.D. Oz (Editor), 2004, ISBN 1588291863.
  • Healing from the Heart: A Leading Surgeon Combines Eastern and Western Traditions to Create the Medicine of the Future, by Mehmet Oz, Ron Arias, Dean Ornish, 1999, ISBN 0452279550.
  • Minimally Invasive Cardiac Surgery, 2003
  • Numerous editorials in Newsweek, O Magazine, Esquire Magazine, and The New England Journal of Medicine

sábado, 25 de outubro de 2008

Europa - fontes de Informação

Neste site vocês podem encontrar links que vos levam a inúmeras informações europeias, indicando onde encontrar o que você procura.
http://ftp.infoeuropa.eurocid.pt/cds/prodep-fontes/HTMLS/mainLinks.html

Conquistar o que merece

Recebi esta metáfora de um aluno após um reflexão que fizemos na sala de aula:

Há muitos anos, vivia na China um jovem que ganhava o seu sustento quebrando pedras. Embora são e forte, o rapaz não estava contente com seu destino, e queixava-se noite e dia.


Tanto blasfemou contra Deus, que seu anjo da guarda terminou aparecendo e lhe disse:
- Você tem saúde, e uma vida pela frente muitos jovens começam fazendo algo como você, por que vive reclamando?
- Deus foi injusto comigo, e não me deu oportunidade de crescer.

Preocupado, o anjo foi a presença do Senhor, pedindo ajuda para que seu protegido não terminasse perdendo sua alma.
- Seja feita a tua vontade – disse o Senhor – A partir de agora tudo lhe será concedido.

No dia seguinte, o rapaz quebrava pedras quando viu passar uma carruagem levando um nobre, coberto de jóias. Passando as mãos pelo rosto suarento e sujo ele disse com amargura:
- Por que não posso eu ser nobre também? Este é o meu destino!
Então seu Anjo murmurou:
- Sê-lo-ás!

E ele transformou-se no dono de um palácio suntuoso, muitas terras e cercado de servidores. Costumava sair todos os dias com seu impressionante cortejo, e gostava de ver seus antigos companheiros alinhados à beira da rua, olhando-o com respeito.

Numa destas tardes, o calor estava insuportável; mesmo debaixo de seu guarda-sol dourado e ele transpirava como no tempo em que lascava pedras. Deu-se então conta de que não era tão importante assim: acima dele havia príncipes, imperadores, e ainda mais alto que estes estava o sol, que não obedecia a ninguém – pois era o verdadeiro rei e falou:
- Ah, anjo meu! Por que não posso ser o sol? Este deve ser meu destino!
O Anjo escondendo sua tristeza diante de tanta ambição exclamou:
- Pois sê-lo-ás!
E logo o jovem rapaz foi sol, como era seu desejo. Enquanto brilhava no céu, admirado com seu gigantesco poder de amadurecer as colheitas, ou queimá-las a seu bel-prazer, um ponto negro começou a avançar ao seu encontro. A mancha escura foi crescendo ele reparou que era uma nuvem, estendendo-se a sua volta, e fazendo com que não mais pudesse ver a Terra e gritou:
- Anjo! A nuvem é mais forte do que o sol! Meu destino é ser nuvem!
- Sê-lo-ás! - respondeu o anjo.
E assim foi transformado em nuvem, e achou que havia realizado o seu sonho:
- Sou poderoso! - gritava, escurecendo o sol.
- Sou invencível! - trovejava, perseguindo as ondas.

Mas, na costa deserta do oceano erguia-se uma imensa rocha de granito, tão velha como o mundo e ele achou que a rocha o desafiava, e desencadeou uma tempestade que o mundo nunca antes vira.

As ondas, enormes e furiosas, golpeavam a rocha, tentando arrancá-la do solo e atirá-la no fundo do mar. Mas, firme e impassível, a rocha continuava no seu lugar. Soluçando ele disse:
- Anjo! a rocha é mais forte que a nuvem! Meu destino é ser uma rocha!
E transformou-se na rocha.
- Quem poderá vencer-me agora? - perguntava a si mesmo. – Sou o mais poderoso do mundo!

E assim se passaram vários anos, até que, certa manhã, sentiu uma lancetada aguda em suas entranhas de pedra, seguida de uma dor profunda, como se uma parte de seu corpo de granito estivesse sendo dilacerada.

Logo ouviu golpes surdos, insistentes, e novamente a dor gigantesca. Louco de espanto gritou:
- Anjo, alguém está querendo me matar! Ele tem mais poder que eu, eu quero ser como ele!
Chorando exclamou o anjo:
- E sê-lo-ás!
E foi assim que ele voltou a lascar pedras.

Por que será que nunca estamos satisfeitos onde estamos? devemos aprender que temos exatamente aquilo que merecemos.

Diagnóstico precoce de doença neurodegenerativa

Tiago Fleming de Oliveira Outeiro, o cientista que está trabalhando com testes para dignóstico precoce http://maldeparkinson.blogspot.com/2007/12/jornadas.html de doenças neurodegenerativas, pode ser encontrado no seguinte endereço:

Unidade de Neurociência Celular e Molecular
do IMM – Instituto de Medicina Molecular - Sala P1A-23
Universidade de Lisboa

Av. Prof. Egas Moniz 1649-028
Lisboa - Portugal

Phone: +351-217999438
Email: touteiro@gmail.com
http://neurodegeneration.blogspot.com

Obediência... como a usamos?

Os perigos da "obediência" cega e sem reflexão. Achei este texto interessante para podermos, pelo menos, questionar como usamos a "obediência" na nossa vida.

Stanley Milgram http://www.stanleymilgram.com/ , professor de psicologia social na Universidade de Yale, http://en.wikipedia.org/wiki/Stanley_Milgram levou a cabo em 1974 uma experiência com o objectivo de estudar a «Obediência à Autoridade»:

Entre pessoas comuns (operários, estudantes, secretárias, empresários, lojistas, etc.) foram recrutados voluntários a quem foi atribuído o papel de “professores”.
Esses “professores” foram instruídos a aplicar choques eléctricos de intensidade crescente (de 15 a 450 Volts) num outro indivíduo (que estava amarrado a uma cadeira com eléctrodos numa sala adjacente), e que era designado "estudante".

Os choques seriam administrados todas as vezes que o "estudante" errava uma resposta a um questionário previamente determinado.

Milgram tinha explicado aos "professores" recrutados que o objecto daquele estudo residia precisamente nos efeitos da punição sobre a memória e sobre aprendizagem.
Como é óbvio, o "professor" não sabia que o "estudante" da pesquisa era afinal um actor, que convincentemente interpretava e manifestava desconforto e dor a cada aumento da potência dos “choques eléctricos” que lhe eram pretensamente infligidos.

O resultado da experiência foi absolutamente perturbador e mais “chocante” que qualquer voltagem aplicada:Nada menos do que 65% das pessoas envolvidas – os "professores" – chegaram mesmo, e sem qualquer hesitação, a administrar ao "estudante", sob ordens do cientista (que na experiência representava a “autoridade”) os choques mais potentes, dolorosos (de 450 volts) e claramente identificados como perigosos e... potencialmente mortais!

E todos os "professores" - mas todos eles - administraram pelo menos 300 Volts!

Em muitos casos houve "professores" que a determinada altura da aplicação dos choques eléctricos se preocuparam com o bem-estar do "estudante" e até perguntaram ao cientista quem se responsabilizaria caso algum dano viesse a ocorrer.
Mas quando o cientista os descansou, afiançando-lhes que assumiria toda e qualquer responsabilidade do que acontecesse e os encorajou a continuar, todos os "professores" persistiram na aplicação dos choques com as voltagens mais elevadas, mesmo enquanto ouviam gritos de dor e súplicas dos “estudantes” para que os parassem.

É esta “obediência”, firmada em primeiro lugar na ausência de um consciência individual, e que é cega a qualquer noção de ética, censura moral ou até à mais básica dignidade humana, que leva às barbaridades praticadas pelos Homens.

Será talvez a “obediência” e a "falta de sentido crítico" que explicam porque motivo pessoas comuns, colocadas em determinadas circunstâncias e sob a influência de uma autoridade – política, ideológica ou religiosa – que nem sequer se lembram de questionar (e que antes procuram impor aos outros), sejam capazes de cometer os crimes mais hediondos.

E é até irónico que virtudes humanas como a lealdade, o sacrifício próprio, a disciplina ou o amor ao próximo, e que tanto valorizamos, sejam as mesmas propriedades que criam máquinas destrutivas de guerra, corrupção e morte, e ligam homens e mulheres a sistemas, ideologias, religiões e princípios perversos.

Ideologias e princípios, quer políticos quer religiosos que são, ainda hoje, cega, acrítica e incondicionalmente apoiados e seguidos por tantas e tantas pessoas.

CRÔNICA DA LOUCURA

Isto é que é fazer filmes imaginários....


CRÔNICA DA LOUCURA - Luiz Fernando Veríssimo

O melhor da Terapia é ficar observando os meus colegas loucos. Existem dois tipos de loucos. O louco propriamente dito e o que cuida do louco: o analista, o terapeuta, o psicólogo e o psiquiatra.

Sim, somente um louco pode se dispor a ouvir a loucura de seis ou sete outros loucos todos os dias, meses, anos. Se não era louco, ficou.

Durante quarenta anos, passei longe deles. Pronto, acabei diante de um louco, contando as minhas loucuras acumuladas.

Confesso, como louco confesso, que estou adorando estar louco semanal.

O melhor da terapia é chegar antes, alguns minutos e ficar observando os meus colegas loucos na sala de espera. Onde faço a minha terapia é uma casa grande com oito loucos analistas. Portanto, a sala de espera sempre tem três ou quatro ali, ansiosos, pensando na loucura que vão dizer dali a pouco.

Ninguém olha para ninguém. O silêncio é uma loucura. E eu, como escritor, adoro observar pessoas, imaginar os nomes, a profissão, quantos filhos têm, se são rotarianos ou leoninos, corintianos ou palmeirenses.

Acho que todo escritor gosta desse brinquedo, no mínimo, criativo. E a sala de espera de uma "clínica psicológica", como diz a atendente absolutamente normal (apenas uma pessoa normal lê tanto Paulo Coelho como ela), é um prato cheio para um louco escritor como eu. Senão, vejamos:
Na última quarta-feira, estávamos:
1. Eu
2. Um negro muito bem vestido,
3. Um senhor de uns cinqüenta anos e
4. Uma velha gorda.

Comecei, é claro, imediatamente a imaginar qual seria o problema de cada um deles. Não foi difícil, porque eu já partia do principio que todos eram loucos, como eu. Senão, não estariam ali, tão cabisbaixos e ensimesmados.

(2) O rapaz negro, por exemplo. Claro que a cor, num país racista como o nosso, deve ter contribuído muito para leva-lo até aquela poltrona de vime.
Deve gostar de uma branca, e os pais dela não aprovam o namoro e não conseguiu entrar como sócio do "Harmonia do Samba"? Notei que o tênis estava um pouco velho. Problema de ascensão social, com certeza. O olhar dele era triste, cansado. Comecei a ficar com pena dele. Depois notei que ele trazia uma
mala. Podia ser o corpo da namorada esquartejada lá dentro. Talvez apenas a cabeça. Devia ser um assassino, ou suicida, no mínimo. Podia ter também uma arma lá dentro. Podia ser perigoso. Afastei-me um pouco dele no sofá.
Ele dava olhadas furtivas para dentro da mala assassina.

(3 )E o senhor de terno preto, gravata, meias e sapatos também pretos? Como ele estava sofrendo, coitado. Ele disfarçava, mas notei que tinha um pequeno tique no olho esquerdo. Corno, na certa. E manso. Corno manso sempre tem tiques. Já notaram? Observo as mãos. Roía as unhas. Insegurança total, medo de viver. Filho drogado? Bem provável. Como era infeliz esse meu personagem. Uma hora tirou o lenço e eu já estava esperando as lágrimas quando ele assoou o nariz violentamente, interrompendo o Paulo Coelho da outra. Faltava um botão na camisa. Claro, abandonado pela esposa. Devia morar num flat, pagar caro, devia ter dívidas astronômicas.
Homossexual? Acho que não. Ninguém beijaria um homem com um bigode daqueles.
Tingido.

(4) Mas a melhor, a mais doida, era a louca gorda e baixinha. Que bunda imensa. Como sofria, meu Deus. Bastava olhar no rosto dela. Não devia fazer amor há mais de trinta anos. Será que se masturbaria? Será que era esse o problema dela? Uma velha masturbadora? Não! Tirou um terço da bolsa e começou a rezar. Meu Deus, o caso é mais grave do que eu pensava. Estava no quinto cigarro em dez minutos. Tensa. Coitada. O que deve ser dos filhos dela? Acho que os filhos não comem a macarronada dela há dezenas e dezenas de domingos. Tinha cara também de quem mentia para o analista. Minha mãe rezaria uma Salve-Rainha por ela, se a conhecesse.

Acabou o meu tempo. Tenho que ir conversar com o meu psicanalista. Conto para ele a minha "viagem" na sala de espera.

Ele ri, ..... ri muito, o meu psicanalista, e diz:
- O Ditinho é o nosso office-boy.
- O de terno preto é representante de uma editora multinacional de livros e testes lá no Ipiranga e passa aqui uma vez por mês com as novidades.
- E a gordinha é a Dona Dirce, a minha mãe.
- E você, não vai ter alta tão cedo..."

Luis Fernando Veríssimo