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sábado, 14 de fevereiro de 2009

Exemplo deSolidariedade

Em 2003, a jovem Natalie Gilbert, então com 13 anos, engasgou ao cantar o hino dos Estados Unidos antes da partida entre o Portland Trail Blazers e o Dallas Mavericks pelos playoffs da NBA
Poderia ter sido um desastre, mas foi um sucesso.
Veja o belíssimo exemplo de solidariedade.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Para a família se reunir


http://www.portugalgolf.pt/menu_Restaurantes.htm

Escutatória - Rubem Alves

Escutatória - Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil.

Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.

Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro: Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade: A gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração... E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. Vejam a semelhança...

Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam em silêncio...Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas. Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.

Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos... Pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.

Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.

Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.

Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.

E, assim vai a reunião. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência...

E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.

No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia... Que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

Projectos » CSA - Clube Sénior ANJAF

Projectos » CSA - Clube Sénior ANJAF

Achei interessante e há muitas opções nas actividades que eles oferecem e, portanto, agradam a vários estilos de vida dos nossos idosos.

Objectivos
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a) Proporcionar aos alunos a frequência de aulas e cursos onde os seus conhecimentos possam ser divulgados, valorizados e ampliados;
b) Promover a educação de adultos, tendo por base um modelo de partilha de saberes: um aluno também pode ser professor;
c) Desenvolver actividades promovidas para e pelos alunos;
d) Promover actividades de caracter recreativo, proporcionando um maior conhecimento da história e da cultura portuguesa;
e) Fomentar e apoiar o voluntariado social;
f) Desenvolver acções de formação social, pessoal e profissional para toda a comunidade;
g) Combater o isolamento e a exclusão social dos idosos;
h) Preparar os cidadãos activos para a reforma;
i) Promover a investigação e formação profissional na área da Gerontologia;

bulet Actividades
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Clube de Literatura
Atelier de Escrita Criativa
Grupo de Voluntariado
Ciclo de Debates
Expressão Corporal
Ginástica de Manutenção
Yoga
Iniciação à Dança Espanhola
Iniciação à Dança Oriental
Tai Chi
Visitas de Estudo

Disciplinas:
Ciências Sociais e Humans
Filosofia
Sociologia
Introdução ao Direito
Psicologia Geral
Cidadania
História
Línguas
Português
Espanhol—Nível 1
Inglês—Nível 1
Francês—Nível 1
Italiano—Nível 1
Artes
Arte Sacra
Artes Plásticas
Artes Decorativas
Pequenos Arranjos e Restauros
Costura Criativa
Fotografia
Ambiente
O Homem e o Ambiente
Saúde
Educação para a Saúde
Alimentação e Nutrição
Informática
Noções Básicas de Informática

bulet Resultados esperados
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Contribuir para uma cidadania activa dos idosos

Combater a exclusão social

Promover o papel do idoso no Portugal Contemporâneo

Leia mais em: http://www.anjaf.pt/projecto.php?projectoID=36

Licença de parentalidade alargada para seis meses

O Governo aprovou hoje o aumento da licença parental para seis meses, subsidiando com 83 por cento do salário bruto, mas que atingirá 100 cento se a licença for de cinco meses partilhada por pai e mãe.
Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, o titular das pastas do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, frisou que o novo regime de protecção social na parentalidade cumpre o estabelecido no acordo tripartido em sede de concertação social.
«Procede-se ao aumento do período de licença parental para seis meses subsidiados a 83 por cento ou cinco meses a 100 por cento na situação de partilha da licença entre mãe e pai, em que este goze um período de 30 dias ou dois períodos de 15 dias em exclusividade», lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.
Actualmente, o subsídio por maternidade, paternidade e adopção apenas prevê o pagamento de 120 dias a 100 por cento ou 150 dias a 80 por cento.
Vieira da Silva afirmou que, logo que o diploma seja publicado em Diário da República, terão direito aos novos benefícios da licença de parentalidade não apenas os novos casos de nascimento, mas também os casais que nesse momento já se encontrarem em período de usufruto de licença de parentilidade.
«Trata-se de promover uma melhor conciliação da vida profissional e familiar na altura crítica do nascimento das crianças, de estimular a igualdade e partilha de responsabilidades no interior da família, mas, igualmente, de reforçar a protecção social, criando melhores condições para o desenvolvimento integral das crianças», sustentou o ministro.
Fonte: Diário Digital / Lusa

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Slow Europe

Slow Europe, uma extensão de um outro antigo movimento, o Slow Food, com sede na Itália. Ambos têm como ideologia dizer "não à pressa" indo na contramão dos princípios americanos "time is money" ,"do it now" e tudo o que eles representam.
Segundo a Slow Food International Association as pessoas devem apreciar suas refeições como momentos importantes do dia. Isto é, comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo seja no convívio com a família, sozinho ou com os amigos. A idéia, claro, é se contrapor ao espírito do "fast food" cada vez mais difundido em todo o mundo. No caso do Slow Europe a proposta é a mesma, porém tendo como foco a qualidade de vida do trabalhador. O argumento é claro: o número de horas trabalhadas não é diretamente proporcional à produtividade do empregado/empresa. Prova disso, segundo a revista Business Week, é que embora na França a carga horária seja menor (35 horas semanais) os franceses apresentam uma produtividade maior que americanos e ingleses. O mesmo constatou-se na Alemanha onde a carga máxima foi reduzida para 28, 8 horas semanais, obtendo-se um aumento de 20% na produtividade de seus empregados.
Dados como esses confirmam que trabalhar sem pressa e em menor tempo não significa fazer ou produzir menos, e sim com mais tranqüilidade, vontade e perfeição. De que adianta um empregado cansado, estressado e sem tempo livre para relaxar e viver? A "sanidade" humana também depende de outros estímulos além da obrigação.

Neste caso, o Slow Europe significa muito mais que a simples redução da carga horária. "Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do local presente e concreto em contraposição ao global (indefinido e anônimo). Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais leve e, portanto, mais produtivo, onde seres humanos, felizes, fazem com prazer o que sabem fazer de melhor" (Wagner Algonizo, autor do email).
É difícil pensar desta forma quando diariamente somos obrigados a acreditar que o sucesso profissional é sinônimo de escravidão. Para ser bem-sucedido é preciso viver o trabalho, respirar o trabalho. Só assim a pessoa é vista como o empregado ideal. O que poucos conseguem ver é que o bom profissional é aquele que cumpre seus deveres, mas também tem outros interesses e vontades. Não é o que sabe apenas o que lhe é de ofício, pelo contrário, é o que consegue olhar em volta, aplicando os saberes "mundanos" na sua profissão. Já que não somos máquinas, caráter e personalidade também fazem parte do currículo. Tudo o que se aprende em casa, com a família, os amigos, nas conversas de botequim e viagens, são importantes para o homem-empregado. Pois se este é infeliz fora do trabalho será mais ainda enquanto estiver nele.
Por isso, fico extremamente esperançosa em saber que existem pessoas em prol desta corrente e que o Slow Europe cresce a cada dia, a ponto de incomodar os americanos mais céticos. Quem sabe ele chegue aqui e faça com que os chefes brasileiros revejam seus conceitos e criem novas regras para investir na "qualidade do ser" ao invés de pensar apenas na "quantidade do ter". Tenho certeza que qualquer empregado ficará muito mais satisfeito e orgulhoso se perceber que a empresa onde trabalha se preocupa com seu bem-estar dentro e fora dela.