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domingo, 3 de maio de 2009

Percepção & Interpretação na Comunicação

Casais, pais e filhos, mães e filhos, irmãos, colegas de escola, professores e alunos, enfim, muita gente no relacionamento interpessoal tem dificuldade de interpretar correctamente a comunicação.
Esta metáfora ajuda a perceber um pouco e reflectir para melhorar.
Havia um mosteiro zen que era conduzido por dois irmãos. O mais velho era muito sábio e o mais jovem, ao contrário, era tolo e possuía apenas um olho.
Qualquer forasteiro que quisesse hospedagem por uma noite nesse convento tinha de vencer um dos monges num debate sobre zen-budismo.
Essa tradição tinha por finalidade lembrar a todos que vencer alguém num debate propicia somente uma noite de sono, pois no dia seguinte sempre haverá outro debate.
Uma noite, um forasteiro foi pedir asilo no convento e, como o velho monge estava cansado, mandou o mais jovem confrontar-se com ele, com a recomendação de que o debate fosse em silêncio. Dessa forma, o monge tolo não cometeria enganos.
Algum tempo depois, o viajante entrou na sala do monge sábio e disse: "Que homem sábio é o seu irmão!
Conseguiu vencer-me no debate e, por isso, devo ir-me".
O velho monge, intrigado, perguntou: "O que aconteceu?"
"Primeiramente, ergui um dedo simbolizando Buda, e seu irmão levantou dois simbolizando Buda e seus ensinamentos. Então, ergui três dedos para representar Buda, seus ensinamentos e seus discípulos, e meu inteligente interlocutor sacudiu o punho cerrado à minha frente, para indicar que os três estão integrados e formam um único ser."
O forasteiro se foi e, pouco depois, entrou o monge tolo, bastante aborrecido. Foi saudado pelo irmão, que lhe perguntou o motivo da chateação. E o monge tolo respondeu: "Esse viajante é muito rude! No momento em que me viu, levantou um dedo e me insultou, indicando que tenho apenas um olho. Mas, como ele era visitante, eu não quis responder
à ofensa e ergui dois dedos, parabenizando-o por ele ter dois olhos. E o miserável levantou três dedos, para mostrar que nós dois juntos tínhamos três olhos. Então fiquei furioso e, com o punho cerrado, ameacei dar-lhe um soco. E, assim, ele foi embora"

terça-feira, 7 de abril de 2009

Um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal

Um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal: estes quatro elementos fazem parte de uma das melhores histórias sobre atendimento que conhecemos.

Um homem estava dirigindo a horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel ou uma pousada para descansar. Em poucos minutos, avistou um letreiro luminoso com o nome Hotel Venetia. Quando chegou à recepção, o hall do hotel estava iluminado com luz suave. Atrás do balcão, uma moça de rosto alegre o saudou amavelmente: 'Bem-vindo ao Venetia!'

Três minutos após essa saudação, o hóspede já se encontrava confortavelmente instalado no seu quarto e impressionado com os procedimentos: tudo muito rápido e prático.

No quarto, uma discreta opulência; uma cama, impecavelmente limpa, uma lareira, um fósforo apropriado em posição perfeitamente alinhada sobre a lareira, para ser riscado.

Era demais!

Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite começou a pensar que estava com sorte.

Mudou de roupa para o jantar (a moça da recepção fizera o pedido no momento do registro). A refeição foi tão deliciosa, como tudo o que tinha experimentado, naquele local, até então. Assinou a conta e retornou para o quarto.

Fazia frio e ele estava ansioso pelo fogo da lareira. Qual não foi a sua surpresa! Alguém havia se antecipado a ele, pois havia um lindo fogo crepitante na lareira.

A cama estava preparada, os travesseiros arrumados e uma bala de menta sobre cada um.
Que noite agradável aquela!

Na manhã seguinte, o hóspede acordou com um estranho borbulhar. Saiu da cama para investigar. Simplesmente uma cafeteira ligada por um timer automático, estava preparando o seu café e, junto um cartão que dizia: 'Sua marca predileta de café. Bom proveito!'

Era mesmo!

Como eles podiam saber desse detalhe?

De repente, lembrou-se: no jantar perguntaram qual a sua marca preferida de café.
Em seguida, ele ouve um leve toque na porta. Ao abri-la, havia um jornal. 'Mas, como pode?! É o meu jornal! Como eles adivinharam?' Mais uma vez, lembrou-se de quando se registrou: a recepcionista havia perguntado qual jornal ele preferia.
O cliente deixou o hotel encantando. Feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor.
Mas, o que esse hotel fizera mesmo de especial? Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal.

Nunca se falou tanto na relação empresa-cliente como nos dias de hoje.
Milhões são gastos em planos mirabolantes de marketing e, no entanto, o cliente está cada vez mais insatisfeito, mais desconfiado.

Mudamos o layout das lojas, pintamos as prateleiras, trocamos as embalagens, mas esquecemo-nos das pessoas.

O valor das pequenas coisas conta, e muito.

A valorização do relacionamento com o cliente.

Fazer com que ele perceba que é um parceiro importante!

Lembre-se que...

Esta mensagem vale para nossas relações pessoais (namoro, amizade, família, subordinados, colegas de estudos, casamento, etc.) enfim pensar no outro como ser humano é sempre uma satisfação para quem doa e para quem recebe.

Seremos muito mais felizes, pois a verdadeira felicidade está nos gestos mais simples de nosso dia-a-dia que na maioria das vezes passam despercebidos.

Pequenos, pequenos 'DETALHES, GESTOS' que fazem 'TODA' diferença!

Encerro meus pensamentos com os dizeres da notável Madre Tereza de Calcutá: 'Não deixe jamais que alguém que se aproximou de ti, vá embora, sem sentir-se melhor ou mais feliz'.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Rito de passagem - crescimento Pessoal

Você conhece a lenda do rito de passagem da juventude dos índios Cherokees?

O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde,

venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho.O filho se senta sozinho no topo de

um montanha toda a noite e não pode remover a venda até os raios do

sol brilharem no dia seguinte.
Ele não pode gritar por socorro para ninguém.

Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem.

Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um
deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do
desconhecido.

O menino está naturalmente amedrontado.

Ele pode ouvir toda espécie de barulho.

Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele.

Talvez alguns humanos possam feri-lo.

Os insetos e cobras podem vir pica-lo.

Ele pode estar com frio, fome e sede.

O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente,
nunca removendo a venda.

Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem.

Finalmente..Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida.

Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele.

Ele estava a noite inteira protegendo o seu filho do perigo, sem que o filho soubesse disto e é por isto que não é permitido a nenhum adolescente contar ao outro como se sentiu e nem o que descobrir quando o dia amanheceu..

Nós também nunca estamos sozinhos!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Vaso rachado

'Vaso Chinês
Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.

Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada do rio até casa, enquanto o rachado chegava meio vazio.
Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora chegando a casa somente com um vaso e meio de água.
Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.
Depois de dois anos, reflectindo sobre a própria amarga derrota de ser 'rachado', o vaso falou com a senhora durante o caminho: 'Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até a sua casa...'
A velhinha sorriu:
Reparaste que lindas flores há somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dia, enquanto a gente voltava, tu regava-las.
Durante dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.
Cada um de nós tem o seu próprio defeito. Mas é o defeito que cada um de nós tem, que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante.
É preciso aceitar cada um pelo que é... E descobrir o que há de bom nele.'
Portanto, meu 'defeituoso' amigo/a, tenha um bom dia e lembre-se de regar as flores do seu lado do caminho... e envie este e-mail a algum (ou a todos) os seus 'defeituosos' amigos/as. Sem esquecer que é 'defeituoso/a' também que lho mandou!'

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Empenho

Álvaro trabalhava em uma empresa. Funcionário sério, dedicado, cumpridor de suas obrigações e, por isso mesmo está com seus 20 anos de casa. Um belo dia, ele vai ao dono da empresa para fazer uma reclamação:
- Meu patrão, tenho trabalhado durante esses 20 anos em sua empresa com toda a dedicação, só que me sinto um tanto injustiçado. O Luis, que está connosco há somente três anos, está ganhando mais do que eu.
O patrão, fingindo não ouvi-lo disse:
- Foi bom vir aqui. Tenho um problema para resolver e você poderá fazê-lo. Estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço de hoje. Ali na esquina tem uma barraca. Vá até lá e verifique se eles têm Melão.
Álvaro, sem entender direito, saiu da sala e foi cumprir a missão. Em cinco minutos estava de volta.
- E aí Álvaro? Perguntou o patrão.
- Verifiquei como o senhor mandou, se o moço tem Melão.
- E quanto custa?
- Isso eu não perguntei, não.
- Eles têm quantidade suficiente para atender a todos os funcionários do escritório? Quis saber o patrão.
- Também não perguntei isso, não.
- Há alguma outra fruta que possa substituir o Melão?
- Não sei não...Muito bem, Álvaro. Sente-se ali naquela cadeira e aguarde um pouco.
O patrão pegou o telefone e mandou chamar o Luis. Deu a ele a mesma orientação que dera ao Álvaro. Em poucos minutos, o Luis voltou.
- E então, Luis? Indagou o patrão.
- Eles têm Melão sim. Em quantidade suficiente para todo o nosso pessoal. E se senhor preferir, têm também laranja, banana, maçã e mamão a 1€ o quilo, o melão a 1,20€ a unidade, e a laranja a 20€ o cento, já descascadas. Mas como eu disse que a compra seria em grande quantidade, eles me concederam um desconto de 15%. Deixei reservado. Conforme o senhor decidir, volto lá e confirmo, explicou o Luis.
Agradecendo pelas informações, o patrão dispensou-o. Voltou-se para o Álvaro, que permaneceu sentado ao seu lado, e perguntou-lhe:
- Álvaro, o que foi que você estava mesmo me dizendo?
- Nada sério não, patrão. Esqueça, com sua licença.
E o Álvaro deixou a sala.

Injustiça laboral

A FÁBULA DOS GATOS
Por Aristides Athayde (*)

Um fazendeiro plantava milho e o armazenava no paiol. Com o milho, o
fazendeiro alimentava as galinhas, os cavalos, as vacas, e todos os outros
bichos da fazenda. Os bichos da fazenda, por sua vez, garantiam ao fazendeiro o
seu sustento.

Os ratos insistiam em roubar o milho armazenado no paiol. Quem cuidava
do paiol era um cachorro. Um cachorro preto e grande. Quem cuidava do paiol
antes do cachorro cuidar do paiol era o pai do cachorro e, antes do pai do
cachorro, quem cuidava do paiol era o avô do cachorro. E sempre foi assim, a
família do cachorro cuidando do paiol, e não deixando que os ratos comessem
todo o milho.

Era um trabalho duro: os ratos não acabavam nunca e, chovesse ou
fizesse sol, lá estavam para roubar uma espiga aqui, outra ali. O cachorro
não tinha folga e para fazer frente à rapidez dos ratos, mantinha os
músculos em forma e os reflexos ligeiros. Em compensação, o cachorro adorava
o seu trabalho. Afinal, se não fosse por ele, os ratos já teriam há muito
tempo comido todo o milho e acabado com a comida dos demais bichos. Em
reconhecimento ao seu trabalho, a bicharada elegeu o cachorro o presidente da
fazenda.

E claro que o mando do presidente não era perfeito, discussões
surgiam, a insatisfação aparecia. Mas, de uma coisa todos podiam ter certeza:
quem trabalhasse, ganhava o seu quinhão.

Um dia, apareceu na fazenda um gato. Um gato magro e bigodudo. Tão
bigodudo que, se tivessem barba os gatos, esse poderia ser um gato barbudo. O
cachorro, como todo cachorro que se preza, ciente da sua função e do valor
do seu trabalho, latiu para o gato, quis que o gato fosse embora. O cachorro
sentia que aquele bicho de ar debochado, malicioso, sem muito gosto para o
trabalho, não poderia ser grande coisa. O fazendeiro não ouviu o que o
cachorro quis dizer, e o gato foi ficando, foi ficando, foi ficando...

O gato, que não trabalhava (que, aliás, nunca tinha trabalhado), tinha
bastante tempo para conversar com os outros bichos da fazenda. E chegava de
mansinho junto da bicharada, magrinho, fraquinho, e começava a miar. Os
outros bichos, muito bonzinhos, paravam para escutar o que o gato tinha para
dizer:
- Miau, miau, ai, ai. O que vai ser de mim. Não existe lugar nesta
fazenda para um bichinho como eu, tão injustiçado, tão fraquinho! Veja, não
posso trabalhar, o sistema é tão injusto! Só por que não nasci forte como o
senhor, Seu Cavalo, só por que não posso dar leite como Dona Vaca, não posso
trabalhar!

O Seu Cachorro, o dono do poder, não avalia essas contingências
históricas e me mantém mergulhado nessa penúria...
- Mas, Seu Gato, e aquele trabalho que lhe ofereceram na casa,
como guardião da dispensa?

- Não aceitei, Seu Cavalo. Na verdade, prefiro continuar minha luta por
condições mais dignas!

No fim, depois de tanta ladainha, os bichos começaram a acreditar no
gato. A sentir pena do gato. E o gato, que se dizia injustiçado. E se fazia
passar por vítima. Que era explorado pelo sistema e, principalmente, pelo
cachorro que lhe negava tais milhos. Conquistou a simpatia dos bichos. E fez
com que os bichos acreditassem que ele, tão sofrido, tão maltratado, iria
garantir a todos melhores condições de vida.

Tanto miou, tanto fez, que um dia os bichos revoltados com a situação
de absoluta miserabilidade do gato e com a injustiça social reinante na
fazenda, resolveram destituir o cachorro.

E de nada adiantou o cachorro insistir que cuidar do paiol não era para
qualquer um. Que ele havia treinado muito para assumir essa função. Que os
ratos não eram mole, e não dariam trégua assim tão fácil.

Afastaram o cachorro e, por unanimidade, colocaram no seu lugar o gato.
Os bichos sabiam que o gato dantes nunca havia trabalhado. Que não tinha
sequer se preparado para assumir a função mais importante na fazenda. Mas
acreditaram que o gato, por ter sofrido mais do que ninguém com a política do
cachorro, traria ordem e moralidade à administração do paiol.

No começo, tudo foi festa: no lombo de Seu Cavalo, viajava o gato para
outros sítios e fazendas, falando sobre a sua conquista. Contava aos outros
bichos que agora a fazenda vivia uma nova realidade. Tanta era a festa, tanta
era a euforia, tanta era a esperança, que os bichos não perceberam que mais e
mais gatos não paravam de chegar.

Gatos de todos os jeitos. Gatos vindos de todas as partes. Gatos, que em
comum com o gato-presidente, nunca tinham trabalhado na vida. E o
gato-presidente, que curiosamente chamava todos os demais gatos de
"cumpanheiros", precisava arranjar uma função para aquela gataiada.

Então, um dia, quando Seu Cavalo apareceu para puxar o arado, percebeu
que, no seu lugar, um bando de gatos ocupava os arreios. E Dona Vaca, que
produzia o melhor leite da região, foi expulsa da estrebaria pelos
companheiros do gato-presidente. E as galinhas, no galinheiro não moravam
mais: nos poleiros, gatos e mais gatos fingiam estar botando ovos.

E o gato-presidente remunerava prodigamente todos os seus companheiros.
Afinal, um trabalho em prol da coletividade desempenhavam...Como era de se
esperar, o gato-presidente (nunca havia trabalhado) não conseguia cuidar do
paiol. Os ratos logo perceberam a situação: atacavam, como nunca haviam
feito, o milho da fazenda.

Tão complicada ficou a situação que o gato-presidente precisou
conversar com o seu conselheiro. Um gato de óculos, que miava de um jeito
esquisito, puxando demais os "erres":
- Miarr, presidente. A coisa tá feia. Em nome da governabilidade da
fazenda, temos que nos aliar aos ratos!
- Cumpanheiro, os fins justificam os meios! Devemos passar aos demais
bichos uma imagem de ordem e tranqüilidade! E os gatos fizeram um pacto com os
ratos: os ratos fingiam que não roubavam o milho, os gatos fingiam que caçavam
os ratos.
Dessa forma, a bicharada acreditava que os ratos estavam sendo
combatidos, e os ratos, que por baixo do pano recebiam suas espiguinhas,
mantinham os gatos no poder.

Entretanto, o milho foi acabando. E os bichos, que haviam acreditado na
conversa do gato-presidente, com fome, começaram a ficar insatisfeitos. E foram
todos reclamar com o gato-presidente.
Tarde demais. O paiol já estava infestado de ratos, ratos por toda
parte, ratos em tudo. Ratos e gatos, gordos, barbudos, aproveitando
tranqüilamente o que havia sobrado de milho no paiol enquanto o resto da
bicharada, os bichos que sabiam trabalhar, que davam duro, ficaram sem comida.
Sem comida, e traídos que se sentiram, o maior tesouro de todos: a esperança
de dias melhores.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O homem que não se irritava

Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém.
Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas. Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido.
Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar.
Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, da qual o homem gostava muito.
A garçonete chegou próximo a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa de servir.
Mas ela serviu todos os demais, e quando chegou a vez dele, foi para outra mesa.
Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.
Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha.
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos o observavam discretamente, para ver sua reação.
Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse:
- O que o senhor deseja?
Ao que ele respondeu, naturalmente:
- A senhora não me serviu a sopa.
Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o:
- Servi sim senhor!
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos.
Todos pensaram que ele iria brigar. Suspense e silêncio total.
Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente:
- A senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!

O Elefante Acorrentado

O Elefante Acorrentado
Você já observou elefante no circo? Durante o espectáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma das suas patas a uma pequena estaca cravada no solo.
A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir. Que mistério! Por que o elefante não foge?
O elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno. Imaginem: o elefante preso quando bebé, puxou, forçou, tentando se soltar e, apesar de todo o esforço, não conseguiu se soltar. A estaca era muito pesada para ele naquela época. E o elefantinho tentava, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espectáculo.
Então, HOJE aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode. Para que ele consiga quebrar essa CRENÇA e se ver livre é necessário que ocorra algo fora do comum, como um incêndio por exemplo. O medo do fogo faria com que o elefante em desespero quebrasse a corrente e fugisse. Assim somos nós, só quando algo nos acontecesse que nos ultrapassa é que encontramos as nossas verdadeiras forças para vencer CRENÇAS do passado.

como funcionam os mercados financeiros

Uma vez, num lugarejo, apareceu um homem anunciando aos aldeões que compraria macacos por €10 cada.
Os aldeões sabendo que havia muitos macacos na região, foram à floresta e iniciaram a caça aos macacos.
O homem comprou centenas de macacos a €10 e então os aldeões diminuíram seu esforço na caça.

Aí, o homem anunciou que agora pagaria €20 por cada macaco e os aldeões renovaram seus esforços e foram novamente à caça.
Logo, os macacos foram escasseando cada vez mais e os aldeões foram desistindo da busca.
A oferta aumentou para €25 e a quantidade de macacos ficou tão pequena que já não havia mais interesse na caça.

O homem então anunciou que agora compraria cada macaco por €50!
Entretanto, como iria à cidade grande, deixaria o seu assistente cuidando da compra dos macacos.
Na ausência do homem, o assistente disse aos aldeões:

'Olhem todos estes macacos na jaula que o homem comprou.
Eu posso vender-vos por €35 e, quando o homem voltar da cidade, vocês podem vender-lhe por €50 cada.'
Os aldeões, espertos, pegaram nas suas economias e compraram todos os macacos do assistente.

Eles nunca mais viram o homem ou o seu assistente, somente macacos por todos os lados.

Especulação? Nahhhh.... Agora ficaste a saber como funcionam os mercados financeiros.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Reflexão sobre extremos

Certa vez aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosa a carne assada. A partir daí, toda vez que queriam comer porco assado, incendiavam um bosque...até que descobriram um novo método.

Mas o que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para implantar um novo.

Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem; às vezes os animais ficavam queimados demais ou parcialmente crus.

O processo preocupava muito a todos, porque se o SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito grandes – milhões eram os que se alimentavam de carne assada e também milhões os que se ocupavam com a tarefa de assá-los. Portanto, o SISTEMA simplesmente não podia falhar. Mas, curiosamente, quanto mais crescia a escala do processo, tanto mais parecia falhar e tanto maiores eram as perdas causadas.

Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de reformar profundamente o SISTEMA. Congressos, Seminários, Conferências passaram a ser realizadas anualmente para buscar uma solução. Mas parece que não acertavam o melhoramento do mecanismo.

Assim, no ano seguinte repetiam-se os congressos, seminários, conferências. As causas do fracasso do SISTEMA, segundo os especialistas, eram atribuídas à indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou à inconstante natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou ainda às árvores, excessivamente verdes, ou à humidade da terra, ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas...

As causas eram, como se vê, difíceis de determinar – na verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo.

Fora montada uma grande estrutura: maquinaria diversificada; indivíduos dedicados exclusivamente a acender o fogo – Queimadores que eram também especializados da Zona Sul, da Zona Oeste, etc..., queimadores nocturnos e diurnos – com especialização em matutino e vespertino – queimador de verão, de Inverno, etc...

Havia especialistas também em ventos – os anemotécnicos. Havia um Director Geral de Assamento e Alimentação Assada, um Director de Técnicas Ígneas ( com seu Conselho Geral de Assessores ), um Administrador Geral de Reflorestamento, uma Comissão Nacional de Treinamento Profissional em Porcologia, um Instituto Superior de Cultura e Técnicas Alimentícias ISCUTA) e o Bureau Orientador de Reformas Igneooperativas.

Havia sido projectada e encontrava-se em plena actividade a formação de bosques e selvas, de acordo com as mais recentes técnicas de implantação - utilizando-se regiões de baixa humidade e onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas.

Eram milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores árvores e sementes, fogo mais potente, etc...

Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, além de mecanismos para deixá-los sair apenas no momento oportuno. Foram formados professores especializados na construção dessas instalações.

Pesquisadores trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações para porcos; fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações para porcos, etc...

As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse 47 graus, posicionar ventiladores-gigantes em direcção oposta à do vento, de forma a direccionar o fogo, etc.... Não é preciso dizer que poucos especialistas estavam de acordo entre si, e que cada um embasava suas ideias em dados e pesquisas específicos.

Um dia um queimador categoria AB/SODM-VCH ( ou seja, um acendedor de bosques especializado em sudoeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso ), chamado João Bom-Senso, resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser resolvido, bastava, primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o então sobre uma armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor - e não as chamas - assasse a carne.

Tendo sido informado sobre as ideias do funcionário, o Director Geral de Assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete, e depois de ouvi-lo pacientemente, disse-lhe:

-Tudo o que o senhor disse está muito bem, mas não funciona na prática.
O que o senhor faria, por exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar sua teoria ? Onde seria empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades ?
- Não sei - disse João.
- E os especialistas em sementes ? Em árvores importadas para porcos, com suas máquinas purificadoras automáticas de ar ?
- Não sei.
- E os anemotécnicos que levaram anos especializando-se no exterior, e cuja formação custou tanto dinheiro ao país ? Vou mandá-los limpar os porquinhos. E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos ? Que faço com eles, se a sua solução resolver tudo ?
- Heim ?

- O senhor percebe agora que a sua ideia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos ?

O senhor não vê que se tudo fosse tão simples, nossos especialistas já teriam encontrado a solução há muito tempo atrás? O senhor com certeza compreende que não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas! O que o senhor espera que eu faça com os quilómetros de bosques já preparados, cujas árvores não dão frutos nem têm folhas para dar sombra ?
Vamos , diga-me !
- Não sei, não senhor.

- Diga-me, nossos três engenheiros em Porcopirotecnia, o senhor não considera que sejam personalidades científicas do mais extraordinário valor ?
- Sim , parece que sim.

- Pois então. O simples facto de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosso sistema é muito bom. O que eu faria com indivíduos tão importantes para o país ?
- Não sei.

- Viu ? O senhor tem que trazer soluções para certos problemas específicos por exemplo, como melhorar as anemotécnicas actualmente utilizadas, como obter mais rapidamente acendedores de Oeste (nossa maior carência ) como construir instalações para porcos com mais de sete andares. Temos que melhorar o sistema e não transformá-lo radicalmente, o senhor entende ?

Ao senhor, falta-me sensatez!
- Realmente estou perplexo ! - respondeu João.

- Bem , agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por aí que pode resolver tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que o senhor imagina. Agora , entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua ideia - isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende?

Eu falo isso para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo ?

João Bom-Senso, coitado, não falou mais um "A" . Sem despedir-se, meio atordoado, meio assustado com sua sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu.

Por isso é que até hoje se diz, quando há reuniões de Reforma e Melhoramentos que falta o Bom-Senso."

domingo, 7 de dezembro de 2008

O valor de cada um e o trabalho em equipa

O colégio onde eu estudava, em menina, costumava encerrar o ano lectivo com um espectáculo teatral. Eu adorava aquilo, porém nunca fora convidada para participar, o que me trazia uma secreta mágoa.
Quando fiz onze anos avisaram-me que, finalmente, ia ter um papel para representar. Fiquei felicíssima, mas esse estado de espírito durou pouco: escolheram uma colega minha para o desempenho principal. A mim coube uma ponta, de pouca importância.
Minha decepção foi imensa. Voltei para casa em pranto. Mamãe quis saber o que se passava e ouviu toda a minha história, entre lágrimas e soluços. Sem nada dizer ela foi buscar o bonito relógio de bolso de papai e colocou-o em minhas mãos, dizendo:
- O que é que você vê?
- Um relógio de ouro, com mostrador e ponteiros.
Em seguida, mamãe abriu a parte traseira do relógio e repetiu a pergunta:
- E agora, o que vê?
- Ora, mamãe, aí dentro parece haver centenas de rodinhas e parafusos.
Mamãe me surpreendia, pois aquilo nada tinha a ver com o motivo do meu aborrecimento. Entretanto, calmamente ela prosseguiu:
Este relógio, tão necessário ao seu pai e tão bonito, seria absolutamente inútil se nele faltasse qualquer parte, mesmo a mais insignificante das rodinhas ou o menor dos parafusos.
Nós nos olhamos e, no seu olhar calmo e amoroso, eu compreendi sem que ela precisasse dizer mais nada. Essa pequena lição tem me ajudado muito a ser mais feliz na vida. Aprendi, com a máquina daquele relógio, quão essenciais são mesmo os deveres mais ingratos e difíceis, que nos cabem a todos.
Não importa que sejamos o mais ínfimo parafuso ou a mais ignorada rodinha, desde que o trabalho, em conjunto, seja para o bem de todos. E percebi, também, que se o esforço tiver êxito o que menos importa são os aplausos exteriores. O que vale mesmo é a paz de espírito do dever cumprido...

Limpe as gavetas para 2009

Uma garota sempre que pedia para a sua avó a solução de um problema grave, a avó dizia: "suba, arrume as suas gavetas e após fazer isso você terá a solução".

Experimentei perguntar para as pessoas mais velhas se realmente existe uma conexão e perguntei certa vez para a minha avó o que tinha a ver a gaveta com os problemas e ela muito sabiamente me falou que a gaveta desarrumada é o espelho da vida, então toda vez que você está com alguma coisa bagunçada, alguma área de sua vida manifesta bagunça. Toda vez que você está com alguma coisa desorganizada, essa desorganização se reflecte na sua vida.

Você tem um mundo dentro de si. Sua casa é um reflexo de seus estados emocionais. Se você tem dentro de si reflexo do mundo, quando está desorganizado interiormente, manifesta isto exteriormente.

O universo funciona assim: o que está dentro, está fora. O que está em cima, está em baixo. O que está de um lado, está de outro. Então se você lembrar sempre que pode influenciar o interior com o exterior e vice-versa, você tem a chave para a organização total.

No momento em que você limpa a sua gaveta e joga fora aquilo que não presta, está reprogramando simbolicamente o seu interior. É uma das melhores chaves para conseguir serenidade e respostas para problemas muito difíceis.

Aproveite este Começo de 2009, e arrume as suas gavetas. Com certeza vai ajudar você a encontrar solução para muitos de seus problemas.