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sábado, 3 de março de 2012

Competição saudável


Reflexão sobre como lidar com as situações emocionais:

Sónia ia casar. A sua mãe encontrara o vestido perfeito para usar no casamento e seria a mais bem vestida mãe de noiva jamais vista!
Uma semana depois, JSónia soube que a nova e jovem esposa de seu pai tinha comprado o mesmo vestido que a sua mãe.
Sónia então pediu para a nova e jovem esposa de seu pai para trocá-lo, mas ela se recusou:
- “De modo algum, eu fico linda neste vestido e vou usá-lo”, foi a resposta dada à Sónia.
 
Sem alternativa, Sónia então contou para a mãe, que ouviu a notícia muito tranquila:
-”Não se incomode, filha, eu compro outro vestido. Afinal,é o seu dia”.
Alguns dias depois as duas saíram para as compras e a mãe comprou outro lindo vestido para usar no casamento da filha.
Quando pararam para almoçar, Sónia perguntou:
- “Mãe, você não vai trocar aquele vestido? Afinal, você não terá outra ocasião para usá-lo nos próximos dias”.
A mãe sorriu e respondeu:
- “Claro que tenho querida... Vou usá-lo no jantar, na noite anterior à cerimónia do seu casamento".


quinta-feira, 28 de julho de 2011

O perigo da pré-suposição

Ontem atendi muitas pessoas com a dificuldade de viver com os dados da realidade. Nada é mesmo por acaso, porém temos que ter uma dose sensata.

Não podemos supor que sabemos tudo, que tudo que acontece é premeditado pelo outro.

Há pessoas que supõem tudo, certo ou errado, mas estão o tempo todo a supor que o outro pensa isto, que se a pessoa disse isto é porque estava já a pensar naquilo e, com isto perdem a beleza de alguns momentos da vida.

E, mais, há pessoas que confundem este hábito de pressupor com beleza da intuição. Intuir não é fazer filmes mentais.

Deixo aqui esta metáfora que é interessante para quem tem o hábito de pensar que sabe tudo e pode pressupor a vontadinha.

Abriu a porta e viu uma pessoa amiga que há muito não via. Estranhou que ele viesse acompanhado de um cão. Cão forte, saltitante e com ar agressivo. Cumprimentou o amigo efusivamente.

- Quanto tempo!

- Quanto tempo – ecoou o outro.

O cão aproveitou a saudação e entrou casa adentro. Logo um barulho na cozinha demonstrava que ele tinha virado qualquer coisa. O dono da casa encompridou as orelhas. O amigo visitante, porém, nada comentou.

- A última vez que nos vimos foi em... e a conversa continuava animada.

O cão passou pela sala, entrou no quarto, e novo barulho, desta vez de coisa quebrada. Houve um sorriso amarelo do dono da casa, mas perfeita indiferença do visitante.

- Há um tempo atrás encontrei com... você se lembra dele?

O cão saltou sobre um móvel, derrubou um objecto, logo trepou as patas sujas no sofá e deixou a marca digital e indelével de seu crime. Os dois amigos, tensos, agora fingiram não perceber, sem saber exactamente o que deviam fazer.

Por fim, o visitante despediu-se e já ia saindo quando o dono da casa perguntou:

- Não vai levar o seu cão?

- Cão? Ah, cão! Não é meu não. Quando eu entrei, ele entrou comigo tão naturalmente que pensei que fosse seu.

Do livro: Histórias da Tradição Sufi - Editora Dervish

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mudar a mim mesmo

Um homem recebeu, certa vez, a visita de alguns amigos.

-"Gostaríamos muito que nos ensinasse aquilo que aprendeste todos esses anos", disse um deles.

-"Estou velho", respondeu o homem.

-"Velho e sábio", disse outro.

-"Afinal de contas, sempre te vimos rezando durante todo esse tempo.

-O que conversas com Deus?

-Quais são as coisas importantes que devemos pedir?"

O homem sorriu.

-"No começo, eu tinha o fervor da juventude, que acreditava no impossível. Então, eu me ajoelhava diante de Deus e pedia para que me desse forças para mudar a humanidade. Aos poucos, vi que era uma tarefa além das minhas forças. Então, comecei a pedir a Deus que me ajudasse a mudar o que estava à minha volta."

-"Nesse caso, podemos garantir que parte de seu desejo foi atendido", disse um dos amigos. "Seu exemplo serviu para ajudar muita gente."

-"Ajudei muita gente com meu exemplo. Mesmo assim, sabia que não era a oração perfeita. Só agora, no final da minha vida, é que entendi o pedido que devia ter feito desde o início."

-"E qual é este pedido?"

-"Que eu fosse capaz de mudar a mim mesmo."

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Metáfora da enchente

Metáfora da enchente
Certo dia, um homem recebeu uma comunicação de Deus, dizendo que haveria uma enchente, mas que ele poderia ficar tranquilo pois seria poupado. Após alguns dias começou a chover e o homem lembrou-se da comunicação de Deus e ficou muito confiante
de que nada lhe aconteceria.
A chuva continuou intensa por vários dias, e a cidade começou a ficar cheia de água. Os moradores começaram a abandonar suas casas e chamaram o homem para ir com eles. Mas ele se negou a ir, dizendo que Deus iria salvá-lo. As águas continuaram subindo e o homem teve que ir para o andar de cima de sua casa.
Um grupo de pessoas passou com um barco, para poder salvá-lo. Mas ele novamente se negou a ir, pois Deus o salvaria. As águas continuaram subindo e o homem teve que ir para o telhado. Veio então um helicóptero para resgatá-lo. Mais uma vez ele se negou a ir com eles. Acabou morrendo.
Ao chegar ao céu, foi tirar satisfações com Deus: como Deus o deixou morrer e não o salvou como prometera?
Deus lhe respondeu que mandou ajuda três vezes para salvá-lo, mas que em todas, ele teimosamente recusou qualquer ajuda.
É importante perceber as soluções que a vida coloca ao nosso alcance.

domingo, 4 de julho de 2010

O pão dos outros

O pão dos outros

Remi está a conversar com a avó.
Gosta de a ouvir falar dos seus tempos de menina.
– Na minha aldeia, na Provença, pelo Ano Novo, no primeiro dia de Janeiro, toda a gente oferecia uma prenda a toda a gente. Vê lá se és capaz de adivinhar o que seria.
Remi lança palpites:
– Comprar prendas para a aldeia inteira… É preciso muito dinheiro. Quer dizer que as pessoas eram ricas?
A avó riu-se:
– Oh, não! Naquele tempo, tinha-se muito pouco dinheiro e ninguém na aldeia comprava prendas. Nem sequer havia lojas como há hoje.
– Então faziam as prendas?
– Não propriamente!
– Então como é que faziam?
– Era muito simples. Ora ouve…
Antigamente, cada família fazia o seu pão. Não havia água corrente nas casas. Então íamos buscá-la à fonte, no largo da aldeia.
E, no dia um de Janeiro, de manhã muito cedo, a primeira pessoa que saía de casa, colocava um pão fresco no bordo da fonte, enquanto enchia a bilha de água. Quem chegava a seguir pegava no pão e punha outro no mesmo lugar para a pessoa seguinte, e assim por diante…
Desta forma, em todas as casas, se comia um pão fresco oferecido por outra pessoa. Nem sempre se sabia por quem, mas garanto-te que o pão nos parecia muito bom porque era como se fosse um presente de amizade.
As pessoas que estavam zangadas pensavam que talvez estivessem a comer o pão do seu inimigo e isso era uma espécie de reconciliação…

Durante alguns dias, esta história andou a martelar na cabeça de Remi.
Uma manhã, teve uma ideia.
Meteu no bolso uma fatia de pão de lavrador. É o pão que se come na casa de Remi.
E na escola, um pouco antes do recreio, Remi pousou o pão bem à vista, em cima da carteira de Filipe, o seu vizinho.
Filipe está sempre com fome e repete sem cessar a Remi:
– Oh! Que fome, que fome eu tenho! Bem comia agora qualquer coisa!
Quando Filipe viu a fatia de pão, que rica surpresa! Sabia muito bem quem lha tinha dado, mas fingiu que não sabia.
No recreio, todo contente, comeu o pão sem dizer nada a Remi, mas…
No dia seguinte, sabem o que é que Remi encontrou em cima da carteira, mesmo antes do recreio? … Um pedaço de cacete!
Um grande pedaço bem estaladiço! Um verdadeiro regalo!
Filipe ria-se.
E assim continuaram a dar um ao outro presentes de pão.
Na aula, a Carlota e a Sílvia estão sentadas logo atrás de Filipe e de Remi. Rapidamente souberam da história do pão e quiseram também participar nas surpresas.
No dia seguinte, Sílvia levou uma fatia de cacetinhoe Carlota uma fatia de pão centeio.
Outras crianças quiseram participar nas prendas de pão.
Apareceu pão grosseiro, pão de noz, pão de sêmea, pão sem côdea, pão caseiro, pão fino, pão russo, negro e um pouco ácido, que Vladimir levou, pedaços de pão árabe, que a mãe de Ahmed cozera no forno, e ainda muitos outros tipos de pão.
Desta forma, quase toda a turma se pôs a trocar pedaços de pão durante o recreio.
A professora apercebeu-se das trocas e perguntou:
– Mas o que é que vocês estão aí a fazer?
Carlota e Remi contaram-lhe toda a história do pão dos outros.
E logo após o recreio, o que é que estava em cima da secretária da professora? …um pedaço de pão!
Toda a classe tinha os olhos postos na professora. Ela sorriu e comeu o pão.
E, no domingo seguinte, quando Remi viu a avó, era ele que tinha uma história para lhe contar:
– Sabes, avó? Olha, na minha turma…


Michèle Lochak
Le pain des autres
Paris, Flammarion, 1980

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A tese do coelho e a cursiodiade que mata

A TESE DO COELHO

Era um dia lindo e ensolarado o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado. Pouco depois passou por ali a raposa, e, viu aquele suculento coelhinho tão distraído, que chegou a salivar.

No entanto, ficou intrigada com a actividade do coelho e aproximou-se, curiosa:

- Coelhinho, o que você está fazendo aí, tão concentrado?

- Estou redigindo a minha tese de doutorado - disse o coelho, sem tirar os olhos do trabalho.

- Hummmm... e qual é o tema da sua tese?

- Ah, é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.

A raposa ficou indignada:

- Ora!!! Isso é ridículo!!! Nós é que somos os predadores dos coelhos!

- Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro a minha prova experimental.

O coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois ouve-se alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois silêncio.

Em seguida, o coelho volta, sozinho, e mais uma vez retoma os trabalhos de sua tese, como se nada tivesse acontecido.

Meia hora depois passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho, tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido.

No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando naquela concentração toda. O lobo resolve então saber do que se trata aquilo tudo, antes de devorar o coelhinho:

- Olá, jovem coelhinho! O que o faz trabalhar tão arduamente?

- Minha tese de doutorado, seu lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os grandes predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos.

O lobo não se conteve e farfalha de risos com a petulância do coelho.

- Ah, ah, ah, ah!!! Coelhinho! Apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa...

- Desculpe-me, mas se você quiser eu posso apresentar a minha prova experimental. Você gostaria de acompanhar-me à minha toca?

O lobo não consegue acreditar na sua boa sorte.

Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois ouve-se uivos desesperados, ruídos de mastigação e ... silêncio. Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível, e volta ao trabalho de redacção da sua tese, como se nada tivesse acontecido.

Dentro da toca do coelho vê-se uma enorme pilha de ossos ensanguentados e pelancas de diversas ex-raposas e, ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos.

Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme leão, satisfeito, bem alimentado, a palitar os dentes.
MORAL DA HISTÓRIA:

1. Não importa quão absurdo é o tema de sua tese;

2. Não importa se você não tem o mínimo fundamento científico;

3. Não importa se as suas experiências nunca cheguem a provar sua teoria;

4. Não importa nem mesmo se suas ideias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos...e que a curiosidade mata...

5. O que importa é QUEM É O SEU PADRINHO.......

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Profissionalismo

Em uma grande e importante companhia aérea, ocorreu um dos muitos voos internacionais, mas aquele era especial, pois uma turma de novos tripulantes estava fazendo sua primeira viagem. Na cabine apenas uma comissária tinha anos de experiência, os outros comissários estavam estreando. O voo transcorria normal apesar de estar completamente lotado. Como a viagem era de longa duração e havia muitas crianças e idosos com muitos pedidos, em algum momento o serviço começou a ficar atrasado. A escala em um movimentado aeroporto estava ameaçada, pois se a cabine não estivesse organizada em poucos minutos, a aeronave teria de sobrevoar e esperar no final da fila para pousar, o que atrasaria todo o resto do voo. Vendo a situação que se passava uma comissária que fazia a viagem de volta como passageira, levantou-se da poltrona e começou a ajudar a recolher as bandejas, com sua grande habilidade tudo estava no lugar e a aeronave pousou sem atraso. Já em terra, com a cabine quase vazia a comissária chefe se aproximou da despojada funcionária que acreditava que iria receber um agradecimento, um elogio, ao que responderia que não havia feito mais que sua obrigação. Mas a comissária em vez de agradecer criticou:
- Espero que nunca mais você faça uma coisa assim, disse a comissária chefe.
- O que eu fiz? Só ajudei a equipe, a empresa, eu fui profissional, respondeu.
- Negativo, sua ação atrapalhou enormemente nossa empresa. Aqui estava claro que houve inúmeros problemas em vários setores da empresa, escalas, dimensionamento da equipe, provavelmente o impacto do atraso faria com que os setores envolvidos nunca mais cometessem os mesmos erros. Já com a sua interferência... haverá meu relatório, claro, mas como o resultado foi alterado, levará mais tempo para ser corrigido. Desta vez você não foi profissional.

domingo, 4 de abril de 2010

Os pregos

Era uma vez um rapazinho que tinha um temperamento muito explosivo.

Um dia, o pai deu-lhe um saco cheio de pregos e uma tábua de madeira.

Disse-lhe que martelasse um prego na tábua cada vez que perdesse a paciência com alguém.

No primeiro dia o rapaz pregou 37 pregos na tábua. Já nos dias seguintes, enquanto ia aprendendo a controlar a ira, o número de pregos martelados por dia foram diminuindo gradualmente.

Ele foi descobrindo que dava menos trabalho controlar a ira do que ter que ir todos os dias pregar vários pregos na tábua...

Finalmente chegou o dia em que não perdeu a paciência uma vez que fosse.

Falou com o pai sobre seu sucesso e sobre como se sentia melhor por não explodir com os outros.

O pai sugeriu-lhe que retirasse todos os pregos da tábua e que lha trouxesse.

O rapaz trouxe então a tábua, já sem os pregos, e entregou-a ao pai. Este disse-lhe:

- Estás de parabéns, filho! Mas repara nos buracos que os pregos deixaram na tábua. Nunca mais ela será como antes.

- Quando falas enquanto estas com raiva, as tuas palavras deixam marcas como essas.

- Podes enfiar uma faca em alguém e depois retira-la, mas não importa quantas vezes peças desculpas, a cicatriz ainda continuará lá.

-Uma agressão verbal é tão violenta como uma agressão física. Amigos são jóias raras, cada vez mais raras. Eles fazem-te sorrir e encorajam-te a alcançar o sucesso. Eles emprestam-te o ombro, compartilham os teus momentos de alegria, e têm sempre o coração aberto para ti.

terça-feira, 9 de março de 2010

Caminhõ de lixo

“Um dia peguei um taxi para o aeroporto.
Estávamos rodando na faixa certa quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente.
O motorista do taxi pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz!
O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós, nervosamente.
O motorista do taxi apenas sorriu e acenou, fazendo um sinal de positivo.
E eu quero dizer que ele o fez bastante amigavelmente.
Assim eu perguntei: 'Porque você fez isto? Aquele motorista quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!'
Foi quando o motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo 'A Lei do Caminhão de Lixo."
Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, traumas e de desapontamento. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente. Isto não é problema seu! Apenas sorria, acene, deseje-lhes bem, e vá em frente. Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas. Fique tranquilo...
O princípio disso é que pessoas bem sucedidas não deixam os caminhões de lixo estragarem o seu dia. A vida é muito curta para levantar de manhã com sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais... assim...
Peça a proteção da energia da natureza para as pessoas que ainda usam o caminhão de lixo...
A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!”

domingo, 10 de janeiro de 2010

A experiência na vida ajuda a ganhar humildade

Um dia um homem recebeu a notícia de que acabara de ser nomeado mandarim.

Ficou tão eufórico que quase não se conteve.

- Serei um grande homem agora – disse a um amigo. – Preciso de roupas novas imediatamente, roupas que façam jus à minha nova posição na vida.

- Conheço o alfaiate perfeito para você – replicou o amigo. – É um velho sábio que sabe dar a cada cliente o corte perfeito. Vou lhe dar o endereço.

E o novo mandarim foi ao alfaiate, que cuidadosamente tirou suas medidas. Depois de guardar a fita métrica, o homem disse:

- Há mais uma informação que preciso Ter. Há quanto tempo o senhor é mandarim?
mandarim

- Ora, o que isso tem a ver com a medida do meu manto? perguntou o cliente surpreso.

- Não posso fazê-lo sem obter essa informação, senhor. É que mandarim recém-nomeado fica tão deslumbrado com o cargo que mantém a cabeça altiva, ergue o nariz e estufa o peito. Assim sendo, tenho que fazer a parte da frente maior que a parte de trás. Anos mais tarde, quando está ocupado com seu trabalho e os transtornos advindos da experiência o tornam sensato, e ele olha adiante para ver o que vem em sua direção e o que precisa ser feito a seguir, aí então eu costuro o manto de modo que a parte da frente e a de trás tenham o mesmo comprimento.

E mais tarde, depois que seu corpo está curvado pela idade e pelos anos de trabalho cansativo, sem mencionar a humildade adquirida através de uma vida de esforços, então faço o manto de forma que as costas fiquem mais longas que a frente.

“Portanto, tenho que saber há quanto tempo o senhor está no cargo para que a roupa lhe assente apropriadamente.”

O novo mandarim saiu da loja pensando menos no manto e mais no motivo que levara seu amigo a mandá-lo procurar exatamente aquele alfaiate.

Do livro: O Livro das Virtudes II – O Compasso Moral (pág. 650/651)

William J. Bennett

Editora Nova Fronteira

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O Livro das Virtudes II – a beleza interior

Adaptada de Lawton B. Evans

À beira de um riacho, algumas mocinhas conversavam, contando vantagens de suas lindas mãos. Uma delas mergulhou as mãos na água cintilante, e as gotas que caíam de suas palmas até pareciam diamantes.

- Olhem como minhas mãos são lindas! A água corre nelas como jóias preciosas ¾ disse ela, levantando as mãos para as outras admirarem.

Eram muito macias e brancas, pois a única coisa que fazia com elas era lavá-las em água limpa e fria.

Outra mocinha correu para colher morangos e esmagou-os nas palmas das mãos. O suco escorreu pelos dedos como vinho pisado, até os dedos ficarem rosados como o céu ao sol nascente.

- Vejam que lindas mãos as minhas! O suco de morango escorre por elas como vinho – disse ela, levantando as mãos para as outras admirarem.

Eram muito rosadas e macias, pois a única coisa que fazia com elas era lavá-las com suco de morango todas as manhãs.

Outra mocinha colheu violetas e esmagou-as nas mãos, até ficarem muito perfumadas.

- Olhem que lindas as minhas mãos! São perfumadas como as violetas dos bosques da primavera – disse ela, levantando as mãos para que as outras admirassem.

Eram muito macias e brancas, pois a única coisa que fazia com elas era lavá-las com violetas todas as manhãs.

A Quarta mocinha não mostrou as mãos, deixando-as no colo. Uma velha veio andando pela estrada e parou perto das mocinhas. Elas lhe mostraram as mãos, perguntando quais eram as mais belas. Para cada uma, ela balançou a cabeça e depois pediu para ver as mãos da última mocinha, que as mantinha no colo. Ela levantou as mãos timidamente.

- Hum, estas mãos estão bem limpinhas – disse a mulher -, mas estão endurecidas pelo trabalho. Estas mãos ajudam os pais lavando a louça, varrendo o chão, limpando as janelas e semeando a horta. Estas mãos tomam conta do bebê, levam chá quente para a vovó e ensinam ao irmãozinho menor como empilhar os toquinhos e empinar pipa. Sim, estas mãos andam muito ocupadas fazendo da casa um lar feliz, cheio de amor e carinho.

Então a velha remexeu no bolso e retirou um anel de diamantes, com rubis mais vermelhos que o morango e turquesas mais azuis que as violetas.

- Tome, use este anel, querida. Você merece o prêmio pelas mais belas mãos, pois são as mais úteis.

E a mulher desapareceu, deixando as mocinhas sentadas à beira do riacho.

Do livro: O Livro das Virtudes II – O compasso moral
William J. Bennett – Ed. Nova Fronteira

domingo, 20 de dezembro de 2009

Para ser positivo

A casa dos mil espelhos - para ler no mínimo uma vez por semana em 2010. Vamos entrar o ano com muita positividade. Se você vibrar no positivo o Universo devolve positividde para a sua vida.
Tempos atrás em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como a casa dos 1000 espelhos.Um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar. Lá chegando, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa.
Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia. Para sua grande surpresa, deparou-se com outros 1000 pequenos e felizes cãezinhos, todos com suas caudas balançando tão rapidamente quanto a dele. Abriu um enorme sorriso, e foi correspondido com 1000 enormes sorrisos. Quando saiu da casa, pensou:"Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um montão de vezes".
Neste mesmo vilarejo, um outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, decidiu visitar a casa. Escalou lentamente as escadas e olhou através da porta. Quando viu 1000 olhares hostis de cães que lhe olhavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes e ficou horrorizado ao ver 1000 cães rosnando e mostrando os dentes para ele. Quando saiu, ele pensou: "Que lugar horrível, nunca mais volto aqui".
Todos os rostos no mundo são espelhos.
Que tipo de reflexos você vê nos rostos das pessoas que você encontra?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Inveja

A cabra e o asno
Esopo
Uma cabra e um asno comiam ao mesmo tempo no estábulo. A cabra começou a invejar o asno porque acreditava que ele estava melhor alimentado, e lhe disse:
- Tua vida é um tormento inacabável. Finge um ataque e deixa-te cair num fosso para que te dêem umas férias.
Aceitou o asno o conselho, e deixando-se cair, machucou todo o corpo.
Vendo-o o amo, chamou o veterinário e lhe pediu um remédio para o pobre. Prescreveu o curandeiro que necessitava uma infusão com o pulmão de uma cabra, pois era muito eficiente para devolver o vigor. Para isso então degolaram a cabra e assim curaram o asno.
Moral da Estória:
Em todo plano de maldade, a vítima principal sempre é seu próprio criador.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Interesse & humildade

Em uma história sufi: Um padeiro queria conhecer Uways, e este foi à padaria disfarçado de mendigo. Começou a comer um pão, o padeiro espancou-o e atirou-o na rua.
- Louco! - disse um discípulo que chegava - não vê que expulsou o mestre que queria conhecer?
Arrependido, o padeiro perguntou o que podia fazer para que o perdoasse. Uways pediu que convidasse a ele e seus discípulos para comer.
O padeiro levou-os até um excelente restaurante, e pediu os pratos mais caros.
- Assim distinguimos o homem bom do homem mau – disse Uways para os discípulos, no meio do almoço.
- Este homem é capaz de gastar dez moedas de ouro num banquete porque sou célebre, mas é incapaz de dar um pão para alimentar um mendigo com fome.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O hábito de resmungar

Era uma vez um lugar chamado Cidade dos Resmungos, onde todos resmungavam, resmungavam, resmungavam. No verão, resmungavam que estava muito quente. No inverno, que estava muito frio. Quando chovia, as crianças choramingavam porque não podiam sair. Quando fazia sol, reclamavam que não tinham o que fazer. Os vizinhos queixavam-se uns dos outros, os pais queixavam-se dos filhos, os irmãos das irmãs. Todos tinham um problema, e todos reclamavam que alguém deveria fazer alguma coisa.

Um dia chegou à cidade um mascate carregando um enorme cesto às costas. Ao perceber toda aquela inquietação e choradeira, pôs o cesto no chão e gritou:

¾ Ó cidadãos deste belo lugar! Os campos estão abarrotados de trigo, os pomares carregados de frutas. As cordilheiras são cobertas de florestas espessas, e os vales banhados por rios profundos. Jamais vi um lugar abençoado por tantas conveniências e tamanha abundância. Por que tanta insatisfação? Aproximem-se, e eu lhes mostrarei o caminho para a felicidade.

Ora, a camisa do mascate estava rasgada e puída. Havia remendos nas calças e buracos nos sapatos. As pessoas riram ao pensar que alguém como ele pudesse mostrar-lhes como ser feliz. Mas enquanto riam, ele puxou uma corda comprida do cesto e a esticou entre dois postes na praça da cidade.

Então, segurando o cesto diante de si, gritou:

¾ Povo desta cidade! Aqueles que estiverem insatisfeitos escrevam seus problemas num pedaço de papel e ponham dentro deste cesto. Trocarei seus problemas por felicidade!

A multidão se aglomerou ao seu redor. Ninguém hesitou diante da chance de se livrar dos problemas. Todo homem, mulher e criança da vila rabiscou sua queixa num pedaço de papel e jogou no cesto.

Eles observaram o mascate pegar cada problema e pendurá-lo na corda. Quando ele terminou, havia problemas tremulando em cada polegada da corda, de um extremo a outro. Então ele disse:
mascate

¾ Agora cada um de vocês deve retirar desta linha mágica o menor problema que puder encontrar.

Todos correram para examinar os problemas. Procuraram, manusearam os pedaços de papel e ponderaram, cada qual tentando escolher o menor problema. Depois de algum tempo a corda estava vazia.

Eis que cada um segurava o mesmíssimo problema que havia colocado no cesto. Cada pessoa havia escolhido o seu próprio problema, julgando ser ele o menor da corda.

Daí por diante, o povo daquela cidade deixou de resmungar o tempo todo. E sempre que alguém sentia o desejo de resmungar ou reclamar, pensava no mascate e na sua corda mágica.

Do livro: O Livro das Virtudes II - O Compasso Moral

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Empatia

Léo era um sujeito grandão, um tanto atrapalhado, que vestia sempre roupas remendadas e muito pequenas para o seu tamanho.
Diversos colegas divertiam-se muito pregando-lhe peças.

Um dia um colega notou um pequeno rasgão na manga de sua camisa e deu-lhe um puxão, aumentando o rasgado. Outro colega da fábrica deu sua contribuição, e outro, e logo havia um pedaço da manga rasgada, pendurado. Léo continuou o seu trabalho e, ao passar muito perto de uma correia em movimento, ficou com o pedaço rasgado preso na correia, tendo o braço puxado para dentro da máquina. Alarmes soaram, interruptores foram acionados, e um acidente mais sério foi evitado.

O chefe do setor, entretanto, ciente do que tinha acontecido, chamou o seu pessoal e contou a seguinte estória.

Quando era mais jovem, trabalhei em uma pequena fábrica. Foi lá que fiquei conhecendo Miguel.

Miguel era um sujeito grande, brincalhão, que gostava de fazer brincadeira com os outros, pregar pequenas peças. Ele era o líder da turma.

Havia também o Pedro, um seguidor, que sempre participava das brincadeiras do Miguel.

E havia também o Jaques. Ele era um pouco mais velho que o resto do grupo, quieto, inofensivo, à parte. Ele sempre comia o seu lanche sozinho, num canto. Por três anos seguidos, ele vestia sempre a mesma roupa remendada. Ele nunca participava dos jogos que jogávamos no horário do almoço, parecia indiferente, e sempre sentava sozinho debaixo de uma árvore.

Jaques era o alvo natural das brincadeiras e piadas do grupo. Ora encontrava um sapo na marmita, ora um rato morto em seu chapéu. E ele sempre aceitava isso com bom humor.

Num fim-de-semana de outono, Miguel resolveu ir caçar. Pedro foi com ele, é claro. E eles prometeram para todos que, se caçassem alguma coisa, iriam trazer um pedaço para cada um de nós. Assim, nós ficamos todos muito animados e ansiosos quando soubemos que tinham retornado e que Miguel havia caçado um Antilope grande e gordo.
Ficamos sabendo mais que isso, pois Pedro nunca conseguia guardar um segredo apenas para si mesmo, e deixou transpirar que tinham preparado uma boa peça para aplicar no Jaques.

Miguel tinha dividido o antílope em pedaços e feito um pacote com uma boa porção para cada um de nós. E, para uma boa gargalhada, a peça era que ele havia separado as orelhas, o rabo e os cascos num pacote -- ia ser muito engraçado quando Jaques desembrulhasse aquele presente.

Miguel distribuiu os pacotes no horário do almoço. Cada um de nós ia abrindo o seu pacote, que continha uma bela porção de carne de antílope, e dizia obrigado. O maior pacote de todos ele deixou por último. Era para o Jaques. Pedro estava quase explodindo de vontade de rir, e Miguel exibia um ar de satisfação.

Como sempre, Jaques estava sentado sozinho, no lado mais afastado da grande mesa. Miguel empurrou o pacote para perto dele, e todos ficamos na expectativa. Jaques não era o tipo de muitas palavras. Ele falava tão pouco que você nem percebia quando ele estava por perto. Em três anos ele provavelmente não tinha dito nem cem palavras. Por isso, o que aconteceu a seguir nos pegou de surpresa.

Ele pegou o pacote firme nas mãos e levantou devagar, com um grande sorriso no rosto. Foi então que notamos que seus olhos estavam brilhando. Por alguns momentos, o seu pomo de Adão se moveu para cima e para baixo, até ele conseguir controlar sua emoção.

"Eu sabia que você não ia se esquecer de mim", disse com a voz embargada, "Eu sabia, você é grandão e gosta de fazer brincadeiras, mas sempre soube que você tem um bom coração." Ele engoliu em seco novamente, e continuou falando, dessa vez para todos nós. "Eu sei que não tenho sido muito participativo com vocês, mas nunca foi por má intenção. Sabem, eu tenho nove filhos em casa, e uma esposa inválida, presa na cama já fazem quatro anos. E sei que ela nunca mais vai melhorar. Às vezes, quando ela passa mal, eu tenho que ficar a noite inteira acordado, cuidando dela. E a maior parte do meu salário tem sido para os médicos e os remédios. As crianças fazem o que podem para ajudar, mas tem sido difícil colocar comida para todos na mesa.

Vocês talvez achem esquisito que eu vá comer o meu almoço sozinho, num canto...Bem, eu acho que tenho ficado um pouco envergonhado, porque na maioria das vezes eu não tenho nada para pôr no meu sanduíche. Ou, como hoje, havia talvez apenas uma batata na minha marmita. Mas eu quero que saiba que essa carne representa, realmente, muito para mim. Provavelmente muito mais do que para qualquer um de vocês, por que hoje à noite os meus filhos....", ele limpou as lágrimas dos olhos com as costas das mãos "hoje à noite os meus filhos vão ter, realmente..." e ele começou a abrir o pacote...

Nós tínhamos estado prestando tanta atenção no Jaques, enquanto ele falava, que nem tínhamos notado a reação do Miguel e do Pedro. Mas agora, todos percebemos quando os dois saltaram e tentaram pegar o pacote das mãos do Jaques. Mas, tarde demais. Jaques já tinha aberto e pacote e estava, agora, examinando cada casco, cada orelha, levantando o rabo do antílope.

Deveria ter sido tão engraçado, mas ninguém riu. Ninguém mesmo. E a pior parte foi quando Jaques, tentando sorrir, disse: "Obrigado."

Em silêncio, um a um, cada um dos colegas, pegou o seu pacote e colocou na frente do Jaques, pois eles haviam, de repente, compreendido quão pouco o presente significava para eles... até aquele momento...

Esse foi o ponto onde o chefe de seção parou sua estória e se afastou. Ele não precisou dizer mais nada, e foi gratificante notar que cada colega, naquele dia, enquanto almoçava, compartilhou parte da sua comida com o Léo, e um deles chegou mesmo a tirar a sua camisa e dá-la de presente para ele.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Humildade

Uma rã queria muito afastar-se do clima frio do inverno. Alguns amigos gansos sugeriram que ela emigrasse com eles, mas acontece que a rã não sabia voar. Ela disse então aos amigos gansos: “Deixem-me pensar , tenho um cérebro muito inteligente.” Pediu então à dois gansos amigos, para que a ajudassem a apanhar um galho forte, cada um sustentando-o por uma extremidade. A rã pensava em segurar-se pela boca. Os gansos e a rã começaram então desta forma a sua travessia e em pouco tempo passaram por uma pequena aldeia, e os habitantes dali saíram para ver o inusitado espetáculo. Alguém perguntou: “De quem foi tão brilhante idéia?” Assim, a rã se sentira tão orgulhosa e com tal sentido de importância, que
exclamou: “FOI MINHA!” Seu orgulho foi sua ruína, porque no momento em que abriu a boca, se soltou
do galho, caiu no vazio e morreu.

Há ocasiões em que a falta de humildade ou o excesso de orgulho, podem fazer
cair por terra os planos mais excelentes. Nunca ostente as coisas que tem ou que sabe, pois outros sabem outras coisas que você nem sequer imagina.
Sê humilde e nunca penses que és mais que os demais”

Desconheço a autoria do texto, caso alguém saiba solicito que me informem
para que sejam colocados os devidos créditos.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Raposa esfomeada

Uma raposa esfomeada passou por uma latada e viu uns cachos de uvas muito apetitosos.

- Estas uvas parecem muito sucolentas - pensou ela. - Tenho que as comer!

Tentou apanhá-las saltando o mais alto que pode, mas em vão, porque as uvas estavam fora do seu alcance. Então desistiu e afastou-se. Fingindo-se desinteressada, exclamou:

- Pensei que estavam maduras, mas vejo agora que ainda estão muito verdes!

Moral da história:
Não te enganes a ti mesmo se as coisas não correrem como desejas.

domingo, 5 de julho de 2009

Envolvimento com as situações

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e a sua esposa a abrir um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !!
A galinha disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até o porco e disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira !
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. Será lembrado nas
minhas orações.

O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:
- O que ? Uma ratoeira ? Por acaso estou em perigo? Acho que não !

Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.
No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher... O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou convalescente e ainda tinha febre.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.
Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

Moral da História:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco.
O problema de um, é problema de todos!
'Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos!

O que é ruim para alguém, é ruim para todos...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O valor de cada um

O colégio onde eu estudava, em menina, costumava encerrar o ano lectivo com um espectáculo teatral. Eu adorava aquilo, porém nunca fora convidada para participar, o que me trazia uma secreta mágoa.
Quando fiz onze anos avisaram-me que, finalmente, ia ter um papel para representar. Fiquei felicíssima, mas esse estado de espírito durou pouco: escolheram uma colega minha para o desempenho principal. A mim coube uma ponta, de pouca importância.
Minha decepção foi imensa. Voltei para casa em pranto. Mamãe quis saber o que se passava e ouviu toda a minha história, entre lágrimas e soluços. Sem nada dizer ela foi buscar o bonito relógio de bolso de papai e colocou-o em minhas mãos, dizendo:
- O que é que você vê?
- Um relógio de ouro, com mostrador e ponteiros.
Em seguida, mamãe abriu a parte traseira do relógio e repetiu a pergunta:
- E agora, o que vê?
- Ora, mamãe, aí dentro parece haver centenas de rodinhas e parafusos.
Mamãe me surpreendia, pois aquilo nada tinha a ver com o motivo do meu aborrecimento. Entretanto, calmamente ela prosseguiu:
Este relógio, tão necessário ao seu pai e tão bonito, seria absolutamente inútil se nele faltasse qualquer parte, mesmo a mais insignificante das rodinhas ou o menor dos parafusos.
Nós nos olhamos e, no seu olhar calmo e amoroso, eu compreendi sem que ela precisasse dizer mais nada. Essa pequena lição tem me ajudado muito a ser mais feliz na vida. Aprendi, com a máquina daquele relógio, quão essenciais são mesmo os deveres mais ingratos e difíceis, que nos cabem a todos.
Não importa que sejamos o mais ínfimo parafuso ou a mais ignorada rodinha, desde que o trabalho, em conjunto, seja para o bem de todos. E percebi, também, que se o esforço tiver êxito o que menos importa são os aplausos exteriores. O que vale mesmo é a paz de espírito do dever cumprido...