FECHEM OS OLHOS E OUÇAM COM ATENÇÃO... SÃO ESTES OS TALENTOS...
http://www.youtube.com/watch?v=j15caPf1FRk
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domingo, 19 de abril de 2009
José Sócrates - Xutos e Pontapés
Vamos abrir um espaço para reflexão sobre o nosso estado social. Leiam e comentem.
A discografia dos Xutos & Pontapés tem um cariz de intervenção e alerta social, porém os membros da banda nunca quiseram vestir a roupagem de “líderes de uma revolução política”, nem apoiam, enquanto colectivo, qualquer partido político, assegura Zé Pedro, guitarrista dos Xutos. A banda assiste surpresa a euforia com a música “Sem eira nem beira”, do novíssimo álbum Xutos & Pontapés, disco de originais que acabou de ser lançado.
A música está a ser transformada na Internet como um manifesto de ataque ao Governo e a José Sócrates. “Não há aqui alvos a abater” com o refrão que começa com a frase Senhor engenheiro, dê-me um pouco de atenção. “Não queremos fazer um ataque político a ninguém, diz Zé Pedro. A letra exprime mais um grito de revolta. E é um alerta para o estado da Justiça e para uma classe política em geral que, volta e meia, toma atitudes que deixam os cidadãos desamparados”, justifica.
VER VÍDEO:
LETRA
Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou - bem
Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir
Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor
Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir
Encontrar
Mais força para lutar…
(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer
É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir
Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar
A enganar o povo que acreditou
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar…
(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a f....
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão
A discografia dos Xutos & Pontapés tem um cariz de intervenção e alerta social, porém os membros da banda nunca quiseram vestir a roupagem de “líderes de uma revolução política”, nem apoiam, enquanto colectivo, qualquer partido político, assegura Zé Pedro, guitarrista dos Xutos. A banda assiste surpresa a euforia com a música “Sem eira nem beira”, do novíssimo álbum Xutos & Pontapés, disco de originais que acabou de ser lançado.
A música está a ser transformada na Internet como um manifesto de ataque ao Governo e a José Sócrates. “Não há aqui alvos a abater” com o refrão que começa com a frase Senhor engenheiro, dê-me um pouco de atenção. “Não queremos fazer um ataque político a ninguém, diz Zé Pedro. A letra exprime mais um grito de revolta. E é um alerta para o estado da Justiça e para uma classe política em geral que, volta e meia, toma atitudes que deixam os cidadãos desamparados”, justifica.
VER VÍDEO:
LETRA
Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou - bem
Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir
Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor
Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir
Encontrar
Mais força para lutar…
(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer
É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir
Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar
A enganar o povo que acreditou
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar…
(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a f....
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão
sexta-feira, 17 de abril de 2009
DEFICIÊNCIAS Mário Quintana
DEFICIÊNCIAS
Mário Quintana
'Deficiente' é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
'Louco' é quem não procura ser feliz com o que possui.
'Cego' é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
'Surdo' é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
'Mudo' é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
'Paralítico' é quem não consegue andar na direcção daqueles que precisam de sua ajuda.
'Diabético' é quem não consegue ser doce.
'Anão' é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
' A amizade é um amor que nunca morre.
Mário Quintana
'Deficiente' é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
'Louco' é quem não procura ser feliz com o que possui.
'Cego' é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
'Surdo' é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
'Mudo' é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
'Paralítico' é quem não consegue andar na direcção daqueles que precisam de sua ajuda.
'Diabético' é quem não consegue ser doce.
'Anão' é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
' A amizade é um amor que nunca morre.
Psicologia Familiar - Organização Mundial da Família
Newsletter World Family Organization
A Organização Mundial da Família iniciou em Abril a Edição da sua Newsletter, cujo nº 1 está já online. (clique aqui para aceder)
A Newsletter tem como objectivos:
- Apresentar artigos de importantes autoridades e peritos na área da Família
- Dar a conhecer o trabalho e projectos desenvolvidos pela Organização Mundial da Família
- Acompanhar os preparativos para a Cimeira Mundial da Família +5
- Informar sobre importantes acontecimentos relevantes para as famílias de todo o mundo
- Promover o trabalho da Organização Mundial da Família
- Apresentar Histórias/Projectos de Sucesso
- Permitirá ainda aceder a informações uteis do Sistema das Nações Unidas, com relevancia para a sua Organização, e muito mais!
Este é apenas o primeiro passo num conjunto de mudanças positivas que serão implementadas ao longo dos próximos meses, incluindo o lançamento de um website totalmente renovado, com novo design e organização - muito mais fácil de navegar - e que irá focar-se em permitir a interacção entre os membros, parceiros e amigos da OMF de forma a consolidar uma mais forte base de trabalho no interesse das FAMÍLIAS de todo o mundo.
Mais informações em:
Anjaf
Rua do salitre nº 185 - R/C.
1250-199 Lisboa
Tel: 21 384 56 90
Email: geral@anjaf.pt
Url: www.anjaf.pt
A Organização Mundial da Família iniciou em Abril a Edição da sua Newsletter, cujo nº 1 está já online. (clique aqui para aceder)
A Newsletter tem como objectivos:
- Apresentar artigos de importantes autoridades e peritos na área da Família
- Dar a conhecer o trabalho e projectos desenvolvidos pela Organização Mundial da Família
- Acompanhar os preparativos para a Cimeira Mundial da Família +5
- Informar sobre importantes acontecimentos relevantes para as famílias de todo o mundo
- Promover o trabalho da Organização Mundial da Família
- Apresentar Histórias/Projectos de Sucesso
- Permitirá ainda aceder a informações uteis do Sistema das Nações Unidas, com relevancia para a sua Organização, e muito mais!
Este é apenas o primeiro passo num conjunto de mudanças positivas que serão implementadas ao longo dos próximos meses, incluindo o lançamento de um website totalmente renovado, com novo design e organização - muito mais fácil de navegar - e que irá focar-se em permitir a interacção entre os membros, parceiros e amigos da OMF de forma a consolidar uma mais forte base de trabalho no interesse das FAMÍLIAS de todo o mundo.
Mais informações em:
Anjaf
Rua do salitre nº 185 - R/C.
1250-199 Lisboa
Tel: 21 384 56 90
Email: geral@anjaf.pt
Url: www.anjaf.pt
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Visita à PIDE guiada por ex-presoss políticos
Divulgar entre as gerações mais jovens a memória da resistência ao fascismo é objectivo central
do movimento cívico Não Apaguem a Memória, cujo núcleo do Porto dinamiza mais uma visita pública
ao edifício onde funcionou a delegação do Porto da PVDE/PIDE/DGS.
A iniciativa terá lugar nas instalações do Museu Militar do Porto, na Rua do Heroísmo,
correspondente às instalações da ex- PIDE, na tarde de sábado 18 de Abril corrente,
a partir das 15 horas e 30 minutos.
Esta associação cívica conta com os testemunhos dos protagonistas das lutas pela liberdade e
pela democracia, ou seja, com os depoimentos de ex-presos políticos que nesse sinistro edifício
foram encarcerados, humilhados e torturados.
Numa perspectiva de educação histórica, visa-se o reforço da nossa identidade democrática bem como a
salvaguarda da memória da resistência ao “Estado Novo”, designação que tomou o fascismo português,
e o aprofundamento do conhecimento das gerações presentes sobre as realidades do passado.
Núcleo do Porto do movimento cívico - Não Apaguem a Memória!
do movimento cívico Não Apaguem a Memória, cujo núcleo do Porto dinamiza mais uma visita pública
ao edifício onde funcionou a delegação do Porto da PVDE/PIDE/DGS.
A iniciativa terá lugar nas instalações do Museu Militar do Porto, na Rua do Heroísmo,
correspondente às instalações da ex- PIDE, na tarde de sábado 18 de Abril corrente,
a partir das 15 horas e 30 minutos.
Esta associação cívica conta com os testemunhos dos protagonistas das lutas pela liberdade e
pela democracia, ou seja, com os depoimentos de ex-presos políticos que nesse sinistro edifício
foram encarcerados, humilhados e torturados.
Numa perspectiva de educação histórica, visa-se o reforço da nossa identidade democrática bem como a
salvaguarda da memória da resistência ao “Estado Novo”, designação que tomou o fascismo português,
e o aprofundamento do conhecimento das gerações presentes sobre as realidades do passado.
Núcleo do Porto do movimento cívico - Não Apaguem a Memória!
Marcadores:
Actividades Culturais
Visitas gratuitas aos monumentos
Dia 18 de Abril é o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.
Há uma série de actividades e visitas de acesso gratuito em vários locais. Se estiverem interessados, visitem este site e basta clicarem no nome da localidade que vos aparece o programa.
http://www.igespar.pt/DIMlS/
Há uma série de actividades e visitas de acesso gratuito em vários locais. Se estiverem interessados, visitem este site e basta clicarem no nome da localidade que vos aparece o programa.
http://www.igespar.pt/DIMlS/
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Actividades Culturais
terça-feira, 14 de abril de 2009
Tropfest - Amamos os lugares ou as pessoas
O Tropfest é o maior festival de curtas metragens do mundo.Começou há 17 anos atrás em Sydney e no ano passado teve a sua primeira edição em Nova York. O vencedor do ano passado foi este filme que foi totalmente filmado com um telemóvel. O seu orcamento foi de 40 dólares (cerca de 30 euros)! Algumas vezes os orçamentos são muito altos e as mensagens nem são assim tão impactantes e, com um orçamento tão simples temos uma mensagem fantástica!!!
Assistam... e comentem aqui http://www.youtube.com/watch?v=ZrDxe9gK8Gk
Assistam... e comentem aqui http://www.youtube.com/watch?v=ZrDxe9gK8Gk
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Pesquisa sobre árvore genealógica dá frutos - Regina Cascão
Uma reportagem da Regina Cascão que desta vez eu fui no Rio e não nos abraçamos nem dançamos o Sassaricando.
Parabéns pelo trabalho amiga!!!
Pesquisa sobre árvore genealógica dá frutos
Famílias mergulham no estudo das raízes para descobrir coisas em comum com os antepassados. Especialistas, sites e programas auxiliam a viagem no túnel do tempo
POR ÉLCIO BRAGA, RIO DE JANEIRO
Rio - Em 1896, Álvaro Alvim usou pela primeira vez aparelho de raio X para fazer radiografia de irmãs siamesas e possibilitar a operação que as separou. Com a utilização frequente do equipamento, perdeu uma das mãos e dedos da outra. No fim da vida, operava com próteses de gancho. A contribuição do médico, que tanto orgulhou o Brasil, toca especialmente 17 pessoas no Rio: os descendentes que povoam a sua árvore genealógica.
Foto: Carlo Wrede/Agência O Dia
Os Alvim: unidos no orgulho pela dedicação do patriarca, o médico Álvaro Alvim, que de tanto usar o raio-X perdeu mão e operava com prótese
Nunca foi tão fácil investigar as raízes de um clã. A digitalização de arquivos de cartórios, igrejas e repartições — além das facilidades da Internet — abriu caminho no túnel do tempo. O Colégio Brasileiro de Genealogia registra aumento do interesse pela pesquisa. Por mês, a página da entidade recebe quase 100 e-mails. Há três anos, eram apenas 10 mensagens no mesmo período. A entidade ensina os primeiros passos a quem quer mergulhar na História do seu sobrenome.
Na adolescência, meu sobrenome me perturbava
Regina Cascão. ginecologista, 60 anos
Mesmo 80 anos após a morte do “mártir da Ciência”, os Alvim continuam unidos. “Sempre nos encontramos em churrascos”, conta Otto Alvim Thiele, 45 anos, bisneto e encarregado de “bronzear” a carne. Otto conta que o bisavô era filho de cafeicultores em Vassouras e se casou com Laura Palha. “Meu bisavô teve de romper com a família para se casar com a filha de um abolicionista. Só reatou quando houve o surto da gripe espanhola. Ele voltou à região para socorrer a população”, relata.
Duas filhas do médico se destacaram: Mariana, uma das primeiras psicólogas brasileiras, e Laura, que dá nome à Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema. Lá, está atualmente em cartaz a peça ‘Casa de Laura’. “A atriz Suzanna Kruger percorre a antiga residência da família para relatar a paixão de minha tia (Laura) pela arte”, orgulha-se Beatriz Alvim Richard, 54 anos.
Especialistas no assunto “encostaram” o termo genealogia. “O nome assustava. Chamamos agora de história da família. As pessoas começam procurando laços para pedir cidadania estrangeira, mas se apaixonam e passam a estudar toda a família”, observa a genealogista Regina Cascão.
O objetivo agora é conhecer as raízes. “Antes o filtro era mais por nobreza. Mas alguns barões do tempo do império eram uma peste”, observa o presidente do Colégio Brasileiro de Genealogia, Carlos Barata.
Testamento garante 10 anos de missa
O engenheiro Georges Rul, 46, herdou relíquia do pai, Jean Robert Rul: livro com a história da família, documentada desde 1643, na Bélgica. “Ele começou a pesquisar aos 15 anos em Antuérpia”, conta Georges, que chegou este ano com o filho Michel, 3, para morar no Rio. “Nosso ramo pode se extinguir na Europa se um primo não tiver filho. No Brasil, meu irmão tem dois filhos e um neto. Estamos mais tranquilos”, diz. No livro, curiosidades. “Cardeal Dominique Rul destinou em testamento, em 1851, dinheiro para 36 missas ao ano, por 10 anos, que aliviariam a sua alma”, relata.
Pesquise-se
MAIS VELHOS
O primeiro passo para começar a pesquisa é conversar com os mais velhos na família. Anote histórias.
DOCUMENTOS
Localize passaporte, boletim escolar, convite de casamento e certidão. Faça cópias para armazenar as informações no computador.
CARTÓRIOS
Pesquise registros em cartórios e igrejas. Dica: vá ao site da Igreja Mórmon, que tem o maior arquivo do mundo sobre pessoas: www.familysearch.org e http://pilot.familysearch.org. Reproduz documentos dos primeiros registros civis, determinados pelo Concílio de Trento, a partir de 1560.
IMIGRANTES
O Projeto Imigrantes (http://www.projetoimigrantes.com.br) identificou 2,8 milhões de imigrantes entre 1737 e 1920. Por R$ 70, recebe-se ficha dos que vieram com o mesmo sobrenome.
“ Em sete anos, descobri mais de 4.500 pessoas”
“Na adolescência, meu sobrenome me perturbava. Crianças implicavam. Em Portugal, cascão é teimoso. Aqui, graças ao desenho, é quem não toma banho. Percebi que o nome facilitava minha identificação e fui atrás da origem. Em sete anos, levantei mais de 4.500 pessoas (na árvore) desde 1600. Sei quem sou e que meu dedo médio é igual ao do meu bisavô. Os traços se repetem.”
REGINA CASCÃO, genealogista, 60 anos
Parabéns pelo trabalho amiga!!!
Pesquisa sobre árvore genealógica dá frutos
Famílias mergulham no estudo das raízes para descobrir coisas em comum com os antepassados. Especialistas, sites e programas auxiliam a viagem no túnel do tempo
POR ÉLCIO BRAGA, RIO DE JANEIRO
Rio - Em 1896, Álvaro Alvim usou pela primeira vez aparelho de raio X para fazer radiografia de irmãs siamesas e possibilitar a operação que as separou. Com a utilização frequente do equipamento, perdeu uma das mãos e dedos da outra. No fim da vida, operava com próteses de gancho. A contribuição do médico, que tanto orgulhou o Brasil, toca especialmente 17 pessoas no Rio: os descendentes que povoam a sua árvore genealógica.
Foto: Carlo Wrede/Agência O Dia
Os Alvim: unidos no orgulho pela dedicação do patriarca, o médico Álvaro Alvim, que de tanto usar o raio-X perdeu mão e operava com prótese
Nunca foi tão fácil investigar as raízes de um clã. A digitalização de arquivos de cartórios, igrejas e repartições — além das facilidades da Internet — abriu caminho no túnel do tempo. O Colégio Brasileiro de Genealogia registra aumento do interesse pela pesquisa. Por mês, a página da entidade recebe quase 100 e-mails. Há três anos, eram apenas 10 mensagens no mesmo período. A entidade ensina os primeiros passos a quem quer mergulhar na História do seu sobrenome.
Na adolescência, meu sobrenome me perturbava
Regina Cascão. ginecologista, 60 anos
Mesmo 80 anos após a morte do “mártir da Ciência”, os Alvim continuam unidos. “Sempre nos encontramos em churrascos”, conta Otto Alvim Thiele, 45 anos, bisneto e encarregado de “bronzear” a carne. Otto conta que o bisavô era filho de cafeicultores em Vassouras e se casou com Laura Palha. “Meu bisavô teve de romper com a família para se casar com a filha de um abolicionista. Só reatou quando houve o surto da gripe espanhola. Ele voltou à região para socorrer a população”, relata.
Duas filhas do médico se destacaram: Mariana, uma das primeiras psicólogas brasileiras, e Laura, que dá nome à Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema. Lá, está atualmente em cartaz a peça ‘Casa de Laura’. “A atriz Suzanna Kruger percorre a antiga residência da família para relatar a paixão de minha tia (Laura) pela arte”, orgulha-se Beatriz Alvim Richard, 54 anos.
Especialistas no assunto “encostaram” o termo genealogia. “O nome assustava. Chamamos agora de história da família. As pessoas começam procurando laços para pedir cidadania estrangeira, mas se apaixonam e passam a estudar toda a família”, observa a genealogista Regina Cascão.
O objetivo agora é conhecer as raízes. “Antes o filtro era mais por nobreza. Mas alguns barões do tempo do império eram uma peste”, observa o presidente do Colégio Brasileiro de Genealogia, Carlos Barata.
Testamento garante 10 anos de missa
O engenheiro Georges Rul, 46, herdou relíquia do pai, Jean Robert Rul: livro com a história da família, documentada desde 1643, na Bélgica. “Ele começou a pesquisar aos 15 anos em Antuérpia”, conta Georges, que chegou este ano com o filho Michel, 3, para morar no Rio. “Nosso ramo pode se extinguir na Europa se um primo não tiver filho. No Brasil, meu irmão tem dois filhos e um neto. Estamos mais tranquilos”, diz. No livro, curiosidades. “Cardeal Dominique Rul destinou em testamento, em 1851, dinheiro para 36 missas ao ano, por 10 anos, que aliviariam a sua alma”, relata.
Pesquise-se
MAIS VELHOS
O primeiro passo para começar a pesquisa é conversar com os mais velhos na família. Anote histórias.
DOCUMENTOS
Localize passaporte, boletim escolar, convite de casamento e certidão. Faça cópias para armazenar as informações no computador.
CARTÓRIOS
Pesquise registros em cartórios e igrejas. Dica: vá ao site da Igreja Mórmon, que tem o maior arquivo do mundo sobre pessoas: www.familysearch.org e http://pilot.familysearch.org. Reproduz documentos dos primeiros registros civis, determinados pelo Concílio de Trento, a partir de 1560.
IMIGRANTES
O Projeto Imigrantes (http://www.projetoimigrantes.com.br) identificou 2,8 milhões de imigrantes entre 1737 e 1920. Por R$ 70, recebe-se ficha dos que vieram com o mesmo sobrenome.
“ Em sete anos, descobri mais de 4.500 pessoas”
“Na adolescência, meu sobrenome me perturbava. Crianças implicavam. Em Portugal, cascão é teimoso. Aqui, graças ao desenho, é quem não toma banho. Percebi que o nome facilitava minha identificação e fui atrás da origem. Em sete anos, levantei mais de 4.500 pessoas (na árvore) desde 1600. Sei quem sou e que meu dedo médio é igual ao do meu bisavô. Os traços se repetem.”
REGINA CASCÃO, genealogista, 60 anos
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