As coisas mais simples são, muitas vezes, as mais genuínas.” Richard Bach
O que é a simplicidade? E como consegui-la? Na realidade, os caminhos para a simplicidade são muitos e diferentes, dependendo do estilo de vida que pretende adoptar, das coisas que quer fazer e que definitivamente não quer fazer. Nenhuma das abordagens é certa ou errada. Se você é do tipo que aprende com a experiência e não apenas com a leitura, explicações e sensibilizações, é preferível experimentar várias formas e caminhos para ter a certeza que está realmente no caminho certo da sua simplicidade.
Simplicidade com a nossa vida. LSEO
Listar tudo que você tem pendente nos seus diversos papéis
Seleccionar o essencial e hierarquizar.
Eliminar o que rouba energia.
Organizar o que resta de uma forma ordenada.
Como pode funcionar com as tarefas que você tem em excesso.
Listar – Todas as tarefas que tem pendentes.
Seleccionar - comece por escolher as tarefas que quer mesmo executar ou então aquelas que lhe vão trazer maiores benefícios a longo prazo e compile-as numa só lista separada.
Eliminar - tente despachar pequenas coisas que estão apenas a “empatar”, elimine e delegue o que puder. Lembre-se: na sua família pode ter algumas pessoas a querer colaborar consigo, experimente pedir a colaboração delas, envolvendo-as.
Organizar o que resta de uma forma ordenada e decidir executar 3 tarefas dessa lista por dia. Quando concluir a lista, não invente uma nova lista. Assuma apenas 3 novos tarefas por cada dia e execute-as.
Como pode funcionar com os compromissos que você tem em excesso.
Listar - todos os seus compromissos, profissionais e pessoais. Não se esqueça de incluir hobbies, associações, comunidades online, desporto, afazeres domésticos, as actividades dos seus filhos, jantares com amigos, etc…
Seleccionar – analise o que tem um valor acrescentado, que lhe traz prazer e benefícios a curto, médio e longo prazo. Esses serão mantidos.
Eliminar – o que não é benéfico ou é superficial. Esclareça para as pessoas que você está investindo na simplicidade da sua vida. Elas vão entender!
Organizar – Rentabilize o seu tempo, distribuindo esses compromissos considerando que de agora em diante, em vez de preencher cada minuto da sua vida, você decidiu optar por ter algum tempo livre.
É mesmo simples, concorda? Então desligue o complicômetro e saboreie melhor a sua vida.
Abraceijos,Angela Escada
Links Patrocinados
sábado, 5 de junho de 2010
Caminhada pela Simplicidade Voluntária
Hoje eu escrevi sobre a simplicidade e aproveito para vos dizer que podem se aliar ao grupo da caminhada pela simplicidade.
http://caminhada2010.wordpress.com/
http://ruimacdonald.com/wordpress/?p=7680
http://caminhada2010.wordpress.com/
http://ruimacdonald.com/wordpress/?p=7680
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Dados do Mundial
Mais participaram
Brasil 18 Participou em todas as edições da Copa
Alemanha 16 Não participou em 1930 e 1958
Itália 16 Não participou em 1930 e 1958
Argentina 14 Não participou em 1938, 1950, 1954 e 1970
México 13 Não participou em 1934, 1938, 1974 , 1982 e 1990
______________________________________
Conquistaram mais títulos
Brasil 5 58- 62- 70- 94- 02
Itália 4 34- 38- 82 - 06
Alemanha 3 54- 74- 90
Argentina 2 78- 86
Uruguai 2 30- 50
______________________________________________________________
Disputaram mais partidas
Brasil 92
Alemanha 92
Itália 77
Argentina 65
Inglaterra 55
_______________________________________________________
Mais participaram de semifinais
Alemanha 11
Brasil 10
Itália 8
França 5
Argentina, Uruguai e Suécia 2
_______________________________
Mais venceram
Brasil 64
Alemanha 55
Itália 44
Argentina 33
França Inglaterra 25
______________________________________________________
Mais marcaram gols
Brasil 201
Alemanha 190
Itália 122
Argentina 113
França Inglaterra 95
______________________________________________________
Maiores artilheiros
Ronaldo (BRASIL) 15 gols
Gerd Muller (ALEMANHA) 14 gols
Just Fontaine (FRANÇA) 13 gols
Pelé (BRASIL) 12 gols
Helmut Rahn (ALEMANHA)12 gols
______________________________________________________________
Ficaram mais tempo em campo
Paolo Maldini (ITA)2.220minutos
Lothar Matthaus (ALE)2.052minutos
Diego Maradona (ARG)1.938minutos
Uwe Seeler (ALE)1.980minutos
Wladislaw Zmuda (POL)1.808minutos
______________________________________________________
Maiores artilheiros em uma única edição da Copa
Just Fontaine (FRANÇA)13 gols (1958)
Sandor Kocsis (HUNGRIA) 11 gols (1954)
Gerd Mueller (ALEMANHA) 10 gols (1970)
Ademir (BRASIL) 9 gols (1950)
Eusébio (PORTUGAL) 9 gols (1966)
_________________________________________________________
Goleiros que ficaram mais partidas sem sofrer gols
Peter Shilton (INGLATERRA)10 (1982-1990)
Fabian Barthez (FRANÇA) 10 (1998-2006)
Emerson Leão (BRASIL)8 (1974-1978)
Sepp Maier (ALE)8(1974-1978)
Claudio Taffarel (BRASIL) 8 (1990-1998)
_______________________________________________________________
Jogadores que mais participaram
Lothar Matthaus (ALEMANHA)25 jogos em 5 Copas
Paolo Maldini (ITALIA) 23 jogos em 4 Copas
Maradona (ARGENTINA) 21 jogos em 4 Copas
Uwe Seeler (ALEMANHA) 21 jogos em 4 Copas
Zmuda (POLONIA) 21 jogos em 4 Copas
____________________________________________________
As expulsões mais rápidas
José Batista (URUGUAI) 1 minuto contra a Escócia (1986)
Marco Etcheverry (BOLIVIA) 3 minutos contra a Alemanha (1994)
Íon Vladoiu (ROMENIA)3 minutos contra a Suíça (1994)
Morten Wieghorst (DINAMARCA)3 minutos contra África do Sul (1998)
Lauren (CAMarões) 6 minutos contra Chile (1998)
______________________________________________________
Jogador mais velho
Roger Milla da seleção de Camarões tinha 42 anos e 39 dias
quando jogou contra a Rússia na Copa de 1994.
____________________________________________________________
Jogador mais jovem
Norman Whiteside da Irlanda do Norte tinha 17 anos e 42 dias
quando entrou em campo na Copa de 1982.
____________________________________________________________
Técnico mais jovem
Juan Jose Tramutola tinha 27 anos e 267 dias
quando estreou na Copa de 1930
_________________________________________________
Técnico mais velho
O italiano Cesare Maldini comandou a equipe do Paraguai
na Copa de 2002 quando tinha 70 anos e 131 dias.
Otto Pfister, da Alemanha (68 anos e 211 dias),
e Luis Aragones, da Espanha (67 anos e 334 dias)
estiveram na Copa de 2006.
__________________________________________________________
Marcas Históricas
O primeiro gol da Copa foi marcado por Lucien Laurent, da
França, no dia 13/07/1930, durante a vitória por 4 a 1 contra o México
O centésimo gol foi convertido por Edmund Conen, da Alemanha,
na vitória por 5 a 2 contra a Bélgica, em 1934
O milésimo gol das Copas foi feito por Rob Rensenbrink,
da Holanda, na derrota por 3 a 2 para a Escócia na Copa de 1978
O gol número dois mil foi marcado por Marcus Allback, da
Suécia, no empate por 2 a 2 com a Inglaterra, em 2006
___________________________________________
Maiores goleadas de todas as copas
Hungria (1982)10 x 1 El Salvador
Hungria (1954)9 x 0 Coreia do Sul
Iugoslávia(1974)9 x 0 Zaire
Suécia (1938)8 x 0 Cuba
Uruguai (1950)8 x 0 Bolívia
Alemanha(2002)8 x 0 Arábia Saudita
___________________________________________________________________
Gols mais rápidos
Hakan Sukur (TURQUIA) 11 segundos
Contra a Coreia do Sul (2002)
Vaclav Masek (TCH)15 segundos
Contra o México (1962)
Ernst Lehner (ALE)25 segundos
Contra a Áustria (1934)
Bryan Robson (ING)28 segundos
Contra a França (1982)
Bernard Lacombe (FRA)31 segundos
Contra a Itália (1978)
Émile Veinante (FRA)35 segundos
Contra a Bélgica (1938)
Brasil 18 Participou em todas as edições da Copa
Alemanha 16 Não participou em 1930 e 1958
Itália 16 Não participou em 1930 e 1958
Argentina 14 Não participou em 1938, 1950, 1954 e 1970
México 13 Não participou em 1934, 1938, 1974 , 1982 e 1990
______________________________________
Conquistaram mais títulos
Brasil 5 58- 62- 70- 94- 02
Itália 4 34- 38- 82 - 06
Alemanha 3 54- 74- 90
Argentina 2 78- 86
Uruguai 2 30- 50
______________________________________________________________
Disputaram mais partidas
Brasil 92
Alemanha 92
Itália 77
Argentina 65
Inglaterra 55
_______________________________________________________
Mais participaram de semifinais
Alemanha 11
Brasil 10
Itália 8
França 5
Argentina, Uruguai e Suécia 2
_______________________________
Mais venceram
Brasil 64
Alemanha 55
Itália 44
Argentina 33
França Inglaterra 25
______________________________________________________
Mais marcaram gols
Brasil 201
Alemanha 190
Itália 122
Argentina 113
França Inglaterra 95
______________________________________________________
Maiores artilheiros
Ronaldo (BRASIL) 15 gols
Gerd Muller (ALEMANHA) 14 gols
Just Fontaine (FRANÇA) 13 gols
Pelé (BRASIL) 12 gols
Helmut Rahn (ALEMANHA)12 gols
______________________________________________________________
Ficaram mais tempo em campo
Paolo Maldini (ITA)2.220minutos
Lothar Matthaus (ALE)2.052minutos
Diego Maradona (ARG)1.938minutos
Uwe Seeler (ALE)1.980minutos
Wladislaw Zmuda (POL)1.808minutos
______________________________________________________
Maiores artilheiros em uma única edição da Copa
Just Fontaine (FRANÇA)13 gols (1958)
Sandor Kocsis (HUNGRIA) 11 gols (1954)
Gerd Mueller (ALEMANHA) 10 gols (1970)
Ademir (BRASIL) 9 gols (1950)
Eusébio (PORTUGAL) 9 gols (1966)
_________________________________________________________
Goleiros que ficaram mais partidas sem sofrer gols
Peter Shilton (INGLATERRA)10 (1982-1990)
Fabian Barthez (FRANÇA) 10 (1998-2006)
Emerson Leão (BRASIL)8 (1974-1978)
Sepp Maier (ALE)8(1974-1978)
Claudio Taffarel (BRASIL) 8 (1990-1998)
_______________________________________________________________
Jogadores que mais participaram
Lothar Matthaus (ALEMANHA)25 jogos em 5 Copas
Paolo Maldini (ITALIA) 23 jogos em 4 Copas
Maradona (ARGENTINA) 21 jogos em 4 Copas
Uwe Seeler (ALEMANHA) 21 jogos em 4 Copas
Zmuda (POLONIA) 21 jogos em 4 Copas
____________________________________________________
As expulsões mais rápidas
José Batista (URUGUAI) 1 minuto contra a Escócia (1986)
Marco Etcheverry (BOLIVIA) 3 minutos contra a Alemanha (1994)
Íon Vladoiu (ROMENIA)3 minutos contra a Suíça (1994)
Morten Wieghorst (DINAMARCA)3 minutos contra África do Sul (1998)
Lauren (CAMarões) 6 minutos contra Chile (1998)
______________________________________________________
Jogador mais velho
Roger Milla da seleção de Camarões tinha 42 anos e 39 dias
quando jogou contra a Rússia na Copa de 1994.
____________________________________________________________
Jogador mais jovem
Norman Whiteside da Irlanda do Norte tinha 17 anos e 42 dias
quando entrou em campo na Copa de 1982.
____________________________________________________________
Técnico mais jovem
Juan Jose Tramutola tinha 27 anos e 267 dias
quando estreou na Copa de 1930
_________________________________________________
Técnico mais velho
O italiano Cesare Maldini comandou a equipe do Paraguai
na Copa de 2002 quando tinha 70 anos e 131 dias.
Otto Pfister, da Alemanha (68 anos e 211 dias),
e Luis Aragones, da Espanha (67 anos e 334 dias)
estiveram na Copa de 2006.
__________________________________________________________
Marcas Históricas
O primeiro gol da Copa foi marcado por Lucien Laurent, da
França, no dia 13/07/1930, durante a vitória por 4 a 1 contra o México
O centésimo gol foi convertido por Edmund Conen, da Alemanha,
na vitória por 5 a 2 contra a Bélgica, em 1934
O milésimo gol das Copas foi feito por Rob Rensenbrink,
da Holanda, na derrota por 3 a 2 para a Escócia na Copa de 1978
O gol número dois mil foi marcado por Marcus Allback, da
Suécia, no empate por 2 a 2 com a Inglaterra, em 2006
___________________________________________
Maiores goleadas de todas as copas
Hungria (1982)10 x 1 El Salvador
Hungria (1954)9 x 0 Coreia do Sul
Iugoslávia(1974)9 x 0 Zaire
Suécia (1938)8 x 0 Cuba
Uruguai (1950)8 x 0 Bolívia
Alemanha(2002)8 x 0 Arábia Saudita
___________________________________________________________________
Gols mais rápidos
Hakan Sukur (TURQUIA) 11 segundos
Contra a Coreia do Sul (2002)
Vaclav Masek (TCH)15 segundos
Contra o México (1962)
Ernst Lehner (ALE)25 segundos
Contra a Áustria (1934)
Bryan Robson (ING)28 segundos
Contra a França (1982)
Bernard Lacombe (FRA)31 segundos
Contra a Itália (1978)
Émile Veinante (FRA)35 segundos
Contra a Bélgica (1938)
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Medicina Espiritual
http://www.wook.pt/ficha/medicina-espiritual/a/id/51892
Uma boa leitura para todos, em qualquer idade, sexo, raça ou nacionalidade.
O Dr. Herbert Benson trata do encontro da ciência com o surpreendente poder do espírito humano. Segundo ele, os homens estão marcados por uma necessidade genética de cultivar a fé e isto produz um efeito benéfico sobre a saúde física. O médico desenvolve a idéia de bem-estar evocado: um conceito que pode revolucionar a forma como a medicina é praticada no mundo ocidental. Para o Dr. Benson, quando as pessoas evocam a fé ativam dentro de si caminhos neurológicos para a cura. O livro aborda os seguintes temas: a natureza da crença
# a crise espiritual da medicina
# a resposta de relaxamento
# o fator fé e a experiência espiritual
# medicina ótima, saúde ótima
# as doenças da informação
Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho do autor, veja em
http://www.mgh.harvard.edu/bhi/
http://meditation-relaxation.suite101.com/article.cfm/the_relaxation_response
A revista BONS FLUÍDOS, publicou a entrevista realizada com o Dr.Herbert Benson
Por que a espiritualidade cura?
Herbert Benson está à frente do Instituto Mente/Corpo da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Nos últimos 35 anos, dedica-se a pesquisas científicas que comprovam: a fé e a meditação melhoram a saúde.
Imagine um médico receitando 20 minutos de meditação, duas vezes ao dia, para combater a hipertensão, por exemplo. É isso que faz o doutor Herbert Benson, pesquisador e fundador-presidente do Instituto Mente/ Corpo da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, em Boston, nos Estados Unidos. Há mais de três décadas, ele realiza estudos em laboratório e vem comprovando que aquietar a mente é um hábito poderoso na prevenção e no combate de problemas como insônia, tensão pré-menstrual, infertilidade e hipertensão. Além disso, alivia os efeitos de doenças crônicas e tratamentos químicos fortes, como o de câncer. O doutor Benson concluiu que de 60 a 90% das doenças podem ser curadas pela mente. Ele é autor de sete livros sobre o assunto, como Medicina Espiritual (ed. Campus) e o best seller The Relaxation Response (não traduzido para o português), que já vendeu mais de 4 milhões de exemplares. Em julho passado, no II Congresso Internacional de Stress, organizado pela ISMA-BR (International Stress Management), em Porto Alegre, ele falou sobre medicina e espiritualidade.
Bons Fluidos - Como a espiritualidade pode trazer benefícios para a saúde?
Herbert Benson - Sempre digo que há um tripé que sustenta a cura: os medicamentos, a cirurgia e a espiritualidade. Cada um deles tem seu peso, sendo que o hábito diário da prática da meditação corresponde de 60 a 90%. O resto é efeito da medicação ou, caso seja necessário, da cirurgia. Como médico, não receito para meus pacientes apenas a meditação, pois os recursos da medicina não podem ser desprezados.
BF - Por que, então, o senhor pesquisa a espiritualidade?
HB - Pesquiso os efeitos da espiritualidade na cura de doenças há 35 anos e comecei estudando a relação entre o estresse e a hipertensão. Primeiro fiz experimentos com macacos. Porém, na época, recebi uma proposta de estudar os efeitos físicos da meditação em um grupo de praticantes assíduos. Essas pessoas não tinham problemas de pressão alta e diziam que isso estava relacionado à meditação. Foi então que realmente estabeleci a conexão entre corpo e mente.
BF - O que o senhor notou no corpo dessas pessoas?
HB - Percebi que durante a prática há a diminuição da pressão arterial, da freqüência cardíaca e do ritmo respiratório. Tentei, então, descobrir o que provocava isso. E são dois os componentes básicos capazes de causar essas reações: a repetição de palavras e a capacidade de deixar os pensamentos de lado. Como parte do estudo, pesquisei os estados meditativos ao longo da história e nas diferentes religiões e esse efeito estava presente no cristianismo, no judaísmo e no budismo.
BF - Qualquer tipo de meditação traz benefícios?
HB - Meditação é deixar a mente livre de pensamentos. E isso é geralmente conseguido pela repetição de palavras. Quando um católico reza um terço, por exemplo, ele está meditando. Não importa o que está dizendo, desde que aquela palavra tenha um significado importante para ele. Pode ser paz, amor, aleluia, shalom, um mantra (os sons sagrados orientais). Os pacientes que escolhem repetir palavras ou expressões relacionadas com suas crenças religiosas têm maior probabilidade de meditar continuamente e melhores resultados fisiológicos do que aqueles que escolhem palavras indiferentes, sem um significado particular. E existem técnicas orientais que também causam as mesmas mudanças físicas, como ioga, tai chi chuan, chi kung e a dança.
BF - Meditar ajuda no processo de cura e prevenção de quais doenças?
HB - As que apresentam melhor resposta ao relaxamento são hipertensão, problemas cardíacos, insônia, calorões da menopausa e toda forma de dor, inclusive as crônicas. Nesses casos, meditar ajuda a suportar melhor os desconfortos.
BF - E a infertilidade?
HB - Problemas de infertilidade, causados por estresse e ansiedade, melhoram 50% depois da prática diária do relaxamento e 59% das mulheres têm diminuição dos sintomas de TPM (tensão pré-menstrual). Mas é preciso lembrar que não se deve abandonar os medicamentos, independentemente do problema de saúde. Quem pratica as várias formas de meditação deve, sim, avisar seu médico.
BF - Por quê?
HB - Se a prática é diária, as doses do medicamento precisam ser diminuídas. Caso contrário, passa-se a ter efeitos colaterais causados pelo excesso de remédios. Por exemplo, em quem é hipertenso, toma medicação e começa a meditar todo dia, a pressão arterial vai cair naturalmente. Assim, as doses dos remédios devem ser reduzidas aos poucos, com a orientação do especialista, até que a pressão se normalize. Percebo que, em males como a Aids ou o câncer, a meditação ajuda a suportar melhor os efeitos colaterais dos tratamentos. Ou seja, há uma melhora na qualidade de vida desses pacientes.
BF - A fé interfere na cura?
HB - Defendo uma medicina unificada de corpo, mente e espírito. Se a fé não fosse importante, como você explicaria o efeito placebo? Pesquisas demonstram que uma pílula com açúcar dada em laboratório tem resultados positivos em 90% das pessoas com problemas de depressão e ansiedade. Isso é o que chamo de fator fé.
BF - E a fé religiosa, ela conta pontos para a saúde?
HB - Estudos comparativos de grupos religiosos e não religiosos constataram: quem é mais religioso é mais saudável, independentemente da alimentação ou da atividade física. Isso também independe da religião. Um católico, por exemplo, que reza todos os dias e acredita em sua crença produz os mesmos efeitos benéficos para o organismo que um budista, que medita diariamente. O importante é a resposta que o relaxamento causa no organismo. Pode ser com meditação, rezando terço, com ioga.
BF - Existe uma idade certa para começar a praticar?
HB - Crianças a partir de 5 anos já podem ser iniciadas. Estudos feitos em Harvard demonstram que isso reduz a ansiedade, facilita a concentração, a capacidade de aprender e de ter notas melhores na escola em comparação a garotos que não meditam.
BF - É preciso meditar todos os dias? Quanto tempo?
HB - Para obter uma resposta eficaz, deve-se praticar uma ou duas vezes por dia, de dez a 20 minutos, cada vez. As alterações fisiológicas causadas pela meditação duram 24 horas, e isso faz também com que o praticante se torne mais resistente ao estresse e às doenças causadas por ele. O ideal é meditar de manhã, ao acordar (antes do café da manhã), e no final da tarde.
Uma boa leitura para todos, em qualquer idade, sexo, raça ou nacionalidade.
O Dr. Herbert Benson trata do encontro da ciência com o surpreendente poder do espírito humano. Segundo ele, os homens estão marcados por uma necessidade genética de cultivar a fé e isto produz um efeito benéfico sobre a saúde física. O médico desenvolve a idéia de bem-estar evocado: um conceito que pode revolucionar a forma como a medicina é praticada no mundo ocidental. Para o Dr. Benson, quando as pessoas evocam a fé ativam dentro de si caminhos neurológicos para a cura. O livro aborda os seguintes temas: a natureza da crença
# a crise espiritual da medicina
# a resposta de relaxamento
# o fator fé e a experiência espiritual
# medicina ótima, saúde ótima
# as doenças da informação
Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho do autor, veja em
http://www.mgh.harvard.edu/bhi/
http://meditation-relaxation.suite101.com/article.cfm/the_relaxation_response
A revista BONS FLUÍDOS, publicou a entrevista realizada com o Dr.Herbert Benson
Por que a espiritualidade cura?
Herbert Benson está à frente do Instituto Mente/Corpo da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Nos últimos 35 anos, dedica-se a pesquisas científicas que comprovam: a fé e a meditação melhoram a saúde.
Imagine um médico receitando 20 minutos de meditação, duas vezes ao dia, para combater a hipertensão, por exemplo. É isso que faz o doutor Herbert Benson, pesquisador e fundador-presidente do Instituto Mente/ Corpo da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, em Boston, nos Estados Unidos. Há mais de três décadas, ele realiza estudos em laboratório e vem comprovando que aquietar a mente é um hábito poderoso na prevenção e no combate de problemas como insônia, tensão pré-menstrual, infertilidade e hipertensão. Além disso, alivia os efeitos de doenças crônicas e tratamentos químicos fortes, como o de câncer. O doutor Benson concluiu que de 60 a 90% das doenças podem ser curadas pela mente. Ele é autor de sete livros sobre o assunto, como Medicina Espiritual (ed. Campus) e o best seller The Relaxation Response (não traduzido para o português), que já vendeu mais de 4 milhões de exemplares. Em julho passado, no II Congresso Internacional de Stress, organizado pela ISMA-BR (International Stress Management), em Porto Alegre, ele falou sobre medicina e espiritualidade.
Bons Fluidos - Como a espiritualidade pode trazer benefícios para a saúde?
Herbert Benson - Sempre digo que há um tripé que sustenta a cura: os medicamentos, a cirurgia e a espiritualidade. Cada um deles tem seu peso, sendo que o hábito diário da prática da meditação corresponde de 60 a 90%. O resto é efeito da medicação ou, caso seja necessário, da cirurgia. Como médico, não receito para meus pacientes apenas a meditação, pois os recursos da medicina não podem ser desprezados.
BF - Por que, então, o senhor pesquisa a espiritualidade?
HB - Pesquiso os efeitos da espiritualidade na cura de doenças há 35 anos e comecei estudando a relação entre o estresse e a hipertensão. Primeiro fiz experimentos com macacos. Porém, na época, recebi uma proposta de estudar os efeitos físicos da meditação em um grupo de praticantes assíduos. Essas pessoas não tinham problemas de pressão alta e diziam que isso estava relacionado à meditação. Foi então que realmente estabeleci a conexão entre corpo e mente.
BF - O que o senhor notou no corpo dessas pessoas?
HB - Percebi que durante a prática há a diminuição da pressão arterial, da freqüência cardíaca e do ritmo respiratório. Tentei, então, descobrir o que provocava isso. E são dois os componentes básicos capazes de causar essas reações: a repetição de palavras e a capacidade de deixar os pensamentos de lado. Como parte do estudo, pesquisei os estados meditativos ao longo da história e nas diferentes religiões e esse efeito estava presente no cristianismo, no judaísmo e no budismo.
BF - Qualquer tipo de meditação traz benefícios?
HB - Meditação é deixar a mente livre de pensamentos. E isso é geralmente conseguido pela repetição de palavras. Quando um católico reza um terço, por exemplo, ele está meditando. Não importa o que está dizendo, desde que aquela palavra tenha um significado importante para ele. Pode ser paz, amor, aleluia, shalom, um mantra (os sons sagrados orientais). Os pacientes que escolhem repetir palavras ou expressões relacionadas com suas crenças religiosas têm maior probabilidade de meditar continuamente e melhores resultados fisiológicos do que aqueles que escolhem palavras indiferentes, sem um significado particular. E existem técnicas orientais que também causam as mesmas mudanças físicas, como ioga, tai chi chuan, chi kung e a dança.
BF - Meditar ajuda no processo de cura e prevenção de quais doenças?
HB - As que apresentam melhor resposta ao relaxamento são hipertensão, problemas cardíacos, insônia, calorões da menopausa e toda forma de dor, inclusive as crônicas. Nesses casos, meditar ajuda a suportar melhor os desconfortos.
BF - E a infertilidade?
HB - Problemas de infertilidade, causados por estresse e ansiedade, melhoram 50% depois da prática diária do relaxamento e 59% das mulheres têm diminuição dos sintomas de TPM (tensão pré-menstrual). Mas é preciso lembrar que não se deve abandonar os medicamentos, independentemente do problema de saúde. Quem pratica as várias formas de meditação deve, sim, avisar seu médico.
BF - Por quê?
HB - Se a prática é diária, as doses do medicamento precisam ser diminuídas. Caso contrário, passa-se a ter efeitos colaterais causados pelo excesso de remédios. Por exemplo, em quem é hipertenso, toma medicação e começa a meditar todo dia, a pressão arterial vai cair naturalmente. Assim, as doses dos remédios devem ser reduzidas aos poucos, com a orientação do especialista, até que a pressão se normalize. Percebo que, em males como a Aids ou o câncer, a meditação ajuda a suportar melhor os efeitos colaterais dos tratamentos. Ou seja, há uma melhora na qualidade de vida desses pacientes.
BF - A fé interfere na cura?
HB - Defendo uma medicina unificada de corpo, mente e espírito. Se a fé não fosse importante, como você explicaria o efeito placebo? Pesquisas demonstram que uma pílula com açúcar dada em laboratório tem resultados positivos em 90% das pessoas com problemas de depressão e ansiedade. Isso é o que chamo de fator fé.
BF - E a fé religiosa, ela conta pontos para a saúde?
HB - Estudos comparativos de grupos religiosos e não religiosos constataram: quem é mais religioso é mais saudável, independentemente da alimentação ou da atividade física. Isso também independe da religião. Um católico, por exemplo, que reza todos os dias e acredita em sua crença produz os mesmos efeitos benéficos para o organismo que um budista, que medita diariamente. O importante é a resposta que o relaxamento causa no organismo. Pode ser com meditação, rezando terço, com ioga.
BF - Existe uma idade certa para começar a praticar?
HB - Crianças a partir de 5 anos já podem ser iniciadas. Estudos feitos em Harvard demonstram que isso reduz a ansiedade, facilita a concentração, a capacidade de aprender e de ter notas melhores na escola em comparação a garotos que não meditam.
BF - É preciso meditar todos os dias? Quanto tempo?
HB - Para obter uma resposta eficaz, deve-se praticar uma ou duas vezes por dia, de dez a 20 minutos, cada vez. As alterações fisiológicas causadas pela meditação duram 24 horas, e isso faz também com que o praticante se torne mais resistente ao estresse e às doenças causadas por ele. O ideal é meditar de manhã, ao acordar (antes do café da manhã), e no final da tarde.
Marcadores:
Livros Indicados,
Qualidade de Vida,
Relaxamento
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Um gesto simples
Um gesto simples
Todo mundo pode ser grande... muito grande, por dentro, porque todo mundo pode servir ao amor e isto nos torna grandes.
Não é preciso um diploma da universidade para servir ao amor. Também não é necessário saber a linguagem perfeita de cada idioma para, com alguma perfeição concordar sujeito e verbo para servir ao amor.
O que precisamos é reconhecer a nossa beleza interior, encher todas as manhãs o nosso coração de amor, encher para poder distribuir ao longo do dia.
Vamos prestar mais atenção na qualidade do amor que distribuímos ao longo do dia.
Podemos distribuir oferecendo um sorriso fraterno, um bom dia alegre e olhando nos olhos da pessoa, seja ela quem for. também podemos ser gentis no telefone, mesmo quando o assunto não nos interessa, mas podemos dizer exactamente isto: eu não estou interessado no seu produto, o que lamento, mas desejo que faça bons negócios com as outras pessoas. tenha um bom dia!
Vamos fazer a nossa parte. abraceijo, Angela
Todo mundo pode ser grande... muito grande, por dentro, porque todo mundo pode servir ao amor e isto nos torna grandes.
Não é preciso um diploma da universidade para servir ao amor. Também não é necessário saber a linguagem perfeita de cada idioma para, com alguma perfeição concordar sujeito e verbo para servir ao amor.
O que precisamos é reconhecer a nossa beleza interior, encher todas as manhãs o nosso coração de amor, encher para poder distribuir ao longo do dia.
Vamos prestar mais atenção na qualidade do amor que distribuímos ao longo do dia.
Podemos distribuir oferecendo um sorriso fraterno, um bom dia alegre e olhando nos olhos da pessoa, seja ela quem for. também podemos ser gentis no telefone, mesmo quando o assunto não nos interessa, mas podemos dizer exactamente isto: eu não estou interessado no seu produto, o que lamento, mas desejo que faça bons negócios com as outras pessoas. tenha um bom dia!
Vamos fazer a nossa parte. abraceijo, Angela
terça-feira, 1 de junho de 2010
Casais Inteligentes enriquecem juntos
Casais Inteligentes enriquecem juntos
Gustavo Cerbasi
Editora Gente / 164 páginas
Uma vida planejada e com objetivos é mais feliz.
Muitos obstáculos de curto prazo são relevados quando se perseguem objetivos maiores de longo prazo.
No passado, os homens sempre pagavam a conta porque as mulheres não trabalhavam, portanto não tinham renda.
Pagar sempre pode gerar uma sensação de intimidação, algo como "pago porque posso mais do que você". (...) Por outro lado, não se oferecer para pagar nada gera a sensação de falta de comprometimento: "Se você tem renda, por que eu pago tudo?"
Dia dos Namorados, Natal, aniversário pessoal e aniversário de namoro (...) Todos saem às compras e, em razão disso, os preços sobem significativamente. (...) Comprem presentes pelo menos 45 dias antes dessas datas. Evitem restaurantes, motéis e bares nessas ocasiões, quando os preços chegam a dobrar em relação aos da véspera ou do dia seguinte.
Para muitos casais, o namoro é como um conto de fadas, uma eterna preparação para a lua-de-mel, mesmo que ainda não esteja nos planos. A convivência restrita a poucos dias da semana, o fato de ambos se encontrarem sempre em clima de passeio e diversão e a ausência de rotina criam a impressão de que estar nos braços da pessoa amada é o mundo dos sonhos.
Por essa razão, a decisão de casar-se acaba sendo um drama para muitas pessoas. Saem de cena momentos de lazer, convivência exclusiva-mente a dois, presentes românticos e orçamento para um fim de semana. Entram em cena rotina do lar, convivência com parentes (incluindo sogros), gastos com moradia e orçamento apertado para o mês. 0 drama começa quando o casal pensa em quanto vai custar a vida a dois e nas responsabilidades a ser assumidas.
(...) É quando "cai a ficha". Homens entram em pânico, procuram adiar a decisão, pois percebem o tamanho e o preço da responsabilidade. Mulheres se desesperam, pois entendem que eles não estavam levando a sério o namoro. Muitos relacionamentos acabam nesse momento.
(...) Uma forma muito simples de suavizar essa passagem do mundo dos sonhos para o das responsabilidades é passar a dividir seus projetos antes mesmo de falar em casamento. Compartilhem sonhos e metas para a vida. Dividam seus medos e angústias. Comecem a construir planos de independência financeira juntos, simulando os custos mensais que teriam no futuro, se casados.
Muitas pessoas que conheço e são felizes no casamento tiveram uma passagem suave entre a vida de solteiro e a vida a dois. Foram aos poucos juntando hábitos, depois projetos, depois convivendo mais tempo e com as respectivas famílias, unindo contas-correntes ou investimentos... Casar foi praticamente formalizar a vida a dois que já levavam, uma transição em que ambos não tiveram surpresas.
Entre comprar uma casa à vista e alugar outra de mesmo valor, é melhor alugar. Em vez de desembolsar R$ 100.000,00, apliquem esse valor e paguem com sobra um aluguel de R$ 800,00, já que a renda mensal com os juros será em torno de R$ 1.000,00.
E se vocês não tiverem os R$ 100.000,00 para comprar à vista? Vale a pena entrar num financiamento? Vejam o exemplo que desenvolvi no livro Dinheiro - Os Segredos de Quem Tem:
•Para adquirir um imóvel cujo preço à vista é de R$ 100.000,00, será necessário pagar uma prestação média de R$ 1.101,09 se vocês optarem por um financiamento de vinte anos com juros mensais de 1% mais inflação5.
•Se, em vez de entrarem em um financiamento, optarem por alugar um imóvel de padrão idêntico (mesmo preço de venda), irão pa¬gar R$ 800,00 por mês, na pior das hipóteses.
•Se vocês tomarem o cuidado de poupar a diferença de R$ 301,096 durante vinte anos, a juros líquidos de 0,6% ao mês (após taxas, impostos e inflação), acumularão nesse período o equivalente a, em valores de hoje, R$ 160.710,50.
•Se, após os vinte anos de poupança, vocês pararem de poupar os R$ 301,09 todo mês e deixarem o dinheiro acumulado rendendo juros líquidos de 0,6% ao mês, terão uma renda mensal para o resto da vida de R$ 964,26, dinheiro mais que suficiente para sempre alugar um imóvel novo de R$ 100.000,00 e ainda deixar o patrimônio crescendo. Sem contar que, após vinte anos, o imóvel comprado já estaria bastante depreciado...
Essas regras são universais e serão válidas no Brasil enquanto perdurarem os juros elevados. Vocês devem estar se perguntando por que, então, seus parentes e amigos não fazem isso. A razão é simples: falta a disciplina de poupar quando se opta por uma situação financeiramente mais vantajosa.
•Investindo na economia doméstica
Segundo o Dieese, a família média brasileira gasta cerca de 24% de sua renda com habitação e mais 6% com serviços públicos (água, luz e telefone). Quase um terço da renda familiar!
Por isso é importante que, ao comprar eletrodomésticos, não se esqueçam de verificar o selo Procel8, uma espécie de certificação para as indústrias que produzem equipamentos elétricos que cumprem todas as normas de funcionamento e economizam energia. 0 selo indica o consu¬mo mensal de energia para cada aparelho, que varia muito dentro da mesma categoria de eletrodomésticos.
Cuidado com as escolhas baseadas no preço menor. Equipamentos mais baratos em geral consomem muito mais energia. A diferença no preço de compra de uma geladeira ou freezer, por exemplo, pode ser recuperada em poucos meses de consumo mais baixo de energia.
É razoável abrir mais de uma conta-corrente quando há preocupação com a segurança. Com o elevado número de sequestros-relâmpago nas grandes cidades brasileiras, vem se tornando hábito comum das famílias manter duas contas-correntes no mesmo banco. Numa ficam todos os investimentos e recursos não usados no dia-a-dia. Na outra, apenas recursos suficientes para saques diários ou para "atender" a eventuais abordagens criminosas. 0 cartão da conta principal jamais deve sair de casa.
Negociem com o gerente a isenção de tarifa para essa segunda conta, com base no bom relacionamento da conta principal.
É notório o fato de que, para enriquecer, é preciso aprender a gastar. Sua riqueza não depende do que vocês ganham, mas sim de como gastam. Se, com uma renda baixa, vocês conseguirem construir com dignida¬de um padrão de vida saudável e feliz, conscientes de que poderão mantê-lo no futuro, estarão em situação bem melhor que executivos que ganham rios de dinheiro mas gastam tudo para manter um nível de vida elevado e ficam à beira de um enfarte quando têm o emprego ameaçado.
Quem muda de emprego e mora em casa própria tem uma grande encrenca a resolver: enfrentar a dor de cabeça de vender e comprar outra moradia ou aceitar o sacrifício de horas a mais no trânsito e muitos reais a mais com gasolina e manutenção? Quem vive em regime de aluguel não tem essa preocupação: basta esperar poucos meses pelo fim do contrato e mudar-se. 0 custo da mudança, se isso não ocorrer com muita frequência, é tranquilamente pago pela poupança viabilizada pela economia proporcionada pelo aluguel.
Outro argumento contra a moradia alugada é o da segurança: "Se eu perder o emprego, onde vou morar?" Para mim, esse é um argumento sem nexo. 0 que fazer em situação de desemprego se todo o seu dinheiro está empatado na casa? Pior ainda se vocês estiverem pagando prestações dessa casa e correrem o risco de perdê-la. Se escolherem o caminho do aluguel + poupança, terão uma reserva formada caso ocorra uma emergência!
A conclusão que quero levar a vocês não é a de que sempre se deve alugar e nunca comprar. Pelo contrário. A decisão de compra será melhor depois de atingida a estabilidade financeira, profissional e familiar ou quando surgirem oportunidades de real investimento e vocês tiverem recursos para aplicar em algo que multiplique seu capital. Mas será um mau negócio quando os recursos poupados forem insuficientes para comprar uma casa e manter o padrão de vida da família. Para que correr riscos se há alternativas mais baratas?
Corram atrás de seus sonhos e o dinheiro virá atrás.
Qualquer pessoa pode investir diretamente em títulos públicos com pelo menos R$ 200,00 através do programa Tesouro Direto, disponível em qualquer grande banco e acessível também pela internet.
Supermercado não é lugar de criança. A não ser, é claro, que elas mostrem saber comportar-se em um lugar de tantas tentações. A técnica de fazer compra com lista vai por água abaixo quando temos uma criança ao nosso lado que parte nosso coração com aquela expressão de "quero tanto". As embalagens são feitas para criar esse efeito, isso é normal. Convencer uma criança do que cabe e do que não cabe no orçamento é difícil, portanto será melhor deixá-la com alguém.
Finalmente, há a participação da criança - nesse caso já adolescente - nas decisões sobre o orçamento doméstico de toda a família. 0 acompanhamento mensal dos custos da casa e o monitoramento de algumas contas de poupança para atingir certos objetivos, como uma viagem, proporcionam excelente aprendizado sobre as finanças de uma vida inde¬pendente. Quando esse ponto for atingido, provavelmente haverá interesse suficiente para frequentar um curso de matemática financeira e planejamento financeiro pessoal.
A mesada não deve pagar tudo o que os filhos desejam comprar. Eles devem entender que o orçamento é limitado e que os pais também adiam algumas escolhas para obter outras.
Uma forma muito simples de aprender a se disciplinar com relação à renda é a utilização de um sistema de envelopes para cada necessidade. Quando perceberem que seu filho tende a ter problemas financeiros frequentes, orientem-no para, no momento em que receber a mesada, dividir o dinheiro em envelopes específicos para cada gasto principal: um envelope para as "baladas", outro para os lanches, outro ainda para a compra de roupas, para a compra de livros e assim por diante.
À medida que usar o dinheiro de cada envelope, o simples fato de perceber que a verba se esgota evitará que o jovem exagere nos gastos, disciplinando-o com relação ao orçamento. Quando o dinheiro de um envelope acabar, isso significa que ele não poderá fazer mais nenhuma despesa específica até o próximo pagamento.
Os resultados são fantásticos. 0 mesmo mecanismo vale também para desenvolver a disciplina financeira em famílias de baixa renda - menos de dois salários mínimos por membro da família, em minha opinião. No dia do pagamento, todo o dinheiro recebido deve ser dividido em envelopes. Na medida do possível, um dos envelopes deve ser dedicado ao fundo de reserva para formar uma poupança para o futuro.
Cartões de crédito: a regra número 1 do uso de cartões de crédito é jamais pagar o valor parcial da fatura.
Todo cliente que tem acesso ao cheque especial é, de certa forma, também especial, pois mantém bom relacionamento com o banco, o que justifica esse crédito. Pela mesma razão, não haverá problemas em obter um empréstimo pessoal, que sempre custará bem menos que o cheque especial.
É uma grande ingenuidade utilizar a linha de crédito do cheque especial quando se pode ter acesso a um empréstimo pessoal pagando cerca da metade dos juros. As pessoas seguem esse caminho incoerente por duas razões: é preciso pegar o telefone para fazer um empréstimo pessoal (com cheque especial não é preciso fazer nada) e há certa sensação de "intimidação" ao ligar para o gerente e dizer que faltará dinheiro na conta ("Que vergonha confessar ao meu gerente que não soube cuidar do meu dinheiro"). Essa é uma grande bobagem, pois a primeira coisa que o gerente do banco vê em seu computador pela manhã é a lista de clientes que começam o dia no vermelho.
O financiamento de automóveis apresenta uma das menores taxas de juros do mercado. Por quê? Simples: o automóvel pertence à financiadora enquanto o cliente não quita as prestações - não há risco de perder o valor financiado.
A decisão foi sensata: vender o apartamento - a tão sonhada casa própría estava por escapar entre seus dedos. Dos R$ 120.000,00 que receberam, usaram R$ 10.000,00 para quitar imediatamente as dívidas e pagar a mudança para um apartamento menor, alugado por R$ 600,00 mensais. Os R$ 110.000,00 restantes foram aplicados em um fundo de renda fixa que rendia, sem descontar a inflação, cerca de 1% ao mês (R$ 1.100,00).
(...) Um ano depois, as contas estavam em dia, o plano de guardar dinheiro mensalmente fora retomado e a poupança acumulada somava R$ 128.000,00. Se não vendessem o apartamento, provavelmente teriam recorrido a financeiras, cartões de crédito ou até mesmo a emprés¬timos pessoais, mas encontrariam dificuldades para pagar essas dívidas por muitos meses, talvez anos. Mesmo com recursos suficientes para comprar um imóvel novo, resolveram continuar no apartamento alugado. Afinal, se o dinheiro do fundo de renda fixa rendia mais de R$ 1.000,00 por mês, por que abrir mão disso em troca de um aluguel de R$ 600,00?
O cultivo de bons contatos com corretores imobiliários trará maiores oportunidades de aproveitar as barganhas do mercado imobiliário. É comum encontrar imóveis a preços bem abaixo do mercado, geralmente vendidos por pessoas impacientes, como herdeiros desinformados e gen¬te com problemas financeiros ou necessidade de mudança urgente. Com um pouco de paciência, é possível realizar margens bem superiores às que vocês obteriam no mercado financeiro. Basta ter interesse e procurar a informação que abrirá as portas para as oportunidades.
Vocês é que devem decidir-se pelo melhor investimento para seu caso com base no acesso a informações ou no prazer que terão em administrar a aplicação escolhida. Muitos não suportam entrar em uma imobiliária. Outros não se sentem bem em confiar seus recursos aos bancos. São escolhas pessoais, que trarão tanto mais riqueza quanto maior for o interesse do investidor por informação.
Não tenho como objetivo desestimulá-los de adquirir uma segunda nem uma terceira propriedade, mas é conveniente lembrá-los de que o valor dessa propriedade - mais os custos de manutenção - pagaria férias fantásticas, talvez com frequência maior do que o usufruto da casa e sem preocupações com reparos nem limpeza.
Esse tipo de investimento somente se justifica em situações de intenso aproveitamento. Se vocês gostam de receber amigos e parentes com frequência, adoram trazer para casa as pessoas próximas em festas e celebrações ou pretendem ter um lugar para efetivamente morar nos fins de semana, talvez seja uma boa idéia investir em seu "cantinho" - desde que ele caiba em seu orçamento sem comprometer o projeto de independência financeira.
O mesmo vale para qualquer aquisição cujo efetivo aproveitamento seja duvidoso. Pagar caro por uma roupa de festa para usá-la não mais que duas ou três vezes? Optem por alugá-la. Adquirir o título de um clube sem a certeza de desfrutá-lo? Pensem duas vezes. Esbarramos em armadilhas financeiras como essas diariamente. Não façam grandes negócios sem antes pensar alguns dias nos custos e nos benefícios.
Acredito que todos os livros sobre finanças pessoais ou planejamento financeiro pessoal tenham em comum pelo menos duas regras: nunca ponham todos os ovos em uma única cesta e paguem-se primeiro.
A primeira diz respeito à diversificação dos investimentos.
(...)
A segunda regra, paguem-se primeiro, diz respeito a uma filosofia de vida. Muito cuidado com sua interpretação. Alguns entendem que essa regra diz que, para ser feliz, é preciso gastar com a satisfação pessoal antes de cumprir outros compromissos financeiros. É a filosofia dos eternamente endividados, uma forma completamente errada de pagar a si mesmo em primeiro lugar. "Paguem-se primeiro" diz respeito ao compro¬misso com um planejamento para garantir um futuro sem dificuldades financeiras e fazer o possível e o impossível para que o plano seja cumprido. Se vocês assumiram o compromisso de poupar certo valor todo mês, esse deve ser o primeiro dinheiro a sair de sua conta quando receberem o salário. Se o custo de vida aumentou, terão de apertar o cinto para pagar as demais contas. Se isso for difícil, optem por ter parte do salário (vocês decidem quanto) automaticamente debitada da conta-corrente e depositada no investimento escolhido. Seu banco pode fazer isso por vocês, chama-se investimento programado. É fácil, conveniente e ajuda a manter a disciplina.
Talvez não vivamos tempo suficiente para atingir nossos objetivos, mas teremos vivido felizes por levar uma vida motivada por objetivos. Isso faz toda a diferença.
"Dizem que sou um cara de sorte... Só sei que, quanto mais me esforço, mais sorte tenho!" (Jack Niklaus)
•Livros
Dinheiro - Os Segredos de Quem Tem -Gustavo Petrasunas Cerbasi, Editora Gente
Um guia para a construção da independência financeira que considera as vantagens e desvantagens da economia brasileira e abrange a matemática das finanças, os motivos da dificuldade de enriquecer e as estratégias para conquistar e manter um padrão de vida financeiramente saudável.
O Homem Mais Rico da Babilônia - George Clason, Ediouro
Apesar de escrito no começo do século passado, esse livro traz soluções sábias e bastante atuais para evitar a falta de dinheiro. Um clássico do planejamento financeiro.
Seu Imóvel, Como Comprar Bem - Mauro Halfeld, Editora Fundamento
0 livro apresenta orientações sobre como ganhar dinheiro negociando imóveis. Indispensável para quem está começando a se interessar por investimentos imobiliários, traz muitos exemplos ilustrativos e é de leitura fácil.
Organize-se - Donna Smallin, Editora Gente
Nesse livro, o leitor vai encontrar soluções variadas para os problemas mais comuns de arrumação, podendo escolher as mais adequadas ao seu caso e até mesmo adaptá-las ao seu estilo. Há um capítulo dedicado exclusivamente às finanças e à papelada da casa, com orientações sobre o tempo durante o qual é necessário guardar comprovantes e sobre a forma de lidar com talões de cheques e contas diversas.
Esticando a Mesada - Ricardo H. Rocha e Rodney Vergili, Editora Campus
Os autores explicam como funcionam o mercado financeiro e seus diversos produtos de investimento, usando linguagem bastante clara para os não iniciados no mundo das finanças.
Investimentos - Como Administrar Melhor Seu Dinheiro - Mauro Halfeld, Editora Fundamento
Esse livro consagrado apresenta, através de exemplos reais e recomenda¬ções práticas, diversas alternativas e estratégias de investimento no mercado brasileiro.
Guia Valor Económico de Investimentos - William Eid Jr., Editora Globo
Um verdadeiro guia de bolso para entender os prós e contras de cada tipo de investimento e a matemática de cada produto financeiro.
Guia Valor Econômico de Planejamento da Aposentadoria - Mara Luquet, Editora Globo
Apresenta todo o detalhamento e a matemática dos planos de previdência, seguros e planejamento pessoal. Rico em fatos e de visual agradável.
Guia Valor Econômico de Finanças Pessoais - Mara Luquet, Editora Globo
Prima pela objetividade e pela facilidade de leitura. Mesmo para quem já entende do assunto, é um guia prático para relembrar temas muitas vezes esquecidos.
Gustavo Cerbasi
Editora Gente / 164 páginas
Uma vida planejada e com objetivos é mais feliz.
Muitos obstáculos de curto prazo são relevados quando se perseguem objetivos maiores de longo prazo.
No passado, os homens sempre pagavam a conta porque as mulheres não trabalhavam, portanto não tinham renda.
Pagar sempre pode gerar uma sensação de intimidação, algo como "pago porque posso mais do que você". (...) Por outro lado, não se oferecer para pagar nada gera a sensação de falta de comprometimento: "Se você tem renda, por que eu pago tudo?"
Dia dos Namorados, Natal, aniversário pessoal e aniversário de namoro (...) Todos saem às compras e, em razão disso, os preços sobem significativamente. (...) Comprem presentes pelo menos 45 dias antes dessas datas. Evitem restaurantes, motéis e bares nessas ocasiões, quando os preços chegam a dobrar em relação aos da véspera ou do dia seguinte.
Para muitos casais, o namoro é como um conto de fadas, uma eterna preparação para a lua-de-mel, mesmo que ainda não esteja nos planos. A convivência restrita a poucos dias da semana, o fato de ambos se encontrarem sempre em clima de passeio e diversão e a ausência de rotina criam a impressão de que estar nos braços da pessoa amada é o mundo dos sonhos.
Por essa razão, a decisão de casar-se acaba sendo um drama para muitas pessoas. Saem de cena momentos de lazer, convivência exclusiva-mente a dois, presentes românticos e orçamento para um fim de semana. Entram em cena rotina do lar, convivência com parentes (incluindo sogros), gastos com moradia e orçamento apertado para o mês. 0 drama começa quando o casal pensa em quanto vai custar a vida a dois e nas responsabilidades a ser assumidas.
(...) É quando "cai a ficha". Homens entram em pânico, procuram adiar a decisão, pois percebem o tamanho e o preço da responsabilidade. Mulheres se desesperam, pois entendem que eles não estavam levando a sério o namoro. Muitos relacionamentos acabam nesse momento.
(...) Uma forma muito simples de suavizar essa passagem do mundo dos sonhos para o das responsabilidades é passar a dividir seus projetos antes mesmo de falar em casamento. Compartilhem sonhos e metas para a vida. Dividam seus medos e angústias. Comecem a construir planos de independência financeira juntos, simulando os custos mensais que teriam no futuro, se casados.
Muitas pessoas que conheço e são felizes no casamento tiveram uma passagem suave entre a vida de solteiro e a vida a dois. Foram aos poucos juntando hábitos, depois projetos, depois convivendo mais tempo e com as respectivas famílias, unindo contas-correntes ou investimentos... Casar foi praticamente formalizar a vida a dois que já levavam, uma transição em que ambos não tiveram surpresas.
Entre comprar uma casa à vista e alugar outra de mesmo valor, é melhor alugar. Em vez de desembolsar R$ 100.000,00, apliquem esse valor e paguem com sobra um aluguel de R$ 800,00, já que a renda mensal com os juros será em torno de R$ 1.000,00.
E se vocês não tiverem os R$ 100.000,00 para comprar à vista? Vale a pena entrar num financiamento? Vejam o exemplo que desenvolvi no livro Dinheiro - Os Segredos de Quem Tem:
•Para adquirir um imóvel cujo preço à vista é de R$ 100.000,00, será necessário pagar uma prestação média de R$ 1.101,09 se vocês optarem por um financiamento de vinte anos com juros mensais de 1% mais inflação5.
•Se, em vez de entrarem em um financiamento, optarem por alugar um imóvel de padrão idêntico (mesmo preço de venda), irão pa¬gar R$ 800,00 por mês, na pior das hipóteses.
•Se vocês tomarem o cuidado de poupar a diferença de R$ 301,096 durante vinte anos, a juros líquidos de 0,6% ao mês (após taxas, impostos e inflação), acumularão nesse período o equivalente a, em valores de hoje, R$ 160.710,50.
•Se, após os vinte anos de poupança, vocês pararem de poupar os R$ 301,09 todo mês e deixarem o dinheiro acumulado rendendo juros líquidos de 0,6% ao mês, terão uma renda mensal para o resto da vida de R$ 964,26, dinheiro mais que suficiente para sempre alugar um imóvel novo de R$ 100.000,00 e ainda deixar o patrimônio crescendo. Sem contar que, após vinte anos, o imóvel comprado já estaria bastante depreciado...
Essas regras são universais e serão válidas no Brasil enquanto perdurarem os juros elevados. Vocês devem estar se perguntando por que, então, seus parentes e amigos não fazem isso. A razão é simples: falta a disciplina de poupar quando se opta por uma situação financeiramente mais vantajosa.
•Investindo na economia doméstica
Segundo o Dieese, a família média brasileira gasta cerca de 24% de sua renda com habitação e mais 6% com serviços públicos (água, luz e telefone). Quase um terço da renda familiar!
Por isso é importante que, ao comprar eletrodomésticos, não se esqueçam de verificar o selo Procel8, uma espécie de certificação para as indústrias que produzem equipamentos elétricos que cumprem todas as normas de funcionamento e economizam energia. 0 selo indica o consu¬mo mensal de energia para cada aparelho, que varia muito dentro da mesma categoria de eletrodomésticos.
Cuidado com as escolhas baseadas no preço menor. Equipamentos mais baratos em geral consomem muito mais energia. A diferença no preço de compra de uma geladeira ou freezer, por exemplo, pode ser recuperada em poucos meses de consumo mais baixo de energia.
É razoável abrir mais de uma conta-corrente quando há preocupação com a segurança. Com o elevado número de sequestros-relâmpago nas grandes cidades brasileiras, vem se tornando hábito comum das famílias manter duas contas-correntes no mesmo banco. Numa ficam todos os investimentos e recursos não usados no dia-a-dia. Na outra, apenas recursos suficientes para saques diários ou para "atender" a eventuais abordagens criminosas. 0 cartão da conta principal jamais deve sair de casa.
Negociem com o gerente a isenção de tarifa para essa segunda conta, com base no bom relacionamento da conta principal.
É notório o fato de que, para enriquecer, é preciso aprender a gastar. Sua riqueza não depende do que vocês ganham, mas sim de como gastam. Se, com uma renda baixa, vocês conseguirem construir com dignida¬de um padrão de vida saudável e feliz, conscientes de que poderão mantê-lo no futuro, estarão em situação bem melhor que executivos que ganham rios de dinheiro mas gastam tudo para manter um nível de vida elevado e ficam à beira de um enfarte quando têm o emprego ameaçado.
Quem muda de emprego e mora em casa própria tem uma grande encrenca a resolver: enfrentar a dor de cabeça de vender e comprar outra moradia ou aceitar o sacrifício de horas a mais no trânsito e muitos reais a mais com gasolina e manutenção? Quem vive em regime de aluguel não tem essa preocupação: basta esperar poucos meses pelo fim do contrato e mudar-se. 0 custo da mudança, se isso não ocorrer com muita frequência, é tranquilamente pago pela poupança viabilizada pela economia proporcionada pelo aluguel.
Outro argumento contra a moradia alugada é o da segurança: "Se eu perder o emprego, onde vou morar?" Para mim, esse é um argumento sem nexo. 0 que fazer em situação de desemprego se todo o seu dinheiro está empatado na casa? Pior ainda se vocês estiverem pagando prestações dessa casa e correrem o risco de perdê-la. Se escolherem o caminho do aluguel + poupança, terão uma reserva formada caso ocorra uma emergência!
A conclusão que quero levar a vocês não é a de que sempre se deve alugar e nunca comprar. Pelo contrário. A decisão de compra será melhor depois de atingida a estabilidade financeira, profissional e familiar ou quando surgirem oportunidades de real investimento e vocês tiverem recursos para aplicar em algo que multiplique seu capital. Mas será um mau negócio quando os recursos poupados forem insuficientes para comprar uma casa e manter o padrão de vida da família. Para que correr riscos se há alternativas mais baratas?
Corram atrás de seus sonhos e o dinheiro virá atrás.
Qualquer pessoa pode investir diretamente em títulos públicos com pelo menos R$ 200,00 através do programa Tesouro Direto, disponível em qualquer grande banco e acessível também pela internet.
Supermercado não é lugar de criança. A não ser, é claro, que elas mostrem saber comportar-se em um lugar de tantas tentações. A técnica de fazer compra com lista vai por água abaixo quando temos uma criança ao nosso lado que parte nosso coração com aquela expressão de "quero tanto". As embalagens são feitas para criar esse efeito, isso é normal. Convencer uma criança do que cabe e do que não cabe no orçamento é difícil, portanto será melhor deixá-la com alguém.
Finalmente, há a participação da criança - nesse caso já adolescente - nas decisões sobre o orçamento doméstico de toda a família. 0 acompanhamento mensal dos custos da casa e o monitoramento de algumas contas de poupança para atingir certos objetivos, como uma viagem, proporcionam excelente aprendizado sobre as finanças de uma vida inde¬pendente. Quando esse ponto for atingido, provavelmente haverá interesse suficiente para frequentar um curso de matemática financeira e planejamento financeiro pessoal.
A mesada não deve pagar tudo o que os filhos desejam comprar. Eles devem entender que o orçamento é limitado e que os pais também adiam algumas escolhas para obter outras.
Uma forma muito simples de aprender a se disciplinar com relação à renda é a utilização de um sistema de envelopes para cada necessidade. Quando perceberem que seu filho tende a ter problemas financeiros frequentes, orientem-no para, no momento em que receber a mesada, dividir o dinheiro em envelopes específicos para cada gasto principal: um envelope para as "baladas", outro para os lanches, outro ainda para a compra de roupas, para a compra de livros e assim por diante.
À medida que usar o dinheiro de cada envelope, o simples fato de perceber que a verba se esgota evitará que o jovem exagere nos gastos, disciplinando-o com relação ao orçamento. Quando o dinheiro de um envelope acabar, isso significa que ele não poderá fazer mais nenhuma despesa específica até o próximo pagamento.
Os resultados são fantásticos. 0 mesmo mecanismo vale também para desenvolver a disciplina financeira em famílias de baixa renda - menos de dois salários mínimos por membro da família, em minha opinião. No dia do pagamento, todo o dinheiro recebido deve ser dividido em envelopes. Na medida do possível, um dos envelopes deve ser dedicado ao fundo de reserva para formar uma poupança para o futuro.
Cartões de crédito: a regra número 1 do uso de cartões de crédito é jamais pagar o valor parcial da fatura.
Todo cliente que tem acesso ao cheque especial é, de certa forma, também especial, pois mantém bom relacionamento com o banco, o que justifica esse crédito. Pela mesma razão, não haverá problemas em obter um empréstimo pessoal, que sempre custará bem menos que o cheque especial.
É uma grande ingenuidade utilizar a linha de crédito do cheque especial quando se pode ter acesso a um empréstimo pessoal pagando cerca da metade dos juros. As pessoas seguem esse caminho incoerente por duas razões: é preciso pegar o telefone para fazer um empréstimo pessoal (com cheque especial não é preciso fazer nada) e há certa sensação de "intimidação" ao ligar para o gerente e dizer que faltará dinheiro na conta ("Que vergonha confessar ao meu gerente que não soube cuidar do meu dinheiro"). Essa é uma grande bobagem, pois a primeira coisa que o gerente do banco vê em seu computador pela manhã é a lista de clientes que começam o dia no vermelho.
O financiamento de automóveis apresenta uma das menores taxas de juros do mercado. Por quê? Simples: o automóvel pertence à financiadora enquanto o cliente não quita as prestações - não há risco de perder o valor financiado.
A decisão foi sensata: vender o apartamento - a tão sonhada casa própría estava por escapar entre seus dedos. Dos R$ 120.000,00 que receberam, usaram R$ 10.000,00 para quitar imediatamente as dívidas e pagar a mudança para um apartamento menor, alugado por R$ 600,00 mensais. Os R$ 110.000,00 restantes foram aplicados em um fundo de renda fixa que rendia, sem descontar a inflação, cerca de 1% ao mês (R$ 1.100,00).
(...) Um ano depois, as contas estavam em dia, o plano de guardar dinheiro mensalmente fora retomado e a poupança acumulada somava R$ 128.000,00. Se não vendessem o apartamento, provavelmente teriam recorrido a financeiras, cartões de crédito ou até mesmo a emprés¬timos pessoais, mas encontrariam dificuldades para pagar essas dívidas por muitos meses, talvez anos. Mesmo com recursos suficientes para comprar um imóvel novo, resolveram continuar no apartamento alugado. Afinal, se o dinheiro do fundo de renda fixa rendia mais de R$ 1.000,00 por mês, por que abrir mão disso em troca de um aluguel de R$ 600,00?
O cultivo de bons contatos com corretores imobiliários trará maiores oportunidades de aproveitar as barganhas do mercado imobiliário. É comum encontrar imóveis a preços bem abaixo do mercado, geralmente vendidos por pessoas impacientes, como herdeiros desinformados e gen¬te com problemas financeiros ou necessidade de mudança urgente. Com um pouco de paciência, é possível realizar margens bem superiores às que vocês obteriam no mercado financeiro. Basta ter interesse e procurar a informação que abrirá as portas para as oportunidades.
Vocês é que devem decidir-se pelo melhor investimento para seu caso com base no acesso a informações ou no prazer que terão em administrar a aplicação escolhida. Muitos não suportam entrar em uma imobiliária. Outros não se sentem bem em confiar seus recursos aos bancos. São escolhas pessoais, que trarão tanto mais riqueza quanto maior for o interesse do investidor por informação.
Não tenho como objetivo desestimulá-los de adquirir uma segunda nem uma terceira propriedade, mas é conveniente lembrá-los de que o valor dessa propriedade - mais os custos de manutenção - pagaria férias fantásticas, talvez com frequência maior do que o usufruto da casa e sem preocupações com reparos nem limpeza.
Esse tipo de investimento somente se justifica em situações de intenso aproveitamento. Se vocês gostam de receber amigos e parentes com frequência, adoram trazer para casa as pessoas próximas em festas e celebrações ou pretendem ter um lugar para efetivamente morar nos fins de semana, talvez seja uma boa idéia investir em seu "cantinho" - desde que ele caiba em seu orçamento sem comprometer o projeto de independência financeira.
O mesmo vale para qualquer aquisição cujo efetivo aproveitamento seja duvidoso. Pagar caro por uma roupa de festa para usá-la não mais que duas ou três vezes? Optem por alugá-la. Adquirir o título de um clube sem a certeza de desfrutá-lo? Pensem duas vezes. Esbarramos em armadilhas financeiras como essas diariamente. Não façam grandes negócios sem antes pensar alguns dias nos custos e nos benefícios.
Acredito que todos os livros sobre finanças pessoais ou planejamento financeiro pessoal tenham em comum pelo menos duas regras: nunca ponham todos os ovos em uma única cesta e paguem-se primeiro.
A primeira diz respeito à diversificação dos investimentos.
(...)
A segunda regra, paguem-se primeiro, diz respeito a uma filosofia de vida. Muito cuidado com sua interpretação. Alguns entendem que essa regra diz que, para ser feliz, é preciso gastar com a satisfação pessoal antes de cumprir outros compromissos financeiros. É a filosofia dos eternamente endividados, uma forma completamente errada de pagar a si mesmo em primeiro lugar. "Paguem-se primeiro" diz respeito ao compro¬misso com um planejamento para garantir um futuro sem dificuldades financeiras e fazer o possível e o impossível para que o plano seja cumprido. Se vocês assumiram o compromisso de poupar certo valor todo mês, esse deve ser o primeiro dinheiro a sair de sua conta quando receberem o salário. Se o custo de vida aumentou, terão de apertar o cinto para pagar as demais contas. Se isso for difícil, optem por ter parte do salário (vocês decidem quanto) automaticamente debitada da conta-corrente e depositada no investimento escolhido. Seu banco pode fazer isso por vocês, chama-se investimento programado. É fácil, conveniente e ajuda a manter a disciplina.
Talvez não vivamos tempo suficiente para atingir nossos objetivos, mas teremos vivido felizes por levar uma vida motivada por objetivos. Isso faz toda a diferença.
"Dizem que sou um cara de sorte... Só sei que, quanto mais me esforço, mais sorte tenho!" (Jack Niklaus)
•Livros
Dinheiro - Os Segredos de Quem Tem -Gustavo Petrasunas Cerbasi, Editora Gente
Um guia para a construção da independência financeira que considera as vantagens e desvantagens da economia brasileira e abrange a matemática das finanças, os motivos da dificuldade de enriquecer e as estratégias para conquistar e manter um padrão de vida financeiramente saudável.
O Homem Mais Rico da Babilônia - George Clason, Ediouro
Apesar de escrito no começo do século passado, esse livro traz soluções sábias e bastante atuais para evitar a falta de dinheiro. Um clássico do planejamento financeiro.
Seu Imóvel, Como Comprar Bem - Mauro Halfeld, Editora Fundamento
0 livro apresenta orientações sobre como ganhar dinheiro negociando imóveis. Indispensável para quem está começando a se interessar por investimentos imobiliários, traz muitos exemplos ilustrativos e é de leitura fácil.
Organize-se - Donna Smallin, Editora Gente
Nesse livro, o leitor vai encontrar soluções variadas para os problemas mais comuns de arrumação, podendo escolher as mais adequadas ao seu caso e até mesmo adaptá-las ao seu estilo. Há um capítulo dedicado exclusivamente às finanças e à papelada da casa, com orientações sobre o tempo durante o qual é necessário guardar comprovantes e sobre a forma de lidar com talões de cheques e contas diversas.
Esticando a Mesada - Ricardo H. Rocha e Rodney Vergili, Editora Campus
Os autores explicam como funcionam o mercado financeiro e seus diversos produtos de investimento, usando linguagem bastante clara para os não iniciados no mundo das finanças.
Investimentos - Como Administrar Melhor Seu Dinheiro - Mauro Halfeld, Editora Fundamento
Esse livro consagrado apresenta, através de exemplos reais e recomenda¬ções práticas, diversas alternativas e estratégias de investimento no mercado brasileiro.
Guia Valor Económico de Investimentos - William Eid Jr., Editora Globo
Um verdadeiro guia de bolso para entender os prós e contras de cada tipo de investimento e a matemática de cada produto financeiro.
Guia Valor Econômico de Planejamento da Aposentadoria - Mara Luquet, Editora Globo
Apresenta todo o detalhamento e a matemática dos planos de previdência, seguros e planejamento pessoal. Rico em fatos e de visual agradável.
Guia Valor Econômico de Finanças Pessoais - Mara Luquet, Editora Globo
Prima pela objetividade e pela facilidade de leitura. Mesmo para quem já entende do assunto, é um guia prático para relembrar temas muitas vezes esquecidos.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
MISS IMPERFEITA - Martha Medeiros
MISS IMPERFEITA
'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é
possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito
prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa
profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias,
ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições,
cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro
minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a
toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia
hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos
domésticos e ainda faço as unhas e depilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas
que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada,
aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua
lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta entrou a sala da maternidade e lhe
apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para
os outros..
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que
desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse
direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida
interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser
sempre politicamente correcta, não é topar qualquer projecto por dinheiro,
não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser
indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias..
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de
beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente
organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou
pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se
não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está
tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de
si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e
vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para
usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha
trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o
hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso,
francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar
e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco
estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida
interessante'
'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é
possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito
prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa
profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias,
ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições,
cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro
minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a
toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia
hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos
domésticos e ainda faço as unhas e depilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas
que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada,
aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua
lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta entrou a sala da maternidade e lhe
apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para
os outros..
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que
desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse
direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida
interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser
sempre politicamente correcta, não é topar qualquer projecto por dinheiro,
não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser
indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias..
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de
beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente
organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou
pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se
não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está
tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de
si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e
vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para
usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha
trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o
hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso,
francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar
e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco
estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida
interessante'
Subscrever:
Mensagens (Atom)