Esta é uma história que nos fala de um cavaleiro
que se achava virtuoso, amável e dedicado ao seu trabalho que consistia
em matar dragões e resgatar lindas princesas aprisionadas em castelos.
Estava tão viciado e cego pelo trabalho que imaginem, até salvava princesas quando estas não queriam ser salvas.
Em
casa, não deixava ninguém falar, aliás só ele contava os seus feitos,
de maneira que o seu filho e a sua esposa só o ouviam, não conseguiam
falar e muito menos opinar ou partilhar o seu dia a dia.
Como
se tudo isto não bastasse, este cavaleiro deu-se ao luxo de nunca mais
tirar a sua armadura. Pois esta, era linda! Com ela, ele parecia o
próprio sol.
Ora, a esposa fartou-se, o filho afastou-se e a armadura enferrujou para nunca mais sair do seu corpo.
Então,
o cavaleiro começa a dar conta das dificuldades que criou com o seu
egoísmo; não consegue alimentar-se nem ter o afecto da sua família:
sente falta de um abraço, de um diálogo, dos carinhos da esposa e do
filho. Para ultrapassar os obstáculos que agora encontra, ele empreende
uma jornada cujo objectivo é reflectir sobre toda a sua vida, todas as
suas acções...
Este homem deu-se ao luxo de nunca tirar a sua armadura, pois
era linda. Com tudo isto, a esposa fartou-se e o filho começou a
afastar-se porque nunca vira o pai sem a armadura, a não ser uma foto
que tinha do pai quando era mais novo;-A sua linda armadura começou a
enferrujar e ninguém a conseguira tirar. O cavaleiro apercebeu-se das
dificuldades que tinha (não conseguia alimentar-se, tinha falta de
um abraço, das conversas com a família, dos carinhos do filho e da
mulher…);-Resolveu procurar Merlin (um mago sábio da corte ) para este
o ajudar a libertar-se da armadura. Para isto acontecer o homem da
armadura enferrujada teria de passar por várias etapas;
Veja as etapas para se libertar da armadura:
- O caminho da verdade - o cavaleiro chegou à conclusão que não podia continuar a seguir a vida que tinha, pois não chegava ao seu objectivo que era perder a armadura.
- O castelo do silêncio - o cavaleiro teve que aprender a escutar o silêncio, a ouvir a sua voz interior para poder seguir em frente.
- O castelo do conhecimento - este castelo é a fonte de todo o connhecimento '' O conhecimento é a luz através da qual encontrareis o vosso caminho ''. O cavaleiro passou nova etapa. passando para a seguinte.
- O castelo da determinação e da coragem - em que o cavaleiro foi enfrentar um dragão depois de algumas tentativas o cavaleiro descobriu o novo significado de coragem e venceu o dragão passando para a seguinte etapa.
- O cume da verdade - '' Embora tenha o Universo, nada posso afirmar ter, pois me agarrar ao que já conheço''
O cavaleiro vai ter que largar o conhecido para poder conhecer o desconhecido, ou seja, tem que se desprender de tudo que aprendeu para poder seguir em frente e perder o que restava da armadura.
No seu percurso e nas missões de que o Mago o encarrega, o
cavaleiro enfrenta situações físicas e psíquicas extremas, que são
agravadas a cada minuto: o cavaleiro tem de ser enfrentar a si próprio e
lidar com os seus medos e inseguranças.
O livro é uma alegoria da primeira à
última página. Não deverá ser encarado à partida como um livro de
auto-ajuda, porque na verdade é um conto que roça a fábula, terminando
com uma ténue linha que permite a dissociação entre o sentido literal e o
sentido figurado.
Na verdade, o esforço de Robert Fisher em ilimitar a
interpretação do texto é claramente vísivel, dado a quantidade sucessiva
de metáforas e parábolas no desenrolar da história e da variedade de
verdades que os leitores retiram do texto.
Poderá ser aplicado a
realidades pessoais, sociais, económicas, políticas ou religiosas.
Consoante os “fantasmas” que esconde, das verdades que procura e das
inseguranças que enfrenta, o leitor poderá sentir um franco alívio
aquando da leitura deste livro.