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sábado, 29 de setembro de 2012
A escolha e a função da mente
É a mente, somente a mente, e somente a nossa
mente, que nos faz sábio ou ignorante, negativo ou positivo, tristonho
ou colorido, escravo ou livre, determinado ou indeciso... é tudo uma
questão de escolha. Nascemos com o livre arbítrio, usemos esse direito
para fazer as nossas escolhas...ao escolher, que façamos as escolhas
mais benéficas para nós a cada momento. Muita paz interior também é uma
escolha. abraceijos
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
O Poder das Palavras
Um orador fala do poder do pensamento positivo e das palavras.
Um participante levanta a mo e diz:
"No porque eu vou dizer felicidade, felicidade, felicidade! que me irei sentir melhor e no porque eu vou dizer desgraa, desgraa, desgraa! que me irei sentir menos bem: no so mais que palavras. As palavras so isso mesmo, sem poder..."
O orador responde:
"Cale-se, seu idiota, incapaz de compreender o que quer que seja!"
O participante est paralisado, ele muda de cor e prepara-se para replicar agressivamente: "Voc, espcie de..."
O orador levanta a mo: "Peo que me desculpe. Eu no quero magoar. Peo que aceite as minhas sinceras desculpas."
O participante acalma-se.
Os outros participantes murmuram e h agitao na sala.
O orador intervm:
"Tm a resposta questo que puseram: algumas palavras desencadeiam dentro de voces raiva e clera. Outras acalmam. Compreendem melhor o poder das palavras?"
Um participante levanta a mo e diz:
"No porque eu vou dizer felicidade, felicidade, felicidade! que me irei sentir melhor e no porque eu vou dizer desgraa, desgraa, desgraa! que me irei sentir menos bem: no so mais que palavras. As palavras so isso mesmo, sem poder..."
O orador responde:
"Cale-se, seu idiota, incapaz de compreender o que quer que seja!"
O participante est paralisado, ele muda de cor e prepara-se para replicar agressivamente: "Voc, espcie de..."
O orador levanta a mo: "Peo que me desculpe. Eu no quero magoar. Peo que aceite as minhas sinceras desculpas."
O participante acalma-se.
Os outros participantes murmuram e h agitao na sala.
O orador intervm:
"Tm a resposta questo que puseram: algumas palavras desencadeiam dentro de voces raiva e clera. Outras acalmam. Compreendem melhor o poder das palavras?"
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Ilha artificial Galatasaray
Sem críticas, apenas uma constatação: "Uns com tanto e outros com tão pouco".
Nesta viagem a Istambul vi esta grande diferença entre poderes. ou será que não são poderes...
Esta é a ilha do Galatasary, é artificial e fica a uns 100 metros da beira mar, no Bósforo, um pouco depois da primeira ponte sobre o Bósforo. A entrada não é barata, especialmente para quem não for com alguém que seja sócio do clube de futebol.
O local é super agradável, o ambiente é muito suave, a água salgada é óptima. Enquanto se está estendido na toalha (facultada à entrada) pode-se deliciar com uns aperitivos. Para além do complexo da piscina, também há restaurante, é um local muito afamado pela sua noite porque é explorado pela empresa que gere o Reina a maior discoteca de Istambul.
Nesta viagem a Istambul vi esta grande diferença entre poderes. ou será que não são poderes...
Esta é a ilha do Galatasary, é artificial e fica a uns 100 metros da beira mar, no Bósforo, um pouco depois da primeira ponte sobre o Bósforo. A entrada não é barata, especialmente para quem não for com alguém que seja sócio do clube de futebol.
O local é super agradável, o ambiente é muito suave, a água salgada é óptima. Enquanto se está estendido na toalha (facultada à entrada) pode-se deliciar com uns aperitivos. Para além do complexo da piscina, também há restaurante, é um local muito afamado pela sua noite porque é explorado pela empresa que gere o Reina a maior discoteca de Istambul.
sábado, 15 de setembro de 2012
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Livro: Lembra de Mim?
Livro: Lembra de Mim?
Autora: Sophie Kinsella
Sinopse:
Lexi desperta em um leito de hospital após um acidente de carro, pensando que está em 2004, que tem 25 anos, uma aparência desleixada e um namoro desastroso. Mas, para sua surpresa, ela descobre que está em 2007, tem 28 anos, é chefe de seu departamento e sua aparência está impecável. E ainda é casada com um lindo milionário! Ela não pode acreditar na sorte que teve. Mas conforme ela descobre mais sobre a nova Lexi, nota problemas graves em sua vida perfeita. E, para completar, uma revelação bombástica pode ser sua única esperança de recuperar a memória.
Autora: Sophie Kinsella
Sinopse:
Lexi desperta em um leito de hospital após um acidente de carro, pensando que está em 2004, que tem 25 anos, uma aparência desleixada e um namoro desastroso. Mas, para sua surpresa, ela descobre que está em 2007, tem 28 anos, é chefe de seu departamento e sua aparência está impecável. E ainda é casada com um lindo milionário! Ela não pode acreditar na sorte que teve. Mas conforme ela descobre mais sobre a nova Lexi, nota problemas graves em sua vida perfeita. E, para completar, uma revelação bombástica pode ser sua única esperança de recuperar a memória.
sábado, 8 de setembro de 2012
I ENCONTRO SOBRE BOAS PRÁTICAS NA ÁREA DA SAÚDE MENTAL - 19 DE OUTUBRO
I ENCONTRO SOBRE BOAS PRÁTICAS NA ÁREA DA SAÚDE MENTAL
19 DE OUTUBRO
AUDITÓRIO ENG.º EURICO DE MELO - SANTO TIRSO
INICIATIVA: ASAS
Leia mais em http://www.jasfarma.pt/noticia.php?id=6854
Paula Reis
Coordenadora Técnica GAS* e DF**
*GAS - Gabinete de Ação Social/ **DF - Departamento de Formação
Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso
Rua Dr. Carneiro Pacheco, 458
4780-446 Santo Tirso
Telefone: 252830830
Fax: 252830839
Endereço Electrónico Geral: asas@asassts.com
Web Site: http://www.asassts.com/
19 DE OUTUBRO
AUDITÓRIO ENG.º EURICO DE MELO - SANTO TIRSO
INICIATIVA: ASAS
Leia mais em http://www.jasfarma.pt/noticia.php?id=6854
Paula Reis
Coordenadora Técnica GAS* e DF**
*GAS - Gabinete de Ação Social/ **DF - Departamento de Formação
Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso
Rua Dr. Carneiro Pacheco, 458
4780-446 Santo Tirso
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Fax: 252830839
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sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Concentração - Mouni Sadhu
Guia prático para conseguir paz interior, saúde perfeita e sucesso na vida através do poder mental
A origem latina do vocábulo "concentração" tem sentido claro e definido. Refere-se a coisas que têm um centro comum ou que são deslocadas para um centro. Essa idéia pode ser expressa pela palavra "convergência", que, etimologicamente, não se distancia do sentido literal do vocábulo. Tentarei mostrar, de modo prático, como a mente humana pode se concentrar para ter a capacidade de convergir. As explicações psicológicas e técnicas necessárias serão reduzidas ao mínimo, apenas o essencial para capacitar o estudante a iniciar seus exercícios com a compreensão clara do que está fazendo. As questões inevitáveis e bastante justificáveis que ele colocará são: "Por que, quando e como se deve estudar concentração?" e "O que alcançaremos se formos bem-sucedidos nesse estudo?" Suponhamos que temos um lápis sem ponta ou um pauzinho. Se precisarmos usar um deles para furar um pedaço de papelão, encontraremos dificuldade, a menos que os apontemos. Ainda que a pressão seja considerável, o lápis sem ponta não produzirá um orifício perfeito. Por quê? Porque está em ação uma lei física simples. A maior parte da força será dissipada e o instrumento rombudo não removerá as partículas do papelão. Analogamente, uma faca cega não pode cortar bem, visto que a força que se aplicar a ela, para tal fim, será dispersada numa área maior e em muitos pontos, em vez de ser concentrada. Mas, se os instrumentos estiverem apontados, não haverá dificuldade em fazer o furo ou um corte em linha reta. Se há um segredo nisso, onde está? Simplesmente no fato de que a força aplicada sobre um único ponto é mais eficiente e parece muito maior do que aquela que é aplicada simultaneamente em muitos pontos. Essa lei elementar deve ser clara e firmemente fixada na mente daquele que escada concentração, pois é a razão de todos os exercícios da terceira parte deste livro.
Este livro foi escrito para servir de ponte entre as numerosas obras sobre concentração mental e
meditação e a aplicação geral dos poderes da mente na vida cotidiana.
A vasta literatura referente a esses assuntos estabelece numerosos "mandamentos", que dispõem sobre o que se deve fazer, ou não, e quando, para desenvolver o controle da mente. Mas não é fácil encontrar o conselho essencial ou as respostas práticas às inevitáveis perguntas "como?" e "por quê?"(...)
(...)Na segunda metade deste século, houve grande progresso na psicologia em geral, bem como na
psicologia oculta, e já sabemos mais sobre a mente humana e suas funções do que nossos antepassados.
Hoje alguns pormenores dos métodos que tratam da principal força motriz do homem — sua mente — podem ser alterados, mas o ponto de apoio deste estudo permanece inalterado.
Nesta obra o autor tentou compilar, imparcialmente, os melhores e mais experimentados métodos e
exercícios, com todas as explicações necessárias, que mais tarde poderão dar ao estudante uma base paraas suas próprias deliberações, ao revelar-lhe, antecipadamente, horizontes novos. Esperamos que os exercícios da terceira parte deste estudo sirvam particularmente a esse fim.
(...)A princípio, nenhum credo particular é exigido de ambos os tipos de estudante. A principal condição para o sucesso é a capacidade de raciocinar perfeitamente. Essa faculdade se transformará num poder superior de cognição pelo emprego, como base, de seu aguçado instrumento — a mente bem controlada —, que então começará a refletir a realidade da essência fundamental do homem, o espírito imortal e ilimitado.
Este livro não está limitado a nenhum sistema particular de filosofia. Suas técnicas e seu material foram extraídos livremente, de acordo com o valor, tanto do patrimônio do Oriente como do Ocidente.
A origem latina do vocábulo "concentração" tem sentido claro e definido. Refere-se a coisas que têm um centro comum ou que são deslocadas para um centro. Essa idéia pode ser expressa pela palavra "convergência", que, etimologicamente, não se distancia do sentido literal do vocábulo. Tentarei mostrar, de modo prático, como a mente humana pode se concentrar para ter a capacidade de convergir. As explicações psicológicas e técnicas necessárias serão reduzidas ao mínimo, apenas o essencial para capacitar o estudante a iniciar seus exercícios com a compreensão clara do que está fazendo. As questões inevitáveis e bastante justificáveis que ele colocará são: "Por que, quando e como se deve estudar concentração?" e "O que alcançaremos se formos bem-sucedidos nesse estudo?" Suponhamos que temos um lápis sem ponta ou um pauzinho. Se precisarmos usar um deles para furar um pedaço de papelão, encontraremos dificuldade, a menos que os apontemos. Ainda que a pressão seja considerável, o lápis sem ponta não produzirá um orifício perfeito. Por quê? Porque está em ação uma lei física simples. A maior parte da força será dissipada e o instrumento rombudo não removerá as partículas do papelão. Analogamente, uma faca cega não pode cortar bem, visto que a força que se aplicar a ela, para tal fim, será dispersada numa área maior e em muitos pontos, em vez de ser concentrada. Mas, se os instrumentos estiverem apontados, não haverá dificuldade em fazer o furo ou um corte em linha reta. Se há um segredo nisso, onde está? Simplesmente no fato de que a força aplicada sobre um único ponto é mais eficiente e parece muito maior do que aquela que é aplicada simultaneamente em muitos pontos. Essa lei elementar deve ser clara e firmemente fixada na mente daquele que escada concentração, pois é a razão de todos os exercícios da terceira parte deste livro.
Este livro foi escrito para servir de ponte entre as numerosas obras sobre concentração mental e
meditação e a aplicação geral dos poderes da mente na vida cotidiana.
A vasta literatura referente a esses assuntos estabelece numerosos "mandamentos", que dispõem sobre o que se deve fazer, ou não, e quando, para desenvolver o controle da mente. Mas não é fácil encontrar o conselho essencial ou as respostas práticas às inevitáveis perguntas "como?" e "por quê?"(...)
(...)Na segunda metade deste século, houve grande progresso na psicologia em geral, bem como na
psicologia oculta, e já sabemos mais sobre a mente humana e suas funções do que nossos antepassados.
Hoje alguns pormenores dos métodos que tratam da principal força motriz do homem — sua mente — podem ser alterados, mas o ponto de apoio deste estudo permanece inalterado.
Nesta obra o autor tentou compilar, imparcialmente, os melhores e mais experimentados métodos e
exercícios, com todas as explicações necessárias, que mais tarde poderão dar ao estudante uma base paraas suas próprias deliberações, ao revelar-lhe, antecipadamente, horizontes novos. Esperamos que os exercícios da terceira parte deste estudo sirvam particularmente a esse fim.
(...)A princípio, nenhum credo particular é exigido de ambos os tipos de estudante. A principal condição para o sucesso é a capacidade de raciocinar perfeitamente. Essa faculdade se transformará num poder superior de cognição pelo emprego, como base, de seu aguçado instrumento — a mente bem controlada —, que então começará a refletir a realidade da essência fundamental do homem, o espírito imortal e ilimitado.
Este livro não está limitado a nenhum sistema particular de filosofia. Suas técnicas e seu material foram extraídos livremente, de acordo com o valor, tanto do patrimônio do Oriente como do Ocidente.
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terça-feira, 4 de setembro de 2012
As cinco habilidades essenciais do relacionamento
Livro: As cinco
habilidades essenciais do relacionamento
Ouvir é uma arte, uma
habilidade e uma disciplina e, tal como outras habilidades, exige
autocontrole. Como líder, você precisa entender o que está envolvido no
ato de ouvir e deve desenvolver as técnicas necessárias para ficar em
silêncio e dar atenção àquilo que estiver ouvindo. Você precisa aprender
a ignorar suas necessidades e concentrar a atenção na pessoa que está
falando. Escutar se transforma em ouvir apenas quando você dá atenção e
acompanha de perto aquilo que está sendo dito.
Não há dúvida de que
ouvir é uma habilidade interpessoal imprescindível. Pesquisas mostram
que a maioria das pessoas passa 70% do tempo de vigília interagindo com
outros seres humanos de alguma maneira e que 45% desse tempo é gasto
ouvindo. Como acontece com qualquer atividade à qual você dedica grande
parte do seu dia, é melhor ser bom nisso. Ouvir com assertividade é ser
bom em ouvir, e o primeiro passo nessa direção é entender o que
realmente acontece durante uma interação conversacional humana.
OBEDEÇA ÀS REGRAS DA CONVERSAÇÃO
As analogias nunca são
perfeitas, mas há uma que chega extremamente próximo da explicação
precisa e exata do que acontece quando as pessoas falam e ouvem. É uma
analogia entre a comunicação humana e o ato de dirigir um carro no
trânsito. No trânsito, quase com certeza, você não conhece a maioria das
pessoas dentro dos carros a seu redor, mas quando os carros chegam
juntos a um semáforo vermelho, entende-se que todos vão parar. De acordo
com as leis de trânsito norte-americanas, o carro na faixa da direita
tem o direito de passagem e a maioria das pessoas respeita isso. Elas
permitem que o carro na faixa da direita siga primeiro rumo ao
cruzamento. Às vezes, as pessoas fazem um aceno para que o outro
motorista vá um pouco para a frente e, em resposta, normalmente o outro
motorista faz um pequeno gesto de agradecimento. É assim que funciona e,
assim que as pessoas adquirem um pouco mais de experiência no trânsito,
entendem os diversos protocolos e os obedecem.
Naturalmente, existem
exceções. Algumas pessoas correm. Outras dirigem muito devagar. Nos
semáforos, alguns não concedem o direito de passagem ao carro da direita
e outros seguem pelo cruzamento sem parar. Esse é um comportamento
extremamente irresponsável e perigoso, e há As cinco habilidades
essenciais do relacionamento penalidades para isso. Há multas de
trânsito e suspensão da carteira de habilitação, sem mencionar a
possibilidade da ocorrência de acidentes que coloquem a vida em risco.
Uma conversa funciona
basicamente do mesmo modo, embora os sinais de parada e os semáforos
sejam um pouco mais sutis. Talvez você não conheça a pessoa com quem
está falando, mas a experiência já o ensinou que há momentos em que é
sua vez de ouvir e outros em que é sua vez de falar. Não há sinais
físicos de parada para indicar esses momentos, mas você aprendeu a
percebê-los e respeitá-los. Assim como certas intersecções podem ser
complexas e congestionadas, conversas envolvendo várias pessoas podem
exigir mais consciência da parte de todos. Ainda que haja quatro ou
cinco pessoas falando, as coisas podem transcorrer tranquilamente se
todos obedecerem as regras.
Mais uma vez, porém,
existe o problema das pessoas que não obedecem às regras. Existem
corredores de conversação, pessoas "elétricas" cujo ritmo é sempre
rápido. Há pessoas que falam tão devagar e suavemente que ouvi-Ias é
como seguir atrás de um fazendeiro idoso dirigindo um caminhão velho e
lento numa estrada vicinal de mão dupla. Também existem aqueles
conversadores realmente perigosos, os quais parecem determinados a
causar acidentes com a sua rudeza e insensibilidade. A coisa infeliz em
relação a esses que desrespeitam a lei é que não existem policiais
rodoviários para tirá-los da estrada e eles tiram vantagem desse fato.
Uma vez que não existe algo como uma força policial do "tráfego" verbal,
eles se permitem fazer qualquer coisa.
À direção do seu
carro, você pode querer dirigir o mais rápido possível dentro dos
limites de segurança para chegar ao seu destino mais cedo. Você não
corre demais, talvez ande 5 ou 10 quilômetros acima do limite de
velocidade da via. Mas e quando você participa de uma conversa? Você
anda a 80 quilômetros numa área cujo limite é 60? Você para mesmo diante
da placa de pare ou simplesmente diminui a velocidade e entra devagar?
Assim como você, talvez, ande um pouco acima do limite de velocidade,
também existe grande possibilidade de que concentre-se mais em falar do
que em ouvir. Com o propósito de tornar-se um ouvinte assertivo, você
precisa primeiramente se conscientizar dessa tendência para mudá-la.
OUVIR COM EMPATIA
Todos nós queremos
falar, e todos queremos ser ouvidos. Contudo, você realmente sabe o que
significa ouvir de verdade? É mais do que simplesmente escutar palavras.
É entender a mensagem das outras pessoas, assim como seu contexto e
sentimentos. Esse é o significado de empatia, um elemento básico do ato
de ouvir com assertividade. Empatia significa entender a outra pessoa
bem a ponto de, pelo menos naquele momento, experimentar os sentimentos
dela. É ouvir intensamente e identificar-se de modo a vivenciar a
situação, os pensamentos e as emoções da outra pessoa. Bons amigos fazem
isso; o mesmo acontece com os bons médicos e os bons líderes.
Ouvir com
assertividade e empatia demonstra que você se importa e que entende a
outra pessoa. Quando sentir isso da sua parte, a pessoa naturalmente se
sentirá mais confortável e confiante em sua comunicação com você. Ela
confiará em você e se abrirá mais. Se sentir que você não a compreendeu,
vai se sentir à vontade para corrigir a impressão errada que você teve.
Como resultado, você terá uma percepção mais clara e mais precisa do que
realmente está sendo dito.
Em resumo, ouvir de
maneira assertiva faz com que você aprenda mais sobre os integrantes de
sua equipe. Deixa para trás a superficialidade da conversa e evoca o que
realmente está na cabeça das pessoas. Como um ouvinte assertivo, você é
capaz de levar a conversa a tópicos importantes sem precisar fazê-lo de
maneira formal. Uma vez que sabe que é seguro conversar sobre esses
assuntos, a pessoa é capaz de expressar sentimentos reais. Isso é não
apenas uma boa prática empresarial de sua parte, mas também um
comportamento genuinamente atencioso. No início, ouvir com
assertividade pode exigir alguma atenção e esforço concentrados, mas
você perceberá rapidamente que isso facilita as conversas de negócios.
Pode reduzir a impaciência que é tão frequente nas interações de
trabalho. Também pode eliminar pressuposições negativas errôneas, uma
vez que você terá desenvolvido uma maior compreensão de como a pessoa
envolvida na conversa realmente é. Ouvir com assertividade é uma das
mais importantes habilidades interpessoais que você pode desenvolver. É
impressionante perceber quão poucas pessoas fazem isso com qualidade.
BARREIRAS CONVERSACIONAIS A SEREM EVITADAS
Ouvir com
assertividade, como já discutimos, baseia--se em realmente querer
conhecer a outra pessoa. Também depende de se evitar algumas barreiras
conversacionais bastante comuns. Vamos analisar algumas delas.
Em primeiro lugar,
evite comparar-se o tempo todo com aquele que está falando. A maioria
das pessoas não diz isso, mas quando outra pessoa está falando, a mente
do ouvinte se enche de pensamentos como "Será que sou mais esperto do
que ela?", "Tive uma vida mais difícil do que a dela?" ou,
especialmente, "Mal posso esperar que ela pare de falar para contar uma
história da minha vida - que, a propósito, é muito mais interessante do
que isso que estou ouvindo".
Essa última tendência
é bastante significativa. Assim que perceber sua existência, você se
surpreenderá com a frequência com que ela aparece tanto em seus próprios
pensamentos como nas conversas das quais participa. Zig Ziglar chama
isso de "brincar de sobrepor". É o impulso de colocar imediatamente algo
por cima da história da outra pessoa. Alguém diz "Meu avião ficou retido
em Chicago por 2 horas" e você imediatamente dispara: "Fiquei preso em
Denver por 3 horas". Ele diz "Quebrei o braço" e você pensa "Quebrei uma
perna" Ela diz "Pesquei um peixe grande" e você, no mesmo instante,
começa a varrer a mente em busca do maior peixe que seu cunhado pescou,
contanto que tenha sido realmente grande. Isso é brincar de sobrepor. É
tão comum que você reconhecerá prontamente e, sem dúvida, perceberá por
que é um inimigo mortal do ato de ouvir com assertividade.
EVITE A LEITURA DA MENTE
Uma segunda barreira
envolve a tentativa de ler a mente da pessoa que está falando em vez de
ouvir o que ela está tentando dizer. Se alguém diz "Realmente gosto de
trabalhar aqui", você interpreta isso como significando "Ele não gosta
de trabalhar aqui, mas diz isso porque tem medo de perder o emprego".
Isso é leitura de mente, não audição. Mais uma vez, é concentrar-se em
seus próprios poderes de interpretação em vez de ouvir o que a pessoa
está dizendo e, pelo menos naquele momento, dar a ela o benefício da
dúvida.
O terceiro obstáculo
ao ouvir de maneira assertiva é chamado de filtragem. Basicamente,
significa levantar as orelhas quando você ouve algo que o interessa ou
com o que concorda e não prestar atenção ao restante. Uma parte
significativa de toda conversa, seja profissional ou pessoal, tem a ver
com o estabelecimento de um senso de cumplicidade ou de compartilhamento
de interesses com a outra pessoa. Se esse senso de interesse
compartilhado ou de concordância não surgir, aparece a tendência de
desprezar o que a outra pessoa está dizendo. Além disso, se o orador
indica que se interessa por alguma coisa na qual você não tem o mínimo
interesse, é possível que você opte por ignorá-lo por completo. Se
alguém lhe diz que assiste corridas de automóveis todo final de semana e
que tem um cachorro da raça pit bull, você passa a desprezar as ideias
que a pessoa apresenta, simplesmente porque não é fã de corridas e
prefere gatos a cachorros. Aquela pessoa pode ter excelentes ideias
sobre estratégia de marketing, mas você nunca as conhecerá.
Existem muitas e
muitas outras barreiras além dessas três. Muitas pessoas são críticas:
decidem que uma declaração é "louca", "enfadonha", "imatura" ou "hostil"
antes mesmo de ela ser finalizada. Outras assumem uma abordagem
terapêutica da conversa, prescrevendo silenciosamente receitas e
conselhos durante todo o diálogo. Talvez você encare toda conversa como
um embate intelectual, cujo objetivo é derrotar o oponente. Talvez você
esteja convencido de que está sempre certo em relação às questões
comerciais e, portanto, para que ouvir? Se você tem medo de ter uma
conversa séria, talvez faça brincadeiras o tempo todo, com o pretenso
objetivo de manter o clima leve. Por essa mesma razão, com o propósito
de permanecer seguro em sua zona de conforto, você pode simplesmente
continuar concordando com a pessoa.
Há grande chance de
você lembrar-se de ter praticado pelo menos algumas dessas objeções ao
ato de ouvir assertivamente. Isso é bom. Não há como mudar um
comportamento se você não sabe que ele existe.
Em virtude dessas e de
outras barreiras inerentes à maioria das interações, 20 minutos após a
ocorrência de uma conversa as pessoas normalmente se lembram de apenas
65% do que ouviram. Ouvir de maneira assertiva não é fácil. Não é nem
mesmo natural, uma vez que as objeções que acabamos de analisar são
expressões naturais da psicologia interpessoal. Nossa concentração dura
apenas um curto período de tempo, logo nos distraímos. Isso acontece com
qualquer pessoa, mas aqueles que ouvem com assertividade se esforçam
para voltar aos trilhos. Fazem perguntas de esclarecimento e reafirmam
ao orador que a mensagem está sendo ouvida e entendida. Acima de tudo,
os que ouvem com assertividade se afastam de preconceitos e propensões,
de opiniões de pessoas que não têm a mente aberta e de defesas
interiores que nos impedem de ouvir o que realmente é dito. Para evitar
que isso aconteça, lembre-se do que Mark Twain escreveu: "Se fôssemos
feitos mais para falar do que para ouvir, teríamos duas bocas e uma
orelha".
REAÇÕES RUINS AO QUE É DITO
À medida que ouve,
você também deve reagir. Por quê? Para que possa ouvir um pouco mais!
Naturalmente, até mesmo os maus ouvintes reagem de uma maneira ou de
outra, mas existe um amplo espectro de reações, o qual se estende da
mais completa hostilidade até a empatia total. Neste momento, vamos
olhar rapidamente para esse espectro, de cima a baixo, da indiferença
insensível ao ato genuíno de ouvir com assertividade.
Na parte inferior da
escala da audição, encontramos pessoas que não apenas gostariam que o
assunto mudasse como simplesmente se intrometem e o mudam. Alguém diz:
''Acho que deveríamos ter menos reuniões às sextas-feiras" e o ouvinte
diz "Quanto foi o jogo de ontem?”“.
Um passo acima dessa
postura é "eu entendo mais". O orador fala "Meu computador pifou" e você
diz "Duvido. Vou dar uma olhada nele quando tiver tempo". É comum o
ouvinte adicionar (ou pelo menos pensar) algo mais, como "Você deveria
ler o manual de instruções" ou "Posso ver que você não sabe muito sobre
tecnologia". Uma extensão disso é a reação crítica. “Para uma pessoa que
diz que comeu demais no almoço, você responde ‘‘A obesidade é uma
desgraça nacional e está aumentando o custo dos planos de saúde”. Esse é
um exemplo extremo, naturalmente, mas o impulso de julgar é muito forte
em muitos de nós. Ouvir com assertividade exige que tiremos a toga
judicial, pelo menos durante a conversa.
A seguir, ternos a
reação de aconselhamento, que é uma forma menos moralista de julgamento.
Um colega seu diz que
está com medo de pedir aumento. Em vez de responder com aquilo que ele
quer que você diga (que ele está com medo), você lhe diz o que escrever
no memorando a mandar para o chefe. Ou, na mesma linha de ação, você
pode desprezar o que ele está sentindo sob a justificativa de
restabelecer-lhe a confiança. Você poderia dizer algo assim: "Ah, todo
mundo fica nervoso na hora de pedir aumento. Não fique assim". Em outras
palavras, não quero ouvir mais nada.
Mais uma vez, a
maioria de nós é culpada por, pelo menos, uma dessas reações não
empáticas. Se isso aconteceu apenas algumas poucas ocasiões, não há
problema, mas habilidades de audição ruins parecem ser formadoras de
hábitos. Passamos a ser os conselheiros ou as pessoas que sempre mudam o
assunto. Naturalmente, a melhor maneira de pôr fim a um hábito ruim não
é suprimi-lo, mas substituí-lo por um hábito bom. Vamos ver como
caminhar para cima na escala de reações ao que se ouve, na direção
deopções positivas e assertivas.
OPÇÕES POSITIVAS E ASSERTIVAS AO QUE SE OUVE
A primeira dessas
opções é corrigir qualquer compreensão presumida de algum dos
pensamentos, sentimentos ou contexto da outra pessoa. Você ouve um pouco
do que está sendo dito ou deixado implícito, mas não tudo. Por sua vez,
você formula algumas conclusões na sua cabeça. Se a pessoa que falou
perceber, isso pode desencorajá-la a continuar falando. Uma vez que essa
compreensão limitada costuma ser um processo inconsciente do ouvinte, é
importante treinar para solicitar esclarecimento e reelaboração, ainda
que você não ache que isso seja realmente necessário. Não presuma que
você ouviu tudo o que precisa saber. Presuma o oposto. Acima desse
nível de reação, começamos a nos aproximar do verdadeiro ato de ouvir de
maneira assertiva. Agora você reage com empatia genuína. Você realmente
se coloca na posição da outra pessoa. Seus comentários refletem o que o
orador diz. Enquanto você ouve, seus comentários são breves e precisos.
Você parafraseia e reflete sobre o que ouviu, mas o faz com suas
próprias palavras e de uma maneira que demonstra respeito e
naturalidade. Como resultado, o orador sabe que você está ouvindo com
atenção e que se importa com o que ele diz. O que dizemos é um reflexo
de nossas habilidades de ouvir.
Tudo isso exige um
pouco de habilidade e técnica de verdade. É melhor, por exemplo,
praticar antes de fazer seus comentários porque perguntas empáticas são,
na verdade, declarações. Quando você pergunta "Você está desanimado?"
está realmente dizendo "Posso ver que você está triste por causa de
alguma coisa". Mesmo quando erra um pouco o alvo, uma abordagem
exploratória dá ao orador uma chance de acabar com os mal-entendidos e
fazer com que vocês entrem em sintonia. Por essa razão, é importante
fazer comentários frequentes que reflitam sua compreensão do que acabou
de ser dito. Se o orador não recebe nenhum comentário seu por 2 ou 3
minutos, pode concluir que você perdeu o interesse, que desaprova o que
está ouvindo ou que não entendeu o que foi dito.
FORNEÇA FEEDBACK CONSTRUTIVO
Conforme fica mais
experiente e conhece mais sobre ouvir com assertividade, você alcançará
um nível totalmente novo de reações. Nesse ponto, uma coisa realmente
maravilhosa vai acontecer: você conseguirá entender o que a pessoa está
pensando ou sentindo, às vezes antes que ela própria saiba disso. Na
verdade, você pode ajudá-la a alcançar esse nível de insight fazendo
perguntas. Na maioria das vezes, ela apreciará o seu feedback e aceitará
sua apreciação e análise. Como ouvinte assertivo, você saberá exatamente
qual o momento de apresentar suas ideias dessa maneira. Não é algo que
você desejará fazer de maneira apressada. Se apresentar uma
interpretação cedo demais, ela poderá parecer muito pessoal, crítica ou
prematura. Assim, mais uma vez, é mais sábio agir por meio da abordagem
exploratória.
Frases como “Estou
pensando se”..:' ou “Está me parecendo que”..:' podem ser muito úteis.
Os ouvintes
genuinamente assertivos costumam compartilhar ideias que são não apenas
úteis como também são capazes de transformar a vida positivamente. Dale
Carnegie certamente foi um ouvinte assim, e as ferramentas e técnicas
que ele dominava foram disponibilizadas para o mundo por meio de seus
livros e programas de treinamento. Você pode achar que nunca conseguirá
alcançar esse nível de habilidades pessoais, mas não se preocupe. Nada
que Dale Carnegie realizou está fora do seu alcance, e isso é
especialmente verdadeiro no que diz respeito a ouvir e se comunicar de
maneira assertiva. 230 As cinco habilidades essenciais do relacionamento
TÉCNICAS ADICIONAIS SOBRE COMO OUVIR
Para completar este
capítulo, vamos resumir alguns pontos centrais relacionados a este
tópico. São técnicas básicas sobre como ouvir que você pode usar para
melhorar suas habilidades de comunicação assertiva.
Lembre-se, por
exemplo, de que parafrasear é uma boa maneira de mostrar a quem fala que
você ouviu. Normalmente, isso estimula uma melhor compreensão de sua
parte, ao mesmo tempo que mostra ao orador que você valoriza o que ele
diz. Quando houver uma pausa na conversa, declare brevemente o que
ouviu, reformulando o que foi dito em suas próprias palavras. Então,
pergunte se está correto.
Faça perguntas e peça
esclarecimentos sobre o que não entendeu bem. Pedir às pessoas para
explicar o que sentem ajuda a fazer com que elas se sintam mais
propensas a ajudar e pode conduzi-las a ideias mais profundas.
Certifique-se de que você entende o que é falado antes de reagir ao que
foi dito. Lembre-se de que tanto você quanto o orador provavelmente não
têm consciência do processo de filtragem subjetiva que acontece em sua
conversa, de modo que você não deve deixar de pedir esclarecimentos,
mesmo quando achar que não precisa deles.
Enquanto ouve de
maneira assertiva, você também deve ser assertivo quanto a dar feedback.
Dar feedback é, simplesmente, dizer ao orador qual foi sua reação àquilo
que acabou de ouvir. Deixe claro que seu feedback está baseado no seu
entendimento do que foi dito. Se o feedback for negativo em algum
aspecto, não deixe de adicionar que seu entendimento pode precisar de
ajustes. Em qualquer conversa de negócios, tenha sempre em mente as três
regras do feedback: ele deve ser imediato, deve ser honesto e, embora
possa ser negativo em seu conteúdo, deve ser sempre emocionalmente
favorável, nunca maldoso ou agressivo.
Tenha cuidado com a
linguagem corporal. Cerca de 90% da comunicação interpessoal é visual.
Você está recebendo não apenas palavras, mas também informações por meio
da postura e do que é chamado de distância social (quão fisicamente
próxima está a outra pessoa e se ela está olhando para você ou desviando
o olhar). Na maior parte das vezes, a linguagem corporal prevalece sobre
as palavras. Posicione-se de maneira que sugira empatia, abertura e
atenção. Movimente ocasionalmente a cabeça em sinal de concordância, à
medida que escuta, e mantenha um contato visual apropriado, demonstrando
interesse. Para algumas pessoas, o movimento de cabeça e o contato
visual do ouvinte são indícios de que elas estão sendo ouvidas. Outros
acham que a linguagem corporal é uma distração e preferem que o ouvinte
permaneça parado e atento. Use seu próprio julgamento. Espelhar o orador
é uma maneira de fazer com que a pessoa que fala se sinta confortável.
Se você sentir que há discrepância entre o que é dito de maneira
explícita e o que você vê, peça esclarecimentos.
Saiba que
interrupções, conselhos ou críticas são barreiras a ouvir com
assertividade. Num contexto de amizade ou de conversa pessoal, contar
uma história similar àquela que você ouviu é aceitável. Numa reunião de
trabalho, porém, pode ser uma distração e normalmente se afigura como um
exemplo de "querer aparecer". Se você se pegar dizendo "Isso me lembra
algo que aconteceu ...", resista à tentação de seguir adiante.
SINCERIDADE É FUNDAMENTAL
Seja qual for a
situação, a sinceridade é o elemento mais importante de qualquer
comunicação humana, seja para quem fala seja para quem ouve. A maioria
das pessoas é capaz de aceitar uma ampla gama de estilos num ouvinte,
contanto que sua atenção esteja presente e direcionada a ele. Para ser
um ouvinte assertivo, você deve aprender a aceitar a experiência de
qualquer pessoa, independentemente de suas crenças ou convicções. Isso
não significa que você precisa concordar com todo mundo. Significa que
você ouvirá e aceitará as impressões da pessoa, deixando de lado suas
próprias reações pessoais e voltando a atenção para aquilo que lhe é
dito. Essa é uma habilidade interpessoal importantíssima para todos os
líderes.
Em algum ponto da
conversa, tão logo um relacionamento de confiança esteja estabelecido,
você pode revelar que sua própria experiência ou a de outros o levou a
uma conclusão diferente. Ao mesmo tempo, porém, é importante enfatizar
que você está ouvindo a experiência do orador e aceita as convicções
intrínsecas a ela. Não se sinta na obrigação de expor sua convicção
detalhadamente. Ainda que lhe seja pedido para fazer isso, uma boa ideia
é sugerir que esse seja o assunto de outra conversa e contrapor que,
naquele momento, você prefere ouvir o que o orador está dizendo. Essa
solicitação para que o gerente assuma o controle da conversa (presumindo
que você é o gerente), feita por colaborador de cargo inferior, é muito
comum e constitui, na verdade, uma maneira de esse subordinado se
afastar, evitando o confronto. Não caia nessa artimanha, ainda que a
outra pessoa dê a entender que quer que você fale.
Ouvir com
assertividade pode ser um fator de transformação no relacionamento entre
o líder e um integrante da equipe. Pessoas que se sentiam ameaçadas ou
desvalorizadas antes podem perceber que são realmente singulares e
valiosas, talvez pela primeira vez.
Se um conflito se
desenvolveu, essa pode ser uma chance para os envolvidos se reconhecerem
como colegas, seres humanos e amigos em potencial.
De modo geral, nossa
sociedade não ensina nada sobre a habilidade de ouvir com assertividade.
Normalmente agimos conforme um modelo de debate belicoso de argumentação
racional, não ouvindo a todos com atenção nem chegando a entendimento e
respeito mútuos. Nosso paradigma é "a melhor ideia vencerá" e não “todos
têm com o que contribuir para a melhor solução - que provavelmente ainda
não foi encontrada’: É importante notar que tanto o modelo belicoso
quanto o de ouvir assertivamente são buscas pela verdade”. Trata-se
apenas de abordagens diferentes. Em termos de habilidades interpessoais,
porém, a abordagem combativa invariavelmente deixa alguém para trás e,
possivelmente, também sementes de um conflito futuro. Nesse sentido,
ouvir com assertividade pode ser não apenas um processo de pacificação
como também de manutenção da paz. Diz-se que "adversário é alguém cuja
história ainda não ouvimos". Assim que você ouve verdadeiramente a
experiência do outro e compreende seus medos e aspirações, não será
capaz de considerar essa pessoa um inimigo. Você pode discordar e até
considerar que a posição dela é diretamente contrária à sua. Mas a verá
como parceira num esforço compartilhado e como ser humano de valor. Como
disse Dale Carnegie:
Portanto, você precisa
aprender tanto a ouvir como a falar. Aqueles que desprezam isso, achando
que se trata de mera superficialidade, já estão demonstrando falta de
disposição para ouvir: a frase pode ser banal, mas a mensagem é
muitíssimo importante para sua eficácia como líder. Se você não
desenvolver explicitamente a habilidade de ouvir, talvez não ouça o
segredo que pode lançá-lo para a fama e a fortuna.
PASSOS DE AÇÃO
1. É preciso
compromisso e prática para estar completamente presente e atento aos
outros enquanto os ouve. Leia a lista de regras de conversação
apresentada a seguir e marque um X ao lado de quaisquer itens em que
você precise melhorar. Assim que tiver marcado as áreas que exigem mais
atenção, pratique-as até que se tornem parte de sua rotina.
· Não interrompo os
outros nem falo por cima deles enquanto estão falando.
· Concentro minha
atenção completamente naquilo que a pessoa está dizendo.
· Espero minha vez de
falar.
· Sou um ouvinte
empático e faço questão de tentar entender o que os outros tentam me
dizer.
· Apoio e incentivo os
outros enquanto falam.
· Não me comparo ao
orador enquanto ele está falando.
· Evito ler a mente da
pessoa enquanto a ouço.
· Dou feedback
construtivo quando falam comigo.
· Interesso-me
sinceramente pelo que os outros falam.
2. A partir da
perspectiva de autoestima, pode ser difícil ser um ouvinte eficiente
quando sentimos que precisamos ser apreciados, ouvidos ou reconhecidos
pelo bom trabalho que realizamos. Quais são as três coisas que você pode
fazer por si mesmo que reforçam seu sentimento de que foi devidamente
ouvido e respeitado, permitindo que esteja mais presente enquanto
conversa com outras pessoas?
3. Firme um
compromisso de, pelo menos uma vez por dia, ser ouvinte em ao menos uma
conversa. Abdique de suas motivações e simplesmente esteja presente
diante da outra pessoa. Então, tome nota de qualquer ideia que possa
desenvolver durante a prática desse exercício.
"Este é um dos fatos mais básicos da psicologia humana. Ficamos lisonjeados diante da atenção de outras pessoas. Isso nos faz sentir especiais. Queremos estar perto de pessoas que demonstram interesse por nós. Queremos mantê-las por perto. Nossa tendência é retribuir seu interesse mostrando interesse por elas."
DALE CARNEGIE
"Este é um dos fatos mais básicos da psicologia humana. Ficamos lisonjeados diante da atenção de outras pessoas. Isso nos faz sentir especiais. Queremos estar perto de pessoas que demonstram interesse por nós. Queremos mantê-las por perto. Nossa tendência é retribuir seu interesse mostrando interesse por elas."
DALE CARNEGIE
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