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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Perdas Necessárias, de Judith Viorst

Perdas Necessárias, de Judith Viorst

1. Separações graves no começo da vida deixam cicatrizes emocionais no cérebro porque atacam a conexão humana essencial: o elo mãe-filho que nos ensina que somos dignos de ser amados. O elo mãe-filho que nos ensina a amar. Não podemos nos tornar seres humanos completos – na verdade, é difícil tornar-se um ser humano – sem o apoio dessa primeira ligação.

2. Podemos criar estratégias de defesa contra a dor da separação. A indiferença emotiva é uma dessas defesas. Não podemos perder uma pessoa amada, se não amarmos. A criança que quer a mãe e cuja mãe nunca está presente pode aprender que amar e precisar é por demais doloroso… Outra defesa contra a perda pode ser a necessidade compulsiva de tomar conta de outras pessoas. Ao invés de sofrer, ajudamos os que sofrem. …a terceira forma de defesa é nossa autonomia prematura. Proclamamos nossa independência cedo demais.

3. Em vários momentos de nossa vida, podemos insistir: vou fazer sozinho. Vou viver sozinho. Vou resolver sozinho. Tomarei minhas decisões sozinho. E, tendo tomado essa decisão, é provável que nos sintamos mortos de medo de viver por nossa conta.

4. Geralmente, narcisistas são filhos de narcisistas. Os pais narcisistas usam e abusam inconscientemente dos filhos. Faça direito. Seja bom. Quero me orgulhar de você. Não me irrite. O trato tácito é o seguinte: se enterrar as partes que não gosto, então posso amá-lo. A escolha tácita é a seguinte: perder você ou me perder.

5. Ser um eu separado é a mais gloriosa, a mais solitária meta. Amar a si mesmo é bom, mas… incompleto. Ser separado é doce, mas a ligação com alguém fora de nós mesmos é muito mais doce. Nossa existência diária exige tanta aproximação quanto distanciamento, a inteireza do eu, a inteireza da intimidade.

6. Não podemos chegar ao amor adulto sem passarmos pelo amor infantil. Não podemos amar sem saber o que é o amor. Não podemos amar outra pessoa como outra pessoa se não tivermos suficiente amor por nós mesmos, um amor que aprendemos sendo amados na infância.

7. Um gerontólogo acrescenta isto: “ Ponha algodão nos ouvidos e pedras nos seus sapatos. Calce luvas de borracha. Passe vaselina nas lentes dos seus óculos e pronto, terá o envelhecimento instantâneo.
8. Descobre-se, por exemplo, que é possível conhecer os próprios sem automaticamente agir de acordo com eles. Descobre-se também que sentimentos conhecidos e reconhecidos são mais fáceis de ser controlados do que os sentimentos negados. E descobre-se ainda que que é possível reconhecer, afirmar e reforçar alguns sentimentos não domados da nossa infância, que é possível tornar-se, na meia-idade, mais compreensivo, mais sensual, mais ousado, mais eclético, mais honesto e mais criativo.

CITAÇÕES
1. A ausência congela o coração, não aumenta o amor.
2. A perda pode conviver conosco durante toda a nossa vida.
3. Perder é o preço que pagamos para viver.
4. Crescer significa estreitar a distância entre o sonho e as possibilidades.
5. Geralmente, enquanto o nosso intelecto reconhece a perda, o resto de nós continua tentando arduamente negar o fato.
6. Enfrentar a possibilidade de falhar como pai ou como mãe é outra perda necessária.
7. Deixar partir os filhos e abandonar os sonhos que se fizeram para eles é uma das perdas necessárias.
8. A má ressalva é que nenhum casal de adultos consegue causar tanto mal um ao outro quanto marido e mulher.
9. Ninguém deve ficar sozinho, nem no paraíso.
10. Amizades íntimas exigem indulgência e perdão das duas partes. Pessoas de caráter impecável, sem dúvida, não são indulgentes nem capazes de perdoar.
11. E quem não é capaz de morrer é capaz de viver?
12. Para crescer temos de renunciar a muita coisa. Pois não se pode amar profundamente alguma coisa sem se tornar vulnerável à perda.

A AUTORA
Da orelha do livro: Judith Viorst é autora dos grandes sucessos Controles Imperfeitos e Casamento para Toda a Vida, além do Best-seller Perdas Necessárias. É também uma bem-sucedida autora de poesias e livros infantis, com vinte e seis títulos publicados – grande parte deles traduzidos para o alemão, o francês, o espanhol, o holandês e o japonês. Nascida em Nova Jersey, nos Estados Unidos, formou-se no Washington Psycoanalystic Institute. Trabalhou como editora de livros infantis e como editora de uma revista científica até conhecer o seu marido, o escritor político Milton Viorst. Por seus textos de psicologia, Judith recebeu diversos prêmios jornalísticos.

A PUBLICAÇÃO
O livro Perdas Necessárias, de Judith Viorst, foi publicado no Brasil pela Editora Melhoramentos, no ano de 2005. O livro, dividido em quatro partes e 20 pequenos capítulos, tem 335 páginas, nenhuma ilustração. Não é prefaciado. Tem uma breve apresentação da autora. Originalmente, o livro foi publicado nos Estados Unidos em 1986 com o título Necessary Losses.

CIRCUNSTÂNCIAS
Os anos oitenta do século passado marcaram fortes novidades no campo dos livros. A literatura de biografias e depoimentos empresariais brilhou, com Lee Iacocca e Akio Morita abrindo uma estrada larga. E a eles se seguiram muitas obras de executivos e consultores. As publicações de autoajuda andaram em paralelo e depois explodiram em vendas no mundo todo. E nunca mais pararam. Importa notar que nem sempre o sucesso tem correlação direta com a qualidade e a consistência dos livros e autores. A

IMPORTANCIA DA OBRA
Os avanços na quantidade, na abrangência e na profundidade dos conhecimentos que a humanidade adquiriu e as conquistas tecnológicas colocadas à disposição de praticamente todos, ambos imensos, não produziram na mesma proporção um incremento na qualidade de vida das pessoas, do ponto de vista emocional. O desconforto psicológico atinge e maltrata as pessoas com frequência e dimensão aparentemente maiores.

O fato é que a vida de todas as pessoas, o livro mostra, está marcada pela dor, pela separação e pela perda. E a maioria das pessoas a elas reagem como se estivessem sendo surpreendidas, indevidamente atacadas por má sorte ou circunstâncias injustas. O livro mostra, fundamentalmente, que essas perdas são previsíveis, inevitáveis e necessárias. É uma abordagem original, com bom embasamento científico, com linguagem didática e acessível, na medida do possível, propondo uma nova forma de lidar com o vendaval de emoções que esses fatos costumam provocar.
Perdas é uma palavra chave na Psicologia. É um tema que está merecendo atenção e estudos aprofundados. Este livro foi um dos pioneiros que iluminou essa estrada.

O LIVRO
É grande o número de eventos que são absolutamente comuns a todas as pessoas que levem uma vida considerada normal. As dores, as separações e as perdas estarão presentes em momentos previsíveis, em circunstâncias tão comuns e banais, que já podem ser previstas, compreendidas e razoavelmente administradas.

A primeira perda acontece quando a pessoa nasce, ao separar-se do mundo perfeito do útero da mãe e dar de cara com um mundo estranho, agressivo, desafiador. Logo em seguida, ainda na infância, no âmbito sadio e saudável da família, outras perdas, dores e separações se seguirão e podem abalar o processo de formação.

O Complexo de Édipo, a disputa entre irmãos, a luta pela atenção dos pais, o desafio das primeiras aulas escolares, cada um desses eventos tem sua dimensão e significado. A autora avança e chega, depois de uma viagem com algumas paradas, ao envelhecimento e à morte, etapas igualmente inapeláveis.

O título e o tema do livro podem assustar, mas a leitura flui de maneira leve, graças à abordagem especialmente sensível da autora, conduzindo quase suavemente o leitor a um passeio informativo e orientador. Já nas primeiras páginas essa sensação desarma e relaxa o espírito de quem lê e prevalece até as últimas páginas, de onde você pode sair mais feliz do que entrou

Beleza Interior


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Novas abordagens com os jovens nas Escolas

A psicóloga e “coach" Ângela Escada foi a protagonista de um “workshop”, organizado pelo ISAVE – Instituto Superior de Saúde do Alto Ave, que pretendeu motivar professores, psicólogos e educadores para novas abordagens das relações com os jovens das escolas. 

Foi ainda debatida a problemática do “bullying” Homo(trans)fóbico nas escolas portuguesas, por Liliana Rodrigues, docente do ISAVE, tema com cada vez maior pertinência nos dias de hoje. Este “workshop” contou com a participação de vários professores, psicólogos de diferentes escolas e instituições da região. 



http://www.oamarense.com/noticia.php?id=11536

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Idosos trocam "lares" por "REPÚBLICAS"

Estou a caminho da minha bela versão 6.5... e já começo a pensar nesta realidade.
Olha só que coisa linda!!!
Nada de um lar de idosos e sim uma comunidade com atividades de lazer, cultura, cuidados com saúde, reflexões e eu fico responsável pelos relaxamentos em grupo!!!

http://www.hypeness.com.br/2016/11/idosos-trocam-lares-por-republicas-para-envelhecerem-junto-com-os-amigos/

Sabe aquele sonho que você tinha quando criança, de morar junto com todos os seus amigos?Pois vários idosos de Cuenca, na Espanha, tornaram isso realidade. 
Como uma saída para não irem morar nem com seus filhos nem numa casa de repouso onde não conheceriam ninguém, Victor Gómez e Cruz Roldán, que se conheceram durante uma excursão há 46 anos, resolveram inovar, e fundaram uma espécie de república da terceira idade.
E foi assim que, há quinze anos, surgiu a Convivir, gerida pelos próprios idosos. E o sucesso entre os amigos e familiares foi tão grande que vários se entusiasmaram, e hoje são 87 idosos morando por lá.

O local funciona num espaço de mais de 7 mil m², e conta com jardim, pomar, bar, ginásio, biblioteca e diversas oficinas para distrair os moradores. ”Ajuda a não pensar quando chegará a nossa hora depois de termos parado de trabalhar”, contou Cruz.
E esse tipo de moradia é tendência na Europa. Somente num popular escritório de arquitetura espanhol, há mais de mil pedidos de informação sobre esse modelo de república, que precisa cumprir pré-requisitos como móveis sem quinas e botões de emergência nos quartos. Uma ótima ideia para implantar por aqui!