Thiago De Almeida - O Ciúme E Suas Consequências Para Os Relacionamentos Amorosos
Como muitas produções acadêmicas, o presente livro é fruto de um árduo e longo caminho, todavia sendo conduzido com muito amor.
Não sei quanto a vocês, mas em relação às pessoas com as quais eu me deparo, estas vivem se perguntando: Por que não encontro alguém com que possa ter um romance íntimo, profundo e que me cause alegria ao invés de tormentos?
Muito tem sido escrito sobre esse fenômeno chamado ciúme, que tantas vezes se instala em nós e em quem amamos, e que priva a tranquilidade, a concórdia e a confiança de nossos relacionamentos que nos são caros.
É importante falarmos a respeito de um tema como este porque provavelmente, em algum momento da vida, ou por ele seremos afetados por sentirmos ciúme, ou ainda, porque seremos vitimizados como alvo de uma pessoa ciumenta.
Dessa maneira, em algum momento da vida, por nos depararmos com esta possibilidade é necessário sabermos a diferença entre o ciúme considerado ‘normal’ e o ‘patológico’, dentre outras propriedades do ciúme.
Se não nos dermos o trabalho de refletir a respeito deste tema, talvez estejamos perdendo uma preciosa oportunidade para otimizar a qualidade dos nossos relacionamentos amorosos os quais tanto valorizamos e os quais queremos preservar por meio dos mecanismos do ciúme.
E se assim, quer como vítimas ou como algozes, se não o admitirmos em nosso cotidiano, podemos deixar de investir no relacionamento que realmente nos é tão caro e libertarmos os parceiros vítimas de nosso “inexplicável” desassossego para que assim possamos recuperar parte de nós mesmos que talvez esteja se perdendo para um fenômeno que nos faz marionetes de nossas próprias emoções.
Em relação ao ciúme algumas perguntas permanecem em aberto, tais como:
Porque sentimos ciúme, este se subsidia no amor a outra pessoa ou a nós mesmos?
Se, como diz o senso comum: “A primeira impressão é a que fica”, porque existem tantas brigas amorosas e tantas separações, muitas destas em função do ciúme?
Somente o amor, pode conservar a unidade estrutural de um relacionamento?
Quando o ciúme é útil?
De qual tipo de rival se tem mais medo?
A aplicação do que reza o dito popular: “Conforme a cama que fizeres, assim nela te deitarás” subsidia-se na realidade?
Sentimos ciúme derivado de um instinto de posse ou pelo apego à monogamia que a nossa educação nos incute?
Amar é desejar o que for melhor para o amado, ainda que isto custe um possível abandono em nossa relação afetiva vivenciada, ou ainda, seria manter o outro sob controle e vigilância a fim de não perdê-lo(a)?
E afinal, quem ama tem ciúme?