Revolta Portuguesa - Maitê Proença em Portugal

Empatia, sensatez e muita compreensão. É disto que precisamos para lidar com estes assuntos.

Bom dia a todos os que me lêm. Ontem, 13 de Outubro após a reportagem do telejornal na SIC, recebi centenas de e-mails sobre este assunto. Alguns enviaram apenas como um desabafo, outros para informar e comentar considerando um incidente, no entanto, outros confundiram um pouco o conceito de opinião de GRUPO & INIDIVIDUAL. A Maitê Proença NÃO representa toda a população brasileira, ela fala por ela. Ela tem o direito de expressão e tem o dever de saber lidar com as consequências pelo que fala.

Recebi e-mails a dizer que a estupidez e a cretinice fazem jus ao Brasil. Eu chamo isto de reacção emocional. Vamos ser sensatos? Em toda comunidade há de tudo um pouco, seja Brasil, Portugal, Índia, Alemanhã, Dinamarca etc...

O vídeo é este http://www.youtube.com/watch?v=1GCAnuZD7bk não assisti tudo e não vejo necessidade de assistir se não tenho as outras informações. Claro que se formos julgar apenas pelo vídeo, podemos pensar: “Que vexame!!!” ou “Que mico!!!”, porém eu não me sinto no direito de julgar o comportamento dela. Poderia sim avaliar, caso eu tivesse o conjunto de informações necessárias para avaliar. Desconheço a intenção e o objectivo dela ou da empresa/grupo a que esta agregada.

Mais que isto, se hoje as pessoas continuarem com o comportamento que tiveram ontem, enviando o vídeo para os brasileiros que moram em Portugal, falando da vergonha de ser brasileiro inculto etc… corremos o risco de estarmos a ter o MESMO comportamento que a Maitê. Vamos mostrar que somos sensatos como ser humano, brasileiro ou português, porém sensatos.

A Empatia ajuda-nos a nos colocarmos no lugar dela e percebermos que cada um faz o que sabe. Se ela sabe assim, faz assim. Se nós sabemos fazer melhor, façamos!!!

Ontem, na aula da tarde, os meus alunos também trouxeram o assunto e eu fui serena com eles. Consegui compreender que estavam revoltados pelo que julgavam através do vídeo, porém consegui mostrar a eles, que diante deles estava uma brasileira sim, porém durante todo o tempo que me conhecem nunca tive nenhum comportamento inadequado, portanto, não podiam ficar com a imagem de que outros brasileiros residentes cá, teriam o mesmo comportamento do vídeo (repito: não sabemos ainda o objectivo da gravação).

Até para mostrar o desagrado podemos fazer melhor.
É o que estou fazendo neste momento, com serenidade, peço a todos que sejam sensatos e menos emocionais. Vamos concentrar a nossa energia no que é positivo. Vamos fazer com o que nosso dia seja pleno.
Um abraceijo, Angela