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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Elsa e Fred

http://www.youtube.com/watch?v=s5VDKGjqP8Y

Eu acho o filme uma delícia!!!
A melhor idade que é chamada de 3ª idade, tem momentos maravilhosos!!!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Um sonho possível

Um filme espectacular!!!!
AJuda as pessoas a perceberam o seu potencial.
é um excelente exemplo de Coaching exercído pela Sandra Bullock.
Os pais e também os professores e os líudres de uma forma geral deveriam assistir a este filme.
É possível conduzir uma pessoa ao sucesso, seja lá qual for a história dela.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Música no Coração 40 anos depois

As 7 crianças do filme Música no Coração 40 anos depois recebido da minha amiga Regina Cascão.
Um belíssimo filme... A idade passa por todos.
Eu tinha 13 anitos quando o filme "Música no Coração" ganhou o prémio da Academia como o melhor filme de 1965 e é um dos musicais mais famosos de todos os tempos.
Lembra-se das 7 crianças da família Von Trapp? Pois, eles se reuniram depois de 40 anos a cantar a música show do filme.
Veja o vídeo e... emocione-se!

domingo, 7 de março de 2010

O vencedores da 82ª edição dos Óscares

Melhor Filme
Estado de Guerra de Kathryn Bigelow

Melhor Realizador
Kathryn Bigelow com Estado de Guerra

Melhor Actor
Jeff Bridges em Crazy Heart

Melhor Actriz
Sandra Bullock em Um sonho possível

Melhor Actor Secundário
Christoph Waltz em Sacanas sem lei

Melhor Acrtiz Secundária
Mo'Nique em Precious

Melhor Argumento Adaptado
Geoffrey Fletcher com Precious

Melhor Argumento Original
Mark Boal com Estado de Guerra

Melhor Filme Estrangeiro
O segredo dos seus olhos (Argentina)

Melhor Canção
The Weary Kind de Crazy Heart, música e letra de Ryan Bingham e T. Bone Burnett

Melhor Banda Sonora
Michael Giacchino em Up

Melhor Documentário em Curta Metragem
Music by Prudence de Roger Ross Williams and Elinor Burkett

Melhor Documentário em Longa Metragem
The Cove de Louie Psihoyos e Fisher Stevens

Melhor Fotografia
Mauro Fiore em Avatar

Melhor Guarda roupa
Sandy Powell em The Young Victoria

Melhor Filme Animado
Up - Altamente

Melhor Caracterização
Barney Burman, Mindy Hall e Joel Harlow em Star Trek

Melhor Efeitos Especiais
Joe Letteri, Stephen Rosenbaum, Richard Baneham and Andrew R. Jones em Avatar

Melhor Direcção Artística
Rick Carter e Robert Stromberg; Decoração de estúdios: Kim Sinclair em Avatar

Melhor Curta Metragem
The New Tenants de Joachim Back e Tivi Magnusson

Melhor Curta Metragem Animada
Logorama de Nicolas Schmerkin

Melhor edição de Som
Paul N.J. Ottosson em Estado de Guerra

Melhor Mistura de Som
Paul N.J. Ottosson e Ray Beckett em Estado de Guerra

Melhor Montagem
Bob Murawski e Chris Innis em Estado de Guerra

segunda-feira, 1 de março de 2010

PRECIOSA - uma história de esperança

Este filme estreou em: 12 de Fevereiro de 2010. Tem excelente elenco: Mo'Nique , Paula Patton, Mariah Carey, Gabourey Sidibe, Sherri Shepherd, Lenny Kravitz, Chyna Layne
http://www.weareallprecious.com/

Claireece Preciosa Jones sofre privações inimagináveis em sua juventude. Abusada pela mãe, violentada por seu pai, ela cresce pobre, irritada, analfabeta, gorda, sem amor e geralmente passa despercebida.

A melhor maneira de saber sobre ela são suas próprias falas:
"Às vezes eu desejo que não estivesse viva. Mas eu não sei como morrer. Não há nenhum botão para desligar. Não importa o quão ruim eu me sinta, meu coração não para de bater e meus olhos se abrem pela manhã”.

Uma história intensa de adversidade e esperança. Grávida de seu segundo filho, é convidada a frequentar uma escola alternativa, na qual vê a esperança de conseguir dar um novo rumo à sua vida.



A edição norte-americana da revista Rolling Stone elegeu Preciosa – Uma História de Esperança como o Melhor Filme deste ano. É um daqueles raros filmes que nos deixam com nó na garganta. É perturbador. Vc assiste o filme e no final tem a sensação de que seus problemas não são nada comparados à triste realidade da Precious.

O longa, baseado no livro Push, de Sapphire, conta a história da adolescente negra Clareece "Precious" Jones (Gabourey Sidibe). Analfabeta, vive no Harlem com sua desestruturada família – a mãe é (Mo’Nique) desequilibrada e o pai a engravidou duas vezes. A vida de Precious ganha nova perspectiva quando ela recebe a possibilidade de entrar em uma escola alternativa.

Desde que ganhou o Prêmio de Júri, Prêmio Especial (à atriz Mo’Nique) e Melhor Público no Festival de Sundance, Preciosa – Uma História de Esperança vem acumulando prêmios e indicações. Além de ser cotado para o Oscar, já foi mencionado no Globo de Ouro e no Screen Actors Guild.

Produzido por Oprah Winfrey (A Cor Púrpura) e Tyler Perry (I Can Do Bad All By Myself), o longa, que estreia no Brasil em 29 de janeiro, também conta com nomes como Mariah Carey (Glitter - O Brilho de uma Estrela), Paula Patton (Espelhos do Medo) e Lenny Kravitz no elenco.

Assista aqui os comentários sobre o filme.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Meu pé esquerdo

Eu uso este filme para falar de motivação e persistência
Meu pé esquerdo


Christy Brown (Daniel Day-Lewis), o filho de uma humilde família irlandesa, nasce com uma paralisia cerebral que lhe tira todos os movimentos do corpo, com a exceção do pé esquerdo. Com apenas este movimento Christy consegue, no decorrer de sua vida, se tornar escritor e pintor.

O filme mostra a persistência de um homem que em nenhum momento pensou em desistir da vida pelo fato de ser deficiente, pelo contrário, fez questão de mostrar ao mundo que também tem capacidade, mais que isso, habilidade que muitos de nós, por sermos normais não conseguimos fazer. Como sabemos, antigamente, pessoas que tinham algum tipo de deficiência eram tratadas como coitadinhas. Essas pessoas hoje estão ganhando seu espaço na sociedade o que é muito bom, pois, além de tudo elas são pessoas, pessoas que merecem respeito.

“Quanto mais dura a batalha mais gostoso é o sabor da vitória”. A luta de Christy Brown pela vida e contra o preconceito denota esse conceito em toda sua amplitude, revelando-nos quão importante é motivar, ser humilde e tratar o semelhante de forma igualitária, sem distinção.

Christy Brown enfrentou o sofrimento de ter nascido com uma enfermidade (Paralisia Cerebral) em uma família humilde, numa época de crise econômica e de grande adversidade sócio-cultural, onde a carência de recursos (Tecnologia e conhecimento) caracterizava a medicina neurológica. Entretanto, com muito esforço e persistência, unindo a vontade de viver com necessidade de se expressar, ele consegue atingir seu principal objetivo, ser visto e tratado com igualdade.

A arte foi para ele, a forma mais coerente de se expressar, de transmitir seus sentimentos e de provar sua autonomia para todos que o viam como um “pobre vegetal”, pois foi através da literatura e da pintura, principalmente dessa última, que ele se revelou e conseguiu atingir o interior das pessoas, conseguiu também, transpor preconceitos, propalar seu drama e além de conquistar o respeito da comunidade encontrou um meio para sobreviver financeiramente. Mais importante ainda, é que foi através dessa que ele despertou o interesse e o amor de sua então companheira (Mary Carr), complementando assim o seu ideal, sua maior vitória.

A família e os amigos foram a base de sua motivação, o pilar principal de sua obra, a qual retrata a luta, a garra, a perseverança e o sucesso de um entre tantos, que mesmo com menos privilégio do que os demais alcançou seu objetivo, adquiriu respaldo, conquistou o respeito da sociedade e deixou para nós uma lição: A história de sua vida.

A vida é cheia de altos e baixos e por muitas vezes sentimos que não somos capazes de superar determinados obstáculos, realizar determinadas tarefas, então que essa história nos sirva de inspiração, que abra nossas mentes antes de julgarmos alguém e/ou alguma coisa, até nós mesmos e nos leve ao mais alto gral de motivação.

Afinal a realização financeira e profissional que tanto buscamos depende muito da nossa base conceitual, pois sábio é saber tomar proveito da experiência alheia implementando seus conceitos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Filme "The Family Man" (2000 - 121m)

Assisti pela 2ª vez este filme. Tem umas cenas muito interessantes que nos levam a reflectir sobre escolhas...

"The Family Man" (2000 - 121m)

SINOPSE
E se...
Tivesse feito outra escolha?
Tivesse dito sim em vez de não?
Tivesse uma segunda oportunidade?

Há 13 anos, quando Jack Campbell (Nicolas Cage, 60 Segundos) partiu para Londres, para um prestigiado estágio, prometeu à sua namorada Kate (Téa Leoni, Impacto Profundo) que só estariam longe um do outro durante um ano.
É Natal, Jack vive sozinho e é um dos homens mais poderosos de Wall Street e Kate é apenas uma distante memória do passado.
Parando numa loja a caminho de casa, Jack vê-se no meio de uma discussão entre o dono da loja e um jovem perturbado vagabundo Cash (Don Cheadle, Tráfico, Missão a Marte) que questiona os valores da vida de Jack.
Chegado à segurança do seu apartamento de luxo, Jack adormece... acordando num apertado quarto dos subúrbios de New Jersey, ao lado de Kate, 13 anos mais velha, com um bebé a chorar no quarto ao lado e uma miúda de seis anos a chamar-lhe pai.
E é só o princípio de uma longa lista de surpresas para Jack...

REALIZADOR
Brett Ratner

INTÉRPRETES
Nicolas Cage, Tea Leoni, Don Cheadle, Jeremy Piven, Makenzie Vega, Saul Rubinek, Josef Sommer, Jake Milkovich, Ryan Milkovich, Lisa Thornhill, Harve Presnell, Mary Beth Hurt, Amber Valletta, Francine York, Ruth Williamson, John O'Donahue, Daniel Whitner.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

No fio dos limites - um filme real

Outro filme com uma história real portuguesa, bem perto de nós: "No fio dos Limites" http://video.google.com/videoplay?docid=4183693123101601963&ei=-I1AS96PIYiM2AKv97TMCg&q=%22simone+ferreira%22#

Simone Ferreira não quer que lhe falem em limites. Tem 26 anos, sofre de paralisia cerebral e é a protagonista do filme "No fio dos Limites", da realizadora alemã Cristine Riech, um documentário que pretende sensibilizar a sociedade para os problemas das pessoas portadoras de deficiência.

No filme, tal como na vida, Simone revela o olhar dos outros sobre a deficiência: as suas agruras e dificuldades, mas também a sua vontade de viver e de se sentir útil numa sociedade que, tal como afirma Cristine Riech, "não está preparada para a existência de deficientes".

Nascida numa família humilde de Ribolhos, no concelho de Castro Daire, Simone Ferreira foi descoberta por Cristine Riech quando procurava uma pessoa com determinadas características para ser a protagonista de um filme que ilustra as "múltiplas dificuldades" de quem é portador de deficiência.

"Foi amor à primeira vista", afirma a realizadora alemã que desde logo sentiu que Simone era a actriz "perfeita e ideal" para um papel onde "não era preciso representar", mas antes "mostrar aquilo que diariamente faz". Como por exemplo preparar o pequeno-almoço, escrever, falar ao telemóvel, pôr a mesa ou simplesmente estar à lareira.

Quando soube que foi a escolhida para ser a protagonista do filme, Simone Ferreira não coube em si de contente, ela uma mulher que apesar das limitações, luta para se sentir útil e para fazer aquilo que o comum dos mortais faz: trabalhar, ter uma família e não se sentir dependente, por mais antagónico que pareça. "Foi muito bonito fazer o filme, conheci novas pessoas e fui muito bem tratada", confidencia a jovem.

"Posso ser muito útil, eu quero ser útil e não gosto que me vejam como uma coitadinha, porque eu não o sou. Tenho sentimentos, tenho gosto em viver, sinto-me é apenas traída pela minha deficiência da qual não tenho culpa nenhuma", refere à Domingo Magazine Simone Ferreira.

Por causa da participação no filme, Simone tem sido convidada para participar em seminários e colóquios onde a deficiência é tema central. Fá-lo com gosto e delicia a plateia com o seu à-vontade e determinação em defender "que as pessoas com deficiência, à sua maneira, são tão válidas como as outras".

Essa também é a ideia da realizadora Cristine Riech, que com o filme pretende demonstrar que os deficientes "são pessoas como nós" e apenas têm diferenças físicas.

"Através deles podemos ver o grau de humanismo de nós próprios, eles ajudam-nos a redefinir os valores da vida. Nós temos muito a aprender com pessoas como a Simone. As limitações das pessoas com deficiência muitas vezes surgem por causa da inacessibilidade às condições certas de educação e pela exclusão social em geral. Muitas vezes não são desejados. O que podemos aprender com a Simone é que há sempre um sorriso possível no meio das lágrimas", salienta Cristine Riech que ficou encantada com a jovem de Castro Daire.

Simone concorda com a sua amiga alemã. A jovem dá mesmo um exemplo: foi convidada para trabalhar no arquivo da Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes (CNOD), em Castro Daire, mas ainda não está no activo porque até hoje não foi encontrada uma sala apropriada a ela. "Estou muito triste e quero começar a trabalhar o quanto antes. Estou farta de estar em casa sem fazer nada", afirma a jovem.

AMOR DE MÃE

Simone Ferreira tem quatro irmãos. Ela é a mais velha. A mãe, Célia Ferreira, lembra que quando era miúda a Simone "não gostava de meninas", pensava que era deficiente "por ser rapariga".

"Mas quando viu a irmã a andar pela primeira vez chorou de alegria, ficou muito contente, mas perguntou: 'Mãe, porque é que a mana anda e eu não?'", conta Célia Ferreira que desde sempre acompanhou a Simone para todo o lado.

"Eu era uma pessoa muito tímida e com grandes dificuldades em resolver certos problemas. Foi a Simone que me obrigou a ser quem sou; ela fez-me diferente pela positiva, ensinou-me a lutar", acrescenta Célia Ferreira que se mostra orgulhosa da forma de estar da filha.

Tal como todos os jovens, Simone gosta de se divertir, sair com os amigos e tem os seus ídolos. Benfiquista desde pequenina, gostaria um dia de ir ver um jogo do seu clube e de estar com o seu jogador preferido: Nuno Gomes. No plano musical, é admiradora do espanhol Henrique Iglesias.

"Gosto muito de ouvir música, de ir às discotecas e de estar com os amigos", referiu a jovem, salientando que gostava de ter um filho, mas não tenciona casar, porque o casamento "é uma prisão". "Já me apaixonei, mas desiludi-me", refere Simone Ferreira, que em cada expressão solta um genuíno sorriso de felicidade, apesar das contrariedades com que tem que lidar diariamente. "Sem culpa nenhuma", conclui.

‘NO FIO DOS LIMITES’

Simone Ferreira, a actriz, partilha com a protagonista do filme 'No Fio dos Limites' mais do que o nome. A obra da alemã Cristine Riech narra a história de Simone, uma rapariga de 26 anos que vive perto de Viseu.

A personagem tem paralisia cerebral: não pode andar nem estar em pé, mexe uma mão com dificuldade e fala de uma maneira dificilmente perceptível por desconhecidos.

Embora esteja a fazer um estágio na biblioteca mais próxima, o seu futuro está aberto: será que alguma vez vai ser capaz de manter um emprego? Será que alguma vez vai poder viver independentemente dos pais? Será que alguma vez vai ter sorte no amor? Simone sente-se isolada da sociedade mas a sua alegria de viver continua inabalável.

CRISTINE RIECH

"NÃO ESTAMOS PREPARADOS"

A alemã Cristine Riech vive em Portugal há oito anos. Fez uma série de quatro filmes sobre pessoas portadoras de deficiências profundas – obras essas muito solicitadas por escolas e autarquias.

O objectivo é claro: sensibilizar o público para as dificuldades que as pessoas com capacidades diminuídas enfrentam no quotidiano.

Uma realizadora alemã faz filmes em Portugal. Porquê?

Não cheguei a Portugal para fazer filmes. Vivo cá há oito anos, passei um terço da minha vida em Portugal. Tenho aqui muitos dos meus amigos e faço simplesmente o meu trabalho. Estou nesta situação por curiosidade, espírito de aventura e por prazer. No entanto tornei-me uma ‘inbetweener’, alguém que vive entre duas culturas e isto reflecte-se nos meus filmes como acontece em 'Exílio', 'Paraíso em Lugar Nenhum' e 'Requiem para a Minha Mãe'.

O que pretendeu ao rodar 'No Fio dos Limites'?

Este filme faz parte da série 'Outros Sonhos': 'Olhar por Dentro', 'Fragmentos de um Tempo Lento', 'No Fio dos Limites' e 'Mundo Silencioso'. É uma tetralogia sobre vários tipos de deficiência e cada um dos filmes retrata um caso específico: cegueira, deficiência motora, paralisia cerebral e surdo-mudez. Estes filmes têm sido solicitados por escolas, câmaras municipais e associações de todo o País, o que me surpreendeu. O objectivo é a sensibilização para os problemas das pessoas portadores de deficiência, e tentar mudar a mentalidade de encarar e ver estas pessoas.

Porque é que escolheu a Simone?

A Simone é uma jovem mulher muito especial. Dentro do ambiente social em que vive é uma provocadora. A provocação dela, passa pelos desejos simples que qualquer jovem na idade dela tem e nos quais insiste incansavelmente: namorar, ir à discoteca, ter um emprego e viver independente dos pais. Estes desejos tornam-se incompatíveis com a sua deficiência: ela não consegue andar, mexe uma mão com dificuldades e a sua fala é dificilmente perceptível.

Ir à discoteca na situação da Simone é um acto revolucionário, e o convívio autónomo com as suas duas amadas amigas, elas próprias deficientes, um acto de resistência. A grande sorte da Simone é saber seduzir: Simone é bonita e viva, gosta de divertir-se e gosta de partilhar esperanças e problemas. Eu própria não fui capaz de resistir a Simone.

Ela saiu-se bem na representação?

O trabalho com ela foi extremamente rico. Ela tem um espírito rebelde e nunca faz exactamente o que se pede: sempre acrescenta algo surpreendente dela própria. Simone é aberta a tudo que sejam experiências novas e a comunicar com outras pessoas. As dificuldades dela, de ficar à vontade em presença da equipa e com a câmara, foram fáceis de ultrapassar, com amizade.

Em seu entender, como é que a sociedade portuguesa vê as pessoas portadoras de deficiência?

A sociedade portuguesa é como é, e, apesar de eu ser alemã, podia começar por mim própria: nunca antes na minha vida tinha conhecido de perto pessoas portadores de deficiências profundas. Não procurei o contacto deles porque a diferença física deles, no fundo, assustava-me.

Assim tentei esquecer-me que eles existiam, porque a sociedade também não fornece muitas possibilidades de contacto. Se eu tivesse tido cegos, surdos ou alguém com paralisia cerebral como colega no liceu, se calhar, já pensaria de outra maneira e teria reconhecido mais cedo o que há para aprender com eles.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Morte no funeral - mensagem sobre famílias disfuncionais

Ri muito com o filme. É mesmo uma comédia, porém por trás de tanta diversão há uma mensagem muito importante sobre famílias, seu funcionamento, seus segredos e a aceitação deles.

Uma família desajustada é unida para o enterro do patriarca. Quando um homem misterioso aparece e ameaça chantagear a família com um embaraçoso e obscuro segredo do falecido, seus dois filhos, Daniel (Matthew Macfadyen) e Robert (Rupert Graves), tentam de tudo para não deixar que os presentes descubram.

País de Origem: Alemanha / Inglaterra / EUA
Tempo de Duração: 90 minutos lançado em 2007
Site Oficial: http://www.deathatafuneral-themovie.com
Estúdio/Distrib.: Paris Filmes



Esta versão é um pouco mais divertido por causa dos actores. Vejam

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Espírito de coragem

Um filme para reflectir sobre a importância das relações humanas, formação e o conhecimento como base do crescimento, o sentido da vida ao encararmos a nossa profissão e o impacto das acções individuais nas outras pessoas.

Wit

Realizador: Mike Nichols

Actores: Emma Thompson; Christopher Lloyd, 2001

Há verdades tão simples, que depressa são esquecidas… Os empresários são pessoas como as outras e um dia irão morrer. É a história do filme, dura, crua e realista sobre o dia a dia de uma mulher que narra as suas últimas semanas de vida. Tem um cancro maligno. É internada e sujeita a fortes tratamentos. Os médicos dizem-lhe que o seu caso será objecto de estudo, devido à sua robusta condição física e psicológica. Ela era uma professora catedrática de sucesso. A sua área era a literatura inglesa e também a filologia. Tinha 49 anos e alcançara o topo da sua carreira. Era muito exigente, admirada por colegas e temida por alunos. Mas no leito da morte tudo tinha um novo significado e a sua vida é vista por um prisma diferente. Valeram a pena tantas atitudes frias e implacáveis com os estudantes? Transmitira só conhecimentos ou ferramentas para pensar? Um dos médicos que a examina, fora seu aluno. Fizera a sua disciplina por opção, para ampliar a cultura geral. Mas era pouco humano com os pacientes, com conduta distante… interessava-lhe era a investigação, tal como antes a sua professora se preocupava muito com os seus projectos de estudo e menos com as “pessoas” dos seus estudantes. Na cama de um hospital ela descobre o significado real da palavra, que até aí receava pronunciar: “bondade”. Com tanto medo de a referir, sussurra, enfrentando directamente a câmara. Mas di-la frontalmente e no filme, veremos como uma enfermeira se torna num contraponto do jovem médico e no final, ela vencerá contra a opinião do recém-licenciado…

Enfrentar um desafio como a própria morte tem mais a ver com Ingmar Bergman do que com Hollywood. Mas, aqui, o argumento vale a pena reter: o conhecimento é uma arma e uma defesa em qualquer ocasião. Como a doente era professora de literatura inglesa, procura dominar os novos termos técnicos da Medicina que ouvia à sua volta e rapidamente aprende a ler nas entrelinhas… Mais do que revoltar-se, tenta tirar partido da situação para viver o melhor possível o que lhe restam. O domínio da linguagem, dá-lhe forças e meios para comunicar e se fazer entender.

Ao longo do filme, vamos vendo como a formação recebida ao longo da vida foi moldando a sua personalidade e o seu modo de ser. A importância do pai que lhe incutiu o gosto e o interesse pela literatura ou os conselhos da professora que lhe abria horizontes, incentivando-a a descobrir na vida e não só nas bibliotecas, o sentido da escrita. Peter Drucker, nas suas memórias, diz como foi importante para a si, o papel desempenhado por duas professoras primárias, mais que os professores de gestão na Universidade.

Obrigatória a referência final à extraordinária interpretação da actriz, que ajuda a manter, no filme, uma atmosfera “british”, com pinceladas de bom humor, de correcção e com interpelações directas ao espectador, de uma frontalidade e sinceridade com que gostaríamos de ser tratados no nosso local de trabalho e nas relações humanas. É que, por detrás de tanta “aparência” e formalidade, esconde-se uma humanidade revelada nos momentos decisivos, como quando a velha professora vai visitar a paciente na hora da morte.

domingo, 14 de dezembro de 2008

O diabo veste Prada

No início deste ano assisti o filme "O Diabo veste Prada" junto com um grupo de formação de jovens entre 19 e 23 anos. Fiquei impressionada pela positiva. História base: Andy Sachs é uma assistente de Miranda Priestly, editora de moda da conceituada revista Runway Magazine. Ela é um verdadeiro demônio por suas atitudes prepotentes, arrogantes, frias, na relação com seus funcionários e parceiros de trabalho. O ambiente do enredo é a MODA. Interessante é que a moda é apenas o apêndice escolhido pela autora de livro homônimo e mantido pelo roteirista e diretor, para chamar a atenção ao livro e filme. Mas muitos espectadores saem do cinema acreditando que o filme fala do mundo da moda e quão cruel pode ser tanto o ambiente em si como a conquista de um espaço nesse nicho profissional. Nada disso! A moda é a alegoria para se apresentar as hipócritas (mas reais) ações humanas quando a intenção é a conquista do sucesso, no caso, a qualquer preço.


O filme fala de tudo, menos de moda. É impressionante como, a cada cena, muitas das simbologias analisadas como características dos comportamentos humanos, no século XXI, ficam ampliadas e esclarecidas. Vemos fugacidade nas relações, banalidade dos valores, crueldade nas ações, perda da identidade, crenças nas representações, indiferenças quanto ao outro, falta de emoção, individualismo exacerbado etc., tudo naturalizado. Debord tinha razão, a "sociedade [é] do espetáculo" e, mais, a sociedade é da espetacularização de tudo e de todos, pelo que Andy Wahol chamou de "cinco minutos de fama". No filme, o ambiente do efêmero é a moda, como poderia ser a cultura, o escritório, a religião, as artes, a família etc. Em todos esses espaços, na vertiginosa sociedade da informação e da imagem atual, a maturação do conhecimento (Maturana) à composição de um ser íntegro e integral diante da dinâmica das situações cotidianas é uma utopia, senão apenas um fazer filosófico.

Miranda é a verdade do indivíduo atual. Miranda é o ser sem disfarces, sem teorias, sem dramas existenciais e que, para se tornar o que é, aceitou perder sua pessoalidade. Ela é humana, nunca pessoal. Mesmo as cenas de fragilidades muito femininas (perda do parceiro), não há a perda do direcionamento construído no intuito de se tornar inatingível, há a lógica de mercado e este diz que: "para poder ganhar é preciso saber perder" até o que for mais querido. O único diálogo "franco" entre ela e Andy reflete isso: "o que posso fazer por você, Miranda?" pergunta Andy. "O seu trabalho!" responde Miranda. Ao esquecerem seus lugares e investirem também nas relações pessoais no processo de conquista, as pessoas se perdem, embotam suas ações com uma série de pré-juízos que não lhes pertencem e atravancam todo o investimento com obstáculos incoerentes.

Cada um que faça o seu! Cada um que "corra na frente do seu prejuízo"! E conquiste seu desejo "de qualquer jeito" e com todas as armas! Miranda não chora por um amor perdido (seria incoerente até para a construção da personagem), ela chora por ter que enfrentar uma seara em que não entendeu as estratégias, não previu os atalhos tortuosos e em que não dominou todas as expectativas. Miranda descobre que existe um ambiente sempre imprevisível até para ela: o amor. Mas essa descoberta não a anula ou destrói. Orgulha-se de seu poder de superação e reinveste na personagem criada pela mídia: a própria Miranda; e, como Fênix, ressurge das cinzas para "dizer ao mundo" que ela é possível sim e... ainda!

Não é um filme com insights surpreendentes. Há até uma certa pobreza na construção do roteiro e nos destaques de cenas. Mas nada apaga a linguagem não-verbal de Meryl Streep em que consegue cristalizar a melhor pior chefe de todos os tempos. Durante todo o filme, não há olhares fixos entre coadjuvantes e personagem principal, a não ser quando é preciso recompor tanto o seu lugar (Miranda) quanto o lugar do outro, diante dela mesma. É a cena do sorriso de Andy diante de cintos iguais. É a cena em que Andy presencia uma discussão do casal em casa. É a cena em que Miranda anuncia seu segundo divórcio. Percebam: encarar o outro é restabelecer o lugar de cada um, pessoal e profissionalmente.

O personagem Miranda é humano puro e os espectadores saem do cinema comentando, analisando e gostando mais dela do que da pobre assistente injustiçada. Durante o filme espera-se mais por cada gesto da chefe (a aparição de Meryl Streep) do que pelo início da superação da assistente. Mais uma vez, o suposto vilão é atraente, sedutor e fascinante. É tudo o que qualquer mente, com a desculpa da praticidade, deseja ser quando busca "um lugar ao sol". Se nos aliviarmos da carga dos pré-julgamentos, Miranda torna-se a grande educadora de vida para Andy e para qualquer um que queira qualquer experiência de sucesso (valorização), pois esta não vem com resmungos, sensações de pena, reclamações ou criação de afinidades inócuas; ela acontece pelo brio, pelas escolhas, pela solidez de princípios, pelos posicionamentos, pelos enfrentamentos. E Miranda ensina tudo isso... a todos nós! Miranda é o direcionamento para a certeza de que TODOS OS DIAS serão dias de sol, caso tenhamos foco. Há um ditado para isso: "de limões, façamos limonadas!"

Basicamente, Andy tem (e isso é dito várias vezes no filme), uma oportunidade pela qual um milhão de jovens mulheres em Nova York chegariam a matar para conseguir. Mas rapidamente ela descobre que além de TER é preciso saber MANTER esse emprego e toda sua vida pessoal (amigos e namorado). Sobreviver a Miranda é impossível. Ninguém sobrevive ao Outro. Todos sobrevivemos a nós mesmos! Não há nada de incoerente no que diz ou fala (Miranda) em todo o filme. Apenas ela escolhe armas (atitudes) que incomodam ao espectador e que a defendam contra um perigo maior: o afeto. Para isso Miranda ocupa todas as horas de seus funcionários ou pelo temor ou pelas exigências. Não há tempo para fofocas de bastidores. E só se mantém nesse lugar quem faz a escolha de perder parte de sua humanidade. Essa é a proposta do Diabo! Esse é o pacto!

Miranda é a mediadora entre (aproveitando Glauber Rocha) "Deus e o Diabo na terra do Sol" (Paris é a cidade Luz). Ela é o ídolo cuja vida (lugar) os fãs querem conquistar. Andy, a pobre menina sonhadora, aceita o trato por um tempo (perde até o nome, agora é uma Emily), absorve todos os aprendizados das relações humanas que geram e incrementam o ambiente da moda, e se modifica por adaptação ao meio.

Mas, alguns dirão, Andy abandona tudo isso em busca dos seus sonhos. Ledo engano! E Miranda está certa de novo! Não há moral nessa história! Andy é igual a Miranda mesmo! No final, só o foco muda! E Miranda percebe isso quando passa a chamá-la, não mais por Emily, nem pelo apelido comum Andy, mas de Andréa, seu real nome. Não há mais espaços para as duas juntas e Miranda sabe disso. Antes de qualquer coisa, assim como fez ao dar o lugar de seu estilista a outra profissional, ela, por manipulação, abre caminho para que Andy faça sua única escolha: a própria vida. Miranda admira Andy e por isso não a quer mais tão perto.

O filme é cheio de possibilidades de leitura em diferentes campos do saber e por isso merece ser visto e revisto, principalmente para quem passa o tempo reclamando dos insucessos e não percebe que, num mundo de aparência, pelo menos, se aparentemente queremos SER, seremos o que quisermos.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Médicos e a Inteligência EMocional

Filme para reflexão:"Patch Adams - O Amor é Contagioso", de Tom Shadyac (1998)

Um estudante de medicina, Hunter “Patch” Adams, interpretado por Robin Williams, começa a usar amor, carinho e alegria como armas para ajudar pessoas hospitalizadas. Entretanto logo irá se confrontar com as práticas médicas institucionalizadas, despertando desconfiança e ciúme dentro da classe médica. Baseado em história real, Shadyac, no estilo de Hollywood, apresenta as vicissitudes do herói empreendedor americano, que enfrenta o establishment corporativo – no caso a corporação médica, eivada de poder e prestigio. Hunter “Patch” Adams praticou a contracultura na profissão médica, criando o Instituto Gesundheit. Embora Shadyac não expresse com clareza, Adams traduziu, em sua metodologia médica o espírito de uma época (os anos 60, a década da contracultura). O estilo populista, autonomista e criativo traduz um traço da cultura americana primordial, dos Pioneiros que colonizaram a América e que hoje ainda no imaginário de Hollywood.

Assista comentários sobre o filme pelo próprio Patch Adams em http://br.youtube.com/watch?v=mSulJs8b9Qw

Adams fala sobre a indústria farmacêutica http://br.youtube.com/watch?v=h3Iyk_nhytM&feature=related

Aqui fala sobre a cura e qualidade de vida

http://br.youtube.com/watch?v=djOfneWnPYs&feature=related

Um pouco revolucionário

http://br.youtube.com/watch?v=rqsZbvNvDFk&feature=related

Partes do filme

http://br.youtube.com/watch?v=eQ50RisSz2Y&feature=related

http://br.youtube.com/watch?v=bKQdKRC2DVs&feature=related


O Sexto Sentido

O Sexto Sentido", de M. Night Shyamalan (1999)
Malcolm Crowe, interpretado por Bruce Willis, é um terapeuta infantil que abraça com dedicação o caso de Cole Sear, um menino de 8 anos, filho de pais separados, que apresenta sinais de distúrbios de comportamento. Cole tem dificuldades de entrosamento na escola e vive paralisado de medo. O menino confessa a Crowe que possui um dom sobrenatural: é capaz de ver pessoas mortas e conversar com elas. Finalmente, Malcolm Crowe descobre que está morto. Filme de narrativa fantástica do diretor M. Night Shyamalan, que trata com sobriedade elementos do cinema fantástico, sugerindo, deste modo, uma reflexão sobre a civilização burguesa nos EUA. O filme se passa na Filadélfia, que foi, até 1800, primeira capital dos EUA (o fascínio de Shyamalan pelo tema dos pioneiros da América iria aparecer novamente no filme A Vila, de 2004). Em The Sixth Sense, o menino Cole Sear é alucinado pelos espectros do passado que o perseguem. E o terapeuta Crowe é um homem que não sabe que está morto. Na verdade, parece tão normal quanto qualquer um de nós. Shyamalan coloca ingredientes curiosos para uma reflexão sobre a sociabilidade estranhada do Imperio dos EUA, imerso em sua crise estrutural e alucinado pelo medo (o filme foi produzido antes do 11 de setembro). Na verdade, The Sixth Sense é uma fábula fantástica do Império norte-americano, que não sabe que está morto.

Assista uma pequena parte do filme em:
http://br.youtube.com/watch?v=s9weDVlKsEQ
http://br.youtube.com/watch?v=H8KUAfmjQ-c

sábado, 6 de dezembro de 2008

Sensibilizar para o espírito de Natal

Sinopse: Dentro de um floco de neve, lá de cima do Monte Espicho, ao Norte da cidade, uma certa criatura mesquinha que vive numa caverna está observando aqueles que mais adoram o Natal, os Quem, de Quem-lândia, em suas frenéticas preparações natalinas. Essa criatura é o Grinch e ele fica totalmente doente com esse alegre espírito de Natal. Por que o Grinch é tão... Grinch?

Ninguém sabe, nem mesmo seu companheiro solitário, o eterno oprimido cachorro Max. Pode ser porque sua cabeça não foi bem aparafusada, ou talvez porque seus sapatos são muito apertados, ou porque seu coração é duas vezes menor que o normal. Mas, de repente, da cara emburrada surge um sorriso malevolente e uma lâmpada maldosa ascende sobre a sua cabeça... O Grinch acaba de ter uma maravilhosa e terrível idéia.

O Natal está chegando de novo e o Grinch planeja fazer algo para dar um fim a essa festa perturbadoramente feliz... e de uma vez por todas! O Grinch veste um disfarce e faz uma visita à Quem-lândia levando um pouco de seu próprio veneno especial de Natal. Ali, ele encontra a pequena Cindy Lou Quem, sozinha no meio dos Quem e cheia de sérias dúvidas natalinas, vendo todo mundo só pensando nas compras e nos presentes e querendo saber o verdadeiro significado do Natal. Seu pai, o chefe do correio, Lou, não a ajuda muito em seus questionamentos; sua mãe, Betty, está totalmente mergulhada em sua busca para vencer Martha May Quem-Vier na competição de iluminação da Quem-festança de Natal. Então, Cindy decide resolver seu problema sozinha, tentando descobrir tudo o que puder sobre o Grinch: quem ele é, por que ele não gosta do Natal e por que é totalmente desprezado por todos.

Suas perguntas inocentes põem Quem-lândia de pernas para o ar, já que tudo relacionado ao Grinch é considerado uma blasfêmia pelo Prefeito May Quem. No fim, contudo, esses dois espíritos semelhantes — Cindy Lou, à procura de alguma coisa importante que justifique a festa natalina, e o Grinch, desenterrando uma parte de sua alma há muito tempo esquecida — se juntarão e aprenderão o verdadeiro significado do Natal.

Título Original: How the Grinch Stole Christmas

Gênero: Comédia

Origem/Ano: EUA/2000

Duração: min

Direção: Ron Howard

Elenco:

Jim Carrey...
Jeffrey Tambor...
Christine Baranski...
Molly Shannon...
Anthony Hopkins...
Josh Ryan Evans...
Frankie Ray...
Jeremy Howard...
Walter Franks...
Bill Irwin...
Lacey Kohl...
Suzanne Krull...
Jim Meskimen...
Taylor Momsen...
Jessica Sara...
Mary Stein...
Mindy Sterling...
Verne Troyer...
Rachel Winfree...

transp.gif (45 bytes)The Grinch
transp.gif (45 bytes)Mayor of Whoville
transp.gif (45 bytes)Martha May Who-vier
transp.gif (45 bytes)Betty Lou Who
transp.gif (45 bytes)Narrator
transp.gif (45 bytes)8 Year Old Grinch
transp.gif (45 bytes)Who
transp.gif (45 bytes)Dru Lou-Who
transp.gif (45 bytes)...
transp.gif (45 bytes)Lou Lou-Who
transp.gif (45 bytes)Kristina Whotaberry
transp.gif (45 bytes)Who
transp.gif (45 bytes)Officer Who-lihan
transp.gif (45 bytes)Little Cindy Lou-Who
transp.gif (45 bytes)Sophie
transp.gif (45 bytes)Miss R. Who
transp.gif (45 bytes)Biddy No. 1
transp.gif (45 bytes)...
transp.gif (45 bytes)Rose Who-Biddie

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Terapia do Rsio

http://hk.youtube.com/watch?v=M7Vf304YNXA

Baseado no livro de Path Adams. é um filme interessante!!!

domingo, 30 de novembro de 2008

Globalização

Neste épico histórico, Oliver Stone nos apresenta a vida e glória de Alexandre, o Grande, sua infância e adolescência (instruído por Aristóteles); sua assunção ao trono da Macedônia, após o assassinato do seu pai, o Rei Felipe, o Caolho. Aos poucos, vislumbramos sua ânsia de conquistar o mundo, com a vitória sobre Dario, o Persa, na batalha de Gaugamela; a conquista da Babilônia e sua incursão expansionista através da Ásia Menor e Índia. O que Stone nos apresenta em Alexander, é um Alexandre intrépido, verdadeiro espírito globalista, que busca expandir os valores do helenismo e atingir os limites do mundo. Alexandre enfrenta a incompreensão dos pares, imersos em sentimentos paroquiais e ambições mesquinhas. Oliver Stone, que escreveu o roteiro juntamente com Christopher Kyle e Laeta Kalogridis, relata a história através dos olhos envelhecidos de Ptolomeu (interpretado por Anthony Hopkins, grisalho e de túnica branca), general-historiador, que foi general-confidente de Alexandre e está ditando suas memórias na Biblioteca de Alexandria. O diretor e roteirista Stone fez uma escolha problemática: optou por dar um enfoque psicológico exagerado ao personagem heróico, mais do que em destacar o sentido histórico-politico de suas atividades expansionistas (Alexandre contribuiu para abrir os horizontes do comércio da Antiguidade ao expandir as fronteiras do helenismo para o Oriente próximo). Talvez por isso, a ênfase em sua dimensão existencial: o bissexualismo, destacado em demasia através de seu relacionamento intenso com seu amigo de infância Hephaistion; e a relação de amor e ódio com a mãe Olympia, interpretada por Angelina Jolie (até sugerindo uma estranha explicação psicológica para sua ânsia expansionista: a fuga íntima de Alexandre da matriarca dominadora). Entretanto, o importante seria apreendermos a mensagem do filme para o nosso tempo, tempos de crise estrutural do capital e de impasses geopolíticos (e culturais) do Ocidente expansionista. Talvez o Alexandre de Oliver Stone, interpretado por Colin Farrel, seja o Alexandre da “globalização”, tão intrépido, quanto frágil, com sua glória contingente sendo uma alegoria complexa dos impasses expansionistas da civilização do capital (por exemplo, a candente questão do “choque de civilizações”, Ocidente versus Oriente, que está colocada no cenário da geopolítica mundial hoje, está pressuposta na narrativa histórica de Alexandre). Afinal, uma das formas de compreendermos o tempo presente, seria elaborarmos interpretações sobre o tempo passado. Drama histórico com destaque para cenografia exuberante das batalhas da Antiguidade.

sábado, 29 de novembro de 2008

Imagem que se constroi de uma pessoa

Chance (Peter Sellers) é o jardineiro de um milionário em Washington D.C. e vive isolado do mundo. Tudo que sabe, aprendeu através da TV ou cuidando do jardim. Depois que seu patrão morre e Chance perde o emprego, o acaso faz com que conheça a rica Eve Rand (Shirley MacLaine), que o introduz ao restrito círculo dos poderosos da cidade. Bem vestido e com um falar polido, todos o tomam por um homem culto e inteligente, e ele vai ganhando respeito e importância nesta alta roda que passou a frequentar.

Assista uma parte do filme em http://hk.youtube.com/watch?v=xYLy1Yj_P_Q

"A Fantástica Fábrica de Chocolate", de Tim Burton

Um excêntrico capitalista, proprietário da fábrica de chocolate Willy Wonka, interpretado por Johnny Deep, promove concurso internacional para escolher aqueles que vão fazer um tour em sua fantástica fábrica. Cinco crianças de sorte, entre elas Charlie Bucket, encontram os bilhetes dourados em barras do chocolate Wonka e ganham a visita. Maravilhado com tudo o que vê, Charlie fica fascinado pelo mundo fantástico de Wonka. Na verdade, o capitalista, imerso em conflitos íntimos e traumas de infância, almeja escolher seu sucessor. Refilmagem do filme de Mel Stuart, de 1971, baseado na obra "Charlie and the Chocolate Factory", de Roald Dahl. . No filme de Tim Burton, com seu estilo gótico, expressando um universo sombrio e espetacular, Charlie e a família Bucket parecem uma abstração. Representam a típica família proletária, que preservam ainda valores de sociabilidade tradicional. O pai de Charles é um ex-operário, desempregado em virtude de inovações tecnológicas no seu local de trabalho. No filme de Burton o destaque à condição operária, vítima do desemprego estrutural é interessante (o que não havia no filme de Stuart). Todos os Bucket moram num pequeno barraco incrustado no centro da cidade. A presença no lar dos Bucket de todos os avós de Charlie prefigura a preservação de laços afetivos com o passado. Na verdade, o jovem Charlie está ainda imersa no mundo tradicional, onde o que prevalece são os verdadeiros laços de família tradicional. Por outro lado, as outras crianças – Augustus, Veruca, Violet e Mike, estão imersos no mundo do fetichismo da mercadoria. Ao tratar do mundo das crianças, Dahl (e Burton) buscam apresentar as contradições candentes do nexo sócio-reprodutivos da sociedade do capital. Numa situação de crise estrutural, a partir de meados da década de 1970, o universo problemático das crianças, como prefiguração da reprodução social, é deveras pertinente. Afinal, as crianças representam o futuro do sistema social. O que presenciamos em Charlie and the Chocolate Factory são crianças pervertidas pelos valores da "sociedade do espetáculo", onde vigora o egoísmo perverso, a possessividade das coisas, do consumismo e da gulodice. Cada criança contemplada pelos cupom Wonka prefigura uma degradação da personalidade infantil pelo fetichismo do capital, com exceção de Charlie. O aclamado diretor Tim Burton traz seu estilo extremamente gótico-criativo ao livro clássico de Roald Dahl. Existem diferenças sutis em relação à primeira versão de Mel Stuart, de 1967. Por exemplo, no filme de Stuart, o jovem Charlie vai à escola (o que supõe destacar ainda uma perspectiva de integração possivel à ordem do capital para a classe proletária através da educação escolar). Na versão de Tim Burton, a pobreza dos Bucket parece ser mais dilacerante do que aquela mostrada por Mel Stuart. Outro detalhe interessante é que, na nova versão de 2005, as relações entre o capitalista James Salt, pai de Veruka Salt, e os operários da sua fábrica, que procuram, para sua filha Veruka, os cupons Wonka é pautada pela aguda desconfiança (o que não havia na versão de Mel Stuart). O que pode sugerir a degradação das relações de trabalho nos últimos trinta anos de crise estrutural do capital. (2005)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Competição laboral

Durante a recessão de 1991 nos EUA, sob o governo George Bush, Shelley Levine (interpretado por Jack Lemmon), Dave Moss e George Aaronow trabalham na agência imobiliária. Só Ricky Roma (interpretado por Al Pacino) consegue fechar bons negócios. O gerente John Williamson (Kevin Spacey) convoca os corretores para uma reunião com Blake, o homem de vendas enviado pela Matriz. Em sua exposição, Blake deixa claro que Levene, Moss e Aaranow são profissionais fracassados e cartas praticamente fora do baralho. Para que mantenham seus empregos, Blake oferece uma última chance: uma espécie de competição de vendas. Para o primeiro colocado, um Cadillac Eldorado. Para o segundo, um conjunto de facas. Para o terceiro, a rua. Drama social contundente baseado em peça teatral de David Mamet, retratando o espírito do capitalismo global, sob o império da crise e das leis da concorrência (e do monopólio), com seus agudos particularismos que penetram no mundo do trabalho, o supremo egoísmo que se acirra em momento de crise recessiva. Glengarry Glenn Ross apresenta o drama dos vendedores do mercado imobiliário, obrigados a alienar a própria alma para garantir bons negócios, baseados na tergiversão/dissimulação/manipulação de afetos e humores, buscando conquistar clientes, algumas vezes atraindo-os para verdadeiras arapucas. O selvagem particularismo (um dos elementos do estranhamento do capital) e a precariedade do trabalho vivo em sua forma concentrada, se expressam através da linguagem agressiva (chula e de baixo calão) utilizada entre os próprios trabalhadores, acuados por uma lógica férrea do mercado, da concorrência e da exploração (o que está em jogo para o sucesso dos bons negócios é o acesso às boas dicas de venda, as "Glengarry Glenn Ross", que está impedido para Levene, Moss e Aaranow). Diante de todos nós, dramas individuais de subjetividades massacradas pela lógica das coisas, levados a cometer atos ilícitos e a chegar a situações-limites. Na sociedade da ideologia do sucesso a qualquer preço, as formas estranhadas do capital assumem dimensões trágicas. É o que Glengarry Glenn Ross busca destacar, seguindo a linha do clássico Death of Salesman, de Arthur Miller. O Sucesso a Qualquer Preço", de James Foley (1992)