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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

SNC, música e relaxamento

Durante muito tempo, a grande maioria das pessoas foi influenciada a pensar e agir de acordo com o paradigma cartesiano, com bases no raciocínio lógico e linear deixando de lado as suas emoções, intuição, criatividade, capacidade de ousar soluções diferentes.


António Damásio, respeitado e premiado neurologista português, radicado nos Estados Unidos e com muitos trabalhos publicados, entre os quais o livro O erro de Descartes, afirma que “o ponto de partida da ciência e da filosofia deve ser anti-cartesiano: "existo (e sinto), logo penso”.

Se utilizarmos mais o hemisfério esquerdo, que é considerado racional, deixamos de usufruir dos benefícios guardados no hemisfério direito, como a imaginação, visualização criativa, serenidade, visão global, capacidade de síntese, facilidade de memorizar, dentre outros.

Na verdade, exercitar o hemisfério direito é muito mais simples do que se imagina. Podemos lançar mão de técnicas variadas para estimular o hemisfério direito do cérebro e procurar a integração entre os dois hemisférios, equilibrando o uso das nossas potencialidades. O nosso cérebro regula as suas actividades através de ondas eléctricas que emitem minúsculos impulsos electroquímicos de variadas frequências e são conhecidas como:

Beta, emitidas quando estamos com a mente consciente e alerta. Aumentam a frequência quando nos sentimos agitados, tensos, ansiosos, com medo ou sob stress. A frequência varia de 13 a 60 pulsações por segundo (PPS) na escala Hertz;

Alfa, quando nos encontramos em estado de relaxamento físico e mental, embora conscientes do que ocorre à nossa volta, sendo a frequência em torno de 7 a 13 (PPS);


Teta, mais ou menos de 4 a 7 (PPS), é um estado de sonolência com reduzida consciência; e


Delta, quando há inconsciência ou sono profundo emitindo entre 0,1 e 4 (PPS).

Geralmente costumamos usar o ritmo cerebral Beta. Quando diminuímos o ritmo cerebral para Alfa, colocamo-nos na condição ideal para encontrarmos solução criativa para problemas, aprendermos novas informações, guardarmos dados, elaborarmos trabalhos difíceis, aprendermos idiomas, analisarmos situações complexas.

Exercícios de relaxamento, actividades que proporcionem sensação de calma, música do estilo “new age”, o silêncio interior e exterior, os exercícios de desenho, técnicas da criatividade são recursos que têm sido fortes aliados na conquista dessa riqueza interior que possuímos sim mas que não tínhamos conhecimento dela e portanto não fazíamos bom uso dela.

O simples uso de música apropriada diminui o ritmo cerebral e também contribui para que haja equilíbrio no uso dos hemisférios cerebrais. Não precisa procurar músicas muito específicas, aquelas músicas para relaxamento, como as “new age”, surtem os mesmos efeitos.

Qualquer “enfermidade emocional” desafina o nosso Sistema Nervoso Central e a música é útil porque “afina” o SNC e colabora para o equilíbrio do organismo. As ondas sonoras são captadas pelo pavilhão auricular e chegam ao conduto auditivo e ao tímpano. As vibrações atingem o ouvido médio, onde são convertidas em impulsos nervosos. Esses impulsos viajam até o cérebro pelo nervo auditivo e são interpretados por células nervosas como SOM POSITIVO.

Na Grécia Antiga a flauta do Semideus Pã ficou famosa não só por encantar as pessoas como também porque eliminava os maus sentimentos acumulados no organismo.

A criatividade é estimulada pela música e nos conduz a um estado alterado de consciência que facilita a gestão emocional.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O cérebro humano

O cérebro humano
Por Airton Luiz Mendonça
(Artigo do jornal o Estado de São Paulo )

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.

Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder
a noção do tempo.

Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos,
ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.

Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de
eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.

Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:

Nosso cérebro é extremamente optimizado.

Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.

Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.

Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.

Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma
experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.

É quando você se sente mais vivo.

Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.

Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais
chegam cada vez mais rapidamente.

Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.

Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.

Como acontece?

Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe
qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência).

Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de
placa... são apagados de sua noção de passagem do tempo...

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.

Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir -as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações...
enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e
cheio de novidades), vão diminuindo.

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.

Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... ROTINA

A rotina é essencial para a vida e optimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba
sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).

Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registos com fotos.

Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar
quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.

Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando
o dia).

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.

Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite
parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no
Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.

Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.

Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.

Seja diferente.

Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja
outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos..... em outras palavras.. V-I-V-A. !!!

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.

E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais
interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.

Cerque-se de amigos.

Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.

Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida..

E S CR E VA em tAmaNhos diFeRenTes e em CORES di f E rEn tEs !

CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE,
REINVENTE.....

V I V A !!!!!!!!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Nascer novos neurónios?

O estudo de uma equipa de cientistas europeus abre novas perspectivas para a investigação médica sobre doenças neurológicas, como a epilepsia ou o Alzheimer.

Cientistas europeus descobriram como transformar, num laboratório, células embrionárias em neurónios do córtex cerebral, abrindo novas perspectivas para a investigação médicas sobre doenças neurológicas.

O córtex cerebral é uma estrutura complexa, constituída por células nervosas ou neurónios, onde surgem doenças como a epilepsia, a doença de Alzheimer.

O trabalho, realizado pela equipa de Pierre Vanderhaeghen, da Universidade Livre de Bruxelas, com Afsaneh Gaillard, da Universidade francesa de Pitiers, foi colocado ‘online’ no domingo pela revista cientifica Nature.

Nicolas Gaspard, da Universidade Livre de Bruxelas, descobriu pela primeira vez que as células embrionárias “podem ser transformadas em neurónios do córtex de acordo com um mecanismo simples e eficaz, resumindo a essência da complexidade do córtex cerebral, mas dentro de caixas de cultura celular”, referiu um investigador à AFP.

Esses neurónios, gerados totalmente fora do cérebro, foram depois transplantados para cérebros de ratos. Um mês depois, examinando o cérebro dos ratos, foi possível ver que os novos neurónios ligaram-se ao cérebro, formando canais adequados para o efeito.
Desta forma, acrescentou o investigador, “demonstrámos que os neurónios são funcionais”.
“Pela primeira vez, temos acesso a um fonte ilimitada de neurónios específicos do córtex”, referiu.

Os investigadores acreditam que esta nova descoberta “é uma ferramenta inovadora para a investigação” e poderá ser utilizada para testar novos medicamentos. Este método poderá também constituir uma alternativa para algumas experiências em animais e humanos.

A longo prazo, este trabalho abre também a perspectiva de transplantes intracerebrais contra doenças degenerativas, vasculares cerebrais ou traumas que afectam o córtex.

Fonte: Expresso.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Cientistas identificam área do cérebro que estimula gosto pelo novo

Cientistas britânicos identificaram uma área do cérebro que encoraja o ser humano a optar pela novidade e pelo desconhecido.

Segundo o estudo, realizado na University College, em Londres, a opção pelo desconhecido desperta a atividade na região do estriado ventral, localizada na área primitiva do cérebro.

Essa região está relacionada com o processamento de recompensas e sua atividade provoca a liberação de dopamina – o que poderia, segundo os cientistas, explicar o "gosto pelo desconhecido".

A pesquisa, publicada na revista científica Neuron, sugere ainda que a existência desse mecanismo de recompensas em uma área primitiva do cérebro pode ter contribuído na evolução e sobrevivência da espécie humana, que "ousou" experimentar o novo.

"Buscar experiências novas e pouco familiares é uma tendência de comportamento em humanos e alguns animais. Faz sentido experimentar novas opções pois elas podem ser mais vantajosas a longo prazo", explica Bianca Wittmann, que liderou o estudo.

"Por exemplo, um macaco que escolhe escapar da dieta à base de bananas, mesmo que isso signifique entrar em uma área nova da floresta ou comer um tipo novo de comida, pode enriquecer sua alimentação e deixá-la mais nutritiva", disse Wittmann.

Atividade

Para realizar o estudo, os cientistas trabalharam com voluntários e os deixaram familiarizados com um grupo de imagens e a cada uma estava atribuída uma recompensa.

Ao longo da pesquisa, os participantes já sabiam quais eram as imagens que iriam trazer mais recompensas. No entanto, cada vez que os cientistas mostravam uma imagem nova, os voluntários apresentaram uma tendência em escolher a imagem desconhecida, ao invés das já familiares.

Para analisar o fluxo de sangue no cérebro e identificar a área de maior atividade no momento da escolha pelo desconhecido, os cientistas fizeram exames de ressonância magnética nos voluntários e descobriram a atividade do estriado ventral.

'Perigos'

Apesar de destacar que experimentar o novo pode trazer benefícios e vantagens a longo prazo, a pesquisa destaca que o mesmo mecanismo torna o ser humano mais vulnerável à exploração alheia - como, por exemplo, da indústria da publicidade ou de estratégias de marketing.

"Posso ter uma barra de chocolates preferida, mas se eu vejo uma barra diferente que recebeu uma nova embalagem que promove o 'seu sabor novo e aperfeiçoado', minha busca pela novidade pode fazer com que eu me distancie da minha escolha tradicional", explicou Wittmann.

Já para o professor Nathaniel Daw, que participou da pesquisa, a ação de 'recompensa' do cérebro para opções novas e desconhecidas pode ter efeitos colaterais ainda mais sérios.

"Nos humanos, a intensa busca pela novidade pode ter um papel decisivo no gosto pela jogatina e vícios em drogas – dois comportamentos mediados por problemas na liberação de dopamina", disse.

O professor Seth Grant, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, afirmou que a habilidade para reconhecer as novidades seria anterior à evolução do estriado ventral, já que a mesma capacidade já havia sido verificada nos invertebrados, que não possuem essa estrutura cerebral.

No entanto, ele afirmou que é provável que o estriado tenha ajudado as espécies mais sofisticadas, como o homem, a refinar essa habilidade.
Fonte: BBC

sábado, 22 de dezembro de 2007

Hipocampo - localização espacial

Cientistas descreveram o que chamaram de uma espécie de "sistema de navegação" nos cérebros de motoristas de táxi londrinos.

Os pesquisadores da University College of London analisaram imagens dos cérebros dos motoristas enquanto eles simulavam dirigir por uma recriação das ruas de Londres.

Diferentes regiões do cérebro eram ativadas à medida que eles examinavam opções de rota, avistavam locais familiares ou observavam o comportamento de seus passageiros.

Estudos anteriores já haviam mostrado que os motoristas de táxi possuem maior hipocampo – região do cérebro que desempenha um papel crucial na localização espacial e na navegação.

Segundo os cientistas, o cérebro até "cresce de tamanho" à medida que coleta informações detalhadas necessárias para percorrer e se localizar nas labirínticas ruas da capital britânica.

'Coreografia' cerebral

Os cientistas utilizaram ressonância magnética para obter imagens "minuto a minuto" do cérebro de 20 taxistas que foram encarregados de levar passageiros em um simulador das ruas de Londres.

A série de imagens revelou uma complexa coreografia da atividade cerebral à medida que os motoristas respondiam a cada cenário.

O hipocampo só se ativava quando os taxistas iniciavam o planejamento de sua rota, ou se tivessem de mudar seu itinerário no meio da viagem, eles observaram.

Os cientistas também observaram mudanças de atividade em diferentes regiões do cérebro quando os taxistas enfrentavam situações inesperadas, como um cruzamento bloqueado.

Outra parte do cérebro dos taxistas os ajudava a saber quando se aproximavam de seu destino final – como um detector.

Animais usam uma série de diferentes mecanismos para navegar – os raios do sol, o campo magnético da Terra e a posição das estrelas.

Os cientistas querem que seu estudo, apresentado nesta semana no Festival de Ciências da Associação Britânica para o Avanço da Ciência, em Liverpool, aporte nova informação sobre o papel de áreas específicas do cérebro utilizadas por especialistas humanos em navegação.

domingo, 1 de julho de 2007

Ansiedade

Pessoas que sofrem de ansiedade tendem a interpretar situações ambíguas – circunstâncias com potencial para serem perigosas, mas que não necessariamente o são – como ameaçadoras. O processo que desencadeia tal comportamento é pouco conhecido, mas um estudo acaba de oferecer novos caminhos para investigação.

Cientistas do Laboratório Europeu de Biologia Molecular, com sede na Itália, descobriram a base neural para tal comportamento, em estudo feito em camundongos. Em artigo publicado na revista Nature Neuroscience, os pesquisadores descrevem que um receptor para o neurotransmissor serotonina e um circuito neural envolvendo o hipocampo têm papéis fundamentais na mediação das respostas de medo em situações ambíguas.

Um camundongo submetido a um estímulo determinado e frequente, como um som agudo precedido por um choque eléctrico, sentirá medo toda vez que ouvir o som, ainda que não leve um choque em seguida. Mas fora dos laboratórios a situação nem sempre segue esse padrão. Um estímulo pode ou não ser seguido por ameaça, sem uma sequência lógica de causa e efeito.

No novo estudo, o grupo liderado por Cornelius Gross verificou que a resposta a situações ambíguas exige o receptor 1A para a setoronina. Segundo os cientistas, camundongos sem esse receptor específico têm problemas para processar estímulos ambíguos e apresentam menos respostas de medo. O motivo seriam conexões erróneas nos circuitos neurais – a sinalização nervosa da serotonina é muito importante para o desenvolvimento cerebral.

“Em humanos, a sinalização da serotonina tem sido implicada em distúrbios como depressão e ansiedades e pacientes que sofrem dessas condições também reagem de forma exagerada a situações ambíguas”, disse Gross.

Por meio de uma nova técnica capaz de desligar a actividade de neurónios específicos em camundongos, os pesquisadores identificaram que uma parte do hipocampo é necessária para o processamento correcto de estímulos ambíguos.

O hipocampo é conhecido principalmente como uma região cerebral importante no aprendizado e na memória, mas os resultados da nova pesquisa, segundo os autores, revelam um papel mais geral na avaliação de informação e na avaliação de contingências.

Segundo Gross, a próxima etapa do trabalho de pesquisa será identificar as regiões cerebrais que são responsáveis por esse “complexo comportamento de medo e pelo processamento de sinais ambíguos”.

Fonte: Mente & Cérebro

sábado, 30 de junho de 2007

Dieta pode afectar saúde mental, afirma pesquisa

Andrew McCulloch, diretor-executivo da Fundação de Saúde Mental (Brasil) afirma que as pessoas estão conscientes dos efeitos da dieta na nossa saúde física, mas mal começaram a entender como o cérebro como um órgão é influenciado pelos nutrientes.

Ele afirma que o tratamento de doenças mentais a partir de mudanças na alimentação está mostrando melhores resultados em alguns casos do que drogas ou terapia.

Intitulado "Mudança de Dieta, Mudança nas Mentes" ("Changing Diets, Changing Minds"), o estudo parte do princípio de que o delicado equilíbrio de minerais, vitaminas e gorduras essenciais foi alterado nas últimas cinco décadas.

Pesquisadores afirmam que a proliferação de fazendas de produção em larga escala e a introdução de pesticidas mudou também a composição da gordura dos animais.

Como exemplo, o relatório afirma que as galinhas hoje alcançam o peso de abate na metade do tempo em que engordavam há 30 anos e a gordura aumentou de 2% para 22%.

A alteração da dieta também teria sido responsável pelo desequilíbrio de ômega 3 e ômega 6 - ácidos graxos essenciais - nas galinhas. Os ácidos graxos são considerados fundamentais para que o cérebro funcione bem.

domingo, 3 de dezembro de 2006

Riscos do mapeamento cerebral - chips

Está em curso uma revolução silenciosa da qual poucos se deram conta. As chamadas neurotecnologias, que são as técnicas de mapeamento cerebral, de desenvolvimento de drogas ou implantação de chips que alteram o comportamento humano, sempre estiveram restritas à medicina para o tratamento e a prevenção de doenças. No entanto, elas passaram a ser usadas no quotidiano das pessoas sem que exista um questionamento ético sobre o assunto. Empresas testam o gosto de um refrigerante com base nas reacções de prazer no cérebro de um indivíduo. Estúdios cinematográficos monitoram o cérebro humano para saber quais cenas de um filme são mais excitantes e merecem fazer parte do trailer. Nos tribunais, o uso da neuroimagem como detector de mentiras é tido como uma grande promessa. Contudo, não há regras nem limites éticos para lidar com o assunto. É o que alerta o cientista Roberto Lent. Carioca, pai de quatro filhos, Lent, de 58 anos, divide seu tempo entre a literatura (escreveu livros sobre o funcionamento do cérebro que viraram peça de teatro infantil) e o laboratório de neuroplasticidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Após participar de uma conferência internacional sobre neurociências e sociedade contemporânea, no Rio, ele deu a seguinte entrevista a VEJA.

Veja – Por que estabelecer limites para o uso das informações sobre o cérebro?
Lent – As pessoas tendem a imaginar que as descobertas feitas com base nas técnicas de mapeamento e registro cerebral são coisa de ficção científica. Eram, mas não são mais. Já está disponível a tecnologia para que uma empresa possa recrutar profissionais baseando-se em como o cérebro dos candidatos reage diante de um problema que, por exemplo, envolva um julgamento moral. Discutem-se muito os limites éticos da genética porque o assunto está na ordem do dia. No entanto, a neuroética é tão ou mais vital porque envolve a mente humana. Prever com segurança a possibilidade de alguém ter uma doença neurodegenerativa como Alzheimer aos 60 anos ou identificar precocemente a propensão de um jovem à violência é um avanço, mas representa também novos desafios éticos.

Veja – Quais as consequências disso?
Lent – Informações privadas como essas podem vazar para terceiros. Imagine uma companhia de seguros que consiga os dados sobre a propensão de uma pessoa a ter a doença de Huntington, que é incapacitante e mortal. Quem vai querer fazer uma apólice para essa pessoa? Ou ainda: que escola receberia tranquilamente um adolescente que apresentasse um marcador cerebral indicando predisposição para se tornar psicopata? Além disso, há um debate ainda mais complicado: quem deveria ter acesso a essas informações? A família? O paciente? A escola? O empregador? Vamos supor que se consiga identificar com muita chance de acerto um marcador cerebral – alguma característica morfológica ou funcional – que aponte a possibilidade real de um garoto de 15 anos cometer um ato violento, um assassinato até, aos 30. Trata-se de algo que ainda não é possível, mas os pesquisadores estão a caminho disso. O que fará o profissional em um caso desses? Diz para a família? Armazena a informação em um órgão de Estado para vigiar o garoto ou passa a medicá-lo preventivamente? Temos de nos preparar para dar essas respostas.

Veja – Mas não é sempre bom saber com antecipação os riscos que se vai correr?
Lent – Ao lidarmos com o cérebro, estamos falando daquilo que é mais humano e individual nas pessoas. Envolve um profundo debate filosófico e existencial. Se sou alérgico e meu filho herda isso, é bom saber antes para que possa tomar minhas providências. Mas, se descubro que meu filho tem propensão fortíssima a se tornar um assassino, isso traz questões éticas muito mais graves. Nós, cientistas, temos o dever de investigar a natureza e informar ao público o que está sendo descoberto, mas é a sociedade que deve discutir os limites éticos da questão.

Veja – Quais seriam esses limites?
Lent – Não há problema ético quando se desenvolve uma técnica para tratar uma doença neurológica ou psiquiátrica. O problema ético surge com a possibilidade de utilizá-la para aprimorar o que é normal, uniformizar o que é diverso, enfim, mudar a natureza humana. Tratando a questão em seu limite, eu diria que não podemos cair no abismo de ressuscitar práticas condenáveis como a eugenia, que foi uma das aberrações éticas dos nazistas. Também existe um risco enorme de fazer generalizações perigosas e erróneas.

Veja – O senhor pode dar um exemplo desse erro?
Lent – Há um grande debate sobre o uso da ressonância magnética funcional como detector de mentiras. O método tradicional de detectar mentiras mede alterações na resistência eléctrica da pele através da sudorese resultante de uma situação de stress. No caso, do ato de mentir. Mas um psicopata desprovido de emoções de natureza moral consegue enganar os detectores tradicionais. A ideia prevalente é que com o uso da neuroimagem fornecida pela ressonância magnética nem os psicopatas escapam da detecção. No caso de um assassinato, a foto da cena do crime é exibida a um suspeito, enquanto seu cérebro é monitorado. O pressuposto é o de que, ao reconhecer a cena, o cérebro emitirá um sinal específico. Esse sinal seria a prova de que o suspeito esteve no local do crime. Ora, o que se tem visto é que a detecção de mentira pela ressonância é sem dúvida um método mais complexo, mas não menos superficial e falho do que o tradicional. O sinal denunciador do criminoso pode ter sido produzido por uma lembrança inocente ou decorrente de um fato traumático mas totalmente dissociado da cena do crime. Injustiças terríveis podem ser cometidas se esse método for entronizado como infalível.

Veja – Existe um método seguro para saber se alguém está mentindo?
Lent – Não. Os métodos funcionam estatisticamente. Isso significa que eles podem indicar correctamente a função cognitiva ou emocional mais esperada em um grupo de pessoas. Mas é uma temeridade considerar que se poderá atingir uma precisão válida para cada pessoa individualmente. Esse é o ponto. Generalizar, quando se trata do cérebro humano, é um risco imenso. Cada indivíduo é diferente do outro.

Veja – Pouquíssimas pessoas têm ou tiveram o cérebro monitorado, e essas práticas não devem se popularizar tão cedo. Onde está o perigo maior?
Lent – Da mesma forma que os casais não resistem a ver imagens precoces de seus bebés pelo ultra-som, é natural que, em havendo a possibilidade, vão querer saber se seus filhos tendem a ter alguma doença no futuro. Quem não quer saber se o filho ou filha tem propensão para se envolver com drogas e ficar viciado? Já existem tecnologia e conhecimento para satisfazer essas curiosidades dos pais. Como ainda não se tem definidas as balizas éticas desses procedimentos, estamos no escuro. O filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, com o ator Jim Carrey, não é muito distante da realidade. No longa, uma empresa usa a neuroimagem para orientar uma cirurgia cerebral destinada a fazer com que o personagem esqueça a namorada. A neuroimagem localizava as regiões do cérebro activadas quando o rapaz se via diante de um objecto que o fazia lembrar-se da moça, e o técnico cauterizava essas regiões para apagar lembranças relacionadas a ela. Do ponto de vista técnico, nada impede que um centro hospitalar se proponha a liberar cirurgicamente as pessoas de más lembranças e emoções amargas. Embora não se faça isso sem efeitos colaterais graves, a verdade é que não há nenhuma norma a respeito.

Veja – A linha a separar a técnica de melhoria da vida das pessoas da técnica perigosa para a sociedade é ténue. Como distingui-la?
Lent – Não há limite porque não há regras, e não há regras porque a sociedade não discute a questão. Não se pode depender de decisões individuais. Um bom exemplo é o da pesquisa sobre interfaces entre o cérebro e máquinas. Um de seus expoentes é Miguel Nicolelis, brasileiro radicado nos Estados Unidos. A equipe dele já conseguiu fazer computadores controlar seus braços mecânicos usando os impulsos nervosos produzidos pelos neurónios de um macaco. A promessa médica embutida nisso é a de que, um dia, será possível movimentar um membro artificial ou uma cadeira de rodas apenas pela “vontade” do indivíduo. Isso seria uma excelente solução para deficientes físicos. Mas está claro que a possibilidade se abriria também para pessoas normais. Começam aí os problemas. Vamos supor que uma grande empresa, como a Petrobras, adoptasse uma política de recrutar apenas operários que concordassem em implantar um chip no cérebro capaz de, por exemplo, comandar robôs submarinos com alta precisão. Apresentam-se 300 candidatos, e quem não quiser implantar o chip está fora. É aceitável exigir dos trabalhadores o risco de se submeterem a uma intervenção cerebral dessa magnitude?

Veja – Isso também é futuro?
Lent – Não. Os jornais já noticiaram empresas recrutando voluntários para medir a activação de seu cérebro enquanto assistem a um filme publicitário. As cenas mais vibrantes, as que activam mais fortemente as áreas cerebrais ligadas à percepção do produto, são escolhidas para ser usadas nas peças publicitárias. Mas o fato é que padrões de comportamento já estão sendo alterados. A medicina está deixando de ser curativa para ser cosmética. Isso fez com que o conceito de melhorar o desempenho individual se tornasse aceito pela sociedade. Tome-se o exemplo do Viagra, do Prozac e do Botox, remédios criados com fins terapêuticos para resolver o problema da disfunção eréctil, da depressão e das alterações de tônus muscular na face. Hoje, são ferramentas cosméticas.

Veja – O que podemos esperar de novo?
Lent – Estamos muito perto de desenvolver medicamentos que possam melhorar a memória. Seria uma maravilha para ajudar a vida de pacientes com Alzheimer. Mas e se alguns estudantes decidissem utilizar tais medicamentos para melhorar seu desempenho académico enquanto outros se recusassem a fazer o mesmo? Temos um problema ético sério. Acho difícil responder a isso com segurança. É o mesmo dilema que a sociedade teria ao decidir se autorizaria jovens normais a fazer uso de uma pílula da memória para disputar uma vaga de trabalho ou na universidade. Disputar com outros que não recorreram ao auxílio químico…

Veja – Se a pílula da memória for para todos, isso não é uma boa ideia?
Lent – Poderia ser uma óptima ideia, mas insisto que é preciso que a sociedade debata essa possibilidade. Existe enorme pressão para que se comercializem as neurotecnologias porque elas tendem a dar muito lucro. Empresas querem patentear as técnicas e comercializá-las. Imagine quanto dinheiro se ganharia com a pílula da memória. Dei uma conferência recentemente, em que mostrei um catálogo com algumas técnicas distribuído a médicos nos Estados Unidos. Era um livro que listava empresas americanas que oferecem seus produtos, desde remédios até chips cerebrais. Eles já estão altamente organizados.

Veja – Padronizar aparências e comportamentos é um mal em si mesmo?
Lent – Quando se tem um diagnóstico preciso de uma criança com deficit de atenção e hiperactividade, o remédio é necessário sim. No entanto, há um limite mal definido entre as crianças com esse transtorno e as que são apenas mais rebeldes, mais inquietas, mais críticas, e não propriamente doentes. Pouco se sabe sobre o que separa os doentes dos apenas rebeldes. O rebelde chateia a mãe, chateia o pai, ele é crítico, ele se mexe demais. Então, Ritalina nele, e todo mundo fica feliz. A mensagem que se passa é exactamente essa: você precisa mudar para se adequar. O erro está aí.

Veja – Na avaliação do senhor, o que deve ser feito?
Lent – Tendo a achar que as neurotecnologias poderiam ficar restritas ao uso médico, mas com a possibilidade de ser utilizadas para problemas de outra natureza se uma junta de pessoas idóneas, não necessariamente médicos, concordasse. Algo que salvaguardasse uma decisão individual para que ela não fosse errada ou injusta. Seria uma maneira de a sociedade circunscrever o problema. A questão principal no fundo é definir se o cérebro é causa ou consequência das propriedades da mente humana. O cérebro produz as capacidades mentais fortemente influenciado pelo ambiente. Então, é ao mesmo tempo causa e consequência. Estamos tentando entender melhor não só as doenças mentais, mas as propriedades mentais dos indivíduos normais. Isso é fascinante. Decifrar o mistério do que nos torna humanos é o primeiro passo para impedir que um dia possamos ser desumanizados.

Fonte: Revista Veja, Edição 1974 - 27.09.2006

domingo, 9 de julho de 2006

Cientistas 'descobrem parte do cérebro onde sonhos são criados'

Cientistas acreditam ter localizado a parte do cérebro onde os sonhos são criados.

Uma equipe do Hospital Universitário de Zurique, na Suíça, fez a descoberta após tratar de uma mulher que havia parado de sonhar depois de ter tido um derrame.

O derrame havia afetado uma área no fundo da parte de trás do cérebro - e os cientistas acreditam que essa é a área onde os sonhos são criados.

Os pesquisadores, que escreveram na revista acadêmica Annals of Neurology, dizem que a descoberta oferece novas possibilidades para as pesquisas sobre os sonhos.

A paciente de 73 anos perdeu uma série de funções do cérebro, a maior parte relacionada à visão, depois do derrame.

A maior parte desses efeitos foi sentida alguns dias depois do derrame, mas, aí, ela parou de sonhar. Antes do derrame, ela costuma sonhar três ou quatro vezes por semana.

Síndrome -A perda da habilidade para sonhar - juntamente com problemas na visão - como conseqüência de danos a uma parte específica do cérebro é chamada de síndrome de Charcot-Wilbrand, levando os nomes dos neurologistas Jean-Martin Charcot e Hermannn Wilbrand, os primeiros a descreverem a condição nos 1880s.

A síndrome é bem rara, especialmente casos onde somente a perda da capacidade de sonhar é verificada.

Os pesquisadores suíços decidiram monitorar a paciente para tentar descobrir que parte do cérebro era afetada em pessoas com a condição.

As ondas do cérebro da mulher foram monitoradas por seis semanas enquanto ela dormia.

O sono da paciente não foi alterado e ela continuava apresentando o movimento rápido dos olhos como normal.

Isso é significativo porque normalmente o movimento dos olhos e os sonhos acontecem juntos, mas pesquisas já indicaram que as duas atividades são reguladas por sistemas independentes do cérebro.

Imagens do cérebro da paciente mostraram que o derrame havia danificado uma área localizada no fundo da parte de trás do cérebro dela.

Danos cerebrais -
Outros estudos mostraram que parte dessa região do cérebro está envolvida no processamento visual de rostos e paisagens, assim como no processamento de emoções e memórias visuais, o que parece bem lógico para uma região que estaria relacionada à origem ou ao controle dos sonhos.

Cerca de um ano depois do derrame, a paciente passou a ter algum ou outro sonho, mas nunca mais do que um por semana.

Ela informou que os sonhos que tinha eram menos vívidos e menos intensos do que os que ela tinha antes do derrame.

"Como os sonhos são criados, e qual a utilidade deles, são questões ainda completamente em aberto até o momento", escreveu o médico Cláudio Bassetti, do Departamento de Neurologia do Hospital Universitário de Zurique, na revista Annals of Neurology.

"Esses resultados descrevem pela primeira vez em detalhe o tamanho necessário da lesão para que haja perda da capacidade de sonhar, na ausência de outros problemas neurológicos".

"Dessa forma, eles oferecem um foco de atenção para estudos futuros interessados na localização do ato de sonhar".

"Outras conclusões sobre essa região do cérebro e o seu papel nos sonhos vão depender de mais pesquisas analisando as mudanças no padrão de sonhos de pacientes com danos no cérebro", completou o médico.

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 18 de abril de 2006

Budismo pode substituir Prozac em alguns casos

Depois do Prozac, O BUDISMO. Agence France-Presse (AFP) http://www.afp.com/portugues/home CAMBRIDGE, EUA, 16 set (AFP) -

Uma dose diária de meditação budista pode ser a alternativa para os que sofrem de angústia e recorrem a remédios como o Prozac, segundo recomendações de especialistas em budismo reunidos em Cambridge (Massachussets, a nordeste), com a presença do Dalai Lama. (Uiiii....Na próxima semana estarei a receber grandes ensinamentos do mestre. Com certeza tenho muito a aprender com a SS e depois ensinar a quem quiser aprender.)

"Não é inconcebível que, dentro de 20 anos, as autoridades americanas de saúde recomendem 60 minutos de exercício mental cinco vezes por semana", destacou o biólogo Eric Lander, membro do Projeto Genoma Humano, durante conferência celebrada no fim-de-semana no Massachussets Institute of Technology (MIT).

Previsão semelhante feita por um homem da posição de Lander em um meio como o conceituado MIT é sinal da crescente fascinação da ciência moderna com o budismo e especialmente com os extraordinários resultados de pesquisas sobre a ginástica mental dos monges budistas.

Alguns dos estudos apresentados na conferência apontam não só a uma capacidade de atenção que seria de dar inveja a um controlador de tráfego aéreo, mas também a técnicas de meditação em condições de reconectar os caminhos neurais do cérebro.

Na era do Prozac, as aplicações possíveis da meditação poderiam deixar as pílulas que ajudam a mudar o humor na caixa de primeiros-socorros.

O neurocientista Richard Davidson, da Universidade de Harvard, apresentou imagens da actividade cerebral de um monge capaz de elevar os níveis de actividade do córtex pré-frontal esquerdo - uma parte do cérebro associado às emoções positivas -, usando uma técnica conhecida como meditação compassiva.

Em um nível diferente de estado de meditação, o mesmo monge conseguiu fazer algo que até agora era considerado impossível: suprimir o reflexo involuntário a um ruído forte e repentino, como o disparo de uma arma de fogo.

Paul Ekman, uma das maiores autoridades mundiais no estudo das emoções, descreveu o nível de controle mental do monge como "uma proeza espectacular".

"Nunca encontramos ninguém que pudesse fazer isso", disse Ekman.

"Não temos ideia da anatomia que permite a ele suprimir esse reflexo", continuou.

Outro estudo mostrou meditadores avançados capazes de conseguir velocidades cognitivas surpreendentes, identificando correctamente as mudanças de humor em uma série de expressões faciais exibidas em fracções de segundo em uma tela de TV.

Alan Wallace, ex-monge e actual presidente do Instituto de Estudos Interdisciplinares da Consciência em Santa Bárbara (Califórnia, a oeste), sustenta que as práticas budistas destinadas a elevar o equilíbrio emocional e cognitivo poderiam ser poderosas ferramentas, não só para o tratamento da depressão e das doenças mentais.

"Não vejo razão pela qual estas técnicas não possam ser introduzidas no sistema escolar", disse Wallace.

"As pessoas se sairão melhor na educação e em uma variedade de profissões porque serão mais felizes, mais equilibradas e mais receptivas", continuou.

"É uma situação na qual só se pode ganhar. Não contar com ela no sistema educacional é um desastre", concluiu.

terça-feira, 10 de maio de 2005

Neuróbica - ginástica para o cérebro

NEURÓBICA - Ginástica para o cérebro para escapar do Alzheimer

Trocar de mão para escovar os dentes é bom para o cérebro. O simples gesto de trocar

de mão para escovar os dentes, contrariando a rotina e obrigando à estimulação do cérebro,

é uma nova técnica para melhorar a concentração, treinando a criatividade e inteligência e, assim, realizando um exercício de NEURÓBICA.

Uma descoberta dentro da Neurociência, vem revelar que o cérebro mantém a

capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.

Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que a

NEURÓBICA, a "aeróbica dos neurônios", é uma nova forma de exercício cerebral

projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões

de atividades dos neurônios em seu cérebro.

Cerca de 80 % do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem

a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso : limitam o cérebro.
Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios "cerebrais" que fazem

as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa.

O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando

o cérebro a um trabalho adicional.

Tente fazer um teste :
- use o relógio de pulso no braço direito
- escove os dentes com a mão contrária da de costume

- ande pela casa de trás para frente

- vista-se de olhos fechados

- estimule o paladar, coma coisas diferentes

- veja fotos de cabeça para baixo

- faça palavras-cruzadas

- veja as horas num espelho

- faça um novo caminho para ir ao trabalho

- converse com o vizinho que nunca dá bom dia... !!!

- decore uma palavra nova por dia, da sua língua ou de uma outra

-
A proposta é mudar o comportamento rotineiro.
- Tente, invente, faça alguma coisa diferente e estimule o seu cérebro.
- Vale a pena tentar ! E não custa nada...

- Que tal começar a praticar agora, trocando o mouse de lado ?