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segunda-feira, 13 de junho de 2005
Saber dar valor ao que temos
(W.Shakespeare)
sábado, 11 de junho de 2005
Beleza Interior
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A beleza transitória do nosso corpo passa depressa.
Procure conhecer a beleza interior das pessoas com quem convive.
Há flores belíssimas e perfumadas, que só duram poucas horas.
No entanto, as pedras nem sempre tão lindas, duram milénios.
Não prefira o efémero ao eterno, a beleza à sabedoria.
Ansiedade
Tudo vem ao seu tempo, mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa para tudo!
Por isto acontecem os atropelos, aquela situação que você mesmo provoca por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo.
Provavelmente já está a pensar:
- Mas qual é esse tempo certo?
- Bom, basta observar os sinais.
Geralmente quando alguma coisa está para acontecer na sua vida, pequenas manifestações do cotidiano, enviarão sinais indicando o caminho certo. É a intuição. Você sabe usá-la em seu benefício?
Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer.
Mas com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa!
Basta você acreditar que nada acontece por acaso!
E talvez seja por isso que você esteja agora a ler estas palavras…
Tente observar melhor o que está a sua volta.
Pode ser que alguns desses sinais já estejam por perto, e você nem os notou ainda.
Lembre-se que o universo, sempre conspira a seu favor, quando você possui um objectivo claro e uma disponibilidade de crescer e amar.
Ame-se!
Sábado
A vida vem em ondas como o mar
Em bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por vias das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo o mal.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.
Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.
II
Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado
Há um divórcio e um violamento
Porque hoje é sábado
Há um homem rico que se mata
Porque hoje é sábado
Há um incesto e uma regata
Porque hoje é sábado
Há um espectáculo de gala
Porque hoje é sábado
Há uma mulher que apanha e cala
Porque hoje é sábado
Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado
Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado
Há um sedutor que tomba morto
Porque hoje é sábado
Há um grande espírito de porco
Porque hoje é sábado
Há uma mulher que vira homem
Porque hoje é sábado
Há criancinhas que não comem
Porque hoje é sábado
Há um piquenique de políticos
Porque hoje é sábado
Há um grande acréscimo de sífilis
Porque hoje é sábado
Há um ariano e uma mulata
Porque hoje é sábado
Há uma tensão inusitada
Porque hoje é sábado
Há adolescências seminuas
Porque hoje é sábado
Há um vampiro pelas ruas
Porque hoje é sábado
Há um grande aumento no consumo
Porque hoje é sábado
Há um noivo louco de ciúmes
Porque hoje é sábado
Há um gardem-party na cadeia
Porque hoje é sábado
Há uma impassível lua cheia
Porque hoje é sábado
Há damas de todas as classes
Porque hoje é sábado
Há umas difíceis outras fáceis
Porque hoje é sábado
Há um beber e um dar sem conta
Porque hoje é sábado
Há uma infeliz que vai de tonta
Porque hoje é sábado
Há um padre passeando à paisana
Porque hoje é sábado
Há um frenesi de dar banana
Porque hoje é sábado
Há a sensação angustiante
Porque hoje é sábado
De uma mulher dentro de um homem
Porque hoje é sábado
Há a comemoração fantástica
Porque hoje é sábado
Da primeira cirurgia plástica
Porque hoje é sábado
E dando os trâmites por findos
Porque hoje é sábado
Há a perspectiva de domingo
Porque hoje é sábado
Vinícius de Morais
quinta-feira, 9 de junho de 2005
Sentimento: Ciúme
Havia um imenso e angustiante vazio em sua vida.
Aflita, a herdeira do trono mandou chamar um ancião, conhecido por sua sapiência. Confessou-lhe a sua inquietação e rogou-lhe ajuda.
O velho sábio, afagando os cabelos da jovem, sorriu e lhe falou:
Está bem, alteza, daqui a três luas nascerá no jardim, ao amanhecer, a mais bela flor que os seus verdes olhos já viram...
Será uma rosa encantada que trará em si a beleza, o perfume e o encantamento que lhe darão a alegria de que sentis tanta falta.
A jovem sorriu, agradecida.
Mas o velho advertiu: tende cuidado! A flor é sua e cabe-lhe o dever de cuidar dela... Caso contrário, perder-se-á a flor... Perder-se-á o encanto!
A jovem aguardava, ansiosa, o momento de conhecer a flor encantada...
Todos os dias ela ia até o jardim, para ver se já não teria nascido a sua rosa... Entretanto, encontrava apenas as flores comuns.
Mas, na data prevista, aos primeiros raios do amanhecer, fez-se um burburinho no jardim, bem sob a janela da jovem princesa.
Ela, irritada, levantou-se e foi à sacada para pedir silêncio. Mas, ao abrir a janela, viu, em meio à grama, o motivo do falatório: uma flor como jamais houvera antes naquelas paisagens!
Era realmente uma flor sem igual! Não se assemelhava às outras, em nada: nem no tamanho, nem na cor, nem no aveludado de suas pétalas, nem em seu perfume...
A jovem vestiu-se às pressas e desceu as escadarias a passos rápidos.
Atirou-se de joelhos na grama, maravilhada com a beleza da flor... Beijou-lhe as pétalas suavemente, inalou seu perfume inefável.
Ordenou ao jardineiro que lhe desse tratamento especial: o melhor adubo, a água mais fresca.
Quase todo o reino foi chamado a conhecer a flor encantada, desde os súbditos até sua majestade, o grande rei. Todos queriam ver a rosa de que se falavam tão grandes coisas.
Por isso, a jovem mandou chamar a guarda, para que houvesse sempre um soldado ao lado da flor, evitando que alguém a maltratasse ou roubasse.
Mesmo assim, muitos curiosos se amontoavam em torno da flor, observando-a, inalando o seu perfume, apreciando a sua beleza.
Um dia, aborrecida com tantos visitantes, a princesa dispensou o soldado e aguardou o anoitecer.
Quando a noite estendeu seu manto negro por sobre o castelo, ela voltou ao jardim e arrancou dali a sua rosa encantada.
Levou-a para seu quarto, e plantou-a num vaso de ouro cravado de gemas de valor, trabalhado pelo mais competente ourives de todo o reino.
– Enfim – pensou a princesa, sorrindo – agora a rosa é só minha! E passou toda a madrugada acarinhando a flor.
Não recebia criados, amigos, nem mesmo seus pais...
Estava feliz! Finalmente, a rosa era sua!
Todavia, logo ao cair da tarde daquele dia a flor começou a apresentar mudanças... Seu perfume alterou-se. Sua cor escureceu. Suas pétalas enrugaram.
Todas as tentativas para reavivá-la foram
Infeliz, a jovem princesa chorou, tardiamente arrependida.
Diante da flor amada, fonte de alegrias de nossas vidas, o ciúme é sempre mau companheiro.
Encantamo-nos com sua beleza, com seu perfume, com seu sorriso, com seu olhar, mas tentamos policiar-lhe os gestos, os pensamentos, as atenções.
A beleza das nuvens, o encanto das borboletas, a perfeição da águia, a graça das estrelas, a formosura das ondas, devem-se à sua liberdade.
Podemos capturar o pássaro, mas não a alegria do voo. Podemos armazenar a água, jamais as ondas!
A borboleta, aprisionada, morre!
Aquele que ama o sorriso não exige semblante fechado.
Vale sempre lembrar a máxima: “quem ama, liberta!”
Texto adaptado de: Lenda da rosa encantada, de autoria de Fábio Azamor.
quarta-feira, 8 de junho de 2005
Jovens da Escola de Tecnologia de Barcelos
Ontem estivemos juntos num momento muito agradável e gostaria de deixar uma mensagem de incentivo para o vosso futuro. Imprimam e nunca mais esqueçam do "sapo surdo".
Combinado?
Também não esqueçam as pessoas que se "importaram" com vocês durante o perído em que estiveram na Secundária e todas as outras pessoas que ainda se "importam" e continuarão a se "importar" com vocês. Então, segue a história que marca a mensagem que desejei transmitir na palestra que preparei com carinho para o grupo.
Agradeço novamente a Drª Rosário e a toda equipa da Escola pela oportunidade de estar com estes jovens.
Um abraceijo,
Angela Escada
Num vilarejo, um homem empenhado na defesa dos animais, decidiu fazer uma “corrida” de sapinhos como forma de conseguir a presença de toda a população reunida para o evento.
Com o tema “corrida” de sapos, toda a população ficou curiosa e compareceram todos, até mesmo os que moravam mais distante e até convidaram parentes de aldeias vizinhas.
O local escolhido foi a avenida central, com protecção de corda nas laterais para que as pessoas não invadissem a pista de corrida dos sapos.
A corrida teve início no horário previsto, com a presença de 18 sapinhos.
Dada a largada, observou-se que as pessoas que estavam na direita da pista gritavam entusiasmadas que era impossível algum sapo conseguir correr,. “Não vão conseguir!”, vão todos desistir a meio.
No lado esquerdo da pista as pessoas conversavam entre si, num tom mais baixo, até porque o som do outro grupo era demasiado alto, então comentavam que talvez fosse possível algum dos sapos chegar até a meta, mas não falavam com a convicção de que de facto acreditavam nessa possibilidade.
Apesar de ser uma pequena distância, de facto os sapinhos foram desistindo e somente um chegou a meta e cruzou a faixa de vencedor.
Quando foram entrevistar o sapo que venceu, ele simplesmente não respondia nada.
Insistiram muito e depois constataram que o sapo era surdo.
E está aqui a grande lição: como ele era surdo, ouviu apenas a voz interior dele…que acreditou na sua capacidade e perseguiu os objectivos.
Que os nossos jovens saibam ouvir a sua voz interior.
Todos precisam de ajuda
Todos os que padeciam de tristezas agudas ou crônicas eram indicados pelo médico de família para que assistissem ao tal artista que possuía o dom de eliminar angústias.
O médico então, sem relutar, indicou o circo como o lugar de cura de todos os males daquela natureza, de abrandamento de todas as dores da alma, de iluminação de todos os cantos escuros do nosso jeito perdido de ser.
O homem nada disse, levantou-se, caminhou em direção à porta e quando já estava saindo, virou-se, olhou o médico nos olhos e sentenciou:
"Não posso procurar o circo... aí está o meu problema: "Eu sou o palhaço".
Reflexão: Todos precisam de ajuda, todos são humanos!
terça-feira, 7 de junho de 2005
Dar o exemplo
Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única.
Albert Schweitzer
Um homem muito sábio vivia num convento. O jovem empurrou a pesada porta de madeira, entrou. Demorou um pouco para acostumar os olhos com a pouca luminosidade.
Finalmente, localizou o ancião sentado atrás de uma secretária, tendo um capuz a lhe cobrir parte do rosto. Apesar do escuro, ele fazia anotações num grande livro, tão velho quanto ele.
O discípulo se aproximou com respeito e perguntou, ansioso pela resposta:
- Mestre, qual o sentido da vida?
O idoso monge permaneceu
Mais do que depressa, o discípulo pegou o pano, subiu em algumas prateleiras de uma pesada estante forrada de livros. Conseguiu alcançar a vidraça, começou a esfregá-la com força, retirando a sujeira que impedia a transparência.
O sol inundou o aposento e iluminou com sua luz estranhos objectos, instrumentos raros, dezenas de papiros e pergaminhos com misteriosas anotações.
Cheio de alegria, o jovem declarou:
- Entendi, mestre. Devemos nos livrar de tudo aquilo que não permita a nossa aprendizagem. Retirar o pó dos preconceitos e as teias das opiniões que impedem que a luz do conhecimento nos atinja. Só então poderemos enxergar as coisas com mais nitidez.
Fez uma reverência e saiu do aposento, a fim de comunicar aos seus amigos o que aprendera.
O velho monge, de rosto enrugado e ainda encoberto pelo largo capuz, sentiu os raios quentes do sol a invadir o quarto com claridade. Viu o discípulo a se afastar, sorriu levemente e falou:
- Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro enxerga. Afinal, eu só queria que ele colocasse o pano no lugar de onde caiu.
Pense em como aquilo que você faz todos os dias, está influenciando os outros. Por isso, aja sempre no bem. Faça as coisas correctas, a começar pelas pequenas coisas.