Para quem tem vontade e prazer de conhecer mais sobre si e sobre o outro, este livro é interessante!!!
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O ENEAGRAMA
Compreendendo-se a si mesmo e aos outros em sua vida - Helen Palmer
Todos nós temos uma personalidade, no sentido de que temos mecanismos de
defesa, sem os quais não poderíamos ter sobrevivido entre nossos semelhantes.
Muitos desses mecanismos, contudo, se tornaram obsoletos, e a personalidade,
uma máscara, recuperando, assim, o seu étimo (do latim persona, máscara do
ator). Outros mecanismos, contudo, a intuição, por exemplo, podem ser
trabalhados de modo a nos servir em nosso crescimento pessoal, em nossas
transformações, em vez de continuar alimentando, nossas neuroses. Embora ter
uma personalidade não nos garanta necessariamente um sentimento de orgulho,
talvez já não possamos nem devamos nos desvencilhar da nossa como um todo, mas
é preciso ver o que está por detrás dela e que, o mais das vezes
inconscientemente, foi relegado a um segundo plano efetivo: a essência.
Nem todas as pessoas sentir-se-ão inclinadas a ler este livro, mas qualquer uma
que o fizer encontrará, sem dúvida, um pouco, ou muito, de si mesma num dos
tipos, ou, como é mais frequente, em mais de um tipo. Isto, porém, não deve
induzi-la a pensar que é uma mistura de tipos. Cada pessoa é apenas um tipo,
porque o que define um tipo são as suas motivações internas, a não o
comportamento ou os traços externos, que diferentes tipos podem parecer ter em
comum. Aqui poderíamos recordar o conceito de asa: as asas são os pontos
adjacentes de cada tipo e o influenciam em diferentes proporções, fornecendo
assim material para distinguir pessoas pertencentes ao mesmo tipo. As asas
seriam por assim dizer, uma espécie de condimento que realça certas qualidades
do tipo, mas que não interfere com a essência.
A simples leitura deste livro não resolverá nossos conflitos interiores, mesmo
porque não bastaria uma leitura sem o posterior trabalho individual de
transformação - uma espécie de dever-de-casa que havemos de fazer, o mais das
vezes, por toda a vida, não para nos tornarmos seres iluminados, mas pessoas
mais bem integradas ao mundo que nos cerca. Mas este livro, ao lançar uma luz
diferente sobre nossas questões obscuras, aquelas mesmas questões que não
queremos ou não ousamos admitir, talvez seja o impulso inicial para que
comecemos a trabalhar sobre nós
mesmos a sobre nossos relacionamentos, de preferência tom a ajuda de uma
terapia. A esperança é que o homo Sapiens (o homem que sabe) se transforme
também no homo se cognoscens ipsum (o homem que se conhece a si mesmo) a que,
por fim, resolva de vez o enigma da esfinge.