Certa vez, cinco alunos foram submetidos a
uma experiência curiosa. Todos, de olhos vendados, foram conduzidos para
perto de um elefante em um circo a fim de identificarem suas
características.
O primeiro passou vagarosamente as mãos nas orelhas do bicho e falou convicto:
- “É algo espalhado, como um tapete.”
O segundo aproximou-se, esticou o braço, pegou na tromba e exclamou:
- “É uma coisa comprida e redonda, deve ser uma jibóia.”
Tocando demoradamente uma das pernas do animal, o terceiro falou, um tanto exaltado:
- “Isto não é um animal, é um tronco de árvore.”
O quarto aluno apalpou por várias vezes uma das presas e disse:
- “Ah! Isto não é um tronco, mas sim uma lança muito pontiaguda.”
O quinto e último, por sua vez, exclamou com segurança tocando o rabo do animal:
- “Definitivamente isto é apenas uma corda muito fina!”
E por não entrarem num acordo, os alunos
começaram uma discussão acalorada. Afinal, todos eles haviam tocado o
animal com as próprias mãos e, por esse motivo, cada um tinha seu
próprio ponto de vista.
Para acalmar os ânimos, o professor falou com firmeza:
“Cada um de vocês está certo, mas cada
um está errado também. Todos querem defender o seu ponto de vista, mas
não querem admitir que o outro possa estar com uma parcela da verdade.”
Ato contínuo, tirou as vendas dos
jovens e todos puderam contemplar o enorme elefante e perceber que todas
as opiniões tinham seus fundamentos.
Grande parte dos desentendimentos entre as
pessoas, na vivência diária, é resultado de cada um defender o seu ponto
de vista sem se permitir ver as coisas sob o ponto de vista do outro. Todos querem ter razão, sem abrir mão da sua verdade.
No
entanto, tudo seria mais fácil se admitíssemos a possibilidade de o
outro estar certo. As pessoas são individualidades que trazem consigo
possibilidades muito próprias no entendimento de coisas e situações.
Por essa razão não podemos exigir que os outros vejam com os nossos olhos, nem que pensem com a nossa mente.
Se todos compreendêssemos esses detalhes
importantes nos relacionamentos, certamente evitaríamos grande parcela
de dissabores e discussões inúteis!
Todas as flores são flores, mas o gerânio não tem as características do cravo e nem a rosa as da violeta.
Todos os frutos são frutos, mas a laranja não guarda semelhança com a pera.
Além disso, cada flor tem o seu perfume original, tanto quanto cada fruto não amadurece fora da época prevista.
Assim também é com as criaturas.
Cada pessoa respira em faixa diversa de evolução.
É justo que nos detenhamos na companhia
daqueles que sentem e pensam como nós, entretanto, é caridade não
violentar a cabeça daqueles que não comungam das nossas idéias.
Fantástico, realmente nós os humanos somos muito especiais!
ResponderEliminar