Sentar-se à janela....uma reflexão para mudança!!!
O texto é longo, faça copy & past para ler mais tarde se preferir,
mas é indicado que leia ANTES do dia 31 de Dezembro. Combinado?
Era criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião.A ansiedade
de voar era enorme.Eu queria me sentar ao lado da janela de qualquer
jeito, acompanhar o vôo desde o primeiro momento e sentir o avião
correndo na pista cada vez mais rápido até a decolagem.
Ao olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens,chegando ao céu azul.Tudo era novidade e fantasia..
Cresci, me formei, e comecei a trabalhar.
No meu trabalho, desde o início, voar era uma necessidade constante. As
reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a estar
em dois lugares num mesmo dia.
No início pedia sempre
poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos de menino, fitava as
nuvens, curtia a viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais
para sair do avião, pegar a bagagem, coisa e tal.
O tempo foi
passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de me sentar à
janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades abaixo, o mar ou
qualquer paisagem que fosse.Perdi o encanto. Pensava somente em chegar e
sair, me acomodar rápido e sair rápido.
As poltronas do
corredor agora eram exigência . Mais fáceis para sair sem ter que
esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a hora,com o
compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem,comigo mesmo.
Por um desses maravilhosos 'acasos' do destino, estava eu louco para
voltar de São Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitibao
mais rápido possível.
O vôo estava lotado e o único lugar
disponível era uma janela, na última poltrona.Sem pensar concordei de
imediato, peguei meu bilhete e fui para o embarque.
Embarquei
no avião, me acomodei na poltrona indicada: a janela. Janela que há
muito eu não via, ou melhor, pela qual já não me preocupava em olhar.
E, num rompante, assim que o avião decolou, lembrei-me da primeira vez que voara.
Senti novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga.
Olhava o avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela
chuva, apareceu o céu.Era de um azul tão lindo como jamais tinha visto.
E também o sol, que brilhava como se tivesse acabado de nascer.
Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava
deixando de viver um pouco a cada viagem em que desprezava aquela
vista..
Autor desconhecido....se conhecer, é só completar a informação e obrigada
Reflexão: será que em relação às outras coisas da
minha vida eu também não havia deixado de me sentar à janela, como, por
exemplo, olhar pela janela das minhas amizades, do meu casamento, do
meu trabalho e convívio pessoal?
Creio que aos poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela janela da nossa vida.
A vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à janela, perdemos o
que há de melhor: as paisagens, que são nossos amores,
alegrias,tristezas, enfim, tudo o que nos mantém vivos.
Se
viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar,sabe-se
lá aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que a viagem
nos oferece.
Se você também está num ritmo acelerado, pedindo
sempre poltronas do corredor, para embarcar e desembarcar rápido e
'ganhar tempo', pare um pouco e reflita sobre aonde você quer chegar.
A aeronave da nossa existência voa célere e a duração da viagem não é anunciada pelo comandante.
Não sabemos quanto tempo ainda nos resta.Por essa razão, vale a pena sentar próximo da janela para não perder nenhum detalhe.
Afinal, 'a vida, a felicidade e a paz são caminhos e não destinos'.
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