Links Patrocinados

Mostrar mensagens com a etiqueta Pais e Filhos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Pais e Filhos. Mostrar todas as mensagens

sábado, 10 de março de 2012

Inteligência emocional nas crianças


Inteligência Emocional é a capacidade de reconhecer os nossos próprios sentimentos, bem como os alheios, de motivar-nos e de saber gerir o que sentimos. Emoções e sentimentos são vivências importantes e marcantes desde o início da existência de uma criança.

Considerando que uma das formas mais eficazes de aprendizagem emocional é através da observação que leva muitas vezes à imitação, os adultos devem aprender a gerir as suas emoções e sentimentos em benefício de uma melhor qualidade emocional no ambiente familiar, escolar e social.

Como na vida tudo tem o seu lado bom e o menos bom, precisamos ter atenção na qualidade da expressão das nossas emoções e sentimentos diante das nossas crianças.

Desde pequenas, as crianças são capazes de sentir e perceber todas as emoções de um adulto, só que ainda não sabem como identificar, compreender e muito menos gerir.

A capacidade de perceber é inata, mas precisa de ser amadurecida. A capacidade de identificar, compreender e gerir, ao contrário, têm que ser aprendidas e são organizadas, pouco a pouco, na interação social. Se a família é o primeiro contacto emocional, temos a oportunidade de fazer o nosso melhor sem interferências iniciais.

Quando as crianças não desenvolvem na infância as habilidades e competências sócio-emocionais, podem tornar-se adultos insensíveis e indiferentes à dor e ao sofrimento alheios, inclusive quando estes são causados por si mesmo.

Baseado no que identifico em algumas famílias, ofereço algumas sugestões para lidarem com a educação emocional das crianças:

Devem descrever as emoções sentidas, de forma adequada, expressando-as por meio de palavras, gestos e também ensinar as crianças a expressar o que sentem. Os miúdos podem expressar pelo desenho, pintura, jogos lúdicos. Se elas aprendem a expressar de forma adequada, estão no caminho certo de aprender a identificar o que sentem e assim melhoram a possibilidade de gerir, tanto para beneficiar-se, como para melhorar o relacionamento interpessoal.

Sejam adultos suficientemente bons para as crianças. Construam regras juntamente com as crianças, adequadas à idade emocional delas. E se tiver que punir, façam com consciência, vossa e da criança! Vocês podem abraçar a criança e dizer “lamento minha querida, porém ficou combinado que se você não tirasse nota positiva, deixaria de jogar Play station. Vamos ajuda-la a melhorar as suas notas”.

E como tudo na vida se é demais faz mal e, com certeza, não seria diferente em relação às emoções e sentimentos,  o sucesso é sempre o equilíbrio, nem excesso nem escassez. Por isto a super-proteção é uma atitude amorosa, porém inadequada.  Como adultos queremos proteger as nossas crianças das dores da vida, mas ao exagerarmos impedimos o seu pleno desenvolvimento. Lembrem-se: equilíbrio!

Demonstrem interesse pelas atividades e conquistas das crianças e, elogiem de forma sincera o que elas fizerem bem feito.

Não usem chantagem emocional.  “Se você fizer isso, ficarei triste”.  No futuro, isso será uma fonte de culpa e de angústia para a criança.  É melhor ficar neutro: “não queremos que você faça isso”.

É fundamental ensinar as crianças a solucionar por si próprias os seus problemas. Alguns adultos tentam solucionar os problemas das crianças e, não dão a elas a oportunidade de pensarem e actuarem por si próprias. Ignorar um problema, não faz com que ele deixe de existir. A prática na solução de problemas melhora a capacidade de resolução e tomada de decisão no futuro.

Os adultos devem definir como objectivos emocionais para as crianças, desenvolverem a confiança que traz a certeza de que tem muitas possibilidades de êxito no que empreendem e que podem contar com os adultos para ajudar nessa tarefa. Também a intencionalidade, que é o desejo e a capacidade de conseguir algo e de actuar em consequência disso, que reforça o sentir-se competente e eficaz. Muito importante é a empatia, para compreender os outros e facilitar para que seja compreendido por eles. Assim como, a capacidade de comunicar e a cooperar para harmonizar as próprias necessidades com as dos outros nas actividades de grupo.

Assim, cada criança que aprendeu inteligência emocional com a sua família, faz parte de um grupo na Escola e constrói um ambiente favorável à aprendizagem nessa escola. Já está provado que um clima emocional adequado dentro de sala de aula, em que os alunos se dão bem com os colegas, não há brigas, o relacionamento harmonioso predomina e não há interrupções nas aulas, eles aprendem melhor. É o quociente emocional a ajudar o intelectual.

Lembrem-se: Se não estamos satisfeitos com os resultados, devemos mudar a forma como fazemos e agimos.
Um abraceijo,
Angela Escada
Texto escrito para a CAFAP CF -  ASAS - Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo Tirso

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Como proteger as crianças de adultos perigosos



ALGUMAS QUESTÕES:
1. Como proteger as crianças de pedófilos que são pessoas próximas da família?

Embora seja difícil proteger as crianças do abuso sexual de membros da família ou amigos íntimos, a vigilância das muitas situações potencialmente perigosas é uma atitude fundamental.

Não lhes “esconda” a realidade. falar dos potenciais perigos, responder às questões e tirar dúvidas. Orientar os filhos para que saibam quando um adulto se aproxima de forma inconveniente.

Fale do cuidado que deverão ter no contacto com pessoas. Ensine os seus filhos a dizer NÃO. Qualquer insistência diferente (explicar) por parte de alguém deve ser expressamente recusada. Ninguém deve fazer nada contra sua vontade. Há comportamentos que só se fazem entre adulto e adulto.

Explicar a importância de abandonar locais onde não se sintam “confortáveis” e que pode ser necessário recorrer à ajuda de um outro adulto para evitar que um outro lhes possa fazer mal. O pedido de ajuda torna-se necessário quando a criança se percepciona como incapaz de afastar algo ou alguém que vê como perigo ou ameaça;

Dizer às crianças que "se alguém tentar tocar-lhes o corpo e fazer coisas que a façam sentir desconfortável, afaste-se da pessoa e conte em seguida o que aconteceu."

Ensinar às crianças que o respeito aos maiores não quer dizer que têm que obedecer cegamente aos adultos e às figuras de autoridade. Por exemplo, dizer que não têm que fazer tudo o que os professores, médicos ou outros cuidadores mandarem fazer, enfatizando a rejeição daquilo que não as façam sentir-se bem.

A atenta supervisão da criança é a melhor proteção contra o abuso sexual pois, muito possivelmente, ela não separa as situações de perigo à sua segurança sexual.

Estar sempre ciente de onde está a criança e o que está fazendo.

Pedir a outros adultos responsáveis que ajudem a vigiar as crianças quando os pais não puderem cuidar disso intensivamente.

Se não for possível uma supervisão intensiva de adultos, pedir às crianças que fiquem o maior tempo possível junto de outras crianças, explicando as vantagens do companheirismo.

Conhecer os amigos das crianças, especialmente aqueles que são mais velhos que a criança.

Ensinar a criança a zelar de sua própria segurança.

Orientar sempre as crianças sobre opções do que fazer caso percebam más intenções de pessoas pouco conhecidas ou mesmo íntimas.

Orientar as crianças que elas não devem estar sempre de acordo com iniciativas para manter contacto físico estreito e desconfortável, mesmo que sejam por parte de parentes próximos e amigos.

Valorizar positivamente as partes íntimas do corpo da criança, de forma que o contacto nessas partes chame sua atenção para o fato de algo incomum e estranho estar acontecendo.

Quanto mais aberto for o relacionamento dos pais com os filhos, qualquer reação diferente vai ser percebida e, ficarão atentos mais rapidamente. Tbm é fundamental deixar a cr livre para no caso de poder acontecer algum mal, não precisam de ter vergonha ou de se sentirem mal pelo que aconteceu. Devem relatar “quem foi”, o que aconteceu, como, onde, quando, para que se possa tomar medidas para punir o agressor/prevenir que possa acontecer de novo.

Obs.: temos que pensar na Internet com parentes distantes: Lugar de PC é na sala, não no quarto + Estabeleça horários e regras de uso + Aprenda sobre a Internet com o seu filho + Não fale com estranhos + Fique atento aos telemóveis dos filhos + Cuidado com a webcam + Observar se a criança diminui a tela quando os pais se aproximam + Evitar que as crianças coloquem suas imagens e informações pessoais na rede.

Eu destaco que há situações em que a pp criança/adolescente tem uma mudança de comportamento e uma sexualidade aflorada demais e, às vezes são algumas formas que usam para dizer que alguma coisa errada está acontecendo com ela, na família, na relação com o mundo.

A escola precisa estabelecer uma discussão ampla sobre isso. Porém, essa orientação não pode ficar apenas a cargo da escola. É preciso que os pais se informem e, junto com a escola, estabeleçam uma parceria no sentido de ampliar o conhecimento

2. Que consequência tem um ato de pedofilia para uma criança (neste caso de ser fotografado nu em posses de cariz sexual)

CONSEQUENCIAS: As reações das crianças ao abuso sexual seja de forma for diferem com a idade e com a personalidade de cada uma, mas especialmente é facilitada ou dificultada em função da ênfase que os pais dão ao caso. O ideal é transmitir segurança. HÁ PAIS QUE EXAGERAM!!!!!! O período de readaptação depois do abuso pode ser difícil para os pais e para a criança. Muitos jovens abusados continuam atemorizados e perturbados por várias semanas, podendo ter dificuldades para comer e dormir, sentindo ansiedade e evitando voltar à escola.

Consequências imediatas a observar:
Pode surgir uma série de comportamentos/atitudes marcadas pela regressão, que inclui a adopção de comportamentos muito infantis e ansiosos (choro constante, tiques nervosos, voltar a chuchar no dedo, enurese, entre outros.
Interesse excessivo ou evitação de natureza sexual;
Problemas com o sono ou pesadelos;
Depressão ou isolamento de seus amigos e da família;
Achar que têm o corpo sujo ou contaminado;
Ter medo de que haja algo de mal com seus genitais;
Negar-se a ir à escola, mesmo que a situação não tenha sido na escola;
Rebeldia e Delinquência;
Agressividade excessiva;
Medo de algumas pessoas ou alguns lugares;
Retirar-se ou não querer participar de desporto;
Medo irracional diante do exame físico;
reacção fóbica à água ou ao momento do banho, comportamento este que não tem qualquer relação com uma experiência anterior traumática, como o perigo de afogamento.

Consequências a longo prazo
Em nível de traços no desenvolvimento da personalidade, o abuso sexual infantil pode estar relacionado a futuros sentimentos de traição, desconfiança, hostilidade e dificuldades nos relacionamentos, sensação de vergonha, culpa e auto-desvalorização, à baixa autoestima à distorção da imagem corporal, Transtorno Borderline de Personalidade e Transtorno de Conduta.

Repito que depende da forma como os pais vão lidar com a situação e, se lidarem mal podem desenvolver comportamento sexual inapropriado para a idade e nível de desenvolvimento ou o oposto, ie, aversão a sexo, dificuldade de aprendizagem, transtornos do sono (insônia, medo de dormir), da alimentação, como por exemplo, obesidade, anorexia e bulimia, ansiedade e fobias.

A criança volta a confiar em pessoas amigas da família, por exemplo, num contexto em que a tentem ajudar a vestir-se? Repito que depende da forma como os pais vão lidar com a situação.

Há famílias que são disfuncionais e nesse caso há outras situações que geram insegurança para a criança. Porém, se deixar passar um tempo, com oferta de afecto, segurança e desvalorizando a situação, a criança volta a confiar (raramente vai voltar a confiar na mesma pessoa).

Na maioria dos casos percebo grande dificuldade em voltar a confiar, pq as famílias promovem a PERDA da confiança entre os adultos e a cr tem a tendência de imitar os pais. (obs.: se a cr já tiver alguns comportamentos desviantes, pode ser que ao contrario ela acabe confiando mais, se envolvendo mais, +/- como no caso da síndrome de estocolmo)

3. Em que contexto surgem os pedófilos?
POSSIBILIDADES:
Contexto familiar propício, ie, família que cultiva o culto ao corpo, ao estético, ao belo e a cr absorve essa “cultura” e isto facilita o surgimento das oportundiades para um familiar pedófilo.

Tbm o uso de palavras sensuais e o estímulo.

A idealização de um familiar (seja de que sexo for)

A permissão de assistir filmes, séries, novelas, de qq tema da escolha de outros adultos que não os pais. Deve-se limitar isto para com os demais adultos. É um travão importante.

Uma confiança excessiva dos pais para com os adultos e pouca percepção de comportamentos desviantes do outro adulto.

Falta de informação sobre estas possibilidades

SITUAÇÕES:
1- A cr ficar a cargo do adulto sozinha, mesmo que por pouco tempo
2- A cr dormir no quarto desse adulto por dificuldde de quarto específico para a cr
3- A cr aceitar fazer massagem corporal por qq adulto e daí avança para a região genital

CONTEXTUALIZAÇÃO:
Castrar é uma punição extremamente severa para aqueles que abusam de crianças e adolescentes.
Há quem defenda que o criminoso castrado poderia viver na sociedade respeitando as crianças e os adolescentes, sem reincidir no abuso.
Há países europeus, como a Polonia, que a põe em pratica.

QUESTÕES:

1. Que vantagens e desvantagens há na castração de pedófilos?
Vantagens: eliminar a função inerente à testosterona (hormônio sexual masculino), responsável, entre outras coisas, pelo desejo sexual (libido) e sua manifestação psíquica (planejamento, aproximação, sedução e convencimento) e física (ereção, penetração e ejaculação). Obs.: igual ao tratamento câncer da próstata

Desvantagens: tem efeitos colaterais, incluindo aumento de peso, fadiga, trombose, hipertensão, leve depressão, hipoglicemia.
Obs.: direitos humanos

2. A pedofilia é um problema físico ou mental? Pode ser os dois casos. Pode ser uma desordem mental e de personalidade do adulto, e também como um desvio sexual. Actualmente estudam a predisposição genética e cerebral.
Obs.: A Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID 10 (Organização Mundial de Saúde – 1993) descreve Pedofilia como uma parafilia ou transtorno de preferência sexual (atrações desviadas) fetichismo, transvestismo, pedofilia, exibicionismo, voyeurismo, masoquismo ou sadismo, entre outras. A maioria dos indivíduos com parafilias é do sexo masculino e muitos deles apresentam mais de um tipo de parafilia.

Mesmo sendo 1 patologia, tem consciência do que faz, sendo a pratica do abuso sexual fonte de prazer e não de sofrimento. São pessoas que vivem uma vida normal, têm uma profissão normal, são cidadãos acima de qualquer suspeita, famoso “gente boa”, é mais provável um pedófilo ter um ar "normal" do que um ar "anormal" ”. Só buscam seu próprio prazer, custe isso o que custar.

O início pode ser com a pornografia infantil, como no caso que vcs apresentam.
Existe a grande maioria de pedófilos criminosos que sabem muito bem o que estão fazendo, pq não consideram um crime, eu diria que é uma questão de mentalidade.

Há quem não pratique a pedofilia pq sabe que é errado sexo ou pornografia infantil. Este adulto é dotado de discernimento e capacidade de autodeterminação, o desejo fica apenas na “cogitação”, ie, apenas na sua mente.

Há os que apresentam graves problemas psicopatológicos e características psicóticas alienantes, os quais, em sua grande maioria, seriam juridicamente inimputáveis (se assim determinado pelo exame médico competente, realizado no decorrer de um processo judicial), porque não tem discernimento ou capacidade de autodeterminação. Eu acho melhor nem falarmos nisso na TV.

Há aproveitadores, não pedófilos mas comercializam (pq que visam lucro ilícito) a pornografia infantil para deleite dos pedófilos, mas que nunca sentiram atração sexual por crianças.

Há os que percebem que tem o incontrolável desejo e, muitas vezes, sofrem com isso desde o início da idade adulta e por falta de informação não procuram ajuda.

E há os que com o abuso de substâncias diversas cometem um acto isolado.

Reflexão: Não nego que a pedofilia também tem que ser vista num contexto sociocultural amplo. É crescente a erotização dos meninos e meninas – televisão, filmes, músicas, literatura, propaganda e, ao lado disso, as transformações, mutações psicobiológicas – menstruação e seios precoces, etc., no caso das jovens.


Se é mental que terapia?

1º opção psicoterapia cognitivo-comportamental, associada a técnicas de hipnose (com ou sem regressão depende do caso).

Há estudos que ligam o fato das pessoas que sofreram de maus tratos ou até mesmo abusos sexuais na infância terem maior propensão de se tornar pedófilos, mas isso não vale para todos os casos.

A terapia cognitivo-compormental possui mais suporte em geral, onde o pedófilo aprende a associar o "comportamento pedofílico" com diversos atos considerados não-desejáveis. Geralmente, isto é feito dizendo para o pedófilo "fantasiar atividade sexual desviante", e então, uma vez excitado, os pedófilos são ditos para imaginarem as consequências legais e sociais de tais fantasias.

Há tbm a técnica dos 12 passos, muito próxima da utilizada para tratar drogas.
1º) Admitir que ser impotentes perante o desejo (mental ou sexual) – que perde o domínio
2º) decidir acreditar que um Poder interior pode devolver a sanidade.
3º) Decidir alterar a vontade livre para a disciplina contida.
4º) inventário moral de si mesmo
5º) Admitir a falha (mudança de mentalidade)
6º) decidir a remoção das falhas de carácter, impulsos, etc
7º) ter a humildade para livrar-se de imperfeições.
8º) empatia: colocar-se no lugar de pessoas que prejudicaram
9º) encontrar soluções para reparar o dano causado
10º) inventario do que deseja para si na sua vida
11º) Relaxamento, meditação e auto-hipnose
12º) transmitir a aprendizagem e praticar esses princípios em todas as actividades.


O que se observa a nível psi: baixa capacidade de vinculação emocional íntima + baixa auto-estima e baixa habilidade social + sentimentos de inferioridade + são isolados e solitários + há imaturidade emocional + dificuldade para se relacionar com pessoas de sua idade ou maduras e tbm sinais de raiva e hostilidade. As vezes apresentam outros transtornos mentais associados (transtornos do humor, ansiedade ou de personalidade).

3. Que tipo de castração? Química (injetar hormônios femininos no pedófilo para diminuir seu desejo sexual)? Temporária,
É utilizada em países como Califórnia, Flórida, Geórgia, Texas, e Montana para outros tipos de crimes sexuais.
Física? castração genital é "irreversível e mutiladora"
Bélgica: tornozeleiras e braceletes electrónicos que permitem a localização apenas de ex-presos
Noruega e Dinamarca: os pedófilos maiores de 25 anos podem realizar voluntariamente a castração química

domingo, 25 de setembro de 2011

Valorize a si e ao outro - Dr Roberto Shinyashiki



Palavras bonitas que tocam o nosso coração, que ajudam-nos a avançar com a expressão dos nossos sentimentos pelo outro, seja ele quem for.

Pais, filhos, amigos, colegas de trabalho, vizinhos, todas as pessoas merecem ser valorizadas.

Dê um tempinho para as pessoas.

Agradeço a este estudio que fez esta produção e disponibilizou no youtube para acesso de todos. Ele nos valorizou e deu-nos esta prenda.
um abralaço, angela

sábado, 17 de setembro de 2011

HIV e os relatos em livros

Depois Daquela Viagem:

História real na forma de diário. Uma jovem de classe média, que contraiu o vírus HIV, aprende a conviver com a AIDS.

A autora conta como sua vida mudou depois que ela descobriu que era portadora do vírus HIV. Sem meias palavras, fala de que forma a doença mexeu com sua cabeça e sentimentos, e como sua vida passou por uma reavaliação radical. Para começar a sua história, Valéria mostra bom-humor e descontração para abordar assuntos que têm relação direta com os jovens: as farras com a turma de amigos, a dúvida entre "ficar" ou namorar, o despertar da sexualidade, a angústia diante do vestibular, além de outras coisas que atormentam a cabeça dos adolescentes, coisas que ela também vivenciou. Aos 16 anos Valéria contraiu AIDS porque, segundo ela mesma, "transou sem camisinha". Num testemunho de coragem, a jovem lançou o livro em 1999, quando estava com 23 anos, demonstrando determinação de levar adiante a vida.


Papo de Garota:

Infectada com o vírus HIV aos 16 anos, em 1998 Valéria Piassa Polizzi contou sua história no livro Depois Daquela Viagem, um grande sucesso. Agora, já com 30 anos, parte para sua segunda experiência editorial, uma compilação das crônicas publicadas na revista Atrevida. Neste novo livro, Valéria fala de maneira intimista sobre os sonhos, a turma, os namorados, a sexualidade, a família, as dúvidas, as fantasias, sobre o que acontece no dia-a- dia e na vida dos adolescentes. Lendo suas crônicas, temos a impressão de estarmos conversando com uma amiga, pois, sem dúvida, Valéria escreve com o coração! Vale a pena conferir.

Infectada com o vírus HIV aos 16 anos, em 1998 Valéria Piassa Polizzi contou sua história no livro Depois Daquela Viagem, um grande sucesso. Agora, já com 30 anos, parte para sua segunda experiência editorial, uma compilação das crônicas publicadas na revista Atrevida. Neste novo livro, Valéria fala de maneira intimista sobre os sonhos, a turma, os namorados, a sexualidade, a família, as dúvidas, as fantasias, sobre o que acontece no dia-a- dia e na vida dos adolescentes. Lendo suas crônicas, temos a impressão de estarmos conversando com uma amiga, pois, sem dúvida, Valéria escreve com o coração! Vale a pena conferir.

Sobre a autora:

Valéria Piassa Polizzi é uma jovem muito bonita - morena, cabelos longos, olhos claros e um aspecto saudável insuspeito. Aos 18 anos, apesar de passar no vestibular para o Jornalismo da PUC de São Paulo, ela sonhava em fazer cinema, em ser atriz ou cineasta. "Queria ser imortal", justificava em tom de brincadeira e sarcasmo.
Paulistana, hoje com 26 anos, ela se tornou escritora por conta de uma tragédia pessoal.

Mas seu livro, na verdade, desnuda um drama social de proporções assustadoras, que resulta de uma combinação criminosa de irresponsabilidade, repressão, ignorância e preconceito. Sua obra é aconselhável para pais, mães, jovens, professores e até mesmo autoridades públicas - se bem que, em geral, nossas autoridades públicas tenham a sensibilidade de um cascalho ou de um escaninho. Em todo caso, recomendar não ofende, ainda mais que o assunto envolve a saúde pública.

Valéria não é homossexual, nem promíscua, nem drogada. Não integra, portanto, nenhum dos grupos de risco mais suscetíveis à Aids. Mas há dez anos é soropositiva. Foi infectada pelo vírus letal na primeira e única relação sexual com o primeiro namorado. Seu livro, Depois daquela viagem - diário de bordo de uma jovem que aprendeu a viver com Aids, que acaba de ser lançado, é um relato de 279 páginas desde o dia em que se descobriu contaminada. Aos 17 anos recebeu uma sentença de morte com vencimento definido: não resistiria mais do que oito anos. Em 1989 entrou para a estatística do Ministério da Saúde como uma das 736 brasileiras contaminadas pelo HIV.

Apesar de tudo está resistindo. É uma das mais antigas portadoras do Brasil e, com o tratamento do coquetel anti-Aids, leva uma vida quase normal, mesmo que convivendo com a opção da abstinência sexual. Os exames atuais nem chegam a detectar o vírus no seu organismo. Obviamente, não esteja curada. É que a mistura de drogas do coquetel, associada a uma boa qualidade de vida reduz a presença do vírus a padrões indetectáveis.

A história de Valéria revela uma incrível dignidade, mas sobretudo um alerta. "Foi burrice transar sem camisinha", declarou à jornalista Eliane Trindade, em entrevista publicada na revista Isto É.

No livro, com ironia, depõe o que sabia sobre sexo aos 15 anos: sua mãe lhe havia lido o livro De onde vêm os bebês, estudara nas aulas de Ciências o espermatozóide, o óvulo, a vagina e o pênis, assistira na televisão cenas românticas e alguns filmes nacionais mais picantes.

Ao transar com o primeiro namorado, à bordo de um navio, no Natal de 1986, ao reclamar pela camisinha, recebeu a resposta: "camisinha é coisa de P.... Você não é, não precisa". Este namorado, usuário de drogas e desequilibrado - costumava espancá-la - já morreu, de Aids.

Valéria não é uma moça pobre, jamais morou na periferia. Estudou em boas escolas, seu pai é empresário e sua mãe relações publicas. É uma típica jovem de classe média. Teve razoável acesso à informação e à cultura. Mas não escapou do preconceito, da ignorância e da proibição tácita quando o assunto é sexualidade.

Valéria é uma vítima da repressão sexual travestida de um conjunto de tabus que se disfarçam atrás de valores morais ambíguos.

No dia 2 de dezembro, manifestações programadas no mundo inteiro assinalam o Dia mundial de luta contra a Aids. Mas é evidente que a luta contra a epidemia começa na prevenção, que por sua vez inicia na adequada orientação sexual de jovens e adolescentes como Valéria Piassa Polizzi.

Felizmente, como verifica reportagem de capa de Extra Classe desta edição, a educação para a sexualidade sadia, não apenas do ponto de vista biológico, mas psicológico, emocional e afetivo, já ingressou na sala de aula.

Bem antes que a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira determinasse a adoção do conteúdo, a curiosidade dos estudantes pressionou os limites morais que cercam o assunto. Obrigou os professores a buscarem as respostas que, desgraçadamente, ainda constrangem as conversas na sala de estar, mas que, talvez, se fossem enfrentadas com menos preconceito, teriam feito de Valéria Piassa Polizzi uma escritora de outro gênero.

Fonte: http://www.sinpro-rs.org.br/extra/nov97/editoria.htm

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Pais brilhantes, Professores fascinantes

Formar crianças e adolescentes sociáveis, felizes, livres e empreendedores é um belo desafio nos dias de hoje.
A solidão nunca foi tão intensa: os pais escondem seus sentimentos dos filhos, os filhos escondem suas lágrimas dos pais, os professores se ocultam atrás do giz.
Estes são alguns dos temas fundamentais que você encontrará neste livro: os sete hábitos dos pais brilhantes; os sete hábitos dos professores fascinantes; os sete pecados capitais dos educadores; as dez técnicas pedagógicas que podem revolucionar a sala de aula e a de casa.
A quem interessa este livro? Aos pais, aos professores da pré-escola, do ensino fundamental, médio e universitário, aos psicólogos, aos profissionais de recursos humanos, aos jovens e a todos os que desejam conhecer alguns segredos da personalidade e enriquecer suas relações sociais.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

"Como falar com as mães"



Alec Greven, tem apenas 10 anos de idade, mas já lançou três livros que já são best sellers. Tem como especialidade, como não podia deixar de ser, temas relacionados com as crianças da sua idade. Com dicas divertidas e uma linguagem muito acessível dá conselhos aos seus pares mas também a quem lida com eles.

O primeiro sucesso surgiu com o livro "Como falar com meninas, publicou depois "Como falar com os filhos" e lançou agora "Como falar com as mães". Com uma linguagem simples, no seu livro dá conselhos de como ter uma boa relação com a mulher mais importante da vida das crianças.

Numa entrevista para ao site "Just Mommies", Alec revela alguns truques: "Se quiseres ver um filme, ou algo assim, pede ao teu pai primeiro, depois dele dizer que sim, a sua mãe não poderá chateada contigo". Mas também dá outros truques como: - Deixe bilhetes carinhosos e de muitos abraços; - Não uses a camisola como guardanapo ou para assoar o nariz; Não bates ao teu irmão; de vez em quando arruma o teu quarto sem que ninguém te peça; faz sempre os trabalhos de casa e não faças chantagens com a tua mãe".

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/crianca-de-dez-anos-explica-como-falar-com-as-maes

sábado, 27 de agosto de 2011

2 mil mulheres amamentando no Aterro

2 mil mulheres amamentando no Aterro
no encerramento da I Semana do Bebê Carioca
Dia 28 de agosto:

Mobilização Popular: reunião de mais de 2 mil mães amamentando na Cidade das Crianças no Aterro do Flamengo; Feira de Promoção da Saúde; participação de autoridades e celebridades – das 9h às 14h.

O objetivo é mobilizar toda a sociedade sobre a importância de ações que priorizem a Primeira Infância, período em que se desenvolve as capacidades motoras, cognitivas, sócio-afetivas e de linguagem.

A Semana marca a comemoração da Semana Mundial de Amamentação e o mês de valorização da Paternidade. Serão realizados fóruns e mostras com experiências bem sucedidas na promoção, proteção e apoio às gestantes, mães e seus bebês, atividades de educação em saúde.

No local, haverá estandes de saúde da mulher, do homem e do idoso, nutrição, paternidade, tabagismo, saúde bucal, asma, fonoaudiologia e práticas integrativas e complementares. Para as crianças, haverá o Espaço Brincar – o cuidado na primeira infância, com brincadeiras e atividades lúdicas. Também acontecerão shows e apresentação de atividades culturais, como teatro e corais. A iniciativa conta com parceria do Conselho Regional de Fonoaudiologia do Rio (Crefono1) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, a Assessoria de Controle do Tabagismo disponibilizará um estande na Feira de Saúde com informações sobre o tabagismo durante a gestação. O objetivo é esclarecer a importância de evitar o fumo na gravidez e no período de amamentação, devido aos riscos para o bebê. A população poderá passar por avaliação de lesão de boca pela equipe de Saúde Bucal, medição de monóxido de carbono, avaliação da dependência química e obter orientações sobre como deixar de fumar.
O objetivo da ação é chamar a atenção da sociedade carioca para a necessidade de valorizar e potencializar o desenvolvimento integral da Primeira Infância, especialmente em relação à promoção do aleitamento materno. O cuidado com a criança neste período é fundamental para suas capacidades motoras, cognitivas, sócio-afetivas e de linguagem. A celebração reforça também a valorização da paternidade, destacando a importância do envolvimento da figura do pai nos cuidados com o filho.

A Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida e orientam as mães para que amamentem a criança por até dois anos ou mais, complementando a alimentação com outros alimentos saudáveis. A amamentação é uma experiência completa, pois proporciona a comunicação total entre mãe e filho, reduz o número de mortes infantis e oferece maior qualidade de vida para o bebê.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Adolescentes, Quem Ama Educa

Adolescentes, Quem Ama Educa
Içami Tiba, (tbm deve ler Limite na dose certa) dedica-se agora especificamente ao adolescente.
Começa separando dois tipos deles: geração Tween e geração Carona, sendo o primeiro muito chegado ao consumismo (que deve ser limitado) e o segundo que continua dependendo dos pais, mesmo depois de adultos.
Uma das características dos adolescentes de hoje é que adoram a escola "mas as aulas atrapalham".
Tiba comenta as fases confusas destes jovens, como na puberdade (cerca dos 9 anos para elas e os 11 para eles, em média).
Os meninos se perdem mais.
Os jovens na puberdade tendem a ser onipotentes: podem tudo e sabem tudo.
O jovem adolescente masculino tem atração pela pornografia e se preocupam com o próprio sexo, enquanto que as meninas são mais tranquilas. Mas ambos dificilmente aceitam ajuda.
A confusão é maior quando o corpo se desenvolve rapidamente, gerando angústia e timidez.
É um período de organização do cérebro, ideal para a aprendizagem, principalmente das línguas. O conflito é presente, entre o mundo interno e o externo: Penso (sinto e ajo), logo existo.
Lembrar que a agressividade engolida pode ser transformada em depressão.
Os filhos costumam ser Euista (não apenas egoísta) que vêem apenas o próprio Eu.
O aqui e agora dos jovens são expandidos, condicionando o agora ao passado e ao futuro, às vezes chantageando os pais.
Para conseguir o equilíbrio necessário, devemos ser preocupados com os principais valores (superiores) da vida:
1. Amor, sob todas as formas;
2. Gratidão, reconhecendo os benefícios recebidos;
3. Cidadania, sendo responsável;
4. Religiosidade, procurando uns aos outros;
5. Disciplina, como qualidade de vida e convivência;
6. Solidariedade, para poder compartilhar;
7. Ética, o que é bom pra você, é bom para o outro.
Quase todos os jovens pensam em Poder, Dinheiro e Fama, produtos de ações progressivas: o primeiro acaba com a idade, o segundo passa sempre de mão em mão, e a fama é efêmera. Por isso eles devem ser educados a pensar nos 7 valores superiores.
Nas famílias costumam conviver os Folgados e os Sufocados, onde os jovens não querem fazer nada e obter tudo, e os pais sentem-se sufocados para atende-los...
Algumas fases, como passar no vestibular ou possuir o primeiro carro, tornam-no ainda mais folgados, aumentando sua onipotência.
A onipotência dos filhos é alimentada pela apologia do prazer gerada pelos pais: sacrificam-se para contentá-los. Não! Os sacrifícios devem ser de ambos.
A pedra filosofal do relacionamento humano: Ser progressivo.
Progressivo: Ajudar quem está abaixo, Associar-se com quem está ao lado, Admirar quem está acima. Ou acaba sendo retrógrado.
O relacionamento passa por um filtro: separa semelhantes dos diferentes e conhecidos dos desconhecidos.
A pessoa progressiva está sempre pronta para aprender, dando importância aos outros, com desejo de igualdade, consciência da relatividade de tudo e o sentimento de pertencer a este universo.
O preconceito é o veneno mortal dos relacionamentos.
Os jovens muitas vezes se perdem nos devaneios em vez de sonhos, quando não existe projeto. Seus sonhos são projetos de empreendedor e não de esperador, e a família deve funcionar como uma grande equipe.
Os pais devem saber separar o amor dadivoso (como quando se dedicam ao bebê) do amor construtivo, amor que ensina e que exige. Devem saber separar o essencial do supérfluo, procurando negociar e regulamentar as ações com os filhos. Não aceitar a tirania destes. Evitar o assédio moral deles, que as vezes chantageiam para conseguir as coisas. O amor deve ser de retribuição, onde um ajuda o outro, principalmente os filhos adultos ajudando os pais idosos.
Lembrar que certas coisas não se negociam como o estudo, a higiene, a honestidade,...
Quanto ao estudo, Tiba enfatiza que não se aprende com quem não se respeita. Pais e professores devem conseguir ser respeitados. É preciso delegar tarefas e cobrá-los para discipliná-los.
Importante nos dias de hoje a educação financeira: saber poupar para investir, e não só gastar. Dez regras básicas:
1. Mais fácil gastar que receber;
2. Impor-se limites às vontades;
3. Na vida mais frustração que felicidade;
4. Determinar as prioridades;
5. Procurar o essencial, não o caro;
6. Não gastar o que não ganhou;
7. Frustração e sofrimento impõem limites;
8. Procurar aumentar a renda;
9. Tudo se transforma: dinheiro x coisa;
10. Planeamento é essencial.

Para desenvolver a performance profissional: procurar a relação custo-benefício, valorizar o estágio antes do emprego, ser progressivo e evitar os retrógrados, buscar a competência e o comprometimento, a informação, o conhecimento e o empreendedorismo.

Sobre o primeiro emprego o jovem deve lembrar da fábula da formiga e da cigarra e também de sua versão pós-moderna, onde a cigarra tem também seus méritos. Porém ambos devem ser preparados para o trabalho. As falhas na escola e na família atingem a auto-estima.

Na relação dos pais empresários com os filhos, existem os extremos: os pais que querem os filhos com a vassoura e os que querem que cheguem mandando. Buscar o equilíbrio. Cuidado com os filhos que largam os estudos quando os pais garantem o emprego:

No quesito do dinheiro, lembrar que os desvios em casa podem acarretar problemas de ética no futuro social. O dinheiro sem controle pode dar chances para droga, furtos, pirataria, bullyng.
Pais respeitados porque tem autoridade e não são autoritários.

domingo, 14 de agosto de 2011

Amor e tempo

Quando Joey tinha somente cinco anos, a professora do jardim de infância pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam.

Joey desenhou a sua família. Depois, traçou um grande circulo com lápis vermelho ao redor das figuras. Desejando escrever uma palavra acima do circulo, ele saiu de sua mesinha e foi até á mesa da professora e disse:
- Professora, como a gente escreve...?
Ela não o deixou concluir a pergunta. Mandou-o voltar para o seu lugar não se atrever mais a interromper a aula. Joey dobrou o papel e o guardou no bolso.

Quando retornou para sua casa, naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande circulo vermelho. Sua mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a pia, para a mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela e disse: - Mamãe, como a gente escreve...?
Menino, não dá para ver que estou ocupada? Vá brincar lá fora. E não bata a porta, foi a resposta dela. Ele dobrou o desenho e o guardou no bolso.

Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o grande círculo vermelho, foi até á cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para seu pai. Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona indeclinável do seu pai e disse:
-Papai, como a gente escreve...?
- Joey, estou lendo o jornal e não quero ser interrompido. Vá brincar lá fora e não bata a porta. O garoto dobrou o desenho e o guardou no bolso.

No dia seguinte, quando sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho enrolados num papel, uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas de gude.
Todos os tesouros que ele guardara enquanto brincava fora de casa.
Ela nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo. Os anos passaram...

Quando Joey tinha 28 anos, sua filha de 5 anos,Annie fez um desenho
Era o desenho de sua família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e ela disse: - Este aqui é você, papai! A garota também riu.

O pai olhou para o grande circulo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o circulo. Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou: eu volto logo! E voltou, com um lápis na mão.
Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande circulo vermelho e perguntou.
-Papai, como a gente escreve amor? Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e a foi conduzindo, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia: amor, querida, amor se escreve com as letras T...E...M...P...O (tempo)

Conjugue o verbo amar todo o tempo. Use o seu tempo para amar.

Crie um tempo extra para amar, não esquecendo que para os filhos, em especial, o que importa é ter quem ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive.

Não espere seu filho ter que descobrir sozinho como se soletra amor, família, afeição.
Por fim, lembre: se você não tiver tempo para amar, crie.
Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo...
Bom, o tempo é uma questão de escolha.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

“Relacionamento é um confronto... Prepare-se para ele!”

O estudante de pedagogia Thiago Torre Forte, de 26 anos, deu voz as suas angústias e transformou suas experiências pessoais em lições de vida no seu primeiro livro “Relacionamento é um confronto... Prepare-se para ele!”. Thiago é adotado e teve que lidar com as suas emoções, muitas vezes de raiva e incompreensão, ainda criança. Na obra, Thiago relata a dificuldade para dialogar com a própria família e como superou esta etapa da vida. O lançamento do livro será no sábado (6), às 21h, no auditório da Igreja Apostólica Unidade em Cristo, em frente à garagem da Viação Ideal.

No livro, Thiago não faz uma reflexão somente sobre o relacionamento com os pais. Algumas amizades que foram perdidas por problemas bobos, que poderiam ser resolvidos, mas formaram grandes mágoas, também são abordadas. A ideia do autor é encorajar outros jovens a avaliar as suas ações e fazer um balanço das suas atitudes.

Com 29 anos e já é avô - e a maturidade?

de facto o jovem vai para o Guiness, pois é mesmo quase inédito ser avô assim tãoooo cedo e, deve mesmo ser motivo de orgulho pela ousadia familiar, porém eu me pergunto onde é que está a maturidade dos pais e dos avós.

Como será educada essa criança?

Ah....idade não é sinal de maturidade, sim, em alguns casos, de facto não é, porém ao ler esta notícia fiquei com a sensação de que aqui falta um pouquinho de maturidade.

O galês Shem Davies tem apenas 29 anos, mas já é avô, e o mais jovem do Reino Unido. Foi pai aos 14 anos e está "encantado" pela chegada do neto, cujos pais têm 14 e 15 anos.

A família Davies, de Bridgend, no País de Gales, tem uma história atribulada. Shem e Kelly John foram pais com 14 e 15 anos respectivamente e separaram-se três meses após o nascimento da filha Tia.

Tia, de 14 anos, e Jordan Williams, de 15, foram recentemente pais de Gracie.

O jovem avô, actualmente desempregado, afirma estar incrivelmente orgulhoso da filha. "Será uma mãe brilhante e estou absolutamente encantado com a chegada do novo elemento à família".

Tia diz que ficará feliz se a filha não der à luz aos 14 anos. A sua mãe Kelly John confidenciou à "Asian News International" que ser mãe tão cedo foi o "pior pesadelo" para Tia.

O Reino Unido tem um dos índices mais elevados de gravidez entre adolescentes na Europa.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ser eu mesmo

uma história de Kahlil Gibran
Eu estava andando nos jardins de um asilo de loucos, quando encontrei um jovem rapaz, lendo um livro de filosofia.

Por seu jeito, e pela saúde que mostrava, não combinava muito com os outros internos.

Sentei-me ao seu lado, e perguntei: “O que você está fazendo aqui?”

Ele me olhou surpreso. Mas, vendo que eu não era um dos médicos, respondeu:
“É muito simples. Meu pai, um brilhante advogado, queria que eu fosse como ele.
“Meu tio, que tinha um grande entreposto comercial, gostaria que eu seguisse seu exemplo.
“Minha mãe desejava que eu fosse a imagem de seu adorado pai.
“Minha irmã sempre me citava o seu marido como exemplo de um homem bem-sucedido.
“Meu irmão procurava treinar-me para ser um excelente atleta como ele.

“E o mesmo acontecia com meus professores na escola, o mestre de piano, o tutor de inglês. Todos estavam convencidos e determinados que eram o melhor exemplo a seguir. Ninguém me olhava como se deve olhar um homem. Mas como se olha no espelho”.

“Desta maneira, eu resolvi internar-me neste asilo. Pelo menos aqui eu posso ser eu mesmo”.

domingo, 31 de julho de 2011

O filho e as flores

Tropecei num estranho que passava e lhe pedi perdão.
Ele respondeu:
"desculpe-me, por favor; também não a vi."
Fomos muito educados, seguimos nosso caminho e nos despedimos.

Mais tarde, eu estava cozinhando e meu filho estava muito perto de mim.
Ao me virar quase esbarro nele. Imediatamente gritei com ele;
ele se retirou sentido, sem que eu notasse quão dura que lhe falei.

Ao me deitar reflecti: "Você tratou a um estranho de forma cortês, mas destratou o filho que você ama. Então, parece que ouvi vozes a dizer: vá a cozinha e irá encontrar umas flores no chão, perto da porta.
São as flores que ele cortou e te trouxe: rosa , amarela e azul.
Estava calado para te entregar, para fazer uma surpresa e você não viu
as lágrimas que chegaram aos seus olhos..."

Suavemente me aproximei de sua cama e lhe disse:

"Acorde querido! Acorde!
Estas são as flores que você cortou para mim?"
Ele sorriu e disse:
"Eu as encontrei junto de uma árvore, e as cortei, porque são bonitas como
você, em especial a azul."

Filho, sinto muito pelo que disse hoje, não devia gritar com você.
Ele respondeu:
"está bem mamãe, te amo de todas as formas."
Eu também te amo e adorei as flores , especialmente a azul...

Entenda que se você morrer amanhã, em questão de dias a empresa onde você trabalha cobrirá seu lugar. Porém, a Família que deixamos sentirá a perda pelo resto da vida.

Pense neles, porque geralmente nos entregamos mais ao trabalho que a nossa Família.

Será que não é uma inversão pouco inteligente?

Então, o que há nesta história? Você sabe o significado de Família em inglês?

F A M I L Y:
"Father And Mother I Love You"
(Papai e Mamãe, eu os amo)

Não importa o quanto o passado tenha sido dificil...podemos recomeçar...sempre!!!!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Para os filhos aprenderem mais sobre o seu próprio corpo

Nossos olhos, orelhas, nariz, língua e pele estão sempre trabalhando: recebem informações do meio que nos rodeia e, através do sistema nervoso, as enviam para o cérebro. O olfato e o paladar nos informam a respeito da natureza química do que está à nossa volta. Graças a eles, podemos sentir o sabor e o cheiro das coisas. Neste livro, você vai conhecer um pouco mais sobre esses sentidos. E descobrir para que a saliva serve, se o nariz tem mesmo memória e porque não conseguimos sentir o sabor da comida quando estamos gripados.

Por que não sentimos o gosto da comida quando estamos gripados?
Para que serve a saliva?
O nariz tem memória?
Essas são algumas das perguntas respondidas em O olfato e o paladar (88 páginas, R$ 24), desenvolvido pela associação francesa Les Petits Débrouillards.
Aliar literatura, ciência e informação é a sugestão de Edições SM para o Dia Nacional da Saúde, comemorado em 5 de agosto no Brasil – data de nascimento do médico Oswaldo Cruz. O livro, indicado para crianças a partir de 6 anos, é uma das opções da editora para que crianças e adultos reflitam sobre este importante tema.


Também da associação Les Petits Débrouillards, Os mistérios da visão (96 páginas, R$ 24) explica que este é um sentido tão forte que, quando nossos olhos estão abertos, as informações que eles enviam ao cérebro podem ocultar aquelas que se originam de outros sentidos. A obra também mostra como podemos enxergar na escuridão.

Para leitores a partir dos 8 anos, o livro Selene e a pedra da Lua (84 páginas, R$ 28), com autoria de Mari Pini, trata de maneira delicada um transtorno bastante comum: o déficit de atenção.

A protagonista é uma menina chamada Selene, nome que os gregos davam à lua. Mitologia, convívio escolar, mudanças de humor e astronomia se unem em uma aventura, cujo objetivo é desvendar se uma pedra encontrada na rua é lunar ou não.

Já o livro Não é bem assim! Contos de dúvidas e decisões (160 páginas, R$ 29), escrito por Márcia Leite, traz questões típicas da adolescência para dentro do universo dos contos.

As alterações do próprio corpo, a gravidez precoce, a homossexualidade e o respeito pelas diferenças comparecem nas páginas desta obra voltada a leitores com mais de 10 anos.


Ao final de cada conto, pode-se perceber que o amadurecimento e a transposição para a vida adulta formam um caminho cheio de imprevistos e, por isso mesmo, de descobertas e aprendizado.


Se a saúde representa o bem-estar, a relação com a doença é cercada de conflitos. Por isso, as dicas para leitores a partir de 12 anos têm como fundamento a reflexão. Em Pula-elástico (112 páginas, R$ 29), do croata Zoran Pongrasic, Marina volta para casa após seis meses de tratamento contra um câncer. Em sua chegada, vê que tudo está do mesmo jeito que deixou: as amigas brincam de elástico na rua, a mãe veste o eterno agasalho esportivo, o pai e o irmão continuam discutindo por besteiras. Mas uma coisa a incomoda, sua própria mudança. Careca, se sente uma extraterrestre em um mar de cabelos.


Outro interessante personagem é Ben, de Uma vida de peso (160 páginas, R$ 28). O menino, abalado pela separação de seus pais e por sua primeira decepção amorosa, descobre também que seu maior prazer – a comida – está se tornando prejudicial para sua saúde. Temas como autoconhecimento, relação familiar e obesidade são trabalhados pelo escritor Mikael Ollivier.

Histórias divertidas e comoventes tornam acessíveis algumas questões que, de outra forma, podem parecer obscuras e assustadoras. Quando se une saúde e literatura, descobrir os mistérios do corpo pode se transformar em uma grande aventura.

Mais informações sobre os livros de Edições SM estão disponíveis no site: www.edicoessm.com.br

terça-feira, 19 de julho de 2011

Uma carta a Garcia

Folheto jornalístico escrito a 22 de Fevereiro de 1899 pelo norte-americano Elbert Hubbard.


Uma carta a Garcia

Em toda a guerra de Cuba há um homem que aparece no horizonte da minha memória como Marte no periélio.

Quando surgiu a guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, era necessário entrar rapidamente em comunicação com o chefe dos insurrectos cubanos. O general Garcia encontrava-se nas montanhas agrestes de Cuba, mas ninguém sabia onde. Não havia meio de comunicar com ele, nem pelo correio nem pelo telégrafo. O Presidente dos Estados Unidos tinha de assegurar, com a maior urgência, a sua cooperação. Como proceder?

Alguém disse ao Presidente:- «Há um homem chamado Rowan que talvez possa encontrar Garcia, se é que alguém o pede fazer». Mandou-se chamar Rowan e deu-se-lhe uma carta para entregar a Garcia. Rowan pegou na carta, guardou-a numa bolsa impermeável, colocou-a sobre o coração. Quatro dias depois, de noite, desembarcou de um pequeno barco na costa de Cuba. Internou-se no mato. Ao cabo de três semanas saiu pelo outro lado da ilha, depois de ter atravessado a pé um país hostil e de ter entregado a carta a Garcia.

Não pretendo contar como ele fez tudo isto. O ponto que desejo salientar é este: O Presidente Mac-Kinley deu uma carta a Rowan para ele entregar a Garcia. Rowan pegou na carta e não perguntou:« Onde é que ele se encontra?»

A figura deste homem deveria esculpir-se em bronze para se colocar em todas as escolas do mundo. Não é de aprender nos livros que a juventude necessita, nem de instrução acerca disto ou daquilo; mas de temperar os nervos, ser leal, actuar com rapidez, concentrar as energias, fazer o que deve: levar uma carta a Garcia.

Não há ninguém empenhado em levar a cabo uma empresa, que necessite de muitas mãos, que não se tenha sentido, em certas ocasiões, quase desanimado pela imbecilidade da maioria dos homens, pela sua inépcia ou falta de vontade para concentrar a atenção numa coisa e fazê-la. Cooperação deficiente, frequente falta de atenção, indiferença revoltante e trabalho feito sem entusiasmo são a regra geral. Nenhum homem triunfa se não conseguir, por ameaças ou por suborno, forçar outros homens a ajudá-lo, a não ser que Deus, na sua infinita bondade, faça o milagre de lhe enviar um anjo de luz como auxiliar.

Experimente o leitor. Está sentado no seu escritório. Tem seis empregados à sua disposição. Chame qualquer um deles e diga-lhe: «Tenha a bondade de consultar uma enciclopédia e escrever uma nota breve sobre a vida de Corregio».
O empregado, docilmente, dirá: «Sim, senhor». Julga que irá, sem mais demora, cumprir a tarefa?
Nunca. Fitará o leitor, com olhar inexpressivo, e fará uma série de perguntas como estas:
-«Quem foi Corregio?».
-«Que enciclopédia devo consultar?».
-«Onde está a enciclopédia?».
-«Não é para isso que eu sou empregado».
-«Não quererá dizer Bismarck?».
-«Porque é que o Carlos não escreve a nota?».
-«Já morreu?».
-«Há pressa?».
-«Não poderá ficar para amanhã?».
-«Não será melhor que traga o livro para ver?».
-«Para que deseja essa nota?».

Aposto dez contra um que, depois de o leitor ter respondido à pergunta, e explicado o modo de obter a informação e a razão pela qual a necessita, o empregado irá chamar outro para que o ajude a encontrar Garcia e voltará dizendo que esse homem não existe. É claro, posso perder a aposta, mas, na maioria dos casos, ganhá-la-ei.

Se o leitor for esperto, não perderá o tempo a explicar ao seu «ajudante» que Corregio está na letra C da enciclopédia e não na K, e, sorrindo amavelmente, dirá: «Deixe», e, por si próprio, arranjará a nota.

Esta incapacidade para a acção independente, esta estupidez moral, esta fraqueza de vontade, esta inaptidão para lançar mãos à obra, são coisas que hão de relegar para um futuro longínquo o socialismo puro. Se os homens não agem por si próprios, que farão quando o benefício dos seus esforços for dividido por todos?

Parece que é necessário um capataz armado de garrote; é o temor de serem despedidos ao sábado, à noite, que retém muitos operários nos seus postos.
Peça por anúncio um taquígrafo. Em dez que se apresentem, nove não sabem escrever correctamente, nem pontuar, nem julgam isso necessário.

Poderá algum deles escrever uma carta para Garcia?
«Vê o senhor aquele guarda-livros?». Dizia-me o chefe de uma grande fábrica.
«Sim, que tem?».
«É um magnífico guarda-livros; se o mandar, porém, tratar de um negócio na cidade, pode ser que se desempenhe do encargo, mas também pode suceder que, depois de ter entrado em quatro cafés que encontrou no caminho, quando chegar à rua indicada, se tenha esquecido do que tinha a fazer».
Poder-se-á confiar a tal homem a missão de levar a carta a Garcia?

Recentemente ouvi lamentar, com fingida simpatia, a sorte dos operários oprimidos nas fábricas e daqueles que, sem casa, buscam um emprego honesto. Naturalmente, as lamentações eram acompanhadas de palavras ásperas para os governantes. E, todavia, ninguém diz nada do chefe que envelhece precocemente pelo vão intento que os inúteis façam um trabalho inteligente e pela luta prolongada e paciente contra os empregados que não fazem nada, desde que ele volte as costas.

Todas as lojas e fábricas se estão depurando constantemente dos maus elementos. O chefe, com frequência, despede os empregados que demonstram a sua incapacidade para fazer prosperar os negócios, e escolhe outros. A selecção continua, tanto quando os tempos correm bem como quando correm mal. É mais apertada quando os tempos vão maus e o trabalho escasseia. Mas em qualquer caso será sempre despedido o incompetente ou indigno. É a vitória dos mais aptos. No seu próprio interesse o chefe conserva os melhores, aqueles que são capazes de levar cartas a Garcia.

Conheço um homem dotado de brilhantes qualidades, mas que não tem habilidade para tratar dos seus negócios, e é absolutamente incapaz de cuidar dos outros, porque constantemente traz consigo a vã suspeita de que o seu chefe o persegue ou pretende oprimi-lo. Não pode mandar nem obedecer. Se lhe dessem uma carta para Garcia, provavelmente responderia: «Leve-a o senhor». De noite, este homem vagueia pelas ruas em busca de trabalho. O vento sopra-lhe o fato esburacado. Mas ninguém que o conheça se atreve a empregá-lo, porque é um facho aceso de descontentamento; é impenetrável à razão, a única coisa que o pode impressionar é a extremidade de uma bota número nove, de sola grossa.

Bem sei que um ser assim, moralmente disforme, é tão digno de lástima como o fisicamente estropiado. Mas é necessário também que, na nossa comiseração, não nos esqueçamos dos homens que se esforçam por levar a cabo os grandes empreendimentos, onde, trabalhando sem horário, envelhecem prematuramente na luta incessante contra os indiferentes, os imbecis ociosos e os ingratos sem coração.

Expressei-me com dureza? É possível que sim; mas, quando todos mostram piedade pelos maus, quero dedicar uma palavra de simpatia ao homem que triunfou, ao homem que, contra os maiores obstáculos, dirigiu os esforços dos outros e que, após o triunfo, verifica que nada ganhou salvo a sua mera subsistência.

Transportei às costas comida de rancho, trabalhei à jorna, fui chefe de trabalhadores. Sei o que se pode dizer a favor de pobres e de ricos, dirigentes e dirigidos. Não há excelência, per si, na pobreza; os farrapos não servem de recomendação. Nem todos os patrões são gananciosos e tiranos, assim como nem todos os pobres são virtuosos.

O meu coração está com o homem que executa a tarefa que lhe incumbe, esteja ou não o patrão na loja. Ao homem que, quando se lhe entrega uma carta para Garcia, obedientemente pega nela, sem fazer perguntas desnecessárias e sem a intenção oculta de a deitar na valeta mais próxima, ao homem que não pensa noutra coisa senão em entregar essa carta, a esse homem nunca falta trabalho, nem precisa declarar-se em greve para obter salários mais elevados.

É desses homens que a civilização precisa em larga escala. Tudo quanto esses homens peçam deve ser-lhes concedido. É desses homens que as cidades, as vilas, as aldeias, as repartições, as lojas, os escritórios e as fábricas necessitam. O mundo chama por esses homens; e, na verdade, o que é indispensável é o homem que saiba levar uma carta a Garcia.

Elbert Hubbard, 1899

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A caixinha dourada

A caixinha dourada - Autor: desconhecido

Há algum tempo atrás, um homem castigou a sua filha de 3 anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado.
O dinheiro era pouco naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina a embrulhar uma caixinha com aquele papel dourado e a colocá-la debaixo da árvore de Natal.
Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menina levou o presente ao seu pai e disse: "Isto é para ti, Papá!"

Ele sentiu-se envergonhado da sua furiosa reacção, mas voltou a "explodir" quando viu que a caixa estava vazia.

Gritou e disse: "Tu não sabes que quando se dá um presente a alguém, coloca-se alguma coisa dentro da caixa?"

A menina olhou para cima, com lágrimas nos olhos, e disse: "Oh Papá, não está vazia. Eu soprei beijinhos para dentro da caixa. Todos para ti, Papá".

O pai quase morreu de vergonha, abraçou a menina e suplicou-lhe que lhe perdoasse.

Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado da sua cama por anos e, sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, pegava na caixa e tirava um beijo imaginário, recordando o amor que a sua filha ali tinha colocado.

De uma forma simples, mas sensível, cada um de nós tem recebido uma caixinha dourada, cheia de amor incondicional e beijos dos nossos pais, filhos, irmãos e amigos...

Ninguém tem uma propriedade ou posse mais bonita que esta.