Links Patrocinados

sábado, 10 de março de 2012

Inteligência emocional nas crianças


Inteligência Emocional é a capacidade de reconhecer os nossos próprios sentimentos, bem como os alheios, de motivar-nos e de saber gerir o que sentimos. Emoções e sentimentos são vivências importantes e marcantes desde o início da existência de uma criança.

Considerando que uma das formas mais eficazes de aprendizagem emocional é através da observação que leva muitas vezes à imitação, os adultos devem aprender a gerir as suas emoções e sentimentos em benefício de uma melhor qualidade emocional no ambiente familiar, escolar e social.

Como na vida tudo tem o seu lado bom e o menos bom, precisamos ter atenção na qualidade da expressão das nossas emoções e sentimentos diante das nossas crianças.

Desde pequenas, as crianças são capazes de sentir e perceber todas as emoções de um adulto, só que ainda não sabem como identificar, compreender e muito menos gerir.

A capacidade de perceber é inata, mas precisa de ser amadurecida. A capacidade de identificar, compreender e gerir, ao contrário, têm que ser aprendidas e são organizadas, pouco a pouco, na interação social. Se a família é o primeiro contacto emocional, temos a oportunidade de fazer o nosso melhor sem interferências iniciais.

Quando as crianças não desenvolvem na infância as habilidades e competências sócio-emocionais, podem tornar-se adultos insensíveis e indiferentes à dor e ao sofrimento alheios, inclusive quando estes são causados por si mesmo.

Baseado no que identifico em algumas famílias, ofereço algumas sugestões para lidarem com a educação emocional das crianças:

Devem descrever as emoções sentidas, de forma adequada, expressando-as por meio de palavras, gestos e também ensinar as crianças a expressar o que sentem. Os miúdos podem expressar pelo desenho, pintura, jogos lúdicos. Se elas aprendem a expressar de forma adequada, estão no caminho certo de aprender a identificar o que sentem e assim melhoram a possibilidade de gerir, tanto para beneficiar-se, como para melhorar o relacionamento interpessoal.

Sejam adultos suficientemente bons para as crianças. Construam regras juntamente com as crianças, adequadas à idade emocional delas. E se tiver que punir, façam com consciência, vossa e da criança! Vocês podem abraçar a criança e dizer “lamento minha querida, porém ficou combinado que se você não tirasse nota positiva, deixaria de jogar Play station. Vamos ajuda-la a melhorar as suas notas”.

E como tudo na vida se é demais faz mal e, com certeza, não seria diferente em relação às emoções e sentimentos,  o sucesso é sempre o equilíbrio, nem excesso nem escassez. Por isto a super-proteção é uma atitude amorosa, porém inadequada.  Como adultos queremos proteger as nossas crianças das dores da vida, mas ao exagerarmos impedimos o seu pleno desenvolvimento. Lembrem-se: equilíbrio!

Demonstrem interesse pelas atividades e conquistas das crianças e, elogiem de forma sincera o que elas fizerem bem feito.

Não usem chantagem emocional.  “Se você fizer isso, ficarei triste”.  No futuro, isso será uma fonte de culpa e de angústia para a criança.  É melhor ficar neutro: “não queremos que você faça isso”.

É fundamental ensinar as crianças a solucionar por si próprias os seus problemas. Alguns adultos tentam solucionar os problemas das crianças e, não dão a elas a oportunidade de pensarem e actuarem por si próprias. Ignorar um problema, não faz com que ele deixe de existir. A prática na solução de problemas melhora a capacidade de resolução e tomada de decisão no futuro.

Os adultos devem definir como objectivos emocionais para as crianças, desenvolverem a confiança que traz a certeza de que tem muitas possibilidades de êxito no que empreendem e que podem contar com os adultos para ajudar nessa tarefa. Também a intencionalidade, que é o desejo e a capacidade de conseguir algo e de actuar em consequência disso, que reforça o sentir-se competente e eficaz. Muito importante é a empatia, para compreender os outros e facilitar para que seja compreendido por eles. Assim como, a capacidade de comunicar e a cooperar para harmonizar as próprias necessidades com as dos outros nas actividades de grupo.

Assim, cada criança que aprendeu inteligência emocional com a sua família, faz parte de um grupo na Escola e constrói um ambiente favorável à aprendizagem nessa escola. Já está provado que um clima emocional adequado dentro de sala de aula, em que os alunos se dão bem com os colegas, não há brigas, o relacionamento harmonioso predomina e não há interrupções nas aulas, eles aprendem melhor. É o quociente emocional a ajudar o intelectual.

Lembrem-se: Se não estamos satisfeitos com os resultados, devemos mudar a forma como fazemos e agimos.
Um abraceijo,
Angela Escada
Texto escrito para a CAFAP CF -  ASAS - Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo Tirso

Sem comentários:

Enviar um comentário