Estudo associa doença ao uso excessivo da rede mundial de computadores
Há uma forte relação entre o uso excessivo de internet e a depressão, segundo estudo britânico recentemente publicado na revista médica Psychopathology.
Avaliando, com um questionário on-line, mais de 1,3 mil pessoas com idades entre 16 e 51 anos recrutadas em sites de relacionamento, os pesquisadores da Universidade de Leeds notaram que 1,2% das pessoas eram “viciadas em internet” - tinham um hábito compulsivo e trocavam as interações sociais reais pelas virtuais - e muitas delas estavam deprimidas.
“A internet, atualmente, desempenha um enorme papel na vida moderna, mas seus benefícios são acompanhados pelo lado mais sombrio”, disse a pesquisadora Catriona Morrison, líder do estudo. “Há um subgrupo da população que acha difícil controlar quanto tempo gastam on-line, ao ponto de interferir em suas atividades diárias”, destacou a especialista. De acordo com ela, essas pessoas, no estudo, eram cinco vezes mais deprimidas do que aquelas que acessavam a rede com moderação.
“Nossa pesquisa indica que o uso excessivo da internet está associado à depressão, mas não sabemos o que vem primeiro - as pessoas deprimidas são levadas à internet ou a internet causa depressão?”, ponderou Morrison, destacando a necessidade de mais pesquisas sobre o assunto.
Por outro lado, críticos da pesquisa argumentam que é difícil diagnosticar o vício em internet, e que, da mesma forma que algumas pessoas deprimidas ou ansiosas recorrem à rede, outras veem muita TV ou compram demais. Fernando Fischer
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