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sábado, 25 de outubro de 2008

Diagnóstico precoce de doença neurodegenerativa

Tiago Fleming de Oliveira Outeiro, o cientista que está trabalhando com testes para dignóstico precoce http://maldeparkinson.blogspot.com/2007/12/jornadas.html de doenças neurodegenerativas, pode ser encontrado no seguinte endereço:

Unidade de Neurociência Celular e Molecular
do IMM – Instituto de Medicina Molecular - Sala P1A-23
Universidade de Lisboa

Av. Prof. Egas Moniz 1649-028
Lisboa - Portugal

Phone: +351-217999438
Email: touteiro@gmail.com
http://neurodegeneration.blogspot.com

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Internet aumenta poder cerebral de idosos

Um novo estudo americano sugere que pessoas na meia-idade ou mais velhas aumentam o poder de seus cérebros com o uso da internet.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia-Los Angeles descobriram que a busca de dados pela rede estimula centros do cérebros que controlam a tomada de decisões e o raciocínio complexo.

Segundo os cientistas, isso pode até ajudar no combate a mudanças fisiológicas relacionadas à idade que levam o cérebro a ficar mais lento.

Com o envelhecimento, o cérebro passa por uma série de mudanças, incluindo o encolhimento e redução na atividade celular, o que pode ter um impacto no desempenho cerebral.

Acreditava-se que atividades como palavras-cruzadas ajudariam a manter o cérebro ativo e também a minimizar o impacto do envelhecimento. O novo estudo sugere que surfar pela internet também pode ser uma destas atividades.

"Os resultados do estudo são encorajadores, as tecnologias que estão surgindo podem ter efeitos fisiológicos e benefícios potenciais para adultos de meia-idade ou mais velhos", diz o professor Gary Small, que liderou a pesquisa.

"As buscas na internet envolvem uma complicada atividade cerebral, que pode ajudar a exercitar o cérebro e melhorar as funções cerebrais", acrescenta Small.

O estudo foi publicado na revista American Journal of Geriatric Psychiatry.

Exames

Os cientistas trabalharam com 24 voluntários com idades entre 55 e 76 anos. Metade era formada por usuários experientes da internet. Cada voluntário teve o cérebro examinado enquanto fazia buscas na internet e lia livros.

Os dois tipos de tarefas deram provas de uma atividade significativa em regiões do cérebro que controlam linguagem, leitura, memória e habilidades visuais.


Atividade cerebral de usuário experiente ao fazer buscas na internet
Atividade cerebral de usuário experiente ao pesquisar na internet

No entanto, a busca na internet produziu atividade adicional em áreas separadas do cérebro, que controlam a tomada de decisões e raciocínos complexos, mas apenas nos voluntários que eram usuários experientes da internet.

Segundo os pesquisadores, comparando com a simples leitura, as múltiplas escolhas da internet exigem que as pessoas tomem decisões a respeito do que clicar para conseguir informações relevantes.

Os cientistas sugeriram, porém, que os usuários inexperientes da rede não conseguiram compreender bem as estratégias necessárias para uma busca bem-sucedida.

"Uma tarefa simples, cotidiana, como fazer buscas na internet, parece intensificar os circuitos cerebrais nos adultos mais velhos, demonstrando que nosso cérebro pode continuar a aprender à medida que envelhecemos", afirma Small.

"Essas descobertas fascinantes se somam a pesquisas anteriores e sugerem que pessoas de meia-idade ou mais velhas podem reduzir o risco de sofrer de demência ao praticar regularmente atividades cerebrais estimulantes", diz Rebecca Wood, diretora-executiva da organização Alzheimer's Research Trust.

"Interação social frequente, prática regular de exercícios e a manutenção de uma dieta balanceada também podem reduzir o risco de demência", acrescenta Wood.

No entanto, para Susanne Sorensen, chefe de pesquisas da Alzheimer's Society, "ainda há poucas evidências de que manter o cérebro ativo por meio de palavras-cruzadas, jogos e outras atividades" pode reduzir o risco de demência.

Fonte: BBC

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Prontuário Terapêutico da Infarmed

Para uso do profissional de saúde.
Para quem prescreve e para quem não prescreve mas precisa conhecer os efeitos de cada medicamento.

http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/PUBLICACOES/PRONTUARIO

AS SETE MAIORES DESCOBERTAS CIENTÍFICAS DA HISTÓRIA

Neste livro são relatados os alguns dos principais acontecimentos da ciência que contribuíram ,de certa forma, para mudanças radicais no comportamento humano

As sete principais descobertas a que esse livro se refere são:

1) Gravidade e física - Isaac Newton

2) Átomo - Ernest Rutherford e Niels Bohr

3) Relatividade - Albert Einstein

4) Big-Bang - Edwin Hubble

5) Evolução - Charles Darwin

6) Célula e genética - Walther Flemming e Gregor Mendell

7) DNA - Francis Crick e James Watson David Eliot e Arnold R. Brody

Cia. Das Letras

Descobertas científicas mais importantes do ano de 2007

A revista Science elegeu as dez descobertas científicas consideradas mais importantes pelos editores daquela publicação no ano 2007. O Site Inovação Tecnológica publicou todas as descobertas escolhidas que estão em sua área de cobertura, assim que elas aconteceram.

Entre os principais feitos, a revista destacou descobertas relacionadas à variação genética humana, à reprogramação de células adultas e à origem dos raios cósmicos. Esta última descoberta teve participação importante de pesquisadores brasileiros. Todas

Diferenças no DNA

Segundo a revista, a comunidade científica se surpreendeu com uma série de avanços nas pesquisas sobre o genoma humano que demonstram existir uma diferença muito maior do que se imaginava entre o DNA de diferentes pessoas.

"Por muitos anos temos ouvido sobre como as pessoas são idênticas entre elas e até em relação a outros primatas. Mas, neste ano, avanços em várias frentes levaram pela primeira vez a concluir que há uma grande diferença entre os genomas de cada indivíduo", disse o editor de ciências físicas da publicação, Robert Coontz, que coordenou o processo de seleção dos principais avanços do ano.

"É um imenso salto conceitual que afetará a vida humana desde como os médicos tratam as doenças até como nos vemos enquanto indivíduos", destacou.

Variações no genoma humano

Desde o seqüenciamento do genoma humano, os cientistas têm mapeado pequenas variações no genoma humano, que tiveram papel-chave em projetos de pesquisa em associação completa de genomas, realizados em 2007. Nesses projetos, pesquisadores compararam o DNA de milhares de indivíduos com e sem doenças para determinar quais das pequenas variações genéticas representam riscos.

Reprogramação celular

Em segundo lugar entre os principais avanços científicos do ano, a revista apontou a tecnologia de reprogramação de células anunciada em junho. Na ocasião, pesquisadores do Japão e dos Estados Unidos criaram células-tronco pluripotentes induzidas, a partir da pele de camundongos, que poderiam ser utilizadas para produzir todos os tipos de tecidos do corpo. Em novembro, duas equipes anunciaram o mesmo feito com células da pele humanas.

Origem dos raios cósmicos

Em terceiro lugar, a revista indicou a pesquisa realizada no Observatório Pierre Auger, na Argentina, que descobriu a origem dos raios cósmicos de alta energia - um dos maiores mistérios da astronomia. A pesquisa, que teve importante participação brasileira, sugere que os raios são emitidos a partir de áreas do espaço onde existem núcleos galácticos ativos, isto é, galáxias com buracos negros supermassivos em seu centro.

Mensagens hormonais

Em quarto lugar, a Science apontou a pesquisa que determinou a estrutura do receptor Beta2-adrenérgico humano, que regula os sistemas humanos internos ao carregar, pelo corpo, mensagens dos hormônios, serotonina e outras moléculas. Esses receptores são alvo para medicamentos que vão de anti-histamínicos a betabloqueadores.

Óxidos metálicos

Avanços na transição de óxidos metálicos ficaram em quinto lugar por seu potencial para viabilizar uma nova revolução dos materiais. Em 2007, diz a revista, equipes de cientistas utilizaram pares de óxidos para produzir interfaces com uma ampla gama de propriedades magnéticas e elétricas potencialmente úteis.

Spintrônica

Em sexto lugar, foi lembrado o trabalho de físicos teóricos e experimentais que produziram o já previsto efeito Hall de rotação quântica, um comportamento singular de elétrons que fluem por meio de certos materiais submetidos a campos elétricos externos. Se esse efeito funcionar em temperatura ambiente, ele poderá levar ao desenvolvimento de um novo equipamento de computação "spintrônico" de baixa potência.

Células T

Em sétimo lugar, ficou a pesquisa sobre como células T que combatem vírus e tumores se especializam para fornecer proteção imediata ou de longo prazo. Os autores do trabalho descobriram que, quando se observa uma célula T logo após sua divisão, dois tipos diferentes de proteínas são gerados em pólos opostos da célula. De um lado, elas apresentam características de "soldados", e do outro de "células de memória", que podem esperar por anos para combater intrusos.

Síntese química

A revista lembrou ainda da pesquisa em síntese química que levou à uma série de técnicas eficientes e econômicas para o desenvolvimento de compostos farmacêuticos e eletrônicos.

Origens da memória e da imaginação

Outro destaque foram estudos em humanos e ratos que sugerem que a memória e a imaginação têm seu substrato no hipocampo, um centro crítico de memória do cérebro. Os pesquisadores inferem que a memória no cérebro pode rearranjar experiências passadas para criar cenários futuros.

Inteligência artificial

A décima conquista lembrada pela Science tratou de inteligência artificial: a solução do jogo de damas. Jonathan Schaeffer e seu grupo demonstraram que o jogo termina empatado se nenhum dos dois participantes comete erros.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Nascer novos neurónios?

O estudo de uma equipa de cientistas europeus abre novas perspectivas para a investigação médica sobre doenças neurológicas, como a epilepsia ou o Alzheimer.

Cientistas europeus descobriram como transformar, num laboratório, células embrionárias em neurónios do córtex cerebral, abrindo novas perspectivas para a investigação médicas sobre doenças neurológicas.

O córtex cerebral é uma estrutura complexa, constituída por células nervosas ou neurónios, onde surgem doenças como a epilepsia, a doença de Alzheimer.

O trabalho, realizado pela equipa de Pierre Vanderhaeghen, da Universidade Livre de Bruxelas, com Afsaneh Gaillard, da Universidade francesa de Pitiers, foi colocado ‘online’ no domingo pela revista cientifica Nature.

Nicolas Gaspard, da Universidade Livre de Bruxelas, descobriu pela primeira vez que as células embrionárias “podem ser transformadas em neurónios do córtex de acordo com um mecanismo simples e eficaz, resumindo a essência da complexidade do córtex cerebral, mas dentro de caixas de cultura celular”, referiu um investigador à AFP.

Esses neurónios, gerados totalmente fora do cérebro, foram depois transplantados para cérebros de ratos. Um mês depois, examinando o cérebro dos ratos, foi possível ver que os novos neurónios ligaram-se ao cérebro, formando canais adequados para o efeito.
Desta forma, acrescentou o investigador, “demonstrámos que os neurónios são funcionais”.
“Pela primeira vez, temos acesso a um fonte ilimitada de neurónios específicos do córtex”, referiu.

Os investigadores acreditam que esta nova descoberta “é uma ferramenta inovadora para a investigação” e poderá ser utilizada para testar novos medicamentos. Este método poderá também constituir uma alternativa para algumas experiências em animais e humanos.

A longo prazo, este trabalho abre também a perspectiva de transplantes intracerebrais contra doenças degenerativas, vasculares cerebrais ou traumas que afectam o córtex.

Fonte: Expresso.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Cientistas identificam área do cérebro que estimula gosto pelo novo

Cientistas britânicos identificaram uma área do cérebro que encoraja o ser humano a optar pela novidade e pelo desconhecido.

Segundo o estudo, realizado na University College, em Londres, a opção pelo desconhecido desperta a atividade na região do estriado ventral, localizada na área primitiva do cérebro.

Essa região está relacionada com o processamento de recompensas e sua atividade provoca a liberação de dopamina – o que poderia, segundo os cientistas, explicar o "gosto pelo desconhecido".

A pesquisa, publicada na revista científica Neuron, sugere ainda que a existência desse mecanismo de recompensas em uma área primitiva do cérebro pode ter contribuído na evolução e sobrevivência da espécie humana, que "ousou" experimentar o novo.

"Buscar experiências novas e pouco familiares é uma tendência de comportamento em humanos e alguns animais. Faz sentido experimentar novas opções pois elas podem ser mais vantajosas a longo prazo", explica Bianca Wittmann, que liderou o estudo.

"Por exemplo, um macaco que escolhe escapar da dieta à base de bananas, mesmo que isso signifique entrar em uma área nova da floresta ou comer um tipo novo de comida, pode enriquecer sua alimentação e deixá-la mais nutritiva", disse Wittmann.

Atividade

Para realizar o estudo, os cientistas trabalharam com voluntários e os deixaram familiarizados com um grupo de imagens e a cada uma estava atribuída uma recompensa.

Ao longo da pesquisa, os participantes já sabiam quais eram as imagens que iriam trazer mais recompensas. No entanto, cada vez que os cientistas mostravam uma imagem nova, os voluntários apresentaram uma tendência em escolher a imagem desconhecida, ao invés das já familiares.

Para analisar o fluxo de sangue no cérebro e identificar a área de maior atividade no momento da escolha pelo desconhecido, os cientistas fizeram exames de ressonância magnética nos voluntários e descobriram a atividade do estriado ventral.

'Perigos'

Apesar de destacar que experimentar o novo pode trazer benefícios e vantagens a longo prazo, a pesquisa destaca que o mesmo mecanismo torna o ser humano mais vulnerável à exploração alheia - como, por exemplo, da indústria da publicidade ou de estratégias de marketing.

"Posso ter uma barra de chocolates preferida, mas se eu vejo uma barra diferente que recebeu uma nova embalagem que promove o 'seu sabor novo e aperfeiçoado', minha busca pela novidade pode fazer com que eu me distancie da minha escolha tradicional", explicou Wittmann.

Já para o professor Nathaniel Daw, que participou da pesquisa, a ação de 'recompensa' do cérebro para opções novas e desconhecidas pode ter efeitos colaterais ainda mais sérios.

"Nos humanos, a intensa busca pela novidade pode ter um papel decisivo no gosto pela jogatina e vícios em drogas – dois comportamentos mediados por problemas na liberação de dopamina", disse.

O professor Seth Grant, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, afirmou que a habilidade para reconhecer as novidades seria anterior à evolução do estriado ventral, já que a mesma capacidade já havia sido verificada nos invertebrados, que não possuem essa estrutura cerebral.

No entanto, ele afirmou que é provável que o estriado tenha ajudado as espécies mais sofisticadas, como o homem, a refinar essa habilidade.
Fonte: BBC

sábado, 22 de dezembro de 2007

Hipocampo - localização espacial

Cientistas descreveram o que chamaram de uma espécie de "sistema de navegação" nos cérebros de motoristas de táxi londrinos.

Os pesquisadores da University College of London analisaram imagens dos cérebros dos motoristas enquanto eles simulavam dirigir por uma recriação das ruas de Londres.

Diferentes regiões do cérebro eram ativadas à medida que eles examinavam opções de rota, avistavam locais familiares ou observavam o comportamento de seus passageiros.

Estudos anteriores já haviam mostrado que os motoristas de táxi possuem maior hipocampo – região do cérebro que desempenha um papel crucial na localização espacial e na navegação.

Segundo os cientistas, o cérebro até "cresce de tamanho" à medida que coleta informações detalhadas necessárias para percorrer e se localizar nas labirínticas ruas da capital britânica.

'Coreografia' cerebral

Os cientistas utilizaram ressonância magnética para obter imagens "minuto a minuto" do cérebro de 20 taxistas que foram encarregados de levar passageiros em um simulador das ruas de Londres.

A série de imagens revelou uma complexa coreografia da atividade cerebral à medida que os motoristas respondiam a cada cenário.

O hipocampo só se ativava quando os taxistas iniciavam o planejamento de sua rota, ou se tivessem de mudar seu itinerário no meio da viagem, eles observaram.

Os cientistas também observaram mudanças de atividade em diferentes regiões do cérebro quando os taxistas enfrentavam situações inesperadas, como um cruzamento bloqueado.

Outra parte do cérebro dos taxistas os ajudava a saber quando se aproximavam de seu destino final – como um detector.

Animais usam uma série de diferentes mecanismos para navegar – os raios do sol, o campo magnético da Terra e a posição das estrelas.

Os cientistas querem que seu estudo, apresentado nesta semana no Festival de Ciências da Associação Britânica para o Avanço da Ciência, em Liverpool, aporte nova informação sobre o papel de áreas específicas do cérebro utilizadas por especialistas humanos em navegação.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Saúde: Dois quadrados de chocolate negro fazem baixar a tensão arterial e não engordam

O consumo de dois quadrados de chocolate negro por dia, que equivalem a 30 calorias, é suficiente para reduzir a Tensão Arterial sem ganhar peso, segundo um estudo alemão publicado no “Journal of The American Medical Association”.

Já era sabido que o consumo de cem gramas de alimento achocolatado por dia podia fazer baixar a tensão, mas a Medicina ignorava os efeitos de fracas quantidades de chocolate negro, rico em cacau e com pouco açúcar e matérias gordas, explicou Dirk Taubert, do Hospital Universitário de Colónia, na Alemanha, e principal autor do estudo.

O ensaio clínico, efectuado entre Janeiro de 2005 e Dezembro de 2006, abrangeu 44 adultos, 24 mulheres e 20 homens, com idades compreendidas entre 56 e 73 anos, os quais sofriam de Pré-Hipertensão ou Hipertensão. Os participantes foram divididos em dois grupos, um que comia todos os dias, durante 18 semanas, 6,3 gramas de chocolate negro com 30 miligramas de polifinol, e o segundo ingeria a quantidade equivalente de chocolate branco sem polifenol.

O polifenol é um potente anti-oxidante que parece ter um efeito dilatador das artérias.

Os investigadores constataram que as pessoas que consumiram chocolate negro registavam uma diminuição média da sua tensão, sem mudanças de peso, de teor de lípidos no sangue e de glucose. Em contrapartida, os sujeitos que consumiram chocolate branco não apresentaram qualquer mudança na tensão arterial.

sábado, 30 de junho de 2007

Córtex Pré-frontal

Cientistas espanhóis decifraram a estrutura de funcionamento do córtex pré-frontal, área do cérebro responsável pelo planeamento de acções e movimento.
O estudo, publicado no último número da revista americana "PNAS", pode fornecer novos dados em investigações sobre patologias psiquiátricas baseadas em uma alteração do córtex pré-frontal, como a esquizofrenia.
A pesquisa, comandada pelos cientistas da Universidade Pablo de Olavide de Sevilha (sul), Agnès Guart e José Maria Delgado, contou com a participação da equipe de Alfonso Fairén do Instituto de Neurociências de Alicante.
Durante a pesquisa, foi comprovado que o cérebro continua aprendendo enquanto a região pré-frontal está activada.
O córtex pré-frontal está relacionado à estratégia: decidir que sequências de movimento activar e em que ordem, além de avaliar seu resultado.
Segundo Fairén, a região "controla muitas actividades cerebrais que nos diferenciam como humanos, não só no aspecto cognitivo, mas também na avaliação subjectiva e afectiva do conhecimento".
Inicialmente, foram feitos testes com coelhos para observar por que os animais piscavam voluntariamente. Os cientistas chegaram à conclusão de que os animais aprendiam a discernir um som que os avisava da chegada de um sopro de ar contra seus olhos.
Para evitar lesões na córnea, os coelhos fechavam os olhos.
Posteriormente, a pesquisa interveio no córtex pré-frontal dos animais por meio de activação eléctrica, o que causou a inibição deste tipo de comportamento das cobaias.
A paralisia criada pelo córtex pré-frontal em animais como o coelho ocorre frequentemente quando um possível predador se aproxima.
No ser humano, a activação desta parte do cérebro permite adoptar importantes decisões sobre o que se deve ou se pode fazer em determinadas circunstâncias, acrescentou Fairén.
Segundo o pesquisador, "essas decisões são tomadas com plena consciência sobre o que decidimos e fazemos. Paralelamente, o cérebro continua com sua aprendizagem. Podemos, definitivamente, aprender, apesar de os efeitos externos de aprendizagem não se manifestarem".

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Excessiva exposição ao Computador

A radiação emitida pelo monitor não chega principalmente pela tela, como muitas pessoas acreditam. O perigo está nas partes laterais e de trás do monitor .

O vidro da tela barra quase toda a radiação. O monitor também emite uma certa quantidade de microondas e raios-x, mas em nível muito baixo para afetar o usuário. A radiação perigosa para o usuário é a eletromagnética de baixa freqüência.

Alguns pesquisadores acreditam que a radiação eletromagnética, associada à alta tensão elétrica dos raios catódicos existentes dentro do monitor, podem afetar as células do ser humano e não apenas os olhos.

Uma das soluções para diminuir essa radiação é colocar uma blindagem eletromagnética na parte de trás do monitor, onde fica o tubo catódico. No caso, seria uma espécie de rede com furinhos feita de cobre ou alumínio, conectada a um fio terra para levar a radiação para longe do usuário.

Outra saída, nem sempre ao alcance de todos, é usar um laptop. Os micros portáteis não utilizam o tubo de raio catódico para gerar imagens na tela, o que faz com que tenham uma baixa magnetização. Alguns monitores para desktops também não utilizam tubos de raios catódicos, mas esses são vendidos apenas na Europa.

Cansaço Visual

Monitores são compostos de pixels (minúsculos pontos), nos quais o olho não consegue foco. O usuário de computador tem que "focar e refocar" para manter as imagens bem definidas. Isto resulta em tensão dos músculos do olho. Adicionalmente, depois do uso prolongado do computador, é diminuída a frequência de piscar, que causa olhos secos e doloridos. Como resultado, a habilidade para focar diminui e podem ocorrer dores de cabeça e no pescoço.

Algumas medidas para evitar o cansaço visual:

• Mantenha a distância de 50 cm do monitor. (A parte de trás deve estar a um metro do seu corpo);

• Posicione as luzes do ambiente de modo a evitar reflexos na tela. Use tela anti-reflexiva se necessário;

• Faça esforço para piscar freqüentemente com o objetivo de lubrificar os olhos;

• Não esfregue os olhos com os dedos sujos;

• A cada 15 minutos desvie os olhos do micro e olhe longe para relaxar a acomodação dos olhos;

• Dê um intervalo de 10 minutos, a cada hora trabalhada em frente ao monitor;

• Dê preferência às lentes anti-reflexo;

• Dê preferência a modos de exibição com resoluções maiores (1280x1024 ) * - tabela abaixo

• Prefira trabalhar em telas com fundo branco e caracteres pretos, para que o olho não receba tanta luminosidade;

• Evite usar o computador em salas escuras. A máquina será fonte de luz intensa contra os olhos, o que irrita e causa o cansaço visual;

• Quando chegar em casa, faça uma compressa com água fria com lenço, gaze ou algodão durante cinco a 10 minutos. Os fenômenos elétricos, reações fotoquímicas da visão, esquentam os olhos e apesar deles terem mecanisnos próprios para dispersão do calor, colocar uma compressa faz bem.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Medicina se rende à prática da meditação

O Ministério da Saúde baixou portaria incentivando postos de saúde e hospitais a oferecer a técnica em todo o País

Em Fevereiro, a agência do governo dos EUA responsável pelas pesquisas médicas (NIH, na sigla em inglês) reconheceu formalmente a meditação como prática terapêutica que pode ser associada à medicina convencional. Em Maio, o Ministério da Saúde brasileiro baixou uma portaria em que incentiva postos de saúde e hospitais públicos a oferecer a meditação em todo o País.

Essas acções governamentais são sinais da tendência de encarar a meditação não simplesmente como prática de bem-estar, que faz bem apenas à mente e ao espírito. Parar diariamente alguns minutos para se concentrar e se desligar do turbilhão de pensamentos que ocupam constantemente a cabeça também ajuda a manter a saúde física.

"A meditação é diferente da medicina convencional porque quem cuida de você não é o médico. É você mesmo", explica a médica anestesista Kátia Silva, que coordena as actividades de meditação no Hospital Municipal Vila Nova Cachoeirinha,
em São Paulo. Na
cidade, 70% dos postos de saúde oferecem actividades da chamada medicina tradicional, que inclui acupunctura, tai chi chuan e meditação.

Relativamente recentes, as pesquisas começaram nos anos 70. Uma pesquisa com a palavra meditação no acervo online da biblioteca Nacional de Medicina, do governo americano, traz 1.400 estudos científicos.

Entre outros benefícios, meditar previne e combate a depressão, a hipertensão arterial, a dor crónica, a insónia, a ansiedade e os sintomas da síndrome pré-menstrual, além de ajudar a reduzir a dependência de drogas.

Esses estudos mostram que a meditação reduz o metabolismo - os batimentos cardíacos e a respiração ficam mais lentos e o consumo de oxigénio pelas células cai. É isso que dá a sensação de relaxamento e tranquilidade.

As mesmas pesquisas sugerem que prática também interfere no funcionamento do sistema nervoso autónomo, que é responsável, por exemplo, pela liberação das hormonas noradrenalina e cortisol durante os momentos de stress. Em quem medita, a duração dessas "reacções de alarme" são mais curtas. Dessa forma, a pressão do sangue e a força de contracção do coração ficam alteradas por pouco tempo, comprometendo menos a saúde.

Apesar de serem evidentes os benefícios, a ciência ainda não consegue entender completamente como a meditação age no sistema nervoso. "Uma das dificuldades é o fato de não serem possíveis testes com modelos animais", explica a bióloga Elisa Kozasa, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Segundo especialistas, mudanças podem ser sentidas logo nas primeiras semanas. A aposentada Maria Elza Lima dos Santos, de 60 anos, descobriu a meditação no Hospital Vila Nova Cachoeirinha. Ela vivia com crises de pressão alta, que passaram após quatro meses de práticas diárias. "Antes, eu era muito nervosa. A cabeça estava sempre cheia de problemas. Aí a pressão subia. Agora fico mais relaxada, sinto uma paz de espírito", conta ela, explicando que no princípio teve dificuldades com a técnica (leia sobre a
técnica no texto ao lado). "Levei um mês para aprender a me concentrar."

Na trilha da acupunctura

O obstetra Roberto Cardoso, autor de "Medicina e Meditação - Um Médico Ensina a Meditar" (MG Editores, 136 págs, R$ 26), diz que muitos profissionais de saúde ainda têm preconceitos. "Mas isso deve mudar. A meditação começa a trilhar os passos da acupunctura, que já é um recurso reconhecido pela classe médica."

No Brasil, a instituição que mais estuda o tema é a escola médica da Unifesp, o que, segundo especialistas, ajuda a apagar a imagem religiosa e mística que normalmente se tem dos meditadores. A meditação não precisa ser necessariamente ligada a uma crença oriental.

Para que a meditação cumpra seu papel de medicina complementar e preventiva, o psicólogo José Roberto Leite, da Unifesp, explica que ela deve ser diária e constante. "É como comer ou fazer exercícios. Não basta uma semana para que você se mantenha saudável."

por Ricardo Westin
Fonte: Estado de São Paulo, 07/07/06
http://txt.estado.com.br/editorias/2006/07/07/ger-1.93.7.20060707.6.1.xml

domingo, 3 de dezembro de 2006

Riscos do mapeamento cerebral - chips

Está em curso uma revolução silenciosa da qual poucos se deram conta. As chamadas neurotecnologias, que são as técnicas de mapeamento cerebral, de desenvolvimento de drogas ou implantação de chips que alteram o comportamento humano, sempre estiveram restritas à medicina para o tratamento e a prevenção de doenças. No entanto, elas passaram a ser usadas no quotidiano das pessoas sem que exista um questionamento ético sobre o assunto. Empresas testam o gosto de um refrigerante com base nas reacções de prazer no cérebro de um indivíduo. Estúdios cinematográficos monitoram o cérebro humano para saber quais cenas de um filme são mais excitantes e merecem fazer parte do trailer. Nos tribunais, o uso da neuroimagem como detector de mentiras é tido como uma grande promessa. Contudo, não há regras nem limites éticos para lidar com o assunto. É o que alerta o cientista Roberto Lent. Carioca, pai de quatro filhos, Lent, de 58 anos, divide seu tempo entre a literatura (escreveu livros sobre o funcionamento do cérebro que viraram peça de teatro infantil) e o laboratório de neuroplasticidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Após participar de uma conferência internacional sobre neurociências e sociedade contemporânea, no Rio, ele deu a seguinte entrevista a VEJA.

Veja – Por que estabelecer limites para o uso das informações sobre o cérebro?
Lent – As pessoas tendem a imaginar que as descobertas feitas com base nas técnicas de mapeamento e registro cerebral são coisa de ficção científica. Eram, mas não são mais. Já está disponível a tecnologia para que uma empresa possa recrutar profissionais baseando-se em como o cérebro dos candidatos reage diante de um problema que, por exemplo, envolva um julgamento moral. Discutem-se muito os limites éticos da genética porque o assunto está na ordem do dia. No entanto, a neuroética é tão ou mais vital porque envolve a mente humana. Prever com segurança a possibilidade de alguém ter uma doença neurodegenerativa como Alzheimer aos 60 anos ou identificar precocemente a propensão de um jovem à violência é um avanço, mas representa também novos desafios éticos.

Veja – Quais as consequências disso?
Lent – Informações privadas como essas podem vazar para terceiros. Imagine uma companhia de seguros que consiga os dados sobre a propensão de uma pessoa a ter a doença de Huntington, que é incapacitante e mortal. Quem vai querer fazer uma apólice para essa pessoa? Ou ainda: que escola receberia tranquilamente um adolescente que apresentasse um marcador cerebral indicando predisposição para se tornar psicopata? Além disso, há um debate ainda mais complicado: quem deveria ter acesso a essas informações? A família? O paciente? A escola? O empregador? Vamos supor que se consiga identificar com muita chance de acerto um marcador cerebral – alguma característica morfológica ou funcional – que aponte a possibilidade real de um garoto de 15 anos cometer um ato violento, um assassinato até, aos 30. Trata-se de algo que ainda não é possível, mas os pesquisadores estão a caminho disso. O que fará o profissional em um caso desses? Diz para a família? Armazena a informação em um órgão de Estado para vigiar o garoto ou passa a medicá-lo preventivamente? Temos de nos preparar para dar essas respostas.

Veja – Mas não é sempre bom saber com antecipação os riscos que se vai correr?
Lent – Ao lidarmos com o cérebro, estamos falando daquilo que é mais humano e individual nas pessoas. Envolve um profundo debate filosófico e existencial. Se sou alérgico e meu filho herda isso, é bom saber antes para que possa tomar minhas providências. Mas, se descubro que meu filho tem propensão fortíssima a se tornar um assassino, isso traz questões éticas muito mais graves. Nós, cientistas, temos o dever de investigar a natureza e informar ao público o que está sendo descoberto, mas é a sociedade que deve discutir os limites éticos da questão.

Veja – Quais seriam esses limites?
Lent – Não há problema ético quando se desenvolve uma técnica para tratar uma doença neurológica ou psiquiátrica. O problema ético surge com a possibilidade de utilizá-la para aprimorar o que é normal, uniformizar o que é diverso, enfim, mudar a natureza humana. Tratando a questão em seu limite, eu diria que não podemos cair no abismo de ressuscitar práticas condenáveis como a eugenia, que foi uma das aberrações éticas dos nazistas. Também existe um risco enorme de fazer generalizações perigosas e erróneas.

Veja – O senhor pode dar um exemplo desse erro?
Lent – Há um grande debate sobre o uso da ressonância magnética funcional como detector de mentiras. O método tradicional de detectar mentiras mede alterações na resistência eléctrica da pele através da sudorese resultante de uma situação de stress. No caso, do ato de mentir. Mas um psicopata desprovido de emoções de natureza moral consegue enganar os detectores tradicionais. A ideia prevalente é que com o uso da neuroimagem fornecida pela ressonância magnética nem os psicopatas escapam da detecção. No caso de um assassinato, a foto da cena do crime é exibida a um suspeito, enquanto seu cérebro é monitorado. O pressuposto é o de que, ao reconhecer a cena, o cérebro emitirá um sinal específico. Esse sinal seria a prova de que o suspeito esteve no local do crime. Ora, o que se tem visto é que a detecção de mentira pela ressonância é sem dúvida um método mais complexo, mas não menos superficial e falho do que o tradicional. O sinal denunciador do criminoso pode ter sido produzido por uma lembrança inocente ou decorrente de um fato traumático mas totalmente dissociado da cena do crime. Injustiças terríveis podem ser cometidas se esse método for entronizado como infalível.

Veja – Existe um método seguro para saber se alguém está mentindo?
Lent – Não. Os métodos funcionam estatisticamente. Isso significa que eles podem indicar correctamente a função cognitiva ou emocional mais esperada em um grupo de pessoas. Mas é uma temeridade considerar que se poderá atingir uma precisão válida para cada pessoa individualmente. Esse é o ponto. Generalizar, quando se trata do cérebro humano, é um risco imenso. Cada indivíduo é diferente do outro.

Veja – Pouquíssimas pessoas têm ou tiveram o cérebro monitorado, e essas práticas não devem se popularizar tão cedo. Onde está o perigo maior?
Lent – Da mesma forma que os casais não resistem a ver imagens precoces de seus bebés pelo ultra-som, é natural que, em havendo a possibilidade, vão querer saber se seus filhos tendem a ter alguma doença no futuro. Quem não quer saber se o filho ou filha tem propensão para se envolver com drogas e ficar viciado? Já existem tecnologia e conhecimento para satisfazer essas curiosidades dos pais. Como ainda não se tem definidas as balizas éticas desses procedimentos, estamos no escuro. O filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, com o ator Jim Carrey, não é muito distante da realidade. No longa, uma empresa usa a neuroimagem para orientar uma cirurgia cerebral destinada a fazer com que o personagem esqueça a namorada. A neuroimagem localizava as regiões do cérebro activadas quando o rapaz se via diante de um objecto que o fazia lembrar-se da moça, e o técnico cauterizava essas regiões para apagar lembranças relacionadas a ela. Do ponto de vista técnico, nada impede que um centro hospitalar se proponha a liberar cirurgicamente as pessoas de más lembranças e emoções amargas. Embora não se faça isso sem efeitos colaterais graves, a verdade é que não há nenhuma norma a respeito.

Veja – A linha a separar a técnica de melhoria da vida das pessoas da técnica perigosa para a sociedade é ténue. Como distingui-la?
Lent – Não há limite porque não há regras, e não há regras porque a sociedade não discute a questão. Não se pode depender de decisões individuais. Um bom exemplo é o da pesquisa sobre interfaces entre o cérebro e máquinas. Um de seus expoentes é Miguel Nicolelis, brasileiro radicado nos Estados Unidos. A equipe dele já conseguiu fazer computadores controlar seus braços mecânicos usando os impulsos nervosos produzidos pelos neurónios de um macaco. A promessa médica embutida nisso é a de que, um dia, será possível movimentar um membro artificial ou uma cadeira de rodas apenas pela “vontade” do indivíduo. Isso seria uma excelente solução para deficientes físicos. Mas está claro que a possibilidade se abriria também para pessoas normais. Começam aí os problemas. Vamos supor que uma grande empresa, como a Petrobras, adoptasse uma política de recrutar apenas operários que concordassem em implantar um chip no cérebro capaz de, por exemplo, comandar robôs submarinos com alta precisão. Apresentam-se 300 candidatos, e quem não quiser implantar o chip está fora. É aceitável exigir dos trabalhadores o risco de se submeterem a uma intervenção cerebral dessa magnitude?

Veja – Isso também é futuro?
Lent – Não. Os jornais já noticiaram empresas recrutando voluntários para medir a activação de seu cérebro enquanto assistem a um filme publicitário. As cenas mais vibrantes, as que activam mais fortemente as áreas cerebrais ligadas à percepção do produto, são escolhidas para ser usadas nas peças publicitárias. Mas o fato é que padrões de comportamento já estão sendo alterados. A medicina está deixando de ser curativa para ser cosmética. Isso fez com que o conceito de melhorar o desempenho individual se tornasse aceito pela sociedade. Tome-se o exemplo do Viagra, do Prozac e do Botox, remédios criados com fins terapêuticos para resolver o problema da disfunção eréctil, da depressão e das alterações de tônus muscular na face. Hoje, são ferramentas cosméticas.

Veja – O que podemos esperar de novo?
Lent – Estamos muito perto de desenvolver medicamentos que possam melhorar a memória. Seria uma maravilha para ajudar a vida de pacientes com Alzheimer. Mas e se alguns estudantes decidissem utilizar tais medicamentos para melhorar seu desempenho académico enquanto outros se recusassem a fazer o mesmo? Temos um problema ético sério. Acho difícil responder a isso com segurança. É o mesmo dilema que a sociedade teria ao decidir se autorizaria jovens normais a fazer uso de uma pílula da memória para disputar uma vaga de trabalho ou na universidade. Disputar com outros que não recorreram ao auxílio químico…

Veja – Se a pílula da memória for para todos, isso não é uma boa ideia?
Lent – Poderia ser uma óptima ideia, mas insisto que é preciso que a sociedade debata essa possibilidade. Existe enorme pressão para que se comercializem as neurotecnologias porque elas tendem a dar muito lucro. Empresas querem patentear as técnicas e comercializá-las. Imagine quanto dinheiro se ganharia com a pílula da memória. Dei uma conferência recentemente, em que mostrei um catálogo com algumas técnicas distribuído a médicos nos Estados Unidos. Era um livro que listava empresas americanas que oferecem seus produtos, desde remédios até chips cerebrais. Eles já estão altamente organizados.

Veja – Padronizar aparências e comportamentos é um mal em si mesmo?
Lent – Quando se tem um diagnóstico preciso de uma criança com deficit de atenção e hiperactividade, o remédio é necessário sim. No entanto, há um limite mal definido entre as crianças com esse transtorno e as que são apenas mais rebeldes, mais inquietas, mais críticas, e não propriamente doentes. Pouco se sabe sobre o que separa os doentes dos apenas rebeldes. O rebelde chateia a mãe, chateia o pai, ele é crítico, ele se mexe demais. Então, Ritalina nele, e todo mundo fica feliz. A mensagem que se passa é exactamente essa: você precisa mudar para se adequar. O erro está aí.

Veja – Na avaliação do senhor, o que deve ser feito?
Lent – Tendo a achar que as neurotecnologias poderiam ficar restritas ao uso médico, mas com a possibilidade de ser utilizadas para problemas de outra natureza se uma junta de pessoas idóneas, não necessariamente médicos, concordasse. Algo que salvaguardasse uma decisão individual para que ela não fosse errada ou injusta. Seria uma maneira de a sociedade circunscrever o problema. A questão principal no fundo é definir se o cérebro é causa ou consequência das propriedades da mente humana. O cérebro produz as capacidades mentais fortemente influenciado pelo ambiente. Então, é ao mesmo tempo causa e consequência. Estamos tentando entender melhor não só as doenças mentais, mas as propriedades mentais dos indivíduos normais. Isso é fascinante. Decifrar o mistério do que nos torna humanos é o primeiro passo para impedir que um dia possamos ser desumanizados.

Fonte: Revista Veja, Edição 1974 - 27.09.2006

apneia do sono

Se a musculatura da região da úvula – aquela bolinha no fundo da garganta, conhecida como campainha – fica mais flácida e as amígdalas maiores, a respiração durante o sono se complica. O ar tem dificuldade de entrar e, quando a pessoa força a respiração, o resultado é aquele barulho desagradável que todos conhecem, o ronco. Além de incomodar quem está por perto, ele é sinal de má qualidade de sono. Quando ocorre o esforço respiratório e o ar não passa, porque a via aérea encontra-se fechada, sobrevém a apnéia, eventos que duram mais de 10 segundos, sendo considerados anormais ao ultrapassarem a frequência de cinco ocorrências por hora. “Roncar é, no mínimo, sintoma de apnéia do sono”, explica o odontólogo Eduardo Rollo Duarte. Em seu projecto de doutorado na Universidade de São Paulo (USP), ele desenvolveu um tipo de placa intra-oral para ser colocada no interior da boca à noite e reduzir a apnéia e o ronco.

Os distúrbios do sono causam uma série de problemas como sonolência diurna, dificuldade de memorização e dor de cabeça. E, muitas vezes, uma apnéia mais amena pode ser facilmente controlada. A obstrução na região da faringe pode ser provocada por diversos factores. Desde anormalidades anatómicas e factores genéticos, o hipotireoidismo, o envelhecimento, que deixa a musculatura flácida, a obesidade, até o consumo de cigarro, bebida alcoólica e sedativos que deixam a musculatura excessivamente relaxada, impedindo a passagem do ar.

A função da placa intra-oral, feita à base de resina acrílica, é desobstruir esse caminho. Depois de produzida, ela foi testada em 15 pacientes com a idade média de 49 anos que apresentavam apnéia moderada e leve (de 5 a 30 interrupções por hora de sono). Antes do tratamento, os pacientes fizeram uma polissonografia, exame para uma avaliação completa do sono dos pacientes, realizada na Clínica de Distúrbios do Sono, em Bauru. Novo teste foi repetido um ano após o uso da placa e mostrou que 93% dos pacientes tiveram uma redução de 77%, em média, na frequência de apnéia. Radiografias digitalizadas também indicaram aumento nas dimensões da via aérea superior e os próprios pacientes relataram que a sonolência diurna diminuiu. “Uma das vantagens do aparelho é controlar o problema, evitando uma intervenção cirúrgica”, diz a professora da Faculdade de Odontologia da USP, Maria Luiza Arantes Frigerio, orientadora de Duarte.

O uso de placas intra-orais já é uma prática bem difundida no exterior. Por volta da década de 1980, as primeiras placas produzidas nos Estados Unidos não permitiam ajustes e, por isso, podiam provocar problemas na articulação mandibular. Hoje a agência responsável pela análise e liberação de medicamentos naquele país, a FDA na sigla em inglês, já possui cerca de 20 tipos de placa aprovados para uso. A primeira brasileira vai ficar mais barata que a importada. A simplicidade do design e a resina acrílica permitem que ela seja feita por um cirurgião-dentista especialista em prótese dental. Outra vantagem é que, por ser ajustável, como outros modelos mais modernos, a placa tem uma chave que controla a abertura, ou o avanço da mandíbula. Apesar das facilidades, Duarte enfatiza que não faz sentido pensar no material desenvolvido de maneira isolada. “O uso da placa só é eficaz quando associado a um tratamento do distúrbio do sono, que deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar formada por médicos e dentistas da área de sono.”

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

CHÁ DA FOLHA DA GRAVIOLA. X CANCRO

ATENÇÃO: Consulte um médico regularmente, de preferência de 6 em 6 meses. Somente ele tem condições de saber a condição real de sua saúde.

"CANCER MAGIC BULLET DISCOVERED", but drug giants hushes it up!- 10,000 times stronger than hemotherapy with no adverse side effects....."
Na reportagem eles citam o quanto o extracto da GRAVIOLA é 10.000 vezes mais forte do que a quimioterapia por drogas, e sem efeitos colaterais. Citam também a árvore como sendo encontrada na floresta Amazónica.
AQUI FICA A DICA PARA QUEM PRECISAR. SE PUDER, DIVULGUE, QUEM SABE ASSIM CONSEGUIMOS AJUDAR MAIS PESSOAS COM ESSA NOVA DESCOBERTA.
ABAIXO SEGUEM OS SITES DE CONSULTA:
- American College for the Advancement in Medicine:
http://www.acam.org/
- American Academy of Environmental Medicine:
http://www.aaem.com/
- International College of Intergrative Medicine:
http://www.icimed.com/
- Meridian Valley Laboratory:
http://www.meridianvalleylab.com/
- Tahoma Clinic and Dispensary:
http://www.tahoma-clinic.com/tahoma-clinic.com/

Pesquise também em:

http://www.hort.purdue.edu/ newcrop/proceedings1993/v2-644.html

http://www.hort.purdue.edu/ newcrop/proceedings1996/v3-609.html

http://news.uns.purdue.edu/ UNS/html4ever/9709.McLaughlin.pawpaw.html

http://www.hort.purdue.edu/ newcrop/nexus/Asimina_triloba_nex.html

http://www.quatrocantos.com/LENDAS/133_graviola.htm

http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=1496

http://pubs.acs.org/hotartcl/mdd/99/aug/mysterious.html


esses links possuem informação acessível aos pacientes:

http://www.cancertutor.com/Cancer/ Graviola.html
http://www.raysahelian.com/ graviola.html (cita diversos artigos científicos) http://www.rain-tree.com/ graviola.htm

E se você fizer uma pesquisa no Google Scholar:
http://scholar.google.com/scholar? q=graviola+ cancer&hl=en&lr= &start=10&sa=N vai ver que existem muitos trabalhos científicos sobre o assunto.

Uma coisa a ser observada é que o uso excessivo (fruta ou semente) pode causar danos neurológicos, já que ela induz apoptóse.

domingo, 9 de julho de 2006

Cientistas 'descobrem parte do cérebro onde sonhos são criados'

Cientistas acreditam ter localizado a parte do cérebro onde os sonhos são criados.

Uma equipe do Hospital Universitário de Zurique, na Suíça, fez a descoberta após tratar de uma mulher que havia parado de sonhar depois de ter tido um derrame.

O derrame havia afetado uma área no fundo da parte de trás do cérebro - e os cientistas acreditam que essa é a área onde os sonhos são criados.

Os pesquisadores, que escreveram na revista acadêmica Annals of Neurology, dizem que a descoberta oferece novas possibilidades para as pesquisas sobre os sonhos.

A paciente de 73 anos perdeu uma série de funções do cérebro, a maior parte relacionada à visão, depois do derrame.

A maior parte desses efeitos foi sentida alguns dias depois do derrame, mas, aí, ela parou de sonhar. Antes do derrame, ela costuma sonhar três ou quatro vezes por semana.

Síndrome -A perda da habilidade para sonhar - juntamente com problemas na visão - como conseqüência de danos a uma parte específica do cérebro é chamada de síndrome de Charcot-Wilbrand, levando os nomes dos neurologistas Jean-Martin Charcot e Hermannn Wilbrand, os primeiros a descreverem a condição nos 1880s.

A síndrome é bem rara, especialmente casos onde somente a perda da capacidade de sonhar é verificada.

Os pesquisadores suíços decidiram monitorar a paciente para tentar descobrir que parte do cérebro era afetada em pessoas com a condição.

As ondas do cérebro da mulher foram monitoradas por seis semanas enquanto ela dormia.

O sono da paciente não foi alterado e ela continuava apresentando o movimento rápido dos olhos como normal.

Isso é significativo porque normalmente o movimento dos olhos e os sonhos acontecem juntos, mas pesquisas já indicaram que as duas atividades são reguladas por sistemas independentes do cérebro.

Imagens do cérebro da paciente mostraram que o derrame havia danificado uma área localizada no fundo da parte de trás do cérebro dela.

Danos cerebrais -
Outros estudos mostraram que parte dessa região do cérebro está envolvida no processamento visual de rostos e paisagens, assim como no processamento de emoções e memórias visuais, o que parece bem lógico para uma região que estaria relacionada à origem ou ao controle dos sonhos.

Cerca de um ano depois do derrame, a paciente passou a ter algum ou outro sonho, mas nunca mais do que um por semana.

Ela informou que os sonhos que tinha eram menos vívidos e menos intensos do que os que ela tinha antes do derrame.

"Como os sonhos são criados, e qual a utilidade deles, são questões ainda completamente em aberto até o momento", escreveu o médico Cláudio Bassetti, do Departamento de Neurologia do Hospital Universitário de Zurique, na revista Annals of Neurology.

"Esses resultados descrevem pela primeira vez em detalhe o tamanho necessário da lesão para que haja perda da capacidade de sonhar, na ausência de outros problemas neurológicos".

"Dessa forma, eles oferecem um foco de atenção para estudos futuros interessados na localização do ato de sonhar".

"Outras conclusões sobre essa região do cérebro e o seu papel nos sonhos vão depender de mais pesquisas analisando as mudanças no padrão de sonhos de pacientes com danos no cérebro", completou o médico.

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 14 de março de 2006

Desenvolvimento Humano


O projecto arrancou há cerca de seis meses. Já há 1000 bebés a serem acompanhados. Mães mostraram-se muito colaborantes.

"Qual é a proporção de mulheres portuguesas que amamentam os seus filhos e até quando? Quantas mulheres recuperam o peso depois da gravidez? As crianças que vão para os infantários crescem melhor ou pior que as outras?" Esta é apenas uma pequena amostra das perguntas a que o programa Geração XXI - Nascer e crescer no início do milénio vai tentar responder. O projecto, pioneiro em Portugal, pretende acompanhar o crescimento de 10 mil recém-nascidos até à fase adulta e dos respectivos pais, de forma a caracterizar o seu desenvolvimento. "Esta será uma fonte fundamental de informação para planear a saúde em Portugal", defende Henrique Barros, director do Serviço de Higiene e Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e o investigador responsável pelo projecto. "Para compreendermos a saúde, temos que perceber o que se passa connosco desde fases muito precoces da vida", completa o médico.

No prazo de um ano, devem ser integrados os restantes nove mil. "Estamos muito contentes com a adesão das grávidas, que ronda os 97/98 por cento", salienta Henrique Barros. Do total do universo, 8500 bebés serão acompanhados desde o nascimento e 1500 ainda na fase intra-uterina, desde o primeiro trimestre da gravidez.

Identificar factores genéticos e ambientais que afectam o desenvolvimento dos bebés e perceber por que é que hoje engordamos mais e mais cedo do que antigamente, com as implicações que isso traz a nível dos riscos cardiovasculares, são alguns dos objectivos do Geração XXI.

O projecto da FMUP conta com a colaboração de cinco hospitais do distrito do Porto: São João, Santo António, Pedro Hispano, Maternidade de Júlio Dinis e Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia. Os dois primeiros anos do programa estão orçamentados em 700 mil euros, dos quais 75 por cento são financiados pelo programa comunitário Saúde XXI e os restantes 25 por cento pela Administração Regional de Saúde do Norte. Apesar do âmbito regional da avaliação, pretende-se que a amostra seja representativa da população portuguesa.

Este tipo de estudos não são uma novidade a nível internacional. O primeiro foi desenvolvido no Reino Unido em 1946, com o objectivo de perceber as implicações da Segunda Guerra Mundial na saúde de alguns sobreviventes.

Fonte: Publico em 01/06/2005

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Cientistas Israelenses

http://www.isracast.com/tech_index.aspx?p=1

aparecem varios projetos de super-tecnologia desenvolvidos por cientistas israelenses, quer isolada, quer conjuntamente com cientistas de outros paises. Vale a pena conhecer.

terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Ciência Biochip ajuda a tratar doenças intestinais crónicas

http://ciberia.aeiou.pt/?st=4119

Ciência Biochip ajuda a tratar doenças intestinais crónicas

Uma empresa de biotecnologia do País Basco criou um biochip que promete melhorar o diagnóstico e ajudar a prever a evolução da Doença de Crohn e da Colite Ulcerativa, duas patologias inflamatórias intestinais crónicas.

A Progenika Biopharma, empresa de biotecnologia Basca, criou um biochip que promete melhorar a qualidade de vida de quem sofre de Doença de Crohn ou de Colite Ulcerativa, duas patologias intestinais crónicas que afectam muitos adultos e crianças.
A eficácia deste chip de ADN, denominado IBD (Inflamatory Bowel Disease DNA Chip), foi comprovada através de um estudo realizado em 579 doentes - destes 335 sofriam de Doença de Crohn e 244 de Colite Ulcerosa - em quatro instituições hospitalares de Barcelona, Oviedo, Santiago de Compostela e Saragoça.
Os resultados positivos garantiram a obtenção de um certificado da UE que autoriza a sua comercialização junto dos especialistas e dos hospitais.
Com este biochip, os gastroenterologistas conseguem obter informações muito valiosas para definir o tratamento e até prever com precisão a forma como a patologia se vai desenvolver, asseguram os seus promotores.
Desta forma, poder-se-à evitar acções terapêuticas de prevenção, por vezes muito agressivas, que passam a ser desnecessárias, garantem os responsáveis da Progenika.

«A partir de uma pequena amostra de sangue consegue obter-se o ADN do paciente. Posteriormente, a amostra é colocada sobre um suporte de vidro, capaz de detectar 61 mutações, mediante uma análise com recurso a tecnologia laser», explicou Miguel Sans, especialista do Hospital de Barcelona, envolvido no desenvolvimento do IBDchip.

Estimativas recentes revelam que cerca de um milhão de pessoas sofre destas doenças, só no continente europeu.
As suas causas não são ainda completamente conhecidas, embora se saiba que existem predisposições genéticas, já que 15 por cento das pessoas afectadas têm pelo menos um familiar que sofre do mesmo mal.
Esta empresa tinha desenvolvido anteriormente um outro chip de ADN, o Lipochip, que permitia diagnosticar a hipercolesterolemia de origem genética.

Mais Informações:
Progenika Biopharma S.A. ha presentado en Derio (Vizcaya) el IBDchip
IBDCHIP Inflammatory Bowel Disease DNA Array (em PDF)
Sobre a Progenika
Informações sobre a Doença de Crohn

Artigos Relacionados:

Detectada bactéria relacionada com a doença de Crohn - DC, 2006/01/20

segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

Vacina contra o câncer (pele e rins)

Por favor, divulguem esta vitória da medicina genética brasileira !!!!

Já existe vacina anti-câncer (pele e rins). Foi desenvolvida por cientistas médicos brasileiros, uma vacina para estes dois tipos de câncer, que
mostrou-se eficaz, tanto no estágio inicial como em fase mais avançada.
A vacina é fabricada em laboratório utilizando um pequeno pedaço do tumor do próprio paciente. Em 30 dias está pronta, e é remetida para o médico oncologista do paciente .
Nome do médico que desenvolveu a vacina:
José Alexandre Barbuto
Hospital Sírio Libanês - Grupo Genoma.
Telefone do Laboratório:0800-7737327

(falar com Dra. Ana Carolina ou Dra. Karyn, para maiores detalhes)
www.vacinacontraocancer.com.br

Isto sim é algo que precisa ser repassado..........
Angela Escada