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terça-feira, 14 de março de 2006

Desenvolvimento Humano


O projecto arrancou há cerca de seis meses. Já há 1000 bebés a serem acompanhados. Mães mostraram-se muito colaborantes.

"Qual é a proporção de mulheres portuguesas que amamentam os seus filhos e até quando? Quantas mulheres recuperam o peso depois da gravidez? As crianças que vão para os infantários crescem melhor ou pior que as outras?" Esta é apenas uma pequena amostra das perguntas a que o programa Geração XXI - Nascer e crescer no início do milénio vai tentar responder. O projecto, pioneiro em Portugal, pretende acompanhar o crescimento de 10 mil recém-nascidos até à fase adulta e dos respectivos pais, de forma a caracterizar o seu desenvolvimento. "Esta será uma fonte fundamental de informação para planear a saúde em Portugal", defende Henrique Barros, director do Serviço de Higiene e Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e o investigador responsável pelo projecto. "Para compreendermos a saúde, temos que perceber o que se passa connosco desde fases muito precoces da vida", completa o médico.

No prazo de um ano, devem ser integrados os restantes nove mil. "Estamos muito contentes com a adesão das grávidas, que ronda os 97/98 por cento", salienta Henrique Barros. Do total do universo, 8500 bebés serão acompanhados desde o nascimento e 1500 ainda na fase intra-uterina, desde o primeiro trimestre da gravidez.

Identificar factores genéticos e ambientais que afectam o desenvolvimento dos bebés e perceber por que é que hoje engordamos mais e mais cedo do que antigamente, com as implicações que isso traz a nível dos riscos cardiovasculares, são alguns dos objectivos do Geração XXI.

O projecto da FMUP conta com a colaboração de cinco hospitais do distrito do Porto: São João, Santo António, Pedro Hispano, Maternidade de Júlio Dinis e Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia. Os dois primeiros anos do programa estão orçamentados em 700 mil euros, dos quais 75 por cento são financiados pelo programa comunitário Saúde XXI e os restantes 25 por cento pela Administração Regional de Saúde do Norte. Apesar do âmbito regional da avaliação, pretende-se que a amostra seja representativa da população portuguesa.

Este tipo de estudos não são uma novidade a nível internacional. O primeiro foi desenvolvido no Reino Unido em 1946, com o objectivo de perceber as implicações da Segunda Guerra Mundial na saúde de alguns sobreviventes.

Fonte: Publico em 01/06/2005

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