Eugenio Paes Campos - Em Que Mundo Estamos Vivendo? Reflexões Sobre Globalização, Neoliberalismo, Indivíduo E Sociedade
Instigante livro! Um desafio perante a sociedade contemporânea!
Uma incitação ao abandono da confortável zona de bem-estar, originada da lógica pós-moderna, messiânica, salvacionista, falaciosa, hedonista, fruto dos binômios: ciência e técnica; economia e lucro.
Se, para alguns, a tecnociência representa as delícias dos jardins suspensos de Nabucodonosor, a prosperidade das minas do rei Salomão, para muitos outros não passa de uma bela donzela que dissimula a Medusa que, meio a um jogo de sedução e morte, petrifica, coisifica, dessensibiliza.
Dedicado ao estudo da Psicossomática,
Eugenio Paes Campos, no livro
Em Que Mundo Estamos Vivendo?, envolve, instiga o leitor, conduzindo-o ao exercício de uma prática reflexiva, concernente às repercussões do sistema neoliberal, globalizante, sobre o corpo e a mente das pessoas.
De grande atualidade e relevância, baseada em análise de dados colhidos na literatura científica e em observações de experiências e sentimentos vividos em diversas situações e por variadas pessoas, seu texto apresenta interessantes questões sobre o homem contemporâneo, tão fustigado pelo estresse de sobreviver em meio à lógica de uma sociedade capitalista, consumista, competitiva, cujos pilares são: ciência e técnica; economia e lucro.
Em Que Mundo Estamos Vivendo? compõe-se de uma série de artigos, ora publicados em revistas acadêmicas, ora apresentados em congressos e em cursos de pós-graduação que servem de base para as reflexões marcadas pelo compromisso de tornar, por meio do debate de ideias, o homem mais consciente, vigilante, para que não esmoreça perante a ordem dominante, podendo, assim, construir um amanhã mais humanizado.
O resultado é uma leitura leve e consistente, agradável e densa, coloquial e objetiva, que faz pensar sobre como a humanidade deve posicionar-se, diante dessa configuração pós-moderna da realidade, em resguardo de valores como zelo, solidariedade, respeito, amorosidade, ética, pois, segundo advertência do autor, a liberdade com compaixão gera união, mas a ausência de compaixão gera exclusão.