Um estudo revelou que as crianças compreendem que emoções positivas e negativas influenciam suas tarefas em sala de aula.
Você dormiu mal à noite porque seu filho está doente e ainda precisa ir trabalhar. Como se sente, emocional e fisicamente, no ambiente de trabalho neste dia? Só de imaginar a situação você sabe que o rendimento não será o mesmo de quando as coisas estão bem.
Um estudo realizado pelas Universidades da Califórnia e Washington revelou que as crianças também entendem a relação entre sentimentos e desempenho.
Os pesquisadores avaliaram mais de 70 crianças entre 5 e 7 anos e ouviram relatos de como as crianças enfrentaram tarefas mais complexas na escola (como a resolução de um problema de matemática) após terem passado por sentimentos de alegria, tristeza ou sensações físicas, como cansaço e fome.
O resultado mostrou que as crianças de todas as idades compreendiam que o desempenho escolar era prejudicado após passarem por emoções negativas.
Já, ao analisar as emoções positivas, somente aquelas de 7 anos, e alguns adultos que também participaram do estudo, compreenderam os benefícios que elas poderiam trazer para a sala de aula. As menores identificaram apenas que estar bem fisicamente as ajudaria na escola.
Desde que nasce a criança sabe distinguir o que é prazeroso do que não agrada, por meio do choro de fome ou da fralda suja, e só mais tarde ela começa a perceber o que os sentimentos resultam.
O aprendizado de se auto-analisar depende de como os pais lidam com o filho e com a sua própria vida.
Quando a mãe ou o pai chega do trabalho com algum problema é importante explicar para o filho que você não vai brincar com ele naquela noite porque teve um dia difícil.
Nesse momento, além de deixar claro para a criança que não é nada com ela, os pais fazem com que compreenda o reflexo das situações no dia a dia, e que isso é natural.
Na rotina diária, o benefício para a criança será muito maior se os pais sentarem para uma conversa sobre como foi o seu dia do que correr para o shopping e comprar um presente.
E o bate-papo vale ser levado em frente mesmo quando você ouvir como resposta que ela está bem.
Assim, no lugar de enfatizar somente os sentimentos negativos (que o estudo evidenciou até mesmo nos adultos), questionando por que chegou triste da escola, por exemplo, os pais valorizam as expressões de felicidade, mesmo que nada de extraordinário tenha acontecido.
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