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domingo, 29 de janeiro de 2006

Investigação sobre o sono

Ciência

Dormir pode ser mais perigoso do que passar a noite acordado

A conclusão é de um estudo, levado a cabo por um grupo de investigadores norte-americanos, que prova que as pessoas que dormem durante oito horas despertam com uma capacidade de raciocínio menor do que os que fazem uma "directa" ou passam a "noite nos copos".

Um estudo publicado pela Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, revela que a capacidade de raciocínio é maior depois de uma noite sem dormir do que se se dormir algumas horas. O mesmo documento assegura que mesmo depois de uma noite de embriaguez, essa capacidade é maior do que após uma boa noite de sono.
Através desta pesquisa foi possível obervar que a capacidade mental dos pacientes é pior nos primeiros minutos depois de acordar.
Um dos investigadores, Kenneth Wright, referiu à BBC Brasil: "descobrimos que a capacidade cognitiva é pior logo depois de acordar do que depois de uma noitada sem dormir. Por pouco tempo, pelo menos, os efeitos de sonolência podem ser tão maus ou até piores do que os do estado alcoólico previsto por lei".

Os nove participantes deste estudo passaram seis noites a dormir oito horas, sendo-lhes feito um teste ao acordar, onde era pedido que somassem números de duas casas decimais aleatoriamente.
Os resultados obtidos indicam que os maiores problemas de memória imediata, habilidades matemáticas e cognitivas eram causados pela sonolência, nos três primeiros minutos depois de acordar. Segundo os observadores, passados dez minutos os efeitos mais graves deste entorpecimento, conhecido como inércia do sono, desapareciam, embora pudessem ser detectados até duas horas após esse período.




Deste modo, os psicólogos constataram que depois de despertar de um sono de oito horas ou de um período mais curto ainda, as pessoas apresentavam desempenhos piores do que aqueles que não dormiam há 24 horas.
Os voluntários que participaram na pesquisa eram pessoas saudáveis, sem problemas de saúde, sono, ou do foro psicológico.

Ao chegar a estes resultados, Wright afirmou que as pessoas que trabalham por turnos, nomeadamente médicos, enfermeiros, bombeiros e funcionários de outros serviços de emergência, podem estar a correr perigo e a colocar a vida de outras pessoas em risco.
Segundo
o especialista, "ninguém deveria fazer nada realmente importante nos 15 a 30 minutos depois de acordar". As conclusões desta investigação vão agora ser publicadas no Journal of the American Medical Association.

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Estudo (disponível mediante subscrição)

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