A descoberta da área, chamada "amígdala cerebelar", poderia ajudar os médicos a tratar fobias, segundo os autores da pesquisa publicada no jornal médico Neuron.
Existem muitas pesquisas sobre como os medos surgem ou podem ser tratados, mas poucos estudos sobre como eles desaparecem.
Medo
A doutora Elizabeth Phelps, da Universidade de Nova York, utilizou ressonância magnética para simular o que acontece com o cérebro quando os medos "são esquecidos".
Os pesquisadores ensinaram os voluntários a associar a imagem de um quadrado colorido com um choque elétrico leve.
Isso criaria um medo condicional, como uma fobia, no qual a visão do quadrado produziria uma leve ansiedade.
Os pesquisadores então reverteram esse medo ao apresentar o mesmo quadrado, mas com voltagens cada vez menores, até suspenderem totalmente os choques.
Tratamentos
Examinando as fotografias do cérebro, eles perceberam que a "amígdala cerebelar" estava ativa quando o medo estava sendo incutido e também quando ele foi "apagado".
No processo de "desaprendizagem", outra parte do cérebro também foi acionada, o chamado córtex ventral medial prefrontal.
A descoberta pode abrir novas perspectivas para o tratamento de ansiedades nervosas.
"Certas drogas influenciam as substâncias uilizadas no processo de desaprendizagem em animais. Como humanos, sabemos como reagir a certas
situações", diz ela.
"Sabemos que não devemos ter medo quando vemos um tigre no zoológico, por exemplo. A questão é: como regulamos esse processo?"
"Estamos trabalhando nisso agora", disse a médica.
Fonte: BBC Brasil
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