Para conhecer novidades na área da Psicologia http://www.snp.pt/index.php
Algumas indicações fornecidas pelo site http://www.psicologia.com.pt/directorio/answer.php?f=faq12.html sobre o que é importante conhecer sobre a psicologia e sobre o psicólogo.
O que devo ter em conta para escolher um psicólogo?
Após ter em mão um conjunto de nomes e contactos de psicólogos e/ou gabinetes de Psicologia, cabe-lhe passar à etapa seguinte.
À medida que o cliente avalia quais psicólogos serão “uma melhor escolha”, existem algumas questões específicas a colocar que fornecerão elementos importantes para a decisão final. Muita da informação disponível no Directório de Profissionais do Psicologia.com.pt responderá, certamente, a algumas destas questões.
Adicionalmente, poderá obter detalhes adicionais durante o seu primeiro contacto telefónico com o psicólogo (normalmente, o primeiro telefonema é bastante breve e incide fundamentalmente na marcação da primeira consulta), ou durante a primeira sessão de consulta psicológica.
Neste âmbito, e apesar da multiplicidade de variáveis envolvidas bem como da subjectividade de todo o processo, são apresentadas de seguida algumas componentes gerais consideradas de elevada importância para o desenrolar de um processo de escolha crítico e esclarecido:
1. Habilitação / Certificação
Para um técnico poder exercer funções profissionais enquanto “Psicólogo” este deverá estar devidamente habilitado para o efeito, sendo indispensável que possua uma formação de nível superior em Psicologia reconhecida pelo Estado Português. Ao procurar um psicólogo, certifique-se de que este estudou numa Universidade reconhecida e que é Licenciado em Psicologia, tanto através da sua certidão de licenciatura como da Carteira Profissional de Psicólogo.
Lembre-se de que existe muita gente que se intitula psicólogo sem o ser, ou que afirma intervir em áreas de acção da psicologia sem ter competências para tal. Dizer-se que se “dá apoio psicológico” não é, à partida, uma garantia de que tal será feito e muito menos de forma competente, intencionalizada e profissional.
Tenha uma perspectiva crítica sempre que contactar com anúncios onde o profissional se define, em termos de intervenção e competências profissionais, simultaneamente como Psicólogo, Tarólogo e Astrólogo, por exemplo. Apesar de este ser meramente um “slogan” um pouco esterotipado (o qual utilizamos a título de exemplo), pode acreditar que este tipo de situações denotam fortes indicadores de uma pobre capacidade científica reconhecida, qualificação e creditação das suas competências num campo com comprovada validade científica e técnica como é o caso da Psicologia.
Na maior parte dos países, após a conclusão do curso superior em Psicologia, os profissionais só estão autorizados / habilitados para exercer clínica / psicoterapia mediante a realização de formação complementar, prática supervisionada e atribuição de uma habilitação por parte da respectiva entidade científico-profissional (associação científica e/ou ordem profissional). Contudo, em virtude da inexistência em Portugal, até à data, de uma organização profissional reguladora e regulamentadora, os critérios neste âmbito não estão claramente definidos e implementados pelo que é prática comum muitos dos licenciados em Psicologia realizem clínica sem terem cumprido com estes critérios. Neste sentido, caberá ao cliente a decisão final. A este nível, a inscrição dos psicólogos numa das Associações e Sociedades científicas portuguesas, bem como a realização de formações desenvolvidas por estas, poderá ser um critério importante a levar em conta no processo de escolha de um profissional.
Prática clínica supervisionada
É importante saber se o psicólogo a que está a recorrer frequentou e concluiu um processo exaustivo de psicoterapia supervisionada por um profissional mais experiente. Esta supervisão poderá, em parte, ter sido integrada na sua licenciatura, muito embora na maior parte das situações no nosso país, esta prática só se obtenha após a conclusão do curso, mediante a opção e investimento pessoal do psicólogo. A consulta psicológica / psicoterapia pura e simplesmente não pode ser aprendida simplesmente a partir de livros ou nas aulas, logo um profissional consciencioso e competente não se deverá privar deste tipo de supervisão, para além da experiência de consulta que irá obtendo ao longo dos anos de prática profissional.
Experiência profissional
Apesar de existirem excelentes profissionais com relativamente poucos anos de prática clínica, regra geral o treino e prática profissionais são essenciais para um bom desempenho em consulta psicológica. É através desta experiência que o psicólogo define e aperfeiçoa o seu estilo pessoal de trabalho, desenvolve e amadurece competências mais finas de relação interpessoal e se apercebe das problemáticas e faixas etárias com as quais sente maior afinidade e interesse.
Formação pós-graduada e formação contínua
Como resultado de um constante desenvolvimento da componente científica e técnica da psicologia, e porque os conhecimentos à saída da licenciatura são fundamentalmente um ponto de partida para a formação do profissional, existe uma necessidade imperativa de aquisição de formação especializada. Neste sentido, o facto de um psicólogo investir em formação contínua e pós-graduada é um importante indicador (entre muitos outros) de competência e proficiência.
Áreas de especialização
Os psicólogos trabalham numa infinidade de contextos. Neste sentido, certifique-se de que o psicólogo em questão é o mais adequado para o seu caso. Geralmente, os psicólogos divulgam a sua área de intervenção. Provavelmente não fará muito sentido procurar um psicólogo que trabalha exclusivamente em Selecção e Recrutamento se, por exemplo, estiver deprimido. O mesmo se aplicará a um psicólogo especializado em toxicodependências caso pretenda que o seu filho desenvolva um processo de orientação vocacional.
Ao contactar um profissional, indague-o acerca da sua formação e campos de especialização e intervenção. Muitas vezes, um psicólogo poderá trabalhar com crianças e adultos, mas não aceitar intervir em casais, por exemplo.
Abordagem de intervenção
Dentro da consulta psicológica existem muitas formas de abordar os problemas das pessoas. Dependendo do seu passado pessoal, da sua formação, da sua experiência e das suas preferências, os psicólogos atribuem diferentes origens aos problemas, utilizam grelhas teóricas diversas e põe em prática, igualmente, diferentes abordagens de intervenção. Alguns investigam os acontecimentos na infância, outros as relações dentro da família; alguns atentam aos processos cognitivos do indivíduo (“formas de pensar”), enquanto que outros tentam compreender os hábitos de vida da pessoa; outros há, ainda, que observam as influências sociais e culturais, entre muitos outros.
Neste sentido, tente averiguar, na medida do que lhe fôr possível, em que medida as perspectivas e crenças do seu futuro psicólogo estão, de certa forma, sintonizadas com as suas próprias perspectivas pessoais acerca do seu problema.
Honorários
Se não dispõe de um seguro ou não consegue aceder a serviços de psicologia protocolados (sujeitos a desconto), é importante determinar se está em condições de assegurar, com algum grau de conforto, os honorários do psicólogo. Durante a primeira sessão o seu terapeuta abordará várias questões, entre as quais a duração prevista do processo e o preço praticado por consulta, estando a cargo do cliente decidir se o preço praticado por consulta é do seu interesse. Não obstante o facto de ser abordado este tópico na primeira consulta, é uma boa opção tentar obter estes elementos antes do primeiro contacto presencial.
Horário e local de atendimento
Se o tempo e o local são factores importantes (se por exemplo só lhe fôr possível ter consultas ao Sábado de manhã e perto da sua área de residência) tente saber antecipadamente se a sua disponibilidade é compatível com o horário de atendimento e local de consultório do psicólogo. Regra geral, este factor é bastante importante pois a assiduidade e manutenção do investimento de uma pessoa num processo de consulta psicológica está altamente ligada ao conforto e facilidade com que o mesmo acede a esses serviços. Se tem que apanhar vários autocarros, estar em filas de trânsito em horas de ponto ou pedir ao seu empregador para sair mais cedo, as consultas de psicologia acabarão por ser fonte de stress, o que não é recomendável que ocorra.
Psicólogo ou psicóloga?
Muitos pessoas perguntam-se se seria melhor optarem por um psicólogo de sexo masculino ou feminino. Se considera que o género do terapeuta é uma variável importante para si então confie no seu instinto. Poderá ser que a natureza do seu problema, bem como as suas preferências pessoais, conduzam a uma decisão mais adaptada para o seu caso específico. Por exemplo, uma mulher que foi abusada sexualmente pelo seu pai poderá decidir que se sente mais confortável em trabalhar com um técnico de sexo feminino. Muito embora a idade ou a herança cultural do psicólogo não determinem, de uma forma geral, a sua capacidade para desenvolver empatia ou as suas competências para porem em prática uma intervenção psicólogica eficaz, estas poderão ser igualmente características relativamente às quais o cliente também tenha uma resposta intuitiva. Neste sentido, deverá escolher aquilo que lhe parece certo para si.
Características pessoais do psicólogo
Uma vez estabelecidas as credenciais, experiência do profissional, etc. é importante que se sinta confortável com o seu psicólogo, uma vez que o sucesso de todo o processo dependerá de trabalharem em conjunto como uma equipa. Neste sentido, um bom intrusamento com o psicólogo é essencial. Assim, a sabedoria, a empatia, a compaixão e o carácter são atributos que deverá encontrar no seu psicólogo.
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