Cientistas da Universidade Purdue de Indiana, nos Estados Unidos, dizem ter provado que a perda de um ente querido, o desgosto amoroso ou o abuso psicológico doem mais que qualquer lesão física. É o que diz Zhansheng Chen, da universidade norte-americana, num artigo publicado na revista científica Psychological Science, que afirma ter conseguido provar a existência de uma cicatriz emocional mais profunda que qualquer golpe.
A equipa da Universidade Purdue questionou vários voluntários sobre acontecimentos dolorosos que tivessem ocorrido nos cinco anos anteriores, fosse um acidente de carro ou um abuso emocional, submetendo-os depois a testes intelectuais de elevada dificuldade.
Durante a experiência, os voluntários que reviveram um trauma emocional tiveram piores resultados que aqueles que recordaram uma grave lesão, revelando a intensidade da dor psicológica e o tempo em que esta fica activa.
Segundo Zhansheng Chen, a ‘profundidade’ da dor emocional faz parte de um mecanismo natural do cérebro humano que permite ao indivíduo compreender a realidade, aprender e alterar comportamentos - um processo evolutivo que facilita a interacção social futura.
Por outro lado, o reviver dessa dor também pode levar o indivíduo a sofrer repetidas vezes e a criar um trauma social.
Michael Hughesman, um reputado psicólogo contactado pela BBC na Alemanha, concordou com as conclusões do estudo e comentou que os efeitos da dor emocional são especialmente visíveis nas crianças. «Se alguém te diz no recreio que vais apanhar depois das aulas, a criança vai ficar muito mais ansiosa e assustada do que se alguém lhe desse um murro ocasionalmente», disse à estação britânica.
Fonte: SOL.
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