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terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

Fazer Amor

FAZER AMOR...
(Poesia encontrada em um mosteiro)

Fazer amor é pisar na eternidade...
Fazer amor é coisa séria demais...
Não basta um corpo e outro corpo
misturados
num desejo insosso desses que dão feito fome trivial, nascida da gula descuidada aplacada sem zelo
sem composturas, sem respeito, atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.
Fazer amor é percorrer as trilhas da alma,
uma alma tateando outra alma, desvendando véus, descobrindo profundezas, penetrando nos
escondidos sem pressa... com delicadeza.
Porque alma tem textura de cristal, deve ser
tocada nas levezas, apalpada com amaciamentos,
até que o corpo descubra cada uma das suas
funções. Quando a descoberta acontece,
é que o ato de amor começa.

As mãos deslizam sobre as curvas como
se tocando nuvens, a boca vai acordando e
retirando gostos provando os sabores bebendo
a seiva que jorra das nascentes
escorrendo em dons.
É o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.
Fazer amor é Ressurreição! É nascer de novo!

No abraço que aperta sem sufocamentos.
No beijo que cala a sede gritante.
Na escalada dos degraus celestiais que levam ao gozo. Vale chorar, vale gemer, vale gritar, porque aí já se chegou ao paraíso e qualquer som há de sair melódico e afinado seja grave, agudo, pianinho. Há de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre do encontro.

Corpos se ajustaram, almas matizaram.
Fez-se o Êxtase!!!

É o instante da Paz, é a escritura da serenidade e os amantes em assunção pisam eternidades!!!

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