Namorados
Namoro - fase da vida em que os primeiros passos junto ao sexo oposto têm seu inicio. Seu ritmo, particular as gerações, também muda de acordo com usos e costumes e a região onde acontece.
Estranhamente, quanto mais estreita a distancia homem/mulher, mais química perde essa magia - inversamente proporcional ao esperado. A busca desenfreada do prazer consumista tão banalizado via sexo coloca a pique o encanto implícito nessa intensa relação de trocas e o respectivo prazer da presença na ausência passa ser fabula dum passado longínquo simbolizado por dama/cavalheiro.
É fato que o tempo se tornou escasso, mas as coisas do amor têm ritmo ditado pelo coração. Razão e vida social são partes intimamente ligadas, mas a necessidade física de um alguém jamais deixara de ser sanada via "qualquer coisa" que não seja o compartilhar.
A perspicácia em cultivar pacientemente à alma gêmea qual sementinha regada diariamente é fator determinante na busca de afinidades e os resultados vêm com a espontaneidade natural do tempo - sem forçar o que por si seria é um equivoco imensurável.
Como dentes de uma engrenagem, devem ser laborados sem percalços de maneira não produzir traumas futuros que sabe-se lá um divã talvez seja capaz de atenuar efeitos.
Ao dar abrigo, o colinho é essencial ao bem de um espírito em conflito, porém faz-se necessário uso de linguagem menos branda quando se vê supressão à realidade fase a entreveros que o virtual tem causado a vida afetiva. Quanto a este último, inda bem que é exceção e não regra geral.
Quando o contraponto amor/prazer começar a funcionar como instrumento de chantagem - praticamente atalho entre o hiato de duas pessoas, faz-se necessária à separação já que um deixou de sentir no outro amor.
No caso, a paixão levou um dos pares a um alto grau de amplitude amorosa sobrepondo-se à lucidez na entrega com resultado findando de forma tão repentina como teve seu inicio. As implicações forjadas por esse fogo de palha por vezes são trágicas já que forma alguma se consegue dar ao aço onde cada um foi forjado. Amor se trabalha com longanimidade, bem aos poucos - jamais aos solavancos.
Evidente que há necessidade de pequenas viagens onde a solidão é resposta para questões de cunho pessoal, mas não há como viver num mundo à parte o tempo inteiro. Uma pausa em meio a torrentes de adrenalina faz-se necessária e parte da vida.
Essa é a historia de um namoro com amor. Nasce devagar, cresce aos poucos, floresce abrindo caminhos e jamais se apraz por ciúmes, pois no outro crê e nele integrou seu viver.
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